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6 maneiras que a saúde física e mental é afetada pelo uso excessivo de telas

Tempo de tela em excesso afeta a saúde física e mental

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A presença constante da tecnologia se tornou essencial para o desenvolvimento econômico e individual. Por outro lado, o uso excessivo de telas, seja em computadores, smartphones, tablets ou televisões, pode acarretar impactos significativos na saúde física e mental da população. Assim, é fundamental encontrar um equilíbrio entre as conveniências tecnológicas e a promoção da sua saúde e bem-estar.

O tempo despendido diante das telas pode ser direcionado para outras atividades mais benéficas, como a prática de exercícios físicos, uma medida fundamental na luta contra o sedentarismo e prevenção de doenças cardiovasculares e metabólicas. Estudos também relacionam o uso abusivo das telas ao desenvolvimento de miopias e à deterioração da saúde mental, com maior incidência de quadros depressivos e de ansiedade, realçando a importância de repensar os hábitos digitais. 

A fim de promover uma reflexão sobre esses impactos, este conteúdo abordará os malefícios do tempo excessivo de tela, e como isso pode afetar a sua saúde física e mental. Boa leitura!

Tempo de tela no Brasil

No Brasil, a população permanece acordada por aproximadamente 16 horas diárias, nas quais mais da metade do tempo é dedicada ao manuseio de smartphones e computadores. Essa análise foi conduzida com base na pesquisa Digital 2023: Global Overview Report, realizada pela DataReportal, que comparou o uso de telas em 45 países. O resultado revela que o Brasil aparece como o segundo país com maior índice de indivíduos diante de telas.

O estudo constatou, ainda, que 56% das horas despertas são consumidas interagindo com dispositivos, equivalente a cerca de nove horas diárias. No topo do ranking, estão os sul-africanos, que destinam a média de 58% do tempo acordado para o uso de computadores ou smartphones.

Conforme os dados obtidos, uma possível justificativa para esse elevado tempo pode estar relacionada ao crescimento dos serviços de streaming. Segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 43,4% dos domicílios brasileiros tinham, ao menos, uma assinatura em 2022, o que corresponde a mais de 30 milhões de lares. Quando o assunto é rede social, o Brasil é o terceiro país que mais faz uso, tendo acima de 130 mil contas ativas.

Quais os malefícios do tempo excessivo de tela?

Como mencionado, a tecnologia vem para facilitar e agilizar a vida da população. No entanto, cada vez mais, estudos têm sugerido que se expor excessivamente a telas de dispositivos eletrônicos pode ser prejudicial para a saúde humana. A seguir, elencamos os principais malefícios associados ao tempo de tela excessivo.

1. Sedentarismo

Quanto mais tempo uma pessoa fica navegando na internet, assistindo séries ou interagindo em redes sociais, menor será o tempo destinado à realização de outras atividades, principalmente atividades físicas.

Sem dúvidas, o sedentarismo pode ser diretamente associado ao tempo prolongado em frente às telas, contribuindo para o desenvolvimento de uma série de problemas de saúde, incluindo obesidade, doenças cardíacas e diabetes. A falta de atividade física impacta negativamente o funcionamento geral do corpo, inclusive da saúde mental, o que destaca ainda mais a importância de manter o equilíbrio entre o tempo de tela com a prática regular de exercícios físicos.

2. Visão

O constante foco nas telas pode levar a desconfortos oculares, fadiga visual e, em casos extremos, à síndrome do olho seco. A exposição prolongada à luz azul emitida pelos dispositivos eletrônicos também pode interferir no ciclo natural do sono. De acordo com estudos, o uso prolongado de telas pode estar ligado, inclusive, à progressão de quadros de miopia.

3. Saúde mental

Pesquisas sugerem uma forte correlação entre o uso excessivo de telas e problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão. A constante exposição a conteúdos estressantes e a pressão gerada pelas redes sociais podem agravar quadros psicológicos preexistentes, além de contribuir para o surgimento de novos sintomas e doenças mentais.

Portanto, é vital promover o equilíbrio digital para preservar a saúde mental, associando a sua rotina com práticas prazerosas, de preferência aquelas que possuam interação social presencial.

4. Isolamento social

Estar conectado por longos períodos à internet prejudica o desenvolvimento de relações interpessoais, contribuindo para quadros de isolamento social. A dependência de interações virtuais, em detrimento das experiências face a face, pode impactar negativamente a saúde emocional e social dos indivíduos.

Diversos estudos já demonstraram a relevância do convívio social presencial para o desenvolvimento humano, desde a infância até a fase adulta. Esse contato íntimo entre pessoas não apenas promove a troca de experiências e aprendizado de novos conhecimentos, como também estimula a afetividade, o humor e previne o desenvolvimento de quadros depressivos ou de ansiedade.

5. Sono

A exposição à luz azul das telas, especialmente à noite antes de dormir, pode interferir na produção de melatonina, o hormônio responsável pela regulação e qualidade do sono. Esse hábito não benéfico pode resultar em distúrbios do sono e agitação noturna, afetando a qualidade e a quantidade de horas dormidas.

Ter uma boa noite de sono é crucial para manter seu organismo e sua mente funcionando adequadamente. Dormir mal pode predispor seu corpo a desenvolver doenças cardiometabólicas, pode influenciar no controle glicêmico, na liberação de hormônios importantes para o organismo, bem como diminuir a concentração e impactar negativamente na execução de tarefas que exigem desempenho cognitivo.

A memória é outro fator que pode ser prejudicada pela falta de sono. Já é comprovado cientificamente que ter um sono regular e adequado, em termos de horas dormidas, é imprescindível para a consolidação de novas memórias e aprendizado. Dessa forma, a criação de hábitos saudáveis, antes de dormir, é uma dica importante para preservar a qualidade do sono e realmente conseguir descansar para o dia seguinte.

6. Cognição

O tempo excessivo de tela pode afetar a cognição, prejudicando a concentração e a capacidade de aprendizado. A constante alternância entre diferentes tarefas digitais pode sobrecarregar o cérebro, comprometendo o desempenho cognitivo em longo prazo.

Como reduzir o tempo de tela

Reduzir o tempo de tela requer uma abordagem consciente e equilibrada, mas não é impossível. Basta ter persistência e disciplina para manter uma rotina de vida mais saudável. Algumas estratégias eficazes incluem:

Antes de mais nada, é preciso reconhecer os impactos do tempo de tela excessivo na saúde física e mental e fazer uma autoanálise da sua rotina. Ao adotar práticas saudáveis e equilibradas no uso da tecnologia, você estará preservando a sua saúde e bem-estar.

Para entender como as telas podem afetar particularmente a nova geração, indicamos a leitura do conteúdo sobre os riscos do uso excessivo do celular e outras telas na infância: problemas e consequências.

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

Datareportal. Digital 2023: Brazil. Disponível em: https://datareportal.com/reports/digital-2023-brazil. Acesso em: 05/02/2024.

Jornal da USP. Brasileiros passam em média 56% do dia em frente às telas de smartphones e computadores. Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/brasileiros-passam-em-media-56-do-dia-em-frente-as-telas-de-smartfones-computadores/. Acesso em: 05/02/2024.

Joshua Foreman, et al. Association between digital smart device use and myopia: a systematic review and meta-analysis. The Lancet Digital Health. Volume 3, Issue 12, 2021. Pages e806-e818. ISSN 2589-7500. https://doi.org/10.1016/S2589-7500(21)00135-7.

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