Sabin Por: Sabin
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A medicina tem avançado consideravelmente nas últimas décadas, incorporando, cada vez mais, a investigação genética como uma ferramenta fundamental para orientar o diagnóstico e tratamento de diversas doenças. Os testes genéticos por Sequenciamento de Nova Geração (NGS) desempenham um papel crucial nesse cenário, fornecendo informações valiosas que podem orientar os médicos em sua prática clínica.

Mas, mais do que compreender a utilidade diagnóstica desses testes, é fundamental também entender como aplicá-los adequadamente. Pensando nisso, elaboramos este conteúdo para que você aprofunde seu conhecimento acerca da utilidade diagnóstica dos testes genéticos, quando solicitá-los e como interpretar os resultados.

Qual a utilidade diagnóstica dos exames genéticos?

Os exames genéticos por NGS podem ser solicitados para investigar a presença de variantes genéticas que possam estar associadas a uma condição clínica específica. Sua utilidade diagnóstica inclui a investigação de doenças genéticas, identificação de predisposições hereditárias, personalização de tratamentos e aconselhamento genético.

Apesar de serem uma ferramenta valiosa, é fundamental enfatizar que esses exames devem ser utilizados em um contexto clínico, ou seja, precisam sempre estar correlacionados com a apresentação clínica e outros dados relevantes, como exames laboratoriais e histórico familiar, para sua adequada interpretação.

A sensibilidade e a especificidade de cada teste podem sofrer alterações de acordo com o tipo de variante pesquisada, e a interpretação dos resultados deve ser feita com cautela, uma vez que nem todas as variantes têm significados clínicos claros. Adicionalmente, muitas condições resultam da interação de múltiplos fatores genéticos e ambientais, os quais podem não ser contemplados pelo exame.

Especialidades atendidas por exames genéticos

Os exames genéticos apresentam uma ampla aplicabilidade e podem ser utilizados pela maioria das especialidades médicas. São frequentemente utilizados na oncologia para identificar predisposições hereditárias a neoplasias, estratificação de risco, definição de prognóstico e direcionamento personalizado do tratamento.

Na cardiologia, por exemplo, eles auxiliam na identificação de variantes associadas a um maior risco de doenças cardíacas hereditárias. Essa mesma aplicabilidade pode ser expandida para outras áreas, como neurologia, endocrinologia e oftalmologia.

Os testes genéticos também podem ser utilizados para detectar alterações cromossômicas em fetos durante a gravidez, propiciando a detecção precoce de síndromes capazes de impactar significativamente a saúde do bebê. 

Quando solicitar os exames genéticos?

A decisão de solicitar os exames genéticos é uma etapa crítica e deve ser baseada na avaliação cuidadosa de cada caso clínico. É essencial que o médico considere a natureza da doença em questão, se é de origem mendeliana ou multifatorial, antes de decidir pela realização de um painel genético.

Doenças mendelianas são causadas por mutações em um único gene. Nesses casos, a investigação utilizando um exame genético que contemple esse gene específico pode ser apropriada, principalmente quando há elevada correlação clínica.

Por outro lado, doenças multifatoriais têm origem complexa, envolvendo a interação de múltiplos fatores. O lúpus eritematoso sistêmico é um exemplo, pois o percentual de casos da doença que possuem origem mendeliana é muito pequeno. Assim, geralmente não se justifica a investigação por um painel genético ou um exoma nesses casos, devido ao baixo rendimento diagnóstico do exame.

Mesmo em situações em que exista suspeita de etiologia genética, é de suma importância verificar se o tipo de alteração genética é identificável pelo método. Como exemplo, podemos citar as condições por alterações cromossômicas, que podem ser melhor investigadas por outros métodos, como o cariótipo de sangue periférico e a análise cromossômica por microarranjos.

Rendimento diagnóstico

O rendimento diagnóstico refere-se à capacidade do teste em identificar com precisão e sensibilidade as variantes genéticas associadas a uma condição médica específica. É uma medida da eficácia do teste em detectar essas variantes, que podem ser responsáveis pela manifestação do quadro clínico.

São fatores que podem interferir no rendimento diagnóstico dos testes genéticos: a possibilidade de etiologias não mendelianas (por exemplo, condições multifatoriais levando ao mesmo tipo de manifestação fenotípica, como é o caso das neoplasias); o percentual de pacientes com alguma indicação clínica específica que podem apresentar variantes clinicamente relevantes à investigação; a possibilidade de condições mendelianas ainda não associadas a genes específicos; e variantes que podem não ser identificadas pelo método utilizado.

