Sabin Por: Sabin
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É de conhecimento geral que todo tipo de tabaco é prejudicial e que um ambiente livre de fumaça é mais seguro para a saúde de todos. Entretanto, muitas vezes, devido a questões como ansiedade ou aceitação social, pessoas tendem a acender o primeiro cigarro como uma espécie de válvula de escape. E é aí que mora o perigo! 

Contendo mais de quatro mil substâncias tóxicas, o cigarro é responsável pela maioria dos casos de câncer de pulmão e representa um alto fator de risco para doenças cardiovasculares.

Parar de fumar não é tão simples, mas vale a pena dar o primeiro passo, uma vez que os impactos provocados podem ser fatais. Conheça os males do tabagismo, o que fazer e como a vida pode ser mais saudável sem essa condição.

O que é considerado tabagismo? 

Considerado uma doença crônica, o tabagismo é causado pela dependência da nicotina, que tem propriedades psicoativas e leva somente de 7 a 19 segundos para chegar ao cérebro, liberando substâncias ligadas às sensações de prazer e satisfação.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o tabaco mata anualmente, em todo o mundo, mais de 8 milhões de pessoas. No Brasil, todos os anos, são cerca de 156 mil fumantes que perdem a vida em consequência do cigarro.

Fatores de influência

Na maioria dos casos, os fatores que influenciam a iniciação ao fumo ocorrem ainda na adolescência. Aceitação social, acesso facilitado, repetição de modelo de comportamento (principalmente dos pais) e falsa sensação de alívio de tensões são alguns motivadores encontrados.

Por muitos anos, a publicidade da indústria do tabaco também exerceu grande influência ao associar o consumo do cigarro a elementos atrativos. Até 1996, quando a publicidade de cigarros foi proibida no Brasil, não era incomum ver propagandas geralmente protagonizadas por alguma personalidade famosa, ligando o hábito de fumar a atividades de lazer, à prática de esportes ou a qualquer outro tipo de situação que transmitisse sensação de prazer.

Comercializados livremente, os produtos derivados do tabaco têm uma extensa variedade. Entre os fumados, inalados, mascados ou absorvidos pela mucosa oral, os fumados são os mais vendidos. Podemos destacar, além do cigarro comum, os cigarros eletrônicos, que veremos a seguir.

O cigarro eletrônico

Nos últimos anos, tem crescido a incidência de tabagismo na população jovem, e uma das principais causas para esse crescimento está relacionada ao consumo do cigarro eletrônico (ou vape).

O produto está disponível no mercado com a falsa promessa de não ser tão prejudicial quanto o cigarro comum. Entretanto, o que muita gente desconhece é que o dispositivo contém não apenas nicotina, como também mais de duas mil substâncias cancerígenas. 

Mas qual a diferença entre o cigarro eletrônico e o comum? Apenas a forma que o tabaco é queimado. O cigarro comum produz fumaça, já o eletrônico produz aerossol, através do aquecimento do líquido presente em seu interior.

Além dos danos à saúde, quem faz uso do vape também está sujeito a outro problema relacionado à segurança: o risco de explosão do dispositivo, podendo provocar queimaduras, lesões ou fraturas.

Vale ressaltar que, apesar de serem amplamente utilizados, a comercialização de cigarros eletrônicos é proibida no país, e estudos comprovam que seu uso aumenta significativamente o risco de o usuário passar à dependência do cigarro comum.

Quais as consequências do uso do tabaco?

Principal causa de morte evitável, o tabagismo é uma das maiores ameaças à saúde pública global, chegando a ser classificado como epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Fumar traz consequências danosas ao organismo e aumenta drasticamente a taxa de mortalidade.

Doenças relacionadas ao tabagismo

O tabagismo prejudica quase todos os órgãos do corpo e, ao menos, 50 doenças ou incapacitações estão associadas a ele. Entre as principais, estão diabetes, hipertensão, Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto, doenças respiratórias, tuberculose, impotência, infertilidade, osteoporose, doenças bucais e câncer.

