Sabin Por: Sabin
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Você sabia que um simples exame de urina pode facilitar o diagnóstico de vários problemas de saúde? Sendo assim, é fundamental que você entenda a importância desse teste, quais alterações podem ser detectadas e como se preparar para realizá-lo, entre outras informações.

Conversamos com o Dr. Cláudio Correa da Silva, coordenador técnico dos setores de Urinálise e de Parasitologia do Sabin Medicina Diagnóstica, e preparamos este artigo para esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto. Confira!

O que é o exame de urina?

O exame de urina, conhecido tecnicamente como Elementos Anormais do Sedimento (EAS), urina tipo 1 ou urina de rotina — dependendo da região do país — é de fácil coleta e muito frequentemente solicitado por médicos de diversas especialidades para identificar alterações no sistema urinário, inclusive aquelas que ainda não se manifestaram clinicamente. Isso porque o exame analisa vários elementos e o seu resultado pode direcionar para a investigação diagnóstica de patologias. 

O exame não diagnostica diabetes, por exemplo, mas pode indicar o excesso de glicose e, a partir disso, levar o médico a solicitar exames complementares para chegar ao diagnóstico conclusivo. 

Assim, o exame de urina de rotina é um dos testes laboratoriais mais solicitados para pacientes com as mais variadas queixas clínicas ou mesmo para indivíduos que apenas se submetem à avaliação periódica. Essas características fazem do EAS um teste de triagem de ampla utilização.

Como se preparar para o exame?

Existem algumas práticas que devem ser implementadas como forma de garantir a coleta ideal da amostra, tais como:

  • Seguir a dieta habitual;
  • Utilizar a primeira urina do dia, que é mais concentrada. Para isso, recomenda-se a higienização das mãos, desprezar o primeiro jato e colher o jato mediano em frasco específico e asséptico (frasco coletor universal);
  • Levar a amostra ao laboratório preferencialmente de forma imediata.

Vale destacar que, em casos de urgência, como suspeita de infecção urinária ou a critério médico, o material pode ser colhido a qualquer hora, não necessariamente pela manhã.

Não é recomendado colher a urina durante o período menstrual, exceto nos casos de indicação médica, pois o sangramento pode interferir na análise química e celular. Por isso, é sugerido realizar a coleta 48 horas após o término da menstruação.

No momento do cadastro do exame, é importante informar o nome de todas as medicações que estiverem sendo utilizadas, já que algumas medicações interferem na coloração da urina e análise química. Nesses casos, o exame é efetuado parcialmente, sendo possível informar para o médico a quantificação das células e presença de cristais no sedimento urinário.

Como a urina é analisada em laboratório?

Com o avanço da tecnologia, o exame EAS costuma ser realizado de forma automatizada. Dessa forma, o equipamento realiza a análise química e celular, além da microscopia digitalizada com imagens de alta resolução. Os exames que não apresentam alterações são automaticamente liberados, enquanto os resultados alterados são revisados pela equipe técnica.

No Sabin, todo processo é automatizado. Por exemplo, a contagem celular é detectada pelo equipamento por microscopia digitalizada e pode ser visualizada diretamente da tela do computador. Assim, tudo que não estiver dentro dos valores normais de referência passa por revisão. 

“Outro diferencial da automação total está no backup dos dados. Podemos rever os resultados e, se houver alguma necessidade, rastrear e resgatar as imagens, os parâmetros químicos e celulares que foram liberados pelo nosso sistema”, pondera o entrevistado.

Em laboratórios que não possuem processos automatizados, o material é encaminhado ao setor técnico para análise química manual com a fita reativa. Em seguida, o tubo é levado para uma centrífuga, onde gira entre 1500 a 1800 rotações por minuto (RPM), durante cinco minutos. Depois, é efetuada a leitura do sedimento urinário em microscópio óptico para determinar a quantidade de células por microlitro ou por campo.

Vale destacar que, com a automatização total do exame, há melhor padronização dos processos, menor risco de erros analíticos e pós-analíticos e mais rapidez na liberação do resultado.

O EAS pode ser complementado por outras análises. Um exemplo é a pesquisa do dismorfismo eritrocitário, que auxilia o médico na investigação de sangramentos urinários.

Qual a importância do exame de urina?

O exame de urina proporciona vários parâmetros que, quando alterados, se transformam em sinais de alerta para o médico. Oferece, ainda, um direcionamento para a realização de diagnósticos.

Ficou claro que o exame de urina pode ajudar na identificação de diversos problemas de saúde? Então, aproveite sua visita e saiba mais sobre o jejum para exames de sangue: quais são os exames que pedem e por que é necessário?

