Sabin Por: Sabin
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Quem nunca ouviu falar em catapora? A maioria das pessoas ou já teve na infância ou conhece alguém que teve. Uma das doenças mais populares e contagiosas, é também conhecida como varicela — causada pelo vírus varicela-zóster. 

Muito comum em crianças, a infecção também pode atingir os adultos. Embora a probabilidade seja menor, quando isso ocorre inspira muitos cuidados. Catapora em adultos, especialmente em pessoas imunocomprometidas, pode ter consequências graves. 

Conheça mais sobre a doença, saiba o que fazer quando ela se manifestar e como se prevenir. Para este conteúdo, contamos com a colaboração especial da Dra. Ana Rosa dos Santos, infectologista e gerente médica de imunização do Grupo Sabin.

O que é catapora e como se manifesta?

Apesar de ocorrer em qualquer época do ano, a catapora possui maior incidência entre os meses de setembro e novembro. Nesse período, a estimativa é que mais de 90% das pessoas que têm contato com o vírus são infectadas. 

Segundo o Ministério da Saúde (MS), anualmente, cerca de 3 milhões de pessoas são acometidas pela doença.

Sinais e sintomas da catapora

A principal característica do quadro clínico da catapora são as pequenas bolhas avermelhadas distribuídas ao longo do corpo, que provocam coceira e ardência. Inicialmente, surgem manchas vermelhas, que, em seguida, viram bolhas e culminam com o aparecimento de crostas. Essas erupções costumam surgir, primeiramente, no couro cabeludo e na face, e depois se espalham para o tronco e extremidades.

Sinais e sintomas da catapora

Contudo, os sintomas começam a se manifestar antes mesmo das manchas. A pessoa pode apresentar febre, mal-estar, perda de apetite, vômitos e dores na cabeça e no corpo. “Os primeiros sinais da doença aparecem cerca de dois dias antes das ‘bolhinhas vermelhas’, com febre alta”, explica Dra. Ana Rosa.

Quando não apresenta complicações, a catapora é considerada uma doença autolimitada, ou seja, que apresenta cura espontânea. Seus sintomas duram entre cinco e dez dias, mas o processo todo leva até duas semanas.

Qual a correlação com herpes-zóster?

Ao ser infectado pelo vírus da varicela, o indivíduo torna-se imune à catapora. Entretanto, há uma ressalva: como o vírus permanece instalado nos gânglios nervosos, a baixa imunidade pode fazer com ele seja reativado. 

O envelhecimento do organismo diminui, naturalmente, a proteção imunológica, assim como a presença de comorbidades ou o uso de medicamentos quimioterápicos. Essas condições são favoráveis para a reativação do vírus, podendo desencadear a herpes-zóster, também conhecida como “cobreiro” (o vírus varicela-zóster é o responsável pela manifestação das duas doenças).

Quais os principais meios de transmissão?

Pessoas que não se vacinaram ou que ainda não tiveram catapora são mais suscetíveis a contrair a infecção.

A transmissão pode ocorrer através das gotículas de saliva, raramente por contato direto com lesões na pele ou pelo líquido das bolhas. Pacientes com catapora devem manter-se isolados por, no mínimo, uma semana, a partir do início do aparecimento das manchas vermelhas e até que as lesões estejam totalmente cicatrizadas.

O período de incubação do vírus varicela-zóster varia de quatro a 16 dias. Já a transmissão pode acontecer entre um e dois dias antes das erupções cutâneas, até seis dias depois.

Os riscos apresentados pela catapora

Para evitar o contágio, o público de risco deve se manter afastado de pessoas com catapora, em período de transmissão. O grupo inclui:

  • gestantes;
  • recém-nascidos;
  • crianças ou adultos imunodeprimidos.

O contágio da catapora nesse público apresenta gravidade elevada dos sintomas e pode causar sérias complicações. Os casos mais severos chegam a provocar: encefalite; pneumonia; e infecções na pele e ouvido.

Como é feito o diagnóstico?

Pela característica da infecção, a catapora é diagnosticada por meio do exame clínico no paciente. Quando necessário fazer um diagnóstico diferencial, podem ser realizados exames laboratoriais para a identificação do vírus. O Sabin dispõe dos exames para detecção do vírus varicela-zóster. A relação completa pode ser conferida em nossa loja virtual.

Quais as medidas de prevenção e tratamento?

