Sabin Por: Sabin
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As doenças neurodegenerativas representam um desafio crescente para a saúde pública em todo o mundo, afetando milhões de pessoas e suas famílias. Entre essas doenças, destaca-se a doença de Alzheimer e a doença de Parkinson, cujos impactos na qualidade de vida e autonomia dos pacientes são significativos. Dados do Ministério da Saúde (MS) indicam que, somente no Brasil, existem 1,2 milhão de pessoas afetadas pela doença de Alzheimer.

Diante da complexidade imposta por essas condições, é fundamental contar com opções diagnósticas precisas e abrangentes. Tradicionalmente, o diagnóstico de doenças neurodegenerativas tem sido realizado com base em sintomas clínicos e em exames de imagem, como ressonância magnética e tomografia computadorizada.

De modo complementar e com indicações precisas, existe também o painel genético para doenças neurodegenerativas, que se destaca como uma excelente ferramenta diagnóstica para análise de múltiplos genes associados a essas condições, nos casos em que há suspeita de causa genética para o quadro

Entenda, neste conteúdo, como essa abordagem pode auxiliar no diagnóstico e quais as indicações para o exame.

Qual a utilidade clínica do painel genético de doenças neurodegenerativas?

O painel genético de doenças neurodegenerativas fornece informações relevantes para o diagnóstico, prognóstico e manejo terapêutico dos casos de condições neurodegenerativas com suspeita de causa genética. No entanto, sua utilização deve ser criteriosa, baseada em indicações clínicas precisas e sempre interpretada em conjunto com a avaliação clínica global do paciente.

É um exame abrangente indicado para a investigação de doenças neurodegenerativas com início na idade adulta. Engloba desde genes associados a doenças relativamente comuns na população, que eventualmente podem apresentar etiologia monogênica — como a doença de Parkinson e a doença de Alzheimer —, a condições raras, com maior participação de fatores genéticos — como a demência frontotemporal, doença priônica, angiopatia amiloide, entre outras.

A decisão de realizar o painel genético deve ser embasada em critérios clínicos bem definidos. Idade precoce de início dos sintomas e histórico familiar positivo são indicativos importantes para a testagem genética. Contudo, é essencial compreender que um caso isolado, com início tardio e fatores de risco conhecidos, pode não justificar a realização do exame, especialmente se não houver suspeitas adicionais de etiologia genética.

Vale ressaltar também que o resultado do painel genético não deve ser considerado isoladamente como critério diagnóstico. A correlação com achados clínicos e outros exames é imperativa para uma avaliação precisa. A presença de uma variante genética associada a uma determinada doença neurodegenerativa não garante necessariamente o desenvolvimento da condição. O exame não é preditivo, mas sim direcionado para pacientes sintomáticos, reforçando a necessidade de solicitação e interpretação médica adequadas.

Como o exame é realizado?

O painel genético de doenças neurodegenerativas é realizado por meio do Sequenciamento de Nova Geração (NGS), uma técnica que permite a análise simultânea de múltiplos genes relevantes para essas condições. É uma metodologia de alta eficiência e precisão que possibilita a investigação de variantes genéticas, em um amplo espectro de genes associados a doenças neurodegenerativas.

Utiliza-se sangue periférico como amostra padrão para a realização do exame. O painel genético engloba a análise de 114 genes relacionados às doenças neurodegenerativas:

