Sabin Por: Sabin
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As doenças tropicais negligenciadas (DTNs) são um grupo de enfermidades infecciosas que afetam principalmente as populações mais vulneráveis, localizadas em regiões tropicais e subtropicais do mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1,7 bilhão de pessoas em todo o mundo estão expostas ao risco de contrair DTNs, resultando em aproximadamente 200 mil mortes anuais. No Brasil, dados do Ministério da Saúde (MS) indicam que cerca de 30 milhões de pessoas vivem em áreas de risco.

Essas condições, frequentemente associadas à pobreza extrema, recebem menos atenção dos sistemas de saúde e da indústria farmacêutica, tornando-se um dos principais desafios de saúde pública no Brasil e em diversos outros países. A importância de abordar as DTNs vai além da saúde: elas perpetuam o ciclo da pobreza, prejudicam o desenvolvimento socioeconômico e são causa de estigmatização social, especialmente nas comunidades menos favorecidas. 

Quer entender melhor sobre como estamos enfrentando as doenças tropicais negligenciadas no Brasil? Continue lendo e descubra os avanços e desafios.

O impacto das doenças tropicais negligenciadas na saúde pública

As DTNs têm impactos significativos na saúde pública, atingindo milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Estima-se que, globalmente, mais de 1,59 bilhão de indivíduos convivam com pelo menos uma dessas doenças, sendo o Brasil um dos países mais impactados, devido às suas condições tropicais e áreas com baixa cobertura de saneamento básico.

Essas doenças não só causam sofrimento físico, como também têm efeitos duradouros na sociedade. Elas limitam a produtividade, afastam crianças e jovens da escola e dificultam o acesso a oportunidades de trabalho, reforçando o ciclo da pobreza. Além disso, algumas DTNs, como a hanseníase, carregam um forte estigma social, levando ao isolamento de pacientes e suas famílias.

Enfrentar essas doenças é essencial para reduzir o sofrimento humano e promover a inclusão social e econômica. No Brasil, iniciativas como campanhas de conscientização, melhorias no sistema de saúde pública e acesso a tratamentos gratuitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) têm mostrado progressos relevantes, embora muitos desafios ainda permaneçam.

Quais são as doenças tropicais negligenciadas mais comuns no Brasil?

As DTNs incluem diversas condições com impactos variados na saúde e no bem-estar da população. A seguir, exploramos algumas das principais DTNs que afetam o Brasil:

Esquistossomose

  • Causa: a esquistossomose é provocada pelo parasita Schistosoma mansoni, que pode ser contraído ao entrar em contato com água contaminada por fezes contendo ovos do parasita;
  • Impacto no Brasil: a doença é considerada endêmica em regiões como o Nordeste e Minas Gerais, afetando mais de 1,5 milhão de brasileiros;
  • Sintomas: entre os principais sintomas, estão complicações no fígado e no intestino, além de anemia, que pode impactar seriamente a qualidade de vida dos pacientes;
  • Vacina em desenvolvimento: pesquisas estão sendo realizadas com vacinas candidatas, como Sm-TSP-2 e Sm-p80, que prometem reduzir substancialmente a carga da doença no futuro.

Doença de Chagas

  • Causa: a doença de Chagas é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, transmitido pelo inseto barbeiro e, em alguns casos, por alimentos contaminados;
  • Impacto no Brasil e na América Latina: milhões de pessoas são afetadas, sobretudo nas áreas rurais e na Região Norte, onde as condições propiciam a transmissão da doença;
  • Sintomas: na fase crônica, a doença pode causar complicações graves, como problemas cardíacos e digestivos, comprometendo a qualidade de vida do paciente;
  • Vacina em desenvolvimento: pesquisas seguem em fase pré-clínica, com estudos promissores em modelos animais, mas ainda há um caminho a percorrer até sua aplicação em humanos.

Leishmaniose

  • Causa: é provocada por protozoários do gênero Leishmania, transmitidos pela picada do mosquito-palha (Lutzomyia);
  • Duas formas principais: a leishmaniose visceral, que pode afetar órgãos internos, e a do tipo tegumentar, que se manifesta com lesões cutâneas dolorosas;
  • Impacto no Brasil: as áreas endêmicas têm se expandido, envolvendo tanto regiões urbanas quanto rurais, o que aumenta o desafio de controle;
  • Vacinas em desenvolvimento e disponíveis: vacinas veterinárias, como Leish-Tec, já estão disponíveis para cães, enquanto estudos para imunização em humanos estão em andamento com resultados animadores.