Em caso de dúvidas ou surgimento de sintomas da catapora, é indicado sempre passar por uma avaliação médica. Somente o médico está capacitado para orientar sobre o melhor tratamento e medir a gravidade da doença.

É essencial reforçar os cuidados com a higienização de mãos, roupas e objetos pessoais que possam estar contaminados. 

Para contribuir com o controle da doença, crianças com varicela só devem retornar às aulas depois da cicatrização total das lesões (após as crostas caírem). “É comum aparecer uma criança doente na escola e, em pouco tempo, todas apresentarem os sintomas, pois a catapora é facilmente transmitida, de pessoa a pessoa, pelas gotículas ao tossir e falar”, aponta a médica. 

Vacinação

Para garantir a prevenção contra a varicela, a vacinação é a única solução. O esquema vacinal deve ser iniciado em crianças de 12 meses de idade, com duas doses no intervalo de três meses. Além do público infantil, adolescentes e adultos suscetíveis (que não tiveram catapora) também estão indicados para a vacinação.

Dra. Ana Rosa complementa: “Em situações de risco, por exemplo, surto de varicela ou exposição em ambiente coletivo (escola, creche, domicílio), deve ser realizada, excepcionalmente, a vacinação em crianças a partir de nove meses de idade, como um bloqueio. Após o contato com caso suspeito ou confirmado de varicela, utiliza-se o período de 120 horas (5 dias) para vacinação e 96 horas (4 dias) para administração da imunoglobulina (IGHAV), em ambiente hospitalar”.

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente a vacina tetraviral, que protege não apenas da catapora, mas também da caxumba, do sarampo e da rubéola. A vacina, integrante do Calendário Nacional de Vacinação, é aplicada aos 15 meses de idade para aquelas crianças que já tomaram a primeira dose da vacina tríplice viral.

Pela rede particular, a tetraviral é aplicada a partir dos 12 meses de idade, com uma segunda dose a partir dos 15 meses. “O esquema de vacinação está indicado para todas as pessoas saudáveis que ainda não tiveram catapora, esquema de duas doses ao longo da vida”, reforça a infectologista. A vacina contra o vírus varicela-zóster também pode ser adquirida no Sabin. Acesse nossa loja virtual para mais informações. Aproveite para se informar melhor sobre a importância da vacinação e saber como as vacinas funcionam em nosso organismo. Conhecimento também é uma forma de prevenção!