Portanto, o rendimento diagnóstico em exames genéticos envolve um conhecimento prévio sobre a condição específica, variantes responsáveis pelo quadro clínico, prevalência da condição, características e limitações do método. Não existe um único método capaz de diagnosticar 100% dos casos de qualquer tipo de condição genética, e um resultado sem variantes clinicamente relevantes pode não afastar a hipótese diagnóstica inicial.

Como interpretar os resultados?

Os resultados dos exames genéticos são apresentados em formato de laudo e expressos da seguinte forma: expressão de variantes clinicamente relevantes, variantes de significado incerto e ausência de variantes identificadas.

Variante clinicamente relevante

Uma variante clinicamente relevante (ou variante patogênica) é uma alteração genética associada de forma conclusiva a uma doença ou condição médica. Essas variantes têm alta probabilidade de causar a manifestação clínica da condição quando presentes.

As variantes clinicamente relevantes são geralmente identificadas com base em dados clínicos e de pesquisa, que demonstram sua associação direta com a doença, bem como em critérios estabelecidos por organizações médicas e genéticas. Dessa forma, sua detecção auxilia na definição do diagnóstico e no direcionamento do tratamento.

Variante de significado incerto

Uma variante de significado incerto ou VUS (do inglês “Variant of Uncertain Significance) é uma alteração genética que não possui evidências científicas suficientes para ser classificada como patogênica ou benigna.

A interpretação da VUS é um campo em constante evolução, à medida que novas pesquisas genéticas e clínicas fornecem mais informações sobre ela. No entanto, a identificação desse tipo de variante não deve ser utilizada para diagnóstico ou para mudanças na conduta médica.

Ausência de variantes identificadas

Em alguns casos, os resultados de um exame genético podem indicar a ausência de variantes genéticas reportáveis ou clinicamente relevantes. Isso significa que nenhuma alteração genética significativa foi identificada.

É importante destacar também que, no laudo final, não são reportadas variantes benignas, apenas as de significado incerto ou que estejam ligadas à condição clínica. A ausência de variantes identificadas não exclui completamente a possibilidade de uma base genética para a condição do paciente, uma vez que outras variantes não avaliadas ou outros fatores genéticos e ambientais podem estar envolvidos.

Previsão de cobertura de exames genéticos pela ANS

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) prevê a cobertura de exames genéticos por planos de saúde em determinadas situações. A ANS é o órgão responsável por regulamentar e fiscalizar planos e operadores de saúde no Brasil e estabelece diretrizes e regras para a cobertura de procedimentos médicos, incluindo painéis genéticos por NGS e exoma.

Em casos em que o paciente possui histórico familiar de doença genética comprovada, a ANS pode prever a cobertura de exames para determinar a predisposição a essa doença, conforme os critérios estabelecidos em diretrizes de utilização. Em situações em que o paciente apresenta sintomas de uma doença rara e grave que pode ter origem genética, a ANS também pode permitir a cobertura desses exames para auxiliar no diagnóstico.

É muito importante que o médico esteja ciente das diretrizes da ANS e busque informações específicas sobre a cobertura desses exames para informar aos seus pacientes. Os critérios de cobertura podem variar ao longo do tempo, de acordo com as atualizações das diretrizes.

Ao considerar a solicitação de exames genéticos, é imprescindível que os médicos avaliem cuidadosamente a relevância da informação fornecida pelo exame para o diagnóstico e tratamento do paciente, considerando a etiologia da doença e o rendimento diagnóstico esperado.

Tomando esses cuidados, é possível garantir que as informações obtidas pelos exames genéticos sejam, de fato, precisas e eficazes em melhorar a saúde do paciente. Para aprofundar seu conhecimento acerca da utilidade diagnóstica de exames genéticos, sugerimos a leitura do conteúdo sobre qual a utilidade dos testes genéticos para o câncer hereditário.

SABIN AVISA:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

ANS. Rol de Procedimento e Eventos em Saúde 2021. Disponível em: https://www.ans.gov.br/images/stories/Plano_de_saude_e_Operadoras/Area_do_consumidor/rol/2021/anexo_ii_dut_2021_rn_4652021.pdf Acesso em: 27/09/2023

Behjati S, Tarpey PS. What is next generation sequencing? Arch Dis Child Educ Pract Ed. 2013 Dec;98(6):236-8. doi: 10.1136/archdischild-2013-304340

Mayo Clinic. Genetic testing. Disponível: https://www.mayoclinic.org/tests-procedures/genetic-testing/about/pac-20384827 Acesso em: 27/09/2023

Qin D. Next-generation sequencing and its clinical application. Cancer Biol Med. 2019 Feb;16(1):4-10. doi: 10.20892/j.issn.2095-3941.2018.0055