Hanseníase

  • Causa: a hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que ataca a pele e os nervos periféricos;
  • Impacto no Brasil: o país ocupa um dos primeiros lugares no mundo em número de casos novos, com grande concentração em áreas com dificuldades de acesso ao diagnóstico e tratamento;
  • Sintomas: a doença pode provocar deformidades e incapacidades permanentes se não for tratada precocemente;
  • Tratamento e controle: além do tratamento gratuito oferecido pelo SUS, em outubro de 2024, foi autorizado o ensaio clínico da vacina LepVax, trazendo esperança para o controle da doença.

Filariose linfática

  • Causa: a filariose é causada por vermes transmitidos por mosquitos, que afetam o sistema linfático, resultando em elefantíase;
  • Impacto global: a doença é comum em regiões da África, Ásia e algumas áreas específicas do Brasil, onde há maior risco de transmissão;
  • Sintomas: caracteriza-se por inchaços severos em membros ou órgãos genitais, dor e forte estigmatização social;
  • Controle e tratamento: embora ainda não exista uma vacina, o tratamento com medicamentos para matar as larvas do parasita, aliado a esforços de controle de mosquitos, é fundamental para prevenir novas infecções.

A dengue no Brasil

A dengue é uma das DTNs mais conhecidas e impactantes em nosso país. Causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, a doença possui quatro sorotipos (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4), sendo possível contrair a infecção múltiplas vezes ao longo da vida.

Os sintomas variam desde febre alta, dores musculares e articulares, até a dengue grave (conhecida como “dengue hemorrágica”), que pode levar ao choque e à morte. O país enfrenta surtos frequentes de dengue, com altos índices de hospitalizações e mortalidade em algumas regiões. A urbanização sem infraestrutura adequada contribui para a proliferação do mosquito vetor.

Vacinação contra a dengue

A vacina Qdenga®, aprovada em 2023 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), protege contra os quatro sorotipos do vírus. Com eficácia geral de 80,2%, ela previne 90,4% das hospitalizações e é indicada para pessoas entre quatro e 60 anos. Essa novidade representa um avanço valioso no enfrentamento à doença. 

Avanços e desafios no combate às doenças tropicais negligenciadas

O Brasil tem alcançado avanços notáveis no combate às doenças tropicais negligenciadas (DTNs). As campanhas de conscientização têm desempenhado um importante papel na redução do estigma associado a essas doenças, colaborando na adesão dos pacientes ao tratamento. Além disso, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diagnóstico e tratamento gratuitos para diversas DTNs, ampliando o acesso à saúde para populações vulneráveis. 

Outro destaque são as iniciativas voltadas para o desenvolvimento de vacinas, que demonstram o compromisso do Brasil em enfrentar os desafios impostos pelas doenças tropicais negligenciadas e promover uma melhor qualidade de vida para as populações afetadas. 

Entretanto, desafios expressivos ainda persistem, como a precariedade do saneamento básico e o estigma que cerca essas enfermidades, fatores que dificultam a adesão ao tratamento e enfraquecem os esforços de controle e erradicação. A falta de recursos suficientes para pesquisas e as dificuldades no controle de vetores são obstáculos adicionais que complicam o enfrentamento dessas doenças.

Dessa forma, combater as doenças tropicais negligenciadas exige uma abordagem integrada e abrangente, baseada em esforços coordenados entre políticas públicas eficazes, avanços na ciência e engajamento social. O investimento no desenvolvimento de vacinas, a ampliação do acesso a serviços de saúde e a melhoria das condições de vida das populações afetadas são passos indispensáveis para transformar esse cenário e proporcionar um futuro mais saudável e inclusivo.

Agora que você já sabe mais sobre as doenças tropicais negligenciadas, convidamos você a se aprofundar em um tema importante: a hanseníase. Confira o conteúdo completo e saiba mais!

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2024, outubro 14). Autorizado ensaio clínico de vacina LepVax contra hanseníase. Recuperado de https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2024/autorizado-ensaio-clinico-de-vacina-lepvax-contra-hanseniase

Hotez PJ, Aksoy S, Brindley PJ, Kamhawi S. World neglected tropical diseases day. PLoS Negl Trop Dis. 2020 Jan 29;14(1):e0007999. doi: 10.1371/journal.pntd.0007999. PMID: 31995572; PMCID: PMC6988912.

Luna EJA, Campos SRSLDC. Vaccine development against neglected tropical diseases. Cad Saude Publica. 2020 Nov 20;36Suppl 2(Suppl 2):e00215720. English, Portuguese. doi: 10.1590/0102-311X00215720. PMID: 33237199.