  • ABCD1, AFG3L2, ALS2, ANG, AP5Z1, APOE, APP, ARSA, ATL1, ATP13A2, ATP1A3, ATP2B3, ATP6AP2, ATP7B, AUH, BSCL2, CACNA1G, CCDC88C, CHMP2B, CLCN2, CLN6, COL4A1, COQ2, CSF1R, CST3, CYP27A1, CYP7B1, DAO, DARS2, DCTN1, DNAJC5, DNAJC6, DNMT1, EIF2B1, EIF2B2, EIF2B3, EIF2B4, EIF2B5, EIF4G1, ELOVL4, EPM2A, ERBB4, EWSR1, FBXO7, FIG4, FUS, GBA1, GBE1, GCDH, GCH1, GFAP, GIGYF2, GRN, GSN, HEXA, HEXB, HTRA1, ITM2B, KCNC3, KCND3, KIF5A, LRRK2, LYST, MARS2, MATR3, NEK1, NHLRC1, NOTCH3, NPC1, NPC2, NR4A2, OPTN, PANK2, PARK7, PDGFB, PDGFRB, PFN1, PINK1, PLA2G6, PRKN, PRNP, PRPH, PSEN1, PSEN2, REEP1, SETX, SIGMAR1, SLC20A2, SLC30A10, SLC52A2, SLC52A3, SLC6A3, SNCA, SNCB, SOD1, SORL1, SPART, SPAST, SPG11, SPR, SQSTM1, TAF1, TARDBP, TBK1, TH, TREM2, TTC19, TTR, TYROBP, UBQLN2, VAPB, VCP, VPS13A, WASHC5.

O prazo de entrega do resultado do painel pode variar, porém, em geral, são requeridos 15 dias úteis para a liberação do laudo.

Limitações do exame

Apesar da sua eficiência e precisão, existem algumas limitações que devem ser consideradas ao realizar o exame. Esse painel não inclui análises por expansão de nucleotídeos, responsável por doenças associadas aos genes AR, ATXN1, ATXN2, ATXN3, ATXN7, ATXN10, C9orf72, FMR1, HTT.

Adicionalmente, alguns genes podem estar incluídos no painel por apresentarem mais de um mecanismo de alteração patogênica (mutação de ponto, além da expansão de nucleotídeos), como no caso do gene FXN.

Diagnóstico da doença de Alzheimer: exame PrecivityAD2™

Recentemente, foi desenvolvido um novo teste para auxiliar no diagnóstico precoce da doença de Alzheimer: o exame PrecivityAD2™. Trata-se de um exame realizado a partir de amostras de sangue periférico para a detecção de proteínas no plasma, por meio da metodologia de espectrometria de massa e o estabelecimento de um escore, que indicam a presença ou ausência de placas amiloides cerebrais. As placas amiloides são alterações características da doença de Alzheimer e sua detecção pode auxiliar no diagnóstico ou descartar a condição.

O teste PrecivityAD2™ apresenta um desempenho elevado (88% de sensibilidade e 89% de especificidade) derivado do algoritmo clinicamente validado, que combina a razão Aβ42/40 e a razão p-tau217/np-tau217 (%p-tau217), para fornecer informações precisas sobre a condição do paciente com uma simples coleta de sangue. 

Qual a indicação para o exame?

O PrecivityAD2™ é indicado apenas para pacientes com idade igual ou superior a 55 anos, que apresentam sinais ou sintomas de comprometimento cognitivo leve ou demência e que estão sendo avaliados para doença de Alzheimer, sem suspeita de uma etiologia mendeliana.

Para a realização do exame, é necessário apresentar pedido médico detalhando o motivo de sua solicitação. É um teste não invasivo em que não há contraindicações ou necessidade de preparo prévio.

A existência de um teste de alta eficácia, como o PrecivityAD2™, proporciona maior acessibilidade do paciente aos exames laboratoriais. Não apenas isso: pode causar um impacto positivo no diagnóstico precoce de Alzheimer, uma vez que auxilia diretamente nas intervenções relacionadas à doença, algo que resulta em um desfecho clínico mais favorável ao paciente. 

Em particular, nas fases iniciais dos sintomas, o exame pode ajudar na identificação precisa e oportuna da doença, na projeção de prognósticos, na melhoria da compreensão da condição, tanto pelo paciente quanto pela família, e na ampliação das opções terapêuticas e dos cuidados personalizados. Além disso, impulsiona a pesquisa clínica e estimula o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas.