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Exames genéticos: como utilizar para o diagnóstico de doenças?; A medicina tem avançado consideravelmente nas últimas décadas, incorporando, cada vez mais, a investigação genética como uma ferramenta fundamental para orientar o diagnóstico e tratamento de diversas doenças. Os testes genéticos por Sequenciamento de Nova Geração (NGS) desempenham um papel crucial nesse cenário, fornecendo informações valiosas que podem orientar os médicos em sua prática clínica. Mas, mais do que compreender a utilidade diagnóstica desses testes, é fundamental também entender como aplicá-los adequadamente. Pensando nisso, elaboramos este conteúdo para que você aprofunde seu conhecimento acerca da utilidade diagnóstica dos testes genéticos, quando solicitá-los e como interpretar os resultados. Qual a utilidade diagnóstica dos exames genéticos? Os exames genéticos por NGS podem ser solicitados para investigar a presença de variantes genéticas que possam estar associadas a uma condição clínica específica. Sua utilidade diagnóstica inclui a investigação de doenças genéticas, identificação de predisposições hereditárias, personalização de tratamentos e aconselhamento genético. Apesar de serem uma ferramenta valiosa, é fundamental enfatizar que esses exames devem ser utilizados em um contexto clínico, ou seja, precisam sempre estar correlacionados com a apresentação clínica e outros dados relevantes, como exames laboratoriais e histórico familiar, para sua adequada interpretação. A sensibilidade e a especificidade de cada teste podem sofrer alterações de acordo com o tipo de variante pesquisada, e a interpretação dos resultados deve ser feita com cautela, uma vez que nem todas as variantes têm significados clínicos claros. Adicionalmente, muitas condições resultam da interação de múltiplos fatores genéticos e ambientais, os quais podem não ser contemplados pelo exame. Especialidades atendidas por exames genéticos Os exames genéticos apresentam uma ampla aplicabilidade e podem ser utilizados pela maioria das especialidades médicas. São frequentemente utilizados na oncologia para identificar predisposições hereditárias a neoplasias, estratificação de risco, definição de prognóstico e direcionamento personalizado do tratamento. Na cardiologia, por exemplo, eles auxiliam na identificação de variantes associadas a um maior risco de doenças cardíacas hereditárias. Essa mesma aplicabilidade pode ser expandida para outras áreas, como neurologia, endocrinologia e oftalmologia. Os testes genéticos também podem ser utilizados para detectar alterações cromossômicas em fetos durante a gravidez, propiciando a detecção precoce de síndromes capazes de impactar significativamente a saúde do bebê.  Quando solicitar os exames genéticos? A decisão de solicitar os exames genéticos é uma etapa crítica e deve ser baseada na avaliação cuidadosa de cada caso clínico. É essencial que o médico considere a natureza da doença em questão, se é de origem mendeliana ou multifatorial, antes de decidir pela realização de um painel genético. Doenças mendelianas são causadas por mutações em um único gene. Nesses casos, a investigação utilizando um exame genético que contemple esse gene específico pode ser apropriada, principalmente quando há elevada correlação clínica. Por outro lado, doenças multifatoriais têm origem complexa, envolvendo a interação de múltiplos fatores. O lúpus eritematoso sistêmico é um exemplo, pois o percentual de casos da doença que possuem origem mendeliana é muito pequeno. Assim, geralmente não se justifica a investigação por um painel genético ou um exoma nesses casos, devido ao baixo rendimento diagnóstico do exame. Mesmo em situações em que exista suspeita de etiologia genética, é de suma importância verificar se o tipo de alteração genética é identificável pelo método. Como exemplo, podemos citar as condições por alterações cromossômicas, que podem ser melhor investigadas por outros métodos, como o cariótipo de sangue periférico e a análise cromossômica por microarranjos. Rendimento diagnóstico O rendimento diagnóstico refere-se à capacidade do teste em identificar com precisão e sensibilidade as variantes genéticas associadas a uma condição médica específica. É uma medida da eficácia do teste em detectar essas variantes, que podem ser responsáveis pela manifestação do quadro clínico. São fatores que podem interferir no rendimento diagnóstico dos testes genéticos: a possibilidade de etiologias não mendelianas (por exemplo, condições multifatoriais levando ao mesmo tipo de manifestação fenotípica, como é o caso das neoplasias); o percentual de pacientes com alguma indicação clínica específica que podem apresentar variantes clinicamente relevantes à investigação; a possibilidade de condições mendelianas ainda não associadas a genes específicos; e variantes que podem não ser identificadas pelo método utilizado. Portanto, o rendimento diagnóstico em exames genéticos envolve