Sabin Por: Sabin
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O curso on-line “Medicina Diagnóstica: Interação Clínico-Laboratorial”, realizado pelo Grupo Sabin com o objetivo de orientar estudantes dos últimos períodos de medicina e médicos residentes quanto à solicitação adequada de exames, apresentou um tema crucial para o dia a dia clínico: “Interpretação do hemograma na prática médica”.

A hematologista e hemoterapeuta Dra. Anna Carolina Castro pretende, nesta aula, demonstrar como a interpretação adequada de um hemograma pode refletir em resultados diagnósticos mais eficientes.

Qual a importância do hemograma para o diagnóstico?

Um dos exames laboratoriais mais solicitados, o hemograma é um grande conhecido na rotina clínica, independentemente da especialidade médica. Entretanto, muitas vezes, não é dada a devida atenção para sua análise de maneira mais ampla. Para isso, Dra. Anna Carolina traz informações úteis que vão elucidar quaisquer dúvidas sobre a interpretação do exame, bem como suas aplicações práticas.

Como todos sabem, as análises quantitativas e qualitativas dos elementos sanguíneos (hemácias, leucócitos e plaquetas) representam a principal finalidade de um hemograma. Essa avaliação possibilita direcionar o diagnóstico, acompanhar um tratamento já iniciado ou, ainda, determinar a necessidade de novos exames para investigação complementar, quando for o caso.

Como avaliar o hemograma?

Para nortear a avaliação do hemograma, a médica explica, separadamente, cada parâmetro hematimétrico e sua correta interpretação. Além disso, destaca a importância da avaliação morfológica na contagem diferencial dos leucócitos e caracterização das plaquetas. Lembrando que o estudo refinado de cada elemento aqui apontado é detalhado por ela na apresentação em vídeo.

É importante destacar que é imprescindível a correta identificação do paciente, relatando dados referentes à idade e ao gênero. Outras informações clínicas também são relevantes e auxiliam o analista responsável pela liberação do exame, tais como: medicações em uso; tratamento quimioterápico; paciente gestante; entre outras condições diversas.

Quando é necessário solicitar o hemograma?

O uso racional do hemograma depende diretamente da avaliação médica a respeito “do que fazer com o exame”, “o que esperar do resultado” ou “quando encaminhar para um especialista”.

Nesse contexto, a aula destaca as principais situações em que o hemograma é solicitado:

  • Avaliação geral;
  • Investigação diagnóstica;
  • Monitoramento clínico;
  • Acompanhamento terapêutico.

Cuidados essenciais na hora da coleta

Ao apresentar os diferentes tubos indicados para cada tipo de amostra de sangue, a hematologista reforça algumas práticas recomendadas no ato da coleta:

  1. Nunca deixar de conferir a identificação juntamente com o paciente;
  2. Certificar-se de escolher o local de punção venosa que ofereça menos incômodo ao paciente;
  3. Manter sempre a assepsia do lugar de coleta;
  4. Fazer a homogeneização adequada do material.

Como é feita a avaliação da amostra de sangue?

Para efeitos de conhecimento, Dra. Anna Carolina faz um comparativo entre as análises manual e automatizada do hemograma, elencando as principais vantagens e desvantagens de cada técnica. O aluno tem, ainda, a chance de conhecer os equipamentos reais utilizados pelo Núcleo Técnico Operacional do Sabin para o processamento de amostras e análises clínicas.

Na sequência, ela relaciona aspectos analíticos fundamentais para a avaliação do exame.

Parâmetros quantitativos

  • Hematócrito;
  • Hemoglobina;
  • Contagem dos eritrócitos;
  • Contagem dos leucócitos;
  • Contagem de plaquetas.

Parâmetros qualitativos

  • Volume Corpuscular Médio (VCM);
  • Hemoglobina Corpuscular Média (HCM);
  • Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM);
  • Variação do tamanho das hemácias (RDW, da sigla em inglês Red Cell Distribution Width). 