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Doenças tropicais negligenciadas: avanços e desafios no Brasil; As doenças tropicais negligenciadas (DTNs) são um grupo de enfermidades infecciosas que afetam principalmente as populações mais vulneráveis, localizadas em regiões tropicais e subtropicais do mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1,7 bilhão de pessoas em todo o mundo estão expostas ao risco de contrair DTNs, resultando em aproximadamente 200 mil mortes anuais. No Brasil, dados do Ministério da Saúde (MS) indicam que cerca de 30 milhões de pessoas vivem em áreas de risco. Essas condições, frequentemente associadas à pobreza extrema, recebem menos atenção dos sistemas de saúde e da indústria farmacêutica, tornando-se um dos principais desafios de saúde pública no Brasil e em diversos outros países. A importância de abordar as DTNs vai além da saúde: elas perpetuam o ciclo da pobreza, prejudicam o desenvolvimento socioeconômico e são causa de estigmatização social, especialmente nas comunidades menos favorecidas.  Quer entender melhor sobre como estamos enfrentando as doenças tropicais negligenciadas no Brasil? Continue lendo e descubra os avanços e desafios. O impacto das doenças tropicais negligenciadas na saúde pública As DTNs têm impactos significativos na saúde pública, atingindo milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Estima-se que, globalmente, mais de 1,59 bilhão de indivíduos convivam com pelo menos uma dessas doenças, sendo o Brasil um dos países mais impactados, devido às suas condições tropicais e áreas com baixa cobertura de saneamento básico. Essas doenças não só causam sofrimento físico, como também têm efeitos duradouros na sociedade. Elas limitam a produtividade, afastam crianças e jovens da escola e dificultam o acesso a oportunidades de trabalho, reforçando o ciclo da pobreza. Além disso, algumas DTNs, como a hanseníase, carregam um forte estigma social, levando ao isolamento de pacientes e suas famílias. Enfrentar essas doenças é essencial para reduzir o sofrimento humano e promover a inclusão social e econômica. No Brasil, iniciativas como campanhas de conscientização, melhorias no sistema de saúde pública e acesso a tratamentos gratuitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) têm mostrado progressos relevantes, embora muitos desafios ainda permaneçam. Quais são as doenças tropicais negligenciadas mais comuns no Brasil? As DTNs incluem diversas condições com impactos variados na saúde e no bem-estar da população. A seguir, exploramos algumas das principais DTNs que afetam o Brasil: Esquistossomose Causa: a esquistossomose é provocada pelo parasita Schistosoma mansoni, que pode ser contraído ao entrar em contato com água contaminada por fezes contendo ovos do parasita; Impacto no Brasil: a doença é considerada endêmica em regiões como o Nordeste e Minas Gerais, afetando mais de 1,5 milhão de brasileiros; Sintomas: entre os principais sintomas, estão complicações no fígado e no intestino, além de anemia, que pode impactar seriamente a qualidade de vida dos pacientes; Vacina em desenvolvimento: pesquisas estão sendo realizadas com vacinas candidatas, como Sm-TSP-2 e Sm-p80, que prometem reduzir substancialmente a carga da doença no futuro. Doença de Chagas Causa: a doença de Chagas é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, transmitido pelo inseto barbeiro e, em alguns casos, por alimentos contaminados; Impacto no Brasil e na América Latina: milhões de pessoas são afetadas, sobretudo nas áreas rurais e na Região Norte, onde as condições propiciam a transmissão da doença; Sintomas: na fase crônica, a doença pode causar complicações graves, como problemas cardíacos e digestivos, comprometendo a qualidade de vida do paciente; Vacina em desenvolvimento: pesquisas seguem em fase pré-clínica, com estudos promissores em modelos animais, mas ainda há um caminho a percorrer até sua aplicação em humanos. Leishmaniose Causa: é provocada por protozoários do gênero Leishmania, transmitidos pela picada do mosquito-palha (Lutzomyia); Duas formas principais: a leishmaniose visceral, que pode afetar órgãos internos, e a do tipo tegumentar, que se manifesta com lesões cutâneas dolorosas; Impacto no Brasil: as áreas endêmicas têm se expandido, envolvendo tanto regiões urbanas quanto rurais, o que aumenta o desafio de controle; Vacinas em desenvolvimento e disponíveis: vacinas veterinárias, como Leish-Tec, já estão disponíveis para cães, enquanto estudos para imunização em humanos estão em andamento com resultados animadores. Hanseníase Causa: a hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que ataca a pele e os nervos periféricos; Impacto no Brasil: o país ocupa um dos primeiros