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Intolerância à lactose: o que é e como identificar

A lactose é o açúcar presente no leite e em seus derivados e, normalmente, é processada no intestino delgado pela ação de uma enzima chamada lactase. Algumas pessoas não conseguem metabolizar esse açúcar e acabam apresentando o que conhecemos como intolerância à lactose.

Se você quer saber mais sobre o assunto, sugerimos que continue acompanhando o post até o fim. Boa leitura!

O que é intolerância à lactose e como ela se apresenta?

Como você leu, a intolerância à lactose ocorre quando o organismo não é capaz de metabolizar a lactose e transformá-la em glicose e galactose. Isso ocorre quando há uma deficiência de uma enzima chamada lactase (hipolactasia), responsável por essa transformação. 

Com a lactase trabalhando normalmente, a lactose, no intestino delgado, é quebrada em glicose e galactose, que são absorvidas pelo organismo. Quando a lactase está diminuída ou ausente, a quebra da lactose não ocorre e, assim, esse açúcar alcança o intestino grosso, sendo metabolizado por bactérias e desencadeando a produção de gases – que são os responsáveis pelas queixas comumente relatadas. 

As manifestações clínicas são muito variáveis e dependem da quantidade de lactose ingerida, do grau de deficiência da lactase, da idade e do trânsito intestinal. Os sintomas geralmente aparecem entre meia hora e duas horas após a ingestão de leite ou derivados, e as queixas mais comuns são:   

Quais os tipos de intolerância à lactose?

Conheça a seguir os tipos de intolerância à lactose:

Hipolactasia do tipo adulto

A maioria dos indivíduos apresenta, após os três anos de idade, uma diminuição de produção de lactase. A produção da enzima vai diminuindo à medida que envelhecemos. A prevalência de adultos intolerantes à lactose varia de 10 a 90%, dependendo da população avaliada. Estima-se que 40% dos brasileiros apresentam esse tipo de intolerância à lactose. As manifestações clínicas são geralmente leves, mas podem ser mais intensas em idosos. 

Intolerância congênita à lactose

Doença genética muito rara. Manifesta-se logo após o nascimento e o recém-nascido precisa ser alimentado com fórmulas sem lactose.

Intolerância secundária

Pode ser observada temporariamente em recém-nascidos prematuros – por serem ainda imaturos para produzir lactase em quantidade suficiente. Ou, ainda, como consequência de alguma lesão ou doença do intestino delgado que culminou em diminuição temporária de produção da lactase, como, por exemplo, nas gastrenterites virais com diarreia intensa.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é clínico: se dá quando, por meio da história e do exame físico do do paciente, o médico identifica os sintomas, verifica o diário alimentar, a correlação das queixas com a ingesta de alimentos com lactose e a melhora duas semanas após a retirada desses alimentos da dieta.

Laboratorialmente, podem ser realizados:

Como é feito o tratamento da intolerância à lactose?

Não existe um medicamento ou tratamento que vá estimular novamente a produção de lactase pelo organismo. Por isso, a melhor intervenção é feita por meio da orientação alimentar. O tratamento geralmente eficiente consiste na redução da ingestão de lactose. Existem, ainda, medicamentos com a enzima lactase para o uso em situações específicas. 

É muito importante que a orientação dietética e o seguimento sejam realizados por médicos e nutricionistas para que possa ocorrer um balanço nutricional satisfatório e não ocorra qualquer carência nutricional, como a de cálcio, por exemplo. 

A intolerância à lactose é um problema relativamente simples de contornar no dia a dia e é possível, sim, conviver com ele. Se você tem algum dos sintomas, procure um médico e um nutricionista para buscar orientações.

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