Parâmetros adicionais

  • Fração de reticulócitos imaturos (IRF);
  • Conteúdo de hemoglobina dos reticulócitos (Ret-He);
  • Granulócitos imaturos (IG);
  • NRBC (eritroblastos);
  • Volume plaquetário médio (VPM);
  • Fração de plaquetas imaturas (IPF).

Não deixe de assistir, no vídeo, à explicação detalhada para cada parâmetro.

Fatores de interferência no resultado

Antes do processamento da amostra de sangue coletada, existem fatores que devem ser analisados. Entre eles, estão hábitos do paciente como tabagismo, alimentação, atividades físicas ou uso de medicamentos. Traçar esse perfil é importante para medir qualquer tipo de alteração — aumento de produção de células sanguíneas, entre outras alterações.

O período do dia em que o sangue foi coletado também é um fator que pode interferir no resultado. É importante garantir o garroteamento pelo menor tempo possível e checar se o tubo utilizado é o correto para o exame solicitado.

Condições adequadas de temperatura, armazenamento e transporte fecham a lista de requisitos necessários para evitar qualquer tipo de alteração no exame.

Quais os próximos encaminhamentos após o resultado do exame?

Utilizando como base hemogramas de pacientes diversos, Dra. Anna Carolina faz uma avaliação criteriosa, junto com o aluno, visando elucidar cada parâmetro clínico e indicar os procedimentos seguintes ao resultado. Acompanhe os exemplos práticos, que sintetizam perfeitamente as informações apresentadas durante toda a aula, e levam à compreensão da importância da interpretação do hemograma na prática médica.

Esperamos que você tenha absorvido todas as orientações acerca do bom aproveitamento de um hemograma frente às indicações clínicas.

Gostou do conteúdo? Compartilhe com seus colegas médicos. E não deixe de acompanhar as outras aulas do curso de Medicina Diagnóstica do Sabin! Confira os temas:

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Interpretação do hemograma na prática médica; O curso on-line “Medicina Diagnóstica: Interação Clínico-Laboratorial”, realizado pelo Grupo Sabin com o objetivo de orientar estudantes dos últimos períodos de medicina e médicos residentes quanto à solicitação adequada de exames, apresentou um tema crucial para o dia a dia clínico: “Interpretação do hemograma na prática médica”. A hematologista e hemoterapeuta Dra. Anna Carolina Castro pretende, nesta aula, demonstrar como a interpretação adequada de um hemograma pode refletir em resultados diagnósticos mais eficientes. Qual a importância do hemograma para o diagnóstico? Um dos exames laboratoriais mais solicitados, o hemograma é um grande conhecido na rotina clínica, independentemente da especialidade médica. Entretanto, muitas vezes, não é dada a devida atenção para sua análise de maneira mais ampla. Para isso, Dra. Anna Carolina traz informações úteis que vão elucidar quaisquer dúvidas sobre a interpretação do exame, bem como suas aplicações práticas. Como todos sabem, as análises quantitativas e qualitativas dos elementos sanguíneos (hemácias, leucócitos e plaquetas) representam a principal finalidade de um hemograma. Essa avaliação possibilita direcionar o diagnóstico, acompanhar um tratamento já iniciado ou, ainda, determinar a necessidade de novos exames para investigação complementar, quando for o caso. Como avaliar o hemograma? Para nortear a avaliação do hemograma, a médica explica, separadamente, cada parâmetro hematimétrico e sua correta interpretação. Além disso, destaca a importância da avaliação morfológica na contagem diferencial dos leucócitos e caracterização das plaquetas. Lembrando que o estudo refinado de cada elemento aqui apontado é detalhado por ela na apresentação em vídeo. https://youtu.be/FmHfA6wRSmY É importante destacar que é imprescindível a correta identificação do paciente, relatando dados referentes à idade e ao gênero. Outras informações clínicas também são relevantes e auxiliam o analista responsável pela liberação do exame, tais como: medicações em uso; tratamento quimioterápico; paciente gestante; entre outras condições diversas. Quando é necessário solicitar o hemograma? O uso racional do hemograma depende diretamente da avaliação médica a respeito “do que fazer com o exame”, “o que esperar do resultado” ou “quando encaminhar para um especialista”. Nesse contexto, a aula destaca as principais situações em que o hemograma é solicitado: Avaliação geral; Investigação diagnóstica; Monitoramento clínico; Acompanhamento terapêutico. Cuidados essenciais na hora da coleta Ao apresentar os diferentes tubos indicados para cada tipo de amostra de sangue, a hematologista reforça algumas práticas recomendadas no ato da coleta: Nunca deixar de conferir a identificação juntamente com o paciente; Certificar-se de escolher o local de punção venosa que ofereça menos incômodo ao paciente; Manter sempre a assepsia do lugar de coleta; Fazer a homogeneização adequada do material. Como é feita a avaliação da amostra de sangue? Para efeitos de conhecimento, Dra. Anna Carolina faz um comparativo entre as análises manual e automatizada do hemograma, elencando as principais vantagens e desvantagens de cada técnica. O aluno tem, ainda, a chance de conhecer os equipamentos reais utilizados pelo Núcleo Técnico Operacional do Sabin para o processamento de amostras e análises clínicas. Na sequência, ela relaciona aspectos analíticos fundamentais para a avaliação do exame. Parâmetros quantitativos Hematócrito; Hemoglobina; Contagem dos eritrócitos; Contagem dos leucócitos; Contagem de plaquetas. Parâmetros qualitativos Volume Corpuscular Médio (VCM); Hemoglobina Corpuscular Média (HCM); Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM); Variação do tamanho das hemácias (RDW, da sigla em inglês Red Cell Distribution Width).  Parâmetros adicionais Fração de reticulócitos imaturos (IRF); Conteúdo de hemoglobina dos reticulócitos (Ret-He); Granulócitos imaturos (IG); NRBC (eritroblastos); Volume plaquetário médio (VPM); Fração de plaquetas imaturas (IPF). Não deixe de assistir, no vídeo, à explicação detalhada para cada parâmetro. Fatores de interferência no resultado Antes do processamento da amostra de sangue coletada, existem fatores que devem ser analisados. Entre eles, estão hábitos do paciente como tabagismo, alimentação, atividades físicas ou uso de medicamentos. Traçar esse perfil é importante para medir qualquer tipo de alteração — aumento de produção de células sanguíneas, entre outras alterações. O período do dia em que o sangue foi coletado também é um fator que pode interferir no resultado. É importante garantir o garroteamento pelo menor tempo possível e checar se o tubo utilizado é o correto para o exame solicitado. Condições adequadas de temperatura, armazenamento e transporte fecham a lista de requisitos necessários para evitar qualquer tipo de alteração no exame. Quais os próximos encaminhamentos após o resultado do exame? Utilizando como base hemogramas de pacientes diversos, Dra. Anna Carolina faz uma avaliação criteriosa, junto com o aluno, visando elucidar cada parâmetro clínico e indicar os procedimentos seguintes ao resultado. Acompanhe os exemplos práticos, que sintetizam perfeitamente as informações apresentadas durante toda a aula, e levam à compreensão da importância da interpretação do hemograma na prática médica. Esperamos que você tenha absorvido todas as orientações acerca do bom aproveitamento de um hemograma frente às indicações clínicas. Gostou do conteúdo? Compartilhe com seus colegas médicos. E não deixe de acompanhar as outras aulas do curso de Medicina Diagnóstica do Sabin! Confira os temas: Tirando o máximo proveito das sorologiasDra. Luciana Campos Investigação das linfonodomegaliasDra. Maura Colturato Investigação laboratorial de anemiaDra. Maria do Carmo Favarin O laboratório de imuno-hematologia na prática clínicaDra. Ana Teresa Neri Marcadores tumorais. O screening deve ser solicitado?Dr. Alex Galoro Endocrinopatias após Covid-19. Quando suspeitar e como investigar?Dra. Luciana Naves Diabetes: avaliação laboratorial diagnóstica e seguimentoDra. Cristina Schreiber Avaliação laboratorial da hipertensão arterial de origem endócrinaDr. Juliano Zakir Erros Inatos da Imunidade. Diagnóstico das deficiências predominantemente de anticorposDra. 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