lugares no mundo em número de casos novos, com grande concentração em áreas com dificuldades de acesso ao diagnóstico e tratamento; Sintomas: a doença pode provocar deformidades e incapacidades permanentes se não for tratada precocemente; Tratamento e controle: além do tratamento gratuito oferecido pelo SUS, em outubro de 2024, foi autorizado o ensaio clínico da vacina LepVax, trazendo esperança para o controle da doença. Filariose linfática Causa: a filariose é causada por vermes transmitidos por mosquitos, que afetam o sistema linfático, resultando em elefantíase; Impacto global: a doença é comum em regiões da África, Ásia e algumas áreas específicas do Brasil, onde há maior risco de transmissão; Sintomas: caracteriza-se por inchaços severos em membros ou órgãos genitais, dor e forte estigmatização social; Controle e tratamento: embora ainda não exista uma vacina, o tratamento com medicamentos para matar as larvas do parasita, aliado a esforços de controle de mosquitos, é fundamental para prevenir novas infecções. A dengue no Brasil A dengue é uma das DTNs mais conhecidas e impactantes em nosso país. Causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, a doença possui quatro sorotipos (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4), sendo possível contrair a infecção múltiplas vezes ao longo da vida. Os sintomas variam desde febre alta, dores musculares e articulares, até a dengue grave (conhecida como “dengue hemorrágica”), que pode levar ao choque e à morte. O país enfrenta surtos frequentes de dengue, com altos índices de hospitalizações e mortalidade em algumas regiões. A urbanização sem infraestrutura adequada contribui para a proliferação do mosquito vetor. Vacinação contra a dengue A vacina Qdenga®, aprovada em 2023 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), protege contra os quatro sorotipos do vírus. Com eficácia geral de 80,2%, ela previne 90,4% das hospitalizações e é indicada para pessoas entre quatro e 60 anos. Essa novidade representa um avanço valioso no enfrentamento à doença.  Avanços e desafios no combate às doenças tropicais negligenciadas O Brasil tem alcançado avanços notáveis no combate às doenças tropicais negligenciadas (DTNs). As campanhas de conscientização têm desempenhado um importante papel na redução do estigma associado a essas doenças, colaborando na adesão dos pacientes ao tratamento. Além disso, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diagnóstico e tratamento gratuitos para diversas DTNs, ampliando o acesso à saúde para populações vulneráveis.  Outro destaque são as iniciativas voltadas para o desenvolvimento de vacinas, que demonstram o compromisso do Brasil em enfrentar os desafios impostos pelas doenças tropicais negligenciadas e promover uma melhor qualidade de vida para as populações afetadas.  Entretanto, desafios expressivos ainda persistem, como a precariedade do saneamento básico e o estigma que cerca essas enfermidades, fatores que dificultam a adesão ao tratamento e enfraquecem os esforços de controle e erradicação. A falta de recursos suficientes para pesquisas e as dificuldades no controle de vetores são obstáculos adicionais que complicam o enfrentamento dessas doenças. Dessa forma, combater as doenças tropicais negligenciadas exige uma abordagem integrada e abrangente, baseada em esforços coordenados entre políticas públicas eficazes, avanços na ciência e engajamento social. O investimento no desenvolvimento de vacinas, a ampliação do acesso a serviços de saúde e a melhoria das condições de vida das populações afetadas são passos indispensáveis para transformar esse cenário e proporcionar um futuro mais saudável e inclusivo. Agora que você já sabe mais sobre as doenças tropicais negligenciadas, convidamos você a se aprofundar em um tema importante: a hanseníase. Confira o conteúdo completo e saiba mais! Sabin avisa: Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames. Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas.  Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial. Referências: Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2024, outubro 14). Autorizado ensaio clínico de vacina LepVax contra hanseníase. Recuperado de https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2024/autorizado-ensaio-clinico-de-vacina-lepvax-contra-hanseniase Hotez PJ, Aksoy S, Brindley PJ, Kamhawi S. World neglected tropical diseases day. PLoS Negl Trop Dis. 2020 Jan 29;14(1):e0007999. doi: 10.1371/journal.pntd.0007999. PMID: 31995572; PMCID: PMC6988912. Luna EJA, Campos SRSLDC. Vaccine development against neglected tropical diseases. Cad Saude Publica. 2020 Nov 20;36Suppl 2(Suppl 2):e00215720. English, Portuguese. doi: 10.1590/0102-311X00215720. PMID: 33237199.