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O que você realmente sabe sobre catapora?; Quem nunca ouviu falar em catapora? A maioria das pessoas ou já teve na infância ou conhece alguém que teve. Uma das doenças mais populares e contagiosas, é também conhecida como varicela — causada pelo vírus varicela-zóster.  Muito comum em crianças, a infecção também pode atingir os adultos. Embora a probabilidade seja menor, quando isso ocorre inspira muitos cuidados. Catapora em adultos, especialmente em pessoas imunocomprometidas, pode ter consequências graves.  Conheça mais sobre a doença, saiba o que fazer quando ela se manifestar e como se prevenir. Para este conteúdo, contamos com a colaboração especial da Dra. Ana Rosa dos Santos, infectologista e gerente médica de imunização do Grupo Sabin. O que é catapora e como se manifesta? Apesar de ocorrer em qualquer época do ano, a catapora possui maior incidência entre os meses de setembro e novembro. Nesse período, a estimativa é que mais de 90% das pessoas que têm contato com o vírus são infectadas.  Segundo o Ministério da Saúde (MS), anualmente, cerca de 3 milhões de pessoas são acometidas pela doença. Sinais e sintomas da catapora A principal característica do quadro clínico da catapora são as pequenas bolhas avermelhadas distribuídas ao longo do corpo, que provocam coceira e ardência. Inicialmente, surgem manchas vermelhas, que, em seguida, viram bolhas e culminam com o aparecimento de crostas. Essas erupções costumam surgir, primeiramente, no couro cabeludo e na face, e depois se espalham para o tronco e extremidades. Contudo, os sintomas começam a se manifestar antes mesmo das manchas. A pessoa pode apresentar febre, mal-estar, perda de apetite, vômitos e dores na cabeça e no corpo. “Os primeiros sinais da doença aparecem cerca de dois dias antes das ‘bolhinhas vermelhas', com febre alta”, explica Dra. Ana Rosa. Quando não apresenta complicações, a catapora é considerada uma doença autolimitada, ou seja, que apresenta cura espontânea. Seus sintomas duram entre cinco e dez dias, mas o processo todo leva até duas semanas. Qual a correlação com herpes-zóster? Ao ser infectado pelo vírus da varicela, o indivíduo torna-se imune à catapora. Entretanto, há uma ressalva: como o vírus permanece instalado nos gânglios nervosos, a baixa imunidade pode fazer com ele seja reativado.  O envelhecimento do organismo diminui, naturalmente, a proteção imunológica, assim como a presença de comorbidades ou o uso de medicamentos quimioterápicos. Essas condições são favoráveis para a reativação do vírus, podendo desencadear a herpes-zóster, também conhecida como “cobreiro” (o vírus varicela-zóster é o responsável pela manifestação das duas doenças). Quais os principais meios de transmissão? Pessoas que não se vacinaram ou que ainda não tiveram catapora são mais suscetíveis a contrair a infecção. A transmissão pode ocorrer através das gotículas de saliva, raramente por contato direto com lesões na pele ou pelo líquido das bolhas. Pacientes com catapora devem manter-se isolados por, no mínimo, uma semana, a partir do início do aparecimento das manchas vermelhas e até que as lesões estejam totalmente cicatrizadas. O período de incubação do vírus varicela-zóster varia de quatro a 16 dias. Já a transmissão pode acontecer entre um e dois dias antes das erupções cutâneas, até seis dias depois. Os riscos apresentados pela catapora Para evitar o contágio, o público de risco deve se manter afastado de pessoas com catapora, em período de transmissão. O grupo inclui: gestantes;recém-nascidos;crianças ou adultos imunodeprimidos. O contágio da catapora nesse público apresenta gravidade elevada dos sintomas e pode causar sérias complicações. Os casos mais severos chegam a provocar: encefalite; pneumonia; e infecções na pele e ouvido. Como é feito o diagnóstico? Pela característica da infecção, a catapora é diagnosticada por meio do exame clínico no paciente. Quando necessário fazer um diagnóstico diferencial, podem ser realizados exames laboratoriais para a identificação do vírus. O Sabin dispõe dos exames para detecção do vírus varicela-zóster. A relação completa pode ser conferida em nossa loja virtual. Quais as medidas de prevenção e tratamento? Em caso de dúvidas ou surgimento de sintomas da catapora, é indicado sempre passar por uma avaliação médica. Somente o médico está capacitado para orientar sobre o melhor tratamento e medir a gravidade da doença. É essencial reforçar os cuidados com a higienização de mãos, roupas e objetos pessoais que possam estar contaminados.  Para contribuir com o controle da doença, crianças com varicela só devem retornar às aulas depois da cicatrização total das lesões (após as crostas caírem). “É comum aparecer uma criança doente na escola e, em pouco tempo, todas apresentarem os sintomas, pois a catapora é facilmente transmitida, de pessoa a pessoa, pelas gotículas ao tossir e falar”, aponta a médica.  Vacinação Para garantir a prevenção contra a varicela, a vacinação é a única solução. O esquema vacinal deve ser iniciado em crianças de 12 meses de idade, com duas doses no intervalo de três meses. Além do público infantil, adolescentes e adultos suscetíveis (que não tiveram catapora) também estão indicados para a vacinação. Dra. Ana Rosa complementa: “Em situações de risco, por exemplo, surto de varicela ou exposição em ambiente coletivo (escola, creche, domicílio), deve ser realizada, excepcionalmente, a vacinação em crianças a partir de nove meses de idade, como um bloqueio. Após o contato com caso suspeito ou confirmado de varicela, utiliza-se o período de 120 horas (5 dias) para vacinação e 96 horas (4 dias) para administração da imunoglobulina (IGHAV), em ambiente hospitalar”. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente a vacina tetraviral, que protege não apenas da catapora, mas também da caxumba, do sarampo e da rubéola. A vacina, integrante do Calendário Nacional de Vacinação, é aplicada aos 15 meses de idade para aquelas crianças que já tomaram a primeira dose da vacina tríplice viral. Pela rede particular, a tetraviral é aplicada a partir dos 12 meses de idade, com uma segunda dose a partir dos 15 meses. “O esquema de vacinação está indicado para todas as pessoas saudáveis que ainda não tiveram catapora, esquema de duas doses ao longo da vida”, reforça a infectologista. A vacina contra o vírus varicela-zóster também pode ser adquirida no Sabin. Acesse nossa loja virtual para mais informações. Aproveite para se informar melhor sobre a importância da vacinação e saber como as vacinas funcionam em nosso organismo. Conhecimento também é uma forma de prevenção!