Entretanto, é preciso enfatizar que, assim como o painel genético, esse exame também é uma avaliação complementar para o diagnóstico da doença de Alzheimer. Ele deve ser avaliado juntamente com outros achados, que incluem a clínica e a possível presença de variantes (achados do painel genético) associadas à doença de Alzheimer.

Notáveis avanços ao longo das últimas décadas têm sido feitos, integrando progressivamente a investigação genética como um instrumento elementar para orientar o diagnóstico e o tratamento de várias condições de saúde. Os testes genéticos, principalmente aqueles baseados em NGS, são ferramentas valiosas que podem guiar os profissionais de saúde em diferentes aspectos da prática clínica.

Se você deseja aprofundar o seu conhecimento acerca da utilidade diagnóstica desses testes, acesse o conteúdo sobre como utilizar exames genéticos para o diagnóstico de doenças. Nesse texto, você encontrará informações muito importantes sobre como aplicá-los adequadamente em sua rotina clínica.

Referências:

Knopman, D.S., Amieva, H., Petersen, R.C. et al. Alzheimer disease. Nat Rev Dos Primers 7, 33 (2021). Doi 10.1038/s41572-021-00269-y

Meyer MR, Kirmess KM, Eastwood S, Wente-Roth TL, Irvin F, Holubasch MS, Venkatesh V, Fogelman I, Monane M, Hanna L, Rabinovici GD, Siegel BA, Whitmer RA, Apgar C, Bateman RJ, Holtzman DM, Irizarry M, Verbel D, Sachdev P, Ito S, Contois J, Yarasheski KE, Braunstein JB, Verghese PB, West T. Clinical validation of the PrecivityAD2 blood test: A mass spectrometry-based test with algorithm combining %p-tau217 and Aβ42/40 ratio to identify presence of brain amyloid. Alzheimers Dement. 2024 Mar 16. doi: 10.1002/alz.13764

