Sabin Por: Sabin
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O cenário atual do diabetes não é nada favorável. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de diagnósticos quadruplicou nos últimos 40 anos, com 422 milhões de pessoas vivendo com diabetes no mundo. No Brasil, a situação também é preocupante, pois o país ocupa o quinto lugar no ranking mundial de pessoas com a doença. 

Entre os tipos de diabetes, o tipo 2 é, sem dúvidas, o mais prevalente. No entanto, o tipo 1 também representa riscos e desafios, principalmente em relação ao controle glicêmico. Essa forma da doença é caracterizada pela destruição autoimune das células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. Como resultado, os pacientes com diabetes tipo 1 dependem inteiramente da administração de insulina exógena para controlar seus níveis glicêmicos.

A atividade física é uma pedra angular da saúde em todas as faixas etárias e constitui uma importante estratégia para o controle do diabetes. Para pacientes com o tipo 1, a atividade física traz inúmeros benefícios, especialmente quanto à melhora da sensibilidade à insulina e controle do peso corporal.

Apesar dos reais benefícios do exercício físico para esses pacientes, é imprescindível que sua incorporação seja feita de forma consciente, respeitando as condições que a doença impõe. Neste conteúdo, traremos informações importantes sobre como realizar o manejo de pacientes com diabetes tipo 1 em atividades físicas.

Benefícios da prática de exercício físico no diabetes tipo 1

A prática regular de atividade física oferece benefícios significativos para pacientes com diabetes tipo 1, incluindo redução dos riscos cardiovasculares, promoção do bem-estar pessoal, controle do peso corporal, melhora da saúde óssea, aumento da força muscular e redução de níveis do colesterol LDL e das triglicérides.

Adicionalmente, numerosos estudos científicos já demonstraram que a realização de atividade física contribui para o controle glicêmico. De acordo com as pesquisas, durante o exercício, o músculo é capaz de aumentar a captação de glicose em dez vezes ou mais, sem a necessidade da ação de insulina.

O treinamento de resistência, por exemplo, promove melhorias consideráveis e duradouras na sensibilidade à insulina do músculo esquelético, regulando os “pools” proteicos do transportador de glicose 4 (GLUT4), um dos principais transportadores envolvidos no controle glicêmico. Portanto, a prática de atividade física regular e planejada é altamente recomendada para o tratamento e manejo do diabetes tipo 1.

Desafios na prática de exercícios físicos em pacientes com diabetes

Apesar das vantagens, a prática de atividade física por pacientes com diabetes tipo 1 pode ser desafiadora, sobretudo pelas condições impostas pela própria doença.

Dependendo do tipo de atividade, duração e intensidade, a demanda energética pode ser alta, tornando o controle glicêmico, nessas situações, ainda mais intrincado e dependente de uma fina regulação endócrina, a qual é significativamente prejudicada em pacientes com diabetes tipo 1.

Outro fator limitante é a dependência de insulina exógena. Mesmo com o avanço de novas insulinas, dispositivos de infusão subcutânea automática e monitorização contínua da glicose, pacientes com diabetes tipo 1 podem apresentar níveis do hormônio maiores que pessoas saudáveis, uma vez que sua administração é majoritariamente feita por via subcutânea.

Conforme estudos, esses pacientes possuem ainda maior dificuldade na oxidação de carboidratos e menor estoque hepático e muscular de glicogênio, o que os torna suscetíveis à hipoglicemia após realização da atividade física, além de uma possível menor recuperação muscular.

Mas essas limitações não devem ser um fator desencorajador na prática de exercícios físicos. Com um bom planejamento e controle glicêmico adequado, é possível que pessoas com diabetes tipo 1 se beneficiem da prática de exercícios de forma segura e saudável.

Quais estratégias clínicas podem ser adotadas?

A prática de atividade física deve ser estimulada a todos, independentemente do diagnóstico ou não de diabetes (entre 150 a 300 minutos por semana). Contudo, para pacientes com diabetes tipo 1, é importante seguir algumas estratégias para evitar complicações decorrentes do exercício, destacando a importância do acompanhamento profissional e individualizado para cada caso clínico.