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Exame de urina: entenda o passo a passo e como se preparar; Você sabia que um simples exame de urina pode facilitar o diagnóstico de vários problemas de saúde? Sendo assim, é fundamental que você entenda a importância desse teste, quais alterações podem ser detectadas e como se preparar para realizá-lo, entre outras informações. Conversamos com o Dr. Cláudio Correa da Silva, coordenador técnico dos setores de Urinálise e de Parasitologia do Sabin Medicina Diagnóstica, e preparamos este artigo para esclarecer as principais dúvidas sobre o assunto. Confira! O que é o exame de urina? O exame de urina, conhecido tecnicamente como Elementos Anormais do Sedimento (EAS), urina tipo 1 ou urina de rotina — dependendo da região do país — é de fácil coleta e muito frequentemente solicitado por médicos de diversas especialidades para identificar alterações no sistema urinário, inclusive aquelas que ainda não se manifestaram clinicamente. Isso porque o exame analisa vários elementos e o seu resultado pode direcionar para a investigação diagnóstica de patologias.  O exame não diagnostica diabetes, por exemplo, mas pode indicar o excesso de glicose e, a partir disso, levar o médico a solicitar exames complementares para chegar ao diagnóstico conclusivo.  Assim, o exame de urina de rotina é um dos testes laboratoriais mais solicitados para pacientes com as mais variadas queixas clínicas ou mesmo para indivíduos que apenas se submetem à avaliação periódica. Essas características fazem do EAS um teste de triagem de ampla utilização. Como se preparar para o exame? Existem algumas práticas que devem ser implementadas como forma de garantir a coleta ideal da amostra, tais como: Seguir a dieta habitual; Utilizar a primeira urina do dia, que é mais concentrada. Para isso, recomenda-se a higienização das mãos, desprezar o primeiro jato e colher o jato mediano em frasco específico e asséptico (frasco coletor universal); Levar a amostra ao laboratório preferencialmente de forma imediata. Vale destacar que, em casos de urgência, como suspeita de infecção urinária ou a critério médico, o material pode ser colhido a qualquer hora, não necessariamente pela manhã. Não é recomendado colher a urina durante o período menstrual, exceto nos casos de indicação médica, pois o sangramento pode interferir na análise química e celular. Por isso, é sugerido realizar a coleta 48 horas após o término da menstruação. No momento do cadastro do exame, é importante informar o nome de todas as medicações que estiverem sendo utilizadas, já que algumas medicações interferem na coloração da urina e análise química. Nesses casos, o exame é efetuado parcialmente, sendo possível informar para o médico a quantificação das células e presença de cristais no sedimento urinário. [banner id="3982"] Como a urina é analisada em laboratório? Com o avanço da tecnologia, o exame EAS costuma ser realizado de forma automatizada. Dessa forma, o equipamento realiza a análise química e celular, além da microscopia digitalizada com imagens de alta resolução. Os exames que não apresentam alterações são automaticamente liberados, enquanto os resultados alterados são revisados pela equipe técnica. No Sabin, todo processo é automatizado. Por exemplo, a contagem celular é detectada pelo equipamento por microscopia digitalizada e pode ser visualizada diretamente da tela do computador. Assim, tudo que não estiver dentro dos valores normais de referência passa por revisão.  "Outro diferencial da automação total está no backup dos dados. Podemos rever os resultados e, se houver alguma necessidade, rastrear e resgatar as imagens, os parâmetros químicos e celulares que foram liberados pelo nosso sistema", pondera o entrevistado. Em laboratórios que não possuem processos automatizados, o material é encaminhado ao setor técnico para análise química manual com a fita reativa. Em seguida, o tubo é levado para uma centrífuga, onde gira entre 1500 a 1800 rotações por minuto (RPM), durante cinco minutos. Depois, é efetuada a leitura do sedimento urinário em microscópio óptico para determinar a quantidade de células por microlitro ou por campo. Vale destacar que, com a automatização total do exame, há melhor padronização dos processos, menor risco de erros analíticos e pós-analíticos e mais rapidez na liberação do resultado. O EAS pode ser complementado por outras análises. Um exemplo é a pesquisa do dismorfismo eritrocitário, que auxilia o médico na investigação de sangramentos urinários. Qual a importância do exame de urina? O exame de urina proporciona vários parâmetros que, quando alterados, se transformam em sinais de alerta para o médico. Oferece, ainda, um direcionamento para a realização de diagnósticos. Ficou claro que o exame de urina pode ajudar na identificação de diversos problemas de saúde? Então, aproveite sua visita e saiba mais sobre o jejum para exames de sangue: quais são os exames que pedem e por que é necessário?