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Painel genético para o diagnóstico de doenças neurodegenerativas; As doenças neurodegenerativas representam um desafio crescente para a saúde pública em todo o mundo, afetando milhões de pessoas e suas famílias. Entre essas doenças, destaca-se a doença de Alzheimer e a doença de Parkinson, cujos impactos na qualidade de vida e autonomia dos pacientes são significativos. Dados do Ministério da Saúde (MS) indicam que, somente no Brasil, existem 1,2 milhão de pessoas afetadas pela doença de Alzheimer. Diante da complexidade imposta por essas condições, é fundamental contar com opções diagnósticas precisas e abrangentes. Tradicionalmente, o diagnóstico de doenças neurodegenerativas tem sido realizado com base em sintomas clínicos e em exames de imagem, como ressonância magnética e tomografia computadorizada. De modo complementar e com indicações precisas, existe também o painel genético para doenças neurodegenerativas, que se destaca como uma excelente ferramenta diagnóstica para análise de múltiplos genes associados a essas condições, nos casos em que há suspeita de causa genética para o quadro.  Entenda, neste conteúdo, como essa abordagem pode auxiliar no diagnóstico e quais as indicações para o exame. Qual a utilidade clínica do painel genético de doenças neurodegenerativas? O painel genético de doenças neurodegenerativas fornece informações relevantes para o diagnóstico, prognóstico e manejo terapêutico dos casos de condições neurodegenerativas com suspeita de causa genética. No entanto, sua utilização deve ser criteriosa, baseada em indicações clínicas precisas e sempre interpretada em conjunto com a avaliação clínica global do paciente. É um exame abrangente indicado para a investigação de doenças neurodegenerativas com início na idade adulta. Engloba desde genes associados a doenças relativamente comuns na população, que eventualmente podem apresentar etiologia monogênica — como a doença de Parkinson e a doença de Alzheimer —, a condições raras, com maior participação de fatores genéticos — como a demência frontotemporal, doença priônica, angiopatia amiloide, entre outras. A decisão de realizar o painel genético deve ser embasada em critérios clínicos bem definidos. Idade precoce de início dos sintomas e histórico familiar positivo são indicativos importantes para a testagem genética. Contudo, é essencial compreender que um caso isolado, com início tardio e fatores de risco conhecidos, pode não justificar a realização do exame, especialmente se não houver suspeitas adicionais de etiologia genética. Vale ressaltar também que o resultado do painel genético não deve ser considerado isoladamente como critério diagnóstico. A correlação com achados clínicos e outros exames é imperativa para uma avaliação precisa. A presença de uma variante genética associada a uma determinada doença neurodegenerativa não garante necessariamente o desenvolvimento da condição. O exame não é preditivo, mas sim direcionado para pacientes sintomáticos, reforçando a necessidade de solicitação e interpretação médica adequadas. Como o exame é realizado? O painel genético de doenças neurodegenerativas é realizado por meio do Sequenciamento de Nova Geração (NGS), uma técnica que permite a análise simultânea de múltiplos genes relevantes para essas condições. É uma metodologia de alta eficiência e precisão que possibilita a investigação de variantes genéticas, em um amplo espectro de genes associados a doenças neurodegenerativas. Utiliza-se sangue periférico como amostra padrão para a realização do exame. O painel genético engloba a análise de 114 genes relacionados às doenças neurodegenerativas: ABCD1, AFG3L2, ALS2, ANG, AP5Z1, APOE, APP, ARSA, ATL1, ATP13A2, ATP1A3, ATP2B3, ATP6AP2, ATP7B, AUH, BSCL2, CACNA1G, CCDC88C, CHMP2B, CLCN2, CLN6, COL4A1, COQ2, CSF1R, CST3, CYP27A1, CYP7B1, DAO, DARS2, DCTN1, DNAJC5, DNAJC6, DNMT1, EIF2B1, EIF2B2, EIF2B3, EIF2B4, EIF2B5, EIF4G1, ELOVL4, EPM2A, ERBB4, EWSR1, FBXO7, FIG4, FUS, GBA1, GBE1, GCDH, GCH1, GFAP, GIGYF2, GRN, GSN, HEXA, HEXB, HTRA1, ITM2B, KCNC3, KCND3, KIF5A, LRRK2, LYST, MARS2, MATR3, NEK1, NHLRC1, NOTCH3, NPC1, NPC2, NR4A2, OPTN, PANK2, PARK7, PDGFB, PDGFRB, PFN1, PINK1, PLA2G6, PRKN, PRNP, PRPH, PSEN1, PSEN2, REEP1, SETX, SIGMAR1, SLC20A2, SLC30A10, SLC52A2, SLC52A3, SLC6A3, SNCA, SNCB, SOD1, SORL1, SPART, SPAST, SPG11, SPR, SQSTM1, TAF1, TARDBP, TBK1, TH, TREM2, TTC19, TTR, TYROBP, UBQLN2, VAPB, VCP, VPS13A, WASHC5. O