Em se tratando do câncer, o tabagismo é um fator de risco seríssimo para os seguintes tipos:

Sequelas de um ex-fumante

Afinal, é possível que o pulmão se regenere após a suspensão do cigarro? Isso vai depender do tempo que a pessoa fumou e do grau de lesões provocadas nos pulmões. Quanto maior o período de tabagismo, maiores os danos causados.

As principais sequelas de um ex-fumante são doenças respiratórias como bronquite, bronquiolite, enfisema e câncer de pulmão.

Embora não seja possível a total recuperação dos pulmões, parar de fumar ainda é a melhor medida para evitar que o quadro se torne ainda pior. Pesquisas apontam que, em 48 horas de cessação do cigarro, a nicotina desaparece do organismo. A notícia ruim é que as sequelas perduram.

Riscos do tabagismo para gestantes e crianças

Fumar ou inalar a fumaça do cigarro durante a gravidez pode provocar graves danos para a mãe e o bebê, como descolamento de placenta ou hemorragias uterinas. Além disso, aumentam as chances de aborto espontâneo, parto prematuro e morte perinatal.

Filhos de fumantes podem, ainda, nascer abaixo do peso ou desenvolver problemas respiratórios ao longo da vida. Sem contar a alta probabilidade de, futuramente, também se tornar um fumante.

Fumante passivo

Engana-se quem pensa que apenas os fumantes sofrem consequências por conta do cigarro. As pessoas que convivem com quem fuma também podem desenvolver doenças por conta da fumaça inalada. Para se ter uma ideia, mais de 1,2 milhão de pessoas morrem em decorrência do fumo passivo.

O ar poluído pela fumaça do cigarro possui três vezes mais nicotina e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça tragada pelo fumante ativo. Estima-se que, a cada três cigarros fumados, o fumante passivo consuma um por tabela.

O fumante precisa entender que ele não prejudica apenas sua saúde, mas principalmente traz consequências sérias (e, na maioria das vezes, irreversíveis) a quem convive com ele.

Sou um tabagista: como me tratar?

Reconhecer-se como um tabagista, juntamente com a força de vontade, pode ser o pontapé inicial para buscar ajuda. Por se tratar de um processo que envolve dependência química, a pessoa necessita de suporte médico para largar o vício, que pode incluir psicoterapia e uso de fármacos inibidores de nicotina.

Entre as alternativas, está um recurso chamado “abordagem mínima”, que pode ser feito por qualquer profissional de saúde. A abordagem consiste no aconselhamento e preparação do tabagista para parar de fumar. Pode ser feita em uma consulta de rotina, por exemplo, na qual o profissional vai perguntar, avaliar e acompanhar o paciente. Essa técnica é fundamental para o tratamento de um fumante e representa um grande estímulo ao processo de cessação do tabagismo.

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar. Além do acompanhamento médico, é oferecido o tratamento medicamentoso, por meio de adesivos, pastilhas, goma de mascar e bupropiona.

Agora, um lembrete importante: tenha em mente não substituir um vício por outro. Como dito no início no texto, o hábito de fumar pode ter sido iniciado para amenizar a ansiedade, por exemplo. Portanto, é comum que o ex-fumante saia de um vício e entre em outro, como a compulsão alimentar. O ideal é fazer o acompanhamento não apenas com um psicólogo, mas também com um nutricionista, capaz de instruir adequadamente como se alimentar de forma saudável.

Benefícios após parar de fumar

Embora não exista a possibilidade de recuperar totalmente os estragos feitos pelo cigarro, o ex-fumante recebe significativos benefícios para a sua saúde e bem-estar. Muitos são percebidos em pouco tempo depois de parar de fumar. Confira!