um conhecimento prévio sobre a condição específica, variantes responsáveis pelo quadro clínico, prevalência da condição, características e limitações do método. Não existe um único método capaz de diagnosticar 100% dos casos de qualquer tipo de condição genética, e um resultado sem variantes clinicamente relevantes pode não afastar a hipótese diagnóstica inicial. Como interpretar os resultados? Os resultados dos exames genéticos são apresentados em formato de laudo e expressos da seguinte forma: expressão de variantes clinicamente relevantes, variantes de significado incerto e ausência de variantes identificadas. Variante clinicamente relevante Uma variante clinicamente relevante (ou variante patogênica) é uma alteração genética associada de forma conclusiva a uma doença ou condição médica. Essas variantes têm alta probabilidade de causar a manifestação clínica da condição quando presentes. As variantes clinicamente relevantes são geralmente identificadas com base em dados clínicos e de pesquisa, que demonstram sua associação direta com a doença, bem como em critérios estabelecidos por organizações médicas e genéticas. Dessa forma, sua detecção auxilia na definição do diagnóstico e no direcionamento do tratamento. Variante de significado incerto Uma variante de significado incerto ou VUS (do inglês "Variant of Uncertain Significance) é uma alteração genética que não possui evidências científicas suficientes para ser classificada como patogênica ou benigna. A interpretação da VUS é um campo em constante evolução, à medida que novas pesquisas genéticas e clínicas fornecem mais informações sobre ela. No entanto, a identificação desse tipo de variante não deve ser utilizada para diagnóstico ou para mudanças na conduta médica. Ausência de variantes identificadas Em alguns casos, os resultados de um exame genético podem indicar a ausência de variantes genéticas reportáveis ou clinicamente relevantes. Isso significa que nenhuma alteração genética significativa foi identificada. É importante destacar também que, no laudo final, não são reportadas variantes benignas, apenas as de significado incerto ou que estejam ligadas à condição clínica. A ausência de variantes identificadas não exclui completamente a possibilidade de uma base genética para a condição do paciente, uma vez que outras variantes não avaliadas ou outros fatores genéticos e ambientais podem estar envolvidos. Previsão de cobertura de exames genéticos pela ANS A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) prevê a cobertura de exames genéticos por planos de saúde em determinadas situações. A ANS é o órgão responsável por regulamentar e fiscalizar planos e operadores de saúde no Brasil e estabelece diretrizes e regras para a cobertura de procedimentos médicos, incluindo painéis genéticos por NGS e exoma. Em casos em que o paciente possui histórico familiar de doença genética comprovada, a ANS pode prever a cobertura de exames para determinar a predisposição a essa doença, conforme os critérios estabelecidos em diretrizes de utilização. Em situações em que o paciente apresenta sintomas de uma doença rara e grave que pode ter origem genética, a ANS também pode permitir a cobertura desses exames para auxiliar no diagnóstico. É muito importante que o médico esteja ciente das diretrizes da ANS e busque informações específicas sobre a cobertura desses exames para informar aos seus pacientes. Os critérios de cobertura podem variar ao longo do tempo, de acordo com as atualizações das diretrizes. Ao considerar a solicitação de exames genéticos, é imprescindível que os médicos avaliem cuidadosamente a relevância da informação fornecida pelo exame para o diagnóstico e tratamento do paciente, considerando a etiologia da doença e o rendimento diagnóstico esperado. Tomando esses cuidados, é possível garantir que as informações obtidas pelos exames genéticos sejam, de fato, precisas e eficazes em melhorar a saúde do paciente. Para aprofundar seu conhecimento acerca da utilidade diagnóstica de exames genéticos, sugerimos a leitura do conteúdo sobre qual a utilidade dos testes genéticos para o câncer hereditário. SABIN AVISA: Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames. Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas.  Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial. Referências: ANS. Rol de Procedimento e Eventos em Saúde 2021. Disponível em: https://www.ans.gov.br/images/stories/Plano_de_saude_e_Operadoras/Area_do_consumidor/rol/2021/anexo_ii_dut_2021_rn_4652021.pdf Acesso em: 27/09/2023 Behjati S, Tarpey PS. What is next generation sequencing? Arch Dis Child Educ Pract Ed. 2013 Dec;98(6):236-8. doi: 10.1136/archdischild-2013-304340 Mayo Clinic. Genetic testing. Disponível: https://www.mayoclinic.org/tests-procedures/genetic-testing/about/pac-20384827 Acesso em: 27/09/2023 Qin D. Next-generation sequencing and its clinical application. Cancer Biol Med. 2019 Feb;16(1):4-10. doi: 10.20892/j.issn.2095-3941.2018.0055