prazo de entrega do resultado do painel pode variar, porém, em geral, são requeridos 15 dias úteis para a liberação do laudo. Limitações do exame Apesar da sua eficiência e precisão, existem algumas limitações que devem ser consideradas ao realizar o exame. Esse painel não inclui análises por expansão de nucleotídeos, responsável por doenças associadas aos genes AR, ATXN1, ATXN2, ATXN3, ATXN7, ATXN10, C9orf72, FMR1, HTT. Adicionalmente, alguns genes podem estar incluídos no painel por apresentarem mais de um mecanismo de alteração patogênica (mutação de ponto, além da expansão de nucleotídeos), como no caso do gene FXN. Diagnóstico da doença de Alzheimer: exame PrecivityAD2™ Recentemente, foi desenvolvido um novo teste para auxiliar no diagnóstico precoce da doença de Alzheimer: o exame PrecivityAD2™. Trata-se de um exame realizado a partir de amostras de sangue periférico para a detecção de proteínas no plasma, por meio da metodologia de espectrometria de massa e o estabelecimento de um escore, que indicam a presença ou ausência de placas amiloides cerebrais. As placas amiloides são alterações características da doença de Alzheimer e sua detecção pode auxiliar no diagnóstico ou descartar a condição. O teste PrecivityAD2™ apresenta um desempenho elevado (88% de sensibilidade e 89% de especificidade) derivado do algoritmo clinicamente validado, que combina a razão Aβ42/40 e a razão p-tau217/np-tau217 (%p-tau217), para fornecer informações precisas sobre a condição do paciente com uma simples coleta de sangue.  Qual a indicação para o exame? O PrecivityAD2™ é indicado apenas para pacientes com idade igual ou superior a 55 anos, que apresentam sinais ou sintomas de comprometimento cognitivo leve ou demência e que estão sendo avaliados para doença de Alzheimer, sem suspeita de uma etiologia mendeliana. Para a realização do exame, é necessário apresentar pedido médico detalhando o motivo de sua solicitação. É um teste não invasivo em que não há contraindicações ou necessidade de preparo prévio. A existência de um teste de alta eficácia, como o PrecivityAD2™, proporciona maior acessibilidade do paciente aos exames laboratoriais. Não apenas isso: pode causar um impacto positivo no diagnóstico precoce de Alzheimer, uma vez que auxilia diretamente nas intervenções relacionadas à doença, algo que resulta em um desfecho clínico mais favorável ao paciente.  Em particular, nas fases iniciais dos sintomas, o exame pode ajudar na identificação precisa e oportuna da doença, na projeção de prognósticos, na melhoria da compreensão da condição, tanto pelo paciente quanto pela família, e na ampliação das opções terapêuticas e dos cuidados personalizados. Além disso, impulsiona a pesquisa clínica e estimula o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas. Entretanto, é preciso enfatizar que, assim como o painel genético, esse exame também é uma avaliação complementar para o diagnóstico da doença de Alzheimer. Ele deve ser avaliado juntamente com outros achados, que incluem a clínica e a possível presença de variantes (achados do painel genético) associadas à doença de Alzheimer. Notáveis avanços ao longo das últimas décadas têm sido feitos, integrando progressivamente a investigação genética como um instrumento elementar para orientar o diagnóstico e o tratamento de várias condições de saúde. Os testes genéticos, principalmente aqueles baseados em NGS, são ferramentas valiosas que podem guiar os profissionais de saúde em diferentes aspectos da prática clínica. Se você deseja aprofundar o seu conhecimento acerca da utilidade diagnóstica desses testes, acesse o conteúdo sobre como utilizar exames genéticos para o diagnóstico de doenças. Nesse texto, você encontrará informações muito importantes sobre como aplicá-los adequadamente em sua rotina clínica. Referências: Knopman, D.S., Amieva, H., Petersen, R.C. et al. Alzheimer disease. Nat Rev Dos Primers 7, 33 (2021). Doi 10.1038/s41572-021-00269-y Meyer MR, Kirmess KM, Eastwood S, Wente-Roth TL, Irvin F, Holubasch MS, Venkatesh V, Fogelman I, Monane M, Hanna L, Rabinovici GD, Siegel BA, Whitmer RA, Apgar C, Bateman RJ, Holtzman DM, Irizarry M, Verbel D, Sachdev P, Ito S, Contois J, Yarasheski KE, Braunstein JB, Verghese PB, West T. Clinical validation of the PrecivityAD2 blood test: A mass spectrometry-based test with algorithm combining %p-tau217 and Aβ42/40 ratio to identify presence of brain amyloid. Alzheimers Dement. 2024 Mar 16. doi: 10.1002/alz.13764