  • em apenas 20 minutos, a pressão regulariza;
  • em 2 horas, a nicotina desaparece do fluxo sanguíneo;
  • entre 12 e 24 horas, os pulmões já funcionam melhor;
  • após 2 dias, o olfato começa a voltar ao normal;
  • depois de 3 semanas, há uma melhoria na circulação e respiração;
  • o risco de infarto cai pela metade em 1 ano.

Fonte: Instituto Nacional de Câncer (INCA)

É possível evitar o tabagismo?

No Brasil, o Programa Nacional de Controle do Tabagismo, coordenado pelo INCA, realiza um trabalho de prevenção e controle, visando alertar sobre os perigos do fumo, bem como oferecer suporte e acompanhamento.

Por apresentar um caráter multifatorial, há muitos estímulos que podem contribuir para a pessoa começar a fumar, entre fatores sociais, culturais e comportamentais. Não importa a idade ou o momento de vida, a decisão de parar de fumar é uma das melhores ações que uma pessoa pode tomar. 

Motivos para parar de fumar

Existem muitos motivos para se livrar do cigarro. Para incentivar, listamos algumas das inúmeras vantagens para a saúde:

  • melhora a qualidade de vida (o tabaco pode provocar mais de 20 tipos de câncer);
  • proporciona maior longevidade (fumantes têm expectativa de vida 10 anos a menos do que os não fumantes);
  • o consumo regular de tabaco pode interferir na fertilidade;
  • fumantes têm maior chance de perder a visão e a audição;
  • redução de gastos financeiros;
  • aumento do fôlego e da capacidade de realizar atividades que antes apresentavam dificuldade.

O ato de fumar não compromete somente sua saúde, como também da sua família. Pense nisso!

Dicas para parar de fumar

Sabemos que abandonar um vício é um desafio. Para dar o primeiro passo, elaboramos algumas dicas que podem auxiliar no processo:

  • procure manter o maço de cigarro longe do seu alcance (exemplo: se você costuma carregá-lo na bolsa, tente deixar em um local em que você precise ir buscar);
  • se você tem um horário padrão para fumar (quando acorda, após o almoço, etc.), tente atrasá-lo, assim, você começa a ter controle sobre o cigarro;
  • evite os momentos que estão associados ao fumo, como o consumo de café ou bebidas alcoólicas;
  • substitua a vontade de fumar pela água, deixando sempre uma garrafa perto de você;
  • mude seu estilo de vida, introduzindo atividades físicas;
  • inclua alimentos saudáveis em sua dieta;
  • frequente lugares que você sabe que não pode fumar;
  • evite locais com a presença de fumantes;
  • afaste-se de situações que possam causar estresse;
  • livre-se de objetos relacionados ao cigarro, como cinzeiro, isqueiro, entre outros;
  • faça os cálculos do quanto você pode economizar sem comprar cigarros;
  • informe-se sobre as consequências do tabagismo e troque experiências com ex-fumantes;
  • a dica mais importante: não adie a decisão e não espere o “melhor momento”.

Se você entende que não é capaz de fazer isso sozinho, busque ajuda. Existem profissionais especializados em pessoas que estão no processo de largar o cigarro.

Dia Mundial Sem Tabaco

Celebrado anualmente no dia 31 de maio, o Dia Mundial Sem Tabaco é uma iniciativa criada pela OMS em 1987, com o objetivo de alertar a população sobre as doenças e mortes relacionadas ao tabagismo que podem ser evitadas.

A campanha promove uma série de ações globais destinadas ao controle e prevenção do tabagismo. Graças a essas iniciativas, é possível oferecer acesso a informações e mobilizar mais pessoas quanto aos riscos oferecidos, ajudando, dessa forma, a evitar graves consequências. A boa notícia é que já podemos observar os efeitos positivos da conscientização: segundo pesquisa coordenada pelo Ministério da Saúde (MS), a frequência de fumantes diminuiu de 15,7%, em 2006, para 9,5%, em 2020.

Depois de ler este conteúdo e se conscientizar acerca dos malefícios do tabagismo, que tal contribuir para que outras pessoas também se informem? Compartilhe o artigo, ele pode chegar a alguém que esteja precisando neste momento. A informação é uma ferramenta fundamental e pode salvar vidas!

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O tabagismo é uma doença? Entenda os riscos do cigarro para a sua saúde; É de conhecimento geral que todo tipo de tabaco é prejudicial e que um ambiente livre de fumaça é mais seguro para a saúde de todos. Entretanto, muitas vezes, devido a questões como ansiedade ou aceitação social, pessoas tendem a acender o primeiro cigarro como uma espécie de válvula de escape. E é aí que mora o perigo!  Contendo mais de quatro mil substâncias tóxicas, o cigarro é responsável pela maioria dos casos de câncer de pulmão e representa um alto fator de risco para doenças cardiovasculares. Parar de fumar não é tão simples, mas vale a pena dar o primeiro passo, uma vez que os impactos provocados podem ser fatais. Conheça os males do tabagismo, o que fazer e como a vida pode ser mais saudável sem essa condição. O que é considerado tabagismo?  Considerado uma doença crônica, o tabagismo é causado pela dependência da nicotina, que tem propriedades psicoativas e leva somente de 7 a 19 segundos para chegar ao cérebro, liberando substâncias ligadas às sensações de prazer e satisfação. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o tabaco mata anualmente, em todo o mundo, mais de 8 milhões de pessoas. No Brasil, todos os anos, são cerca de 156 mil fumantes que perdem a vida em consequência do cigarro. Fatores de influência Na maioria dos casos, os fatores que influenciam a iniciação ao fumo ocorrem ainda na adolescência. Aceitação social, acesso facilitado, repetição de modelo de comportamento (principalmente dos pais) e falsa sensação de alívio de tensões são alguns motivadores encontrados. Por muitos anos, a publicidade da indústria do tabaco também exerceu grande influência ao associar o consumo do cigarro a elementos atrativos. Até 1996, quando a publicidade de cigarros foi proibida no Brasil, não era incomum ver propagandas geralmente protagonizadas por alguma personalidade famosa, ligando o hábito de fumar a atividades de lazer, à prática de esportes ou a qualquer outro tipo de situação que transmitisse sensação de prazer. Comercializados livremente, os produtos derivados do tabaco têm uma extensa variedade. Entre os fumados, inalados, mascados ou absorvidos pela mucosa oral, os fumados são os mais vendidos. Podemos destacar, além do cigarro comum, os cigarros eletrônicos, que veremos a seguir. O cigarro eletrônico Nos últimos anos, tem crescido a incidência de tabagismo na população jovem, e uma das principais causas para esse crescimento está relacionada ao consumo do cigarro eletrônico (ou vape). O produto está disponível no mercado com a falsa promessa de não ser tão prejudicial quanto o cigarro comum. Entretanto, o que muita gente desconhece é que o dispositivo contém não apenas nicotina, como também mais de duas mil substâncias cancerígenas.  Mas qual a diferença entre o cigarro eletrônico e o comum? Apenas a forma que o tabaco é queimado. O cigarro comum produz fumaça, já o eletrônico produz aerossol, através do aquecimento do líquido presente em seu interior. Além dos danos à saúde, quem faz uso do vape também está sujeito a outro problema relacionado à segurança: o risco de explosão do dispositivo, podendo provocar queimaduras, lesões ou fraturas. Vale ressaltar que, apesar de serem amplamente utilizados, a comercialização de cigarros eletrônicos é proibida no país, e estudos comprovam que seu uso aumenta significativamente o risco de o usuário passar à dependência do cigarro comum. Quais as consequências do uso do tabaco? Principal causa de morte evitável, o tabagismo é uma das maiores ameaças à saúde pública global, chegando a ser classificado como epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Fumar traz consequências danosas ao organismo e aumenta drasticamente a taxa de mortalidade. Doenças relacionadas ao tabagismo O tabagismo prejudica quase todos os órgãos do corpo e, ao menos, 50 doenças ou incapacitações estão associadas a ele. Entre as principais, estão diabetes, hipertensão, Acidente Vascular Cerebral (AVC), infarto, doenças respiratórias, tuberculose, impotência, infertilidade, osteoporose, doenças bucais e câncer. Em se tratando do câncer, o tabagismo é um fator de risco seríssimo para os seguintes tipos: câncer de pulmão; câncer de cabeça e pescoço; câncer de laringe; câncer na cavidade oral; câncer de faringe; câncer de bexiga; câncer de pâncreas; câncer de fígado; câncer de colo de útero; câncer de esôfago; câncer nos rins; câncer de estômago; leucemia mieloide aguda. Sequelas de um ex-fumante Afinal, é possível que o pulmão se regenere após a suspensão do cigarro? Isso vai depender do tempo que a pessoa fumou e do grau de lesões provocadas nos pulmões. Quanto maior o período de tabagismo, maiores os danos causados. As principais sequelas de um ex-fumante são doenças respiratórias como bronquite, bronquiolite, enfisema e câncer de pulmão. Embora não seja possível a total recuperação dos pulmões, parar de fumar ainda é a melhor medida para evitar que o quadro se torne ainda pior. Pesquisas apontam que, em 48 horas de cessação do cigarro, a nicotina desaparece do organismo. A notícia ruim é que as sequelas perduram. Riscos do tabagismo para gestantes e crianças Fumar ou inalar a fumaça do cigarro durante a gravidez pode provocar graves danos para a mãe e o bebê, como descolamento de placenta ou hemorragias uterinas. Além disso, aumentam as chances de aborto espontâneo, parto prematuro e morte perinatal. Filhos de fumantes podem, ainda, nascer abaixo do peso ou desenvolver problemas respiratórios ao longo da vida. Sem contar a alta probabilidade de, futuramente, também se tornar um fumante. Fumante passivo Engana-se quem pensa que apenas os fumantes sofrem consequências por conta do cigarro. As pessoas que convivem com quem fuma também podem desenvolver doenças por conta da fumaça inalada. Para se ter uma ideia, mais de 1,2 milhão de pessoas morrem em decorrência do fumo passivo. O ar poluído pela fumaça do cigarro possui três vezes mais nicotina e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça tragada pelo fumante ativo. Estima-se que, a cada três cigarros fumados, o fumante passivo consuma um por tabela. O fumante precisa entender que ele não prejudica apenas sua saúde, mas principalmente traz consequências sérias (e, na maioria das vezes, irreversíveis) a quem convive com ele. Sou um tabagista: como me tratar? Reconhecer-se como um tabagista, juntamente com a força de vontade, pode ser o pontapé inicial para buscar ajuda. Por se tratar de um processo que envolve dependência química, a pessoa necessita de suporte médico para largar o vício, que pode incluir psicoterapia e uso de fármacos inibidores de nicotina. Entre as alternativas, está um recurso chamado “abordagem mínima”, que pode ser feito por qualquer profissional de saúde. A abordagem consiste no aconselhamento e preparação do tabagista para parar de fumar. Pode ser feita em uma consulta de rotina, por exemplo, na qual o profissional vai perguntar, avaliar e acompanhar o paciente. Essa técnica é fundamental para o tratamento de um fumante e representa um grande estímulo ao processo de cessação do tabagismo. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza tratamento gratuito para quem deseja parar de fumar. Além do acompanhamento médico, é oferecido o tratamento medicamentoso, por meio de adesivos, pastilhas, goma de mascar e bupropiona. Agora, um lembrete importante: tenha em mente não substituir um vício por outro. Como dito no início no texto, o hábito de fumar pode ter sido iniciado para amenizar a ansiedade, por exemplo. Portanto, é comum que o ex-fumante saia de um vício e entre em outro, como a compulsão alimentar. O ideal é fazer o acompanhamento não apenas com um psicólogo, mas também com um nutricionista