A seguir, apresentamos algumas estratégias clínicas importantes que podem ser adotadas por pacientes com diabetes tipo 1 antes, durante e após a prática de atividade física. Tais estratégias foram apresentadas e discutidas em recente publicação na revista científica Nature Reviews Endocrinology, a qual traz novos insights quanto ao manejo de pacientes adultos com diabetes tipo 1 durante a prática de atividade física.

Tipo de exercício físico

Saber o tipo, duração e intensidade do exercício é fundamental, já que diferentes atividades levam a padrões de glicemia distintos.

Em exercícios anaeróbicos, com volume de oxigênio máximo (VO2) acima de 80%, há a utilização quase que exclusiva de glicose como fonte energética. Em pessoas saudáveis, para prevenir a ocorrência de hiperglicemia nesse tipo de exercício, há aumento na liberação de insulina, o que não ocorre em pacientes com diabetes tipo 1.

Nessas condições, recomenda-se a realização de breve atividade aeróbia antes do treinamento, para prevenir a hiperglicemia associada ao treinamento resistido de alta intensidade. Outra alternativa é a adoção do resfriamento passivo corporal, por meio de pacotes de gelo ou gel frio após o treino. O resfriamento passivo auxilia na diminuição do risco de hiperglicemia, através da redução da liberação de hormônios contrarreguladores, como insulina, glucagon, cortisol e adrenalina.

Por outro lado, exercícios aeróbicos de longa duração e intensidade moderada (corrida, por exemplo) tendem a gerar hipoglicemia. Nesse caso, a estratégia inversa pode ser interessante, com a prática de exercício resistido antes de iniciar o aeróbio.

É indispensável também que esses pacientes levem sempre insulina e carboidratos para o treinamento, caso seja necessário. Carboidratos de liberação lenta, como barras energéticas ou géis, podem ser úteis nesses casos.

Monitoramento dos níveis glicêmicos

Monitorar a glicemia é essencial para o tratamento e manejo do diabetes, algo ainda mais crítico durante a prática de atividade física. Isso permite que o paciente faça ajustes necessários na administração de insulina ou na ingestão de carboidratos, para evitar hipoglicemia ou hiperglicemia.

As recomendações atuais incluem a avaliação por meio de Monitoramento Contínuo de Glicemia (CGM). A CGM é uma tecnologia que permite o acompanhamento constante dos níveis de glicose no sangue de uma pessoa ao longo do dia, mediante a utilização de um pequeno dispositivo chamado sensor de glicose, inserido sob a pele.

Outra opção é aferir a glicemia capilar antes, durante e após a atividade física. Idealmente, para pacientes com diabetes do tipo 1, recomenda-se iniciar exercícios físicos com glicemia entre 90 e 180 mg/dL. Além disso, o risco de hipoglicemia pós-exercício é aumentado após 12 a 24 horas do exercício, sendo necessária uma monitorização frequente da glicemia nesse período.

Realizar ajustes nas doses de insulina

Em pacientes que fazem uso de bomba de insulina ou que utilizam múltiplas doses diárias, é crucial estar atento e controlar de forma efetiva a dose de insulina basal e a dose de insulina pós-prandial (insulina bolus).

Recomenda-se reduzir em até 20% a dose de insulina basal ou reduzir a taxa de infusão basal em um período de uma a duas horas antes do início da atividade aeróbica, em pacientes que fazem uso de bomba. Após uma hora do exercício, sugere-se uma redução de até 50% na taxa de infusão.

A dose de insulina bolus deve ser reduzida em 50% duas horas antes e duas horas após a atividade, conforme indicado pelo estudo científico. Caso o paciente adulto execute uma atividade física que não estava planejada em sua rotina, é indicada a suplementação de aproximadamente 0,5 a 1g de carboidrato a cada minuto de atividade, por razões de desempenho ou se o nível de glicose cair abaixo de 126 mg/dL durante o exercício.

Essas são algumas das estratégias que podem ser utilizadas para maximizar o potencial do exercício físico na promoção da saúde do paciente diabético. Indivíduos diagnosticados com diabetes devem e podem realizar exercícios aeróbios e resistidos para um melhor manejo da doença. Exercícios com foco em flexibilidade e equilíbrio podem ser particularmente relevantes também para o público idoso. 

Para alcançar esses objetivos, são primordiais planejamento, acompanhamento e individualização dessas estratégias, sempre considerando as características individuais de cada quadro clínico. Para aprofundar ainda mais o seu conhecimento acerca do diagnóstico e manejo clínico, sugerimos a leitura do conteúdo sobre como diagnosticar o diabetes, que traz uma visão detalhada sobre os tipos recorrentes da doença e as alternativas recomendadas para o acompanhamento clínico.

Referências:

Dela F, Mikines KJ, von Linstow M, Secher NH, Galbo H. Effect of training on insulin-mediated glucose uptake in human muscle. Am J Physiol. 1992 Dec;263(6):E1134-43. doi: 10.1152/ajpendo.2006.263.6.E1134. PMID: 1476187.

Klip A, McGraw TE, James DE. Thirty sweet years of GLUT4. J Biol Chem. 2019 Jul 26;294(30):11369-11381. doi: 10.1074/jbc.REV119.008351

Pereira, W.V.C., Vancea, D.M.M., de Andrade Oliveira, R. et al., 2022: Posicionamento da Sociedade Brasileira de Diabetes sobre recomendações de exercícios para pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2. Diabetol Metab Syndr 15, 2 (2023). https://doi.org/10.1186/s13098-022-00945-3Riddell, M.C., Peters, A.L. Exercício em adultos com diabetes mellitus tipo 1. Nat Rev Endocrinol 19, 98–111 (2023). https://doi.org/10.1038/s41574-022-00756-6

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Saiba como realizar o manejo do diabetes tipo 1 em atividades físicas; O cenário atual do diabetes não é nada favorável. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de diagnósticos quadruplicou nos últimos 40 anos, com 422 milhões de pessoas vivendo com diabetes no mundo. No Brasil, a situação também é preocupante, pois o país ocupa o quinto lugar no ranking mundial de pessoas com a doença.  Entre os tipos de diabetes, o tipo 2 é, sem dúvidas, o mais prevalente. No entanto, o tipo 1 também representa riscos e desafios, principalmente em relação ao controle glicêmico. Essa forma da doença é caracterizada pela destruição autoimune das células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. Como resultado, os pacientes com diabetes tipo 1 dependem inteiramente da administração de insulina exógena para controlar seus níveis glicêmicos. A atividade física é uma pedra angular da saúde em todas as faixas etárias e constitui uma importante estratégia para o controle do diabetes. Para pacientes com o tipo 1, a atividade física traz inúmeros benefícios, especialmente quanto à melhora da sensibilidade à insulina e controle do peso corporal. Apesar dos reais benefícios do exercício físico para esses pacientes, é imprescindível que sua incorporação seja feita de forma consciente, respeitando as condições que a doença impõe. Neste conteúdo, traremos informações importantes sobre como realizar o manejo de pacientes com diabetes tipo 1 em atividades físicas. Benefícios da prática de exercício físico no diabetes tipo 1 A prática regular de atividade física oferece benefícios significativos para pacientes com diabetes tipo 1, incluindo redução dos riscos cardiovasculares, promoção do bem-estar pessoal, controle do peso corporal, melhora da saúde óssea, aumento da força muscular e redução de níveis do colesterol LDL e das triglicérides. Adicionalmente, numerosos estudos científicos já demonstraram que a realização de atividade física contribui para o controle glicêmico. De acordo com as pesquisas, durante o exercício, o músculo é capaz de aumentar a captação de glicose em dez vezes ou mais, sem a necessidade da ação de insulina. O treinamento de resistência, por exemplo, promove melhorias consideráveis e duradouras na sensibilidade à insulina do músculo esquelético, regulando os “pools” proteicos do transportador de glicose 4 (GLUT4), um dos principais transportadores envolvidos no controle glicêmico. Portanto, a prática de atividade física regular e planejada é altamente recomendada para o tratamento e manejo do diabetes tipo 1. Desafios na prática de exercícios físicos em pacientes com diabetes Apesar das vantagens, a prática de atividade física por pacientes com diabetes tipo 1 pode ser desafiadora, sobretudo pelas condições impostas pela própria doença. Dependendo do tipo de atividade, duração e intensidade, a demanda energética pode ser alta, tornando o controle glicêmico, nessas situações, ainda mais intrincado e dependente de uma fina regulação endócrina, a qual é significativamente prejudicada em pacientes com diabetes tipo 1. Outro fator limitante é a dependência de insulina exógena. Mesmo com o avanço de novas insulinas, dispositivos de infusão subcutânea automática e monitorização contínua da glicose, pacientes com diabetes tipo 1 podem apresentar níveis do hormônio maiores que pessoas saudáveis, uma vez que sua administração é majoritariamente feita por via subcutânea. Conforme estudos, esses pacientes possuem ainda maior dificuldade na oxidação de carboidratos e menor estoque hepático e muscular de glicogênio, o que os torna suscetíveis à hipoglicemia após realização da atividade física, além de uma possível menor recuperação muscular. Mas essas limitações não devem ser um fator desencorajador na prática de exercícios físicos. Com um bom planejamento e controle glicêmico adequado, é possível que pessoas com diabetes tipo 1 se beneficiem da prática de exercícios de forma segura e saudável. Quais estratégias clínicas podem ser adotadas? A prática de atividade física deve ser estimulada a todos, independentemente do diagnóstico ou não de diabetes (entre 150 a 300 minutos por semana). Contudo, para pacientes com diabetes tipo 1, é importante seguir algumas estratégias para evitar complicações decorrentes do exercício, destacando a importância do acompanhamento profissional e individualizado para cada caso clínico. A seguir, apresentamos algumas estratégias clínicas importantes que podem ser adotadas por pacientes com diabetes tipo 1 antes, durante e após a prática de atividade física. Tais estratégias foram apresentadas e discutidas em recente publicação na revista científica Nature Reviews Endocrinology, a qual traz novos insights quanto ao manejo de pacientes adultos com diabetes tipo 1 durante a prática de atividade física. Tipo de exercício físico Saber o tipo, duração e intensidade do exercício é fundamental, já que diferentes atividades levam a padrões de glicemia distintos. Em exercícios anaeróbicos, com volume de oxigênio máximo (VO2) acima de 80%, há a utilização quase que exclusiva de glicose como fonte energética. Em pessoas saudáveis, para prevenir a ocorrência de hiperglicemia nesse tipo de exercício, há aumento na liberação de insulina, o que não ocorre em pacientes com diabetes tipo 1. Nessas condições, recomenda-se a realização de breve atividade aeróbia antes do treinamento, para prevenir a hiperglicemia associada ao treinamento resistido de alta intensidade. Outra alternativa é a adoção do resfriamento passivo corporal, por meio de pacotes de gelo ou gel frio após o treino. O resfriamento passivo auxilia na diminuição do risco de hiperglicemia, através da redução da liberação de hormônios contrarreguladores, como insulina, glucagon, cortisol e adrenalina. Por outro lado, exercícios aeróbicos de longa duração e intensidade moderada (corrida, por exemplo) tendem a gerar hipoglicemia. Nesse caso, a estratégia inversa pode ser interessante, com a prática de exercício resistido antes de iniciar o aeróbio. É indispensável também que esses pacientes levem sempre insulina e carboidratos para o treinamento, caso seja necessário. Carboidratos de liberação lenta, como barras energéticas ou géis, podem ser úteis nesses casos. Monitoramento dos níveis glicêmicos Monitorar a glicemia é essencial para o tratamento e manejo do diabetes, algo ainda mais crítico durante a prática de atividade física. Isso permite que o paciente faça ajustes necessários na administração de insulina ou na ingestão de carboidratos, para evitar hipoglicemia ou hiperglicemia. As recomendações atuais incluem a avaliação por meio de Monitoramento Contínuo de Glicemia (CGM). A CGM é uma tecnologia que permite o acompanhamento constante dos níveis de glicose no sangue de uma pessoa ao longo do dia, mediante a utilização de um pequeno dispositivo chamado sensor de glicose, inserido sob a pele. Outra opção é aferir a glicemia capilar antes, durante e após a atividade física. Idealmente, para pacientes com diabetes do tipo 1, recomenda-se iniciar exercícios físicos com glicemia entre 90 e 180 mg/dL. Além disso, o risco de hipoglicemia pós-exercício é aumentado após 12 a 24 horas do exercício, sendo necessária uma monitorização frequente da glicemia nesse período. Realizar ajustes nas doses de insulina Em pacientes que fazem uso de bomba de insulina ou que utilizam múltiplas doses diárias, é crucial estar atento e controlar de forma efetiva a dose de insulina basal e a dose de insulina pós-prandial (insulina bolus). Recomenda-se reduzir em até 20% a dose de insulina basal ou reduzir a taxa de infusão basal em um período de uma a duas horas antes do início da atividade aeróbica, em pacientes que fazem uso de bomba. Após uma hora do exercício, sugere-se uma redução de até 50% na taxa de infusão. A dose de insulina bolus deve ser reduzida em 50% duas horas antes e duas horas após a atividade, conforme indicado pelo estudo científico. Caso o paciente adulto execute uma atividade física que não estava planejada em sua rotina, é indicada a suplementação de aproximadamente 0,5 a 1g de carboidrato a cada minuto de atividade, por razões de desempenho ou se o nível de glicose cair abaixo de 126 mg/dL durante o exercício. Essas são algumas das estratégias que podem ser utilizadas para maximizar o potencial do exercício físico na promoção da saúde do paciente diabético. Indivíduos diagnosticados com diabetes devem e podem realizar exercícios aeróbios e resistidos para um melhor manejo da doença. Exercícios com foco em flexibilidade e equilíbrio podem ser particularmente relevantes também para o público idoso.  Para alcançar esses objetivos, são primordiais planejamento, acompanhamento e individualização dessas estratégias, sempre considerando as características individuais de cada quadro clínico. Para aprofundar ainda mais o seu conhecimento acerca do diagnóstico e manejo clínico, sugerimos a leitura do conteúdo sobre como diagnosticar o diabetes, que traz uma visão detalhada sobre os tipos recorrentes da doença e as alternativas recomendadas para o acompanhamento clínico. Referências: Dela F, Mikines KJ, von Linstow M, Secher NH, Galbo H. Effect of training on insulin-mediated glucose uptake in human muscle. Am J Physiol. 1992 Dec;263(6):E1134-43. doi: 10.1152/ajpendo.2006.263.6.E1134. PMID: 1476187. Klip A, McGraw TE, James DE. Thirty sweet years of GLUT4. J Biol Chem. 2019 Jul 26;294(30):11369-11381. doi: 10.1074/jbc.REV119.008351 Pereira, W.V.C., Vancea, D.M.M., de Andrade Oliveira, R. et al., 2022: Posicionamento da Sociedade Brasileira de Diabetes sobre recomendações de exercícios para pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2. Diabetol Metab Syndr 15, 2 (2023). https://doi.org/10.1186/s13098-022-00945-3Riddell, M.C., Peters, A.L. Exercício em adultos com diabetes mellitus tipo 1. Nat Rev Endocrinol 19, 98–111 (2023). https://doi.org/10.1038/s41574-022-00756-6