Sabin Por: Sabin
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Durante as férias escolares, as crianças passam um tempo maior em casa, o que acende um alerta quanto à prevenção de acidentes domésticos. De fato, a maioria dos acidentes e traumas durante a infância ocorre no ambiente domiciliar e, geralmente, são evitáveis com medidas simples de proteção.

Segundo o Ministério da Saúde (MS), acidentes domésticos podem ser considerados a principal causa de morte e hospitalizações entre crianças de zero a 14 anos no Brasil, especialmente quedas, queimaduras, atropelamentos e afogamentos.

Crianças possuem naturalmente um comportamento exploratório e, assim, tanto a residência quanto o seu entorno devem estar preparados para recebê-las de forma segura. É fundamental também que os pais ou responsáveis estejam cientes dos riscos e identifiquem locais e objetos com potencial para gerar acidentes.

Tomando atitudes simples de prevenção, é possível garantir que as férias escolares sejam um período tranquilo, de alegria e segurança para as crianças e seus familiares. Neste conteúdo, você encontrará informações essenciais sobre acidentes domésticos, como agir em caso de ocorrência e formas de prevenção.

Quais são os acidentes domésticos mais comuns?

Entre os diversos tipos de acidentes domésticos, os mais comuns envolvem quedas, queimaduras, intoxicações, afogamentos, engasgos e cortes, conforme descreveremos a seguir.

  • Cortes: os cortes são acidentes frequentes, normalmente causados por objetos afiados, como facas, tesouras ou cacos de vidro. Dependendo da profundidade e localização, um corte pode exigir atendimento médico imediato;
  • Queimaduras: as queimaduras ocorrem pelo contato com superfícies ou líquidos quentes, produtos químicos ou chamas. Sua gravidade varia conforme a extensão e profundidade da queimadura;
  • Choque elétrico: os choques elétricos podem ocorrer quando há contato direto ou indireto com fios desencapados, tomadas desprotegidas ou equipamentos elétricos danificados. Conforme a intensidade, um choque pode ser extremamente perigoso e até fatal;
  • Engasgo: determinados objetos ou alimentos, quando ingeridos, podem obstruir as vias aéreas, dificultando ou impedindo a respiração. Isso pode acontecer com alimentos, pequenos objetos ou até mesmo partes de brinquedos;
  • Intoxicação: a intoxicação ocorre quando substâncias tóxicas, como produtos de limpeza, medicamentos ou plantas venenosas, são ingeridas ou entram em contato com a pele;
  • Afogamento: piscinas, banheiras, baldes com água ou até mesmo recipientes menores podem gerar riscos de afogamentos, uma das principais causas de morte acidental em crianças. A gravidade do afogamento varia de acordo com o tempo de submersão e falta de oxigênio;
  • Quedas: as quedas são acidentes muito comuns, podendo ocorrer em escadas, camas, móveis, playgrounds, entre outros locais.

Acidentes domésticos com crianças

Crianças são muito curiosas e tendem a explorar diferentes ambientes. Portanto, elas acabam sendo mais suscetíveis a acidentes domésticos, principalmente quando não estão sendo supervisionadas por adultos.

O ambiente domiciliar pode conter verdadeiras “armadilhas” que podem gerar sérias consequências para a saúde dos pequenos. É fundamental que pais e mães estejam atentos aos seus filhos em momentos de distração e lazer. Alguns minutos longe de supervisão podem ser suficientes para a ocorrência de um acidente doméstico.

Esse cuidado deve ser ainda mais rígido com crianças menores, de um a três anos. Nessa fase, a criança está descobrindo o mundo e não possui discernimento e nem coordenação motora o suficiente para se prevenir de potenciais riscos acidentais.

Quais as áreas com maior risco para acidentes domésticos?

Como mencionado, o ambiente domiciliar pode conter algumas “armadilhas” que aumentam as chances de um acidente ou trauma em crianças.

Um dos ambientes mais preocupantes é a cozinha pelo fácil acesso da criança a objetos cortantes, como tesouras e facas. O fogão também representa risco, já que a criança pode alcançar as bocas do gás e também as panelas utilizadas para o cozimento de alimentos. As queimaduras por escaldamento, ou seja, quando a criança derrama sobre si um líquido fervente, são uma das situações mais graves nesse contexto.

A área de serviço é outro local que os pais devem estar atentos. É um cômodo da casa em que a criança pode ter fácil acesso a produtos químicos (produtos de limpeza, entre outros) e eletrodomésticos, como o ferro de passar roupas. Entre os potenciais acidentes, incluem-se intoxicações, queimaduras e choque elétrico. A presença de baldes com lâminas de água (até dois centímetros) pode representar risco de afogamentos em crianças pequenas.

Ter uma piscina em casa é garantia de diversão para a família toda, mas também pode representar riscos graves de afogamento. Dessa forma, o acesso à piscina por crianças deve sempre ser supervisionado por adultos para evitar acidentes graves.

Outros locais e objetos que devem ser gerenciados com cautela são escadas, janelas e cadeiras, devido ao potencial risco de quedas. Tomadas e fios elétricos distribuídos pela casa também podem resultar em choques elétricos graves.

Como agir em caso de acidente doméstico?

É importante que pais e mães tenham noções básicas de primeiros socorros, para fornecer os primeiros atendimentos em caso de acidentes. Saber lidar com as diferentes situações de risco pode fazer toda a diferença para a saúde da criança.

Em casos de engasgo, um dos procedimentos recomendados é abraçar a criança pelas costas, na altura do peito, e fazer pequenas compressões com as mãos para facilitar a saída do objeto ou alimento. Caso a criança esteja inconsciente, deve-se ligar imediatamente para o atendimento médico.

Se a criança sofrer uma queimadura, jamais utilize técnicas caseiras, como a aplicação de pasta de dente, café ou manteiga na região afetada. O procedimento correto é lavar o local com água corrente fria. A depender da extensão da queimadura, solicite atendimento médico de emergência.

Em quedas, é importante que os responsáveis pela criança observem se há fraturas e se a criança está pálida, inconsciente ou se há alterações no comportamento, como sonolência ou agitação. Se houver suspeita de fraturas ou lesões na cabeça, leve a criança a um pronto-socorro imediatamente.

Ter um kit de primeiros socorros também é bastante útil e pode ajudar na realização de curativos em pequenos cortes. No entanto, em caso de acidentes mais graves, como afogamento, intoxicação ou choque elétrico, é fundamental buscar auxílio profissional de imediato. Para isso, existem canais específicos que pais ou responsáveis podem recorrer no momento do acidente, como os Bombeiros (193) ou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU – 192), os quais possuem profissionais capacitados para o atendimento de casos graves e que envolvem risco de morte.

Prevenção de acidentes domésticos

Mais do que saber lidar em situações de acidentes domésticos, é imprescindível conscientizar pais e mães sobre a importância da prevenção. Adaptar a residência para evitar esse tipo de acidente é a melhor estratégia a ser adotada.

Na cozinha, use sempre que possível as bocas do fundo do fogão com os cabos das panelas virados para a parede, sobretudo ao ferver líquidos. Não deixe talheres em cima de panos, nas bancadas e nem eletrodomésticos com cabos expostos. Evite guardar objetos cortantes em gavetas baixas ou outros locais em que a criança possa ter fácil acesso.

Em áreas comuns, não esqueça de guardar objetos pequenos que possam ser engolidos, pois assim você evita engasgos na criança. Limite também o acesso a escadas, instalando cercas de segurança. Outro ponto bastante crítico são plugues e tomadas, que podem ser fontes de choques elétricos. Instale tomadas de três pinos na residência e utilize protetores para que a criança não consiga ter acesso.

Na área de serviço, procure sempre guardar produtos de limpeza e outros materiais longe do alcance de crianças, de preferência em prateleiras altas. Não utilize frascos ou garrafas (de refrigerantes, sucos, etc.) para guardar produtos potencialmente tóxicos.

Por fim, não permita o livre acesso de crianças a áreas de lazer que tenham piscina e, de preferência, providencie a instalação de cercas de segurança. É recomendado que a criança só utilize a piscina sob a supervisão de um adulto e equipada com boias ou coletes salva-vidas.

Adotando medidas simples como essas, é possível minimizar os riscos de acidentes domésticos e garantir a segurança do seu filho durante as férias escolares. Agora que você já sabe como evitar acidentes domésticos, sugerimos a leitura do conteúdo sobre como se organizar para viajar em família, para que você tenha momentos ainda mais agradáveis e felizes na companhia de quem você mais ama.

Referências:

SBP. Os acidentes são evitáveis e na maioria das vezes,  o perigo está dentro de casa! Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/_22337c-ManOrient_-_Os_Acidentes_Sao_Evitaveis__1_.pdf Acesso em: 06/07/2023

Criança Segura Brasil. Dicas de prevenção de acidentes em casa. Disponível em: https://criancasegura.org.br/aprenda-a-prevenir/por-ambiente/dicas-de-prevencao-de-acidentes-em-casa/ Acesso em: 06/07/2023

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Cuidados para evitar acidentes domésticos durante as férias escolares; Durante as férias escolares, as crianças passam um tempo maior em casa, o que acende um alerta quanto à prevenção de acidentes domésticos. De fato, a maioria dos acidentes e traumas durante a infância ocorre no ambiente domiciliar e, geralmente, são evitáveis com medidas simples de proteção. Segundo o Ministério da Saúde (MS), acidentes domésticos podem ser considerados a principal causa de morte e hospitalizações entre crianças de zero a 14 anos no Brasil, especialmente quedas, queimaduras, atropelamentos e afogamentos. Crianças possuem naturalmente um comportamento exploratório e, assim, tanto a residência quanto o seu entorno devem estar preparados para recebê-las de forma segura. É fundamental também que os pais ou responsáveis estejam cientes dos riscos e identifiquem locais e objetos com potencial para gerar acidentes. Tomando atitudes simples de prevenção, é possível garantir que as férias escolares sejam um período tranquilo, de alegria e segurança para as crianças e seus familiares. Neste conteúdo, você encontrará informações essenciais sobre acidentes domésticos, como agir em caso de ocorrência e formas de prevenção. Quais são os acidentes domésticos mais comuns? Entre os diversos tipos de acidentes domésticos, os mais comuns envolvem quedas, queimaduras, intoxicações, afogamentos, engasgos e cortes, conforme descreveremos a seguir. Cortes: os cortes são acidentes frequentes, normalmente causados por objetos afiados, como facas, tesouras ou cacos de vidro. Dependendo da profundidade e localização, um corte pode exigir atendimento médico imediato; Queimaduras: as queimaduras ocorrem pelo contato com superfícies ou líquidos quentes, produtos químicos ou chamas. Sua gravidade varia conforme a extensão e profundidade da queimadura; Choque elétrico: os choques elétricos podem ocorrer quando há contato direto ou indireto com fios desencapados, tomadas desprotegidas ou equipamentos elétricos danificados. Conforme a intensidade, um choque pode ser extremamente perigoso e até fatal; Engasgo: determinados objetos ou alimentos, quando ingeridos, podem obstruir as vias aéreas, dificultando ou impedindo a respiração. Isso pode acontecer com alimentos, pequenos objetos ou até mesmo partes de brinquedos; Intoxicação: a intoxicação ocorre quando substâncias tóxicas, como produtos de limpeza, medicamentos ou plantas venenosas, são ingeridas ou entram em contato com a pele; Afogamento: piscinas, banheiras, baldes com água ou até mesmo recipientes menores podem gerar riscos de afogamentos, uma das principais causas de morte acidental em crianças. A gravidade do afogamento varia de acordo com o tempo de submersão e falta de oxigênio; Quedas: as quedas são acidentes muito comuns, podendo ocorrer em escadas, camas, móveis, playgrounds, entre outros locais. Acidentes domésticos com crianças Crianças são muito curiosas e tendem a explorar diferentes ambientes. Portanto, elas acabam sendo mais suscetíveis a acidentes domésticos, principalmente quando não estão sendo supervisionadas por adultos. O ambiente domiciliar pode conter verdadeiras “armadilhas” que podem gerar sérias consequências para a saúde dos pequenos. É fundamental que pais e mães estejam atentos aos seus filhos em momentos de distração e lazer. Alguns minutos longe de supervisão podem ser suficientes para a ocorrência de um acidente doméstico. Esse cuidado deve ser ainda mais rígido com crianças menores, de um a três anos. Nessa fase, a criança está descobrindo o mundo e não possui discernimento e nem coordenação motora o suficiente para se prevenir de potenciais riscos acidentais. Quais as áreas com maior risco para acidentes domésticos? Como mencionado, o ambiente domiciliar pode conter algumas “armadilhas” que aumentam as chances de um acidente ou trauma em crianças. Um dos ambientes mais preocupantes é a cozinha pelo fácil acesso da criança a objetos cortantes, como tesouras e facas. O fogão também representa risco, já que a criança pode alcançar as bocas do gás e também as panelas utilizadas para o cozimento de alimentos. As queimaduras por escaldamento, ou seja, quando a criança derrama sobre si um líquido fervente, são uma das situações mais graves nesse contexto. A área de serviço é outro local que os pais devem estar atentos. É um cômodo da casa em que a criança pode ter fácil acesso a produtos químicos (produtos de limpeza, entre outros) e eletrodomésticos, como o ferro de passar roupas. Entre os potenciais acidentes, incluem-se intoxicações, queimaduras e choque elétrico. A presença de baldes com lâminas de água (até dois centímetros) pode representar risco de afogamentos em crianças pequenas. Ter uma piscina em casa é garantia de diversão para a família toda, mas também pode representar riscos graves de afogamento. Dessa forma, o acesso à piscina por crianças deve sempre ser supervisionado por adultos para evitar acidentes graves. Outros locais e objetos que devem ser gerenciados com cautela são escadas, janelas e cadeiras, devido ao potencial risco de quedas. Tomadas e fios elétricos distribuídos pela casa também podem resultar em choques elétricos graves. Como agir em caso de acidente doméstico? É importante que pais e mães tenham noções básicas de primeiros socorros, para fornecer os primeiros atendimentos em caso de acidentes. Saber lidar com as diferentes situações de risco pode fazer toda a diferença para a saúde da criança. Em casos de engasgo, um dos procedimentos recomendados é abraçar a criança pelas costas, na altura do peito, e fazer pequenas compressões com as mãos para facilitar a saída do objeto ou alimento. Caso a criança esteja inconsciente, deve-se ligar imediatamente para o atendimento médico. Se a criança sofrer uma queimadura, jamais utilize técnicas caseiras, como a aplicação de pasta de dente, café ou manteiga na região afetada. O procedimento correto é lavar o local com água corrente fria. A depender da extensão da queimadura, solicite atendimento médico de emergência. Em quedas, é importante que os responsáveis pela criança observem se há fraturas e se a criança está pálida, inconsciente ou se há alterações no comportamento, como sonolência ou agitação. Se houver suspeita de fraturas ou lesões na cabeça, leve a criança a um pronto-socorro imediatamente. Ter um kit de primeiros socorros também é bastante útil e pode ajudar na realização de curativos em pequenos cortes. No entanto, em caso de acidentes mais graves, como afogamento, intoxicação ou choque elétrico, é fundamental buscar auxílio profissional de imediato. Para isso, existem canais específicos que pais ou responsáveis podem recorrer no momento do acidente, como os Bombeiros (193) ou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU – 192), os quais possuem profissionais capacitados para o atendimento de casos graves e que envolvem risco de morte. Prevenção de acidentes domésticos Mais do que saber lidar em situações de acidentes domésticos, é imprescindível conscientizar pais e mães sobre a importância da prevenção. Adaptar a residência para evitar esse tipo de acidente é a melhor estratégia a ser adotada. Na cozinha, use sempre que possível as bocas do fundo do fogão com os cabos das panelas virados para a parede, sobretudo ao ferver líquidos. Não deixe talheres em cima de panos, nas bancadas e nem eletrodomésticos com cabos expostos. Evite guardar objetos cortantes em gavetas baixas ou outros locais em que a criança possa ter fácil acesso. Em áreas comuns, não esqueça de guardar objetos pequenos que possam ser engolidos, pois assim você evita engasgos na criança. Limite também o acesso a escadas, instalando cercas de segurança. Outro ponto bastante crítico são plugues e tomadas, que podem ser fontes de choques elétricos. Instale tomadas de três pinos na residência e utilize protetores para que a criança não consiga ter acesso. Na área de serviço, procure sempre guardar produtos de limpeza e outros materiais longe do alcance de crianças, de preferência em prateleiras altas. Não utilize frascos ou garrafas (de refrigerantes, sucos, etc.) para guardar produtos potencialmente tóxicos. Por fim, não permita o livre acesso de crianças a áreas de lazer que tenham piscina e, de preferência, providencie a instalação de cercas de segurança. É recomendado que a criança só utilize a piscina sob a supervisão de um adulto e equipada com boias ou coletes salva-vidas. Adotando medidas simples como essas, é possível minimizar os riscos de acidentes domésticos e garantir a segurança do seu filho durante as férias escolares. Agora que você já sabe como evitar acidentes domésticos, sugerimos a leitura do conteúdo sobre como se organizar para viajar em família, para que você tenha momentos ainda mais agradáveis e felizes na companhia de quem você mais ama. Referências: SBP. Os acidentes são evitáveis e na maioria das vezes,  o perigo está dentro de casa! Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/_22337c-ManOrient_-_Os_Acidentes_Sao_Evitaveis__1_.pdf Acesso em: 06/07/2023 Criança Segura Brasil. Dicas de prevenção de acidentes em casa. Disponível em: https://criancasegura.org.br/aprenda-a-prevenir/por-ambiente/dicas-de-prevencao-de-acidentes-em-casa/ Acesso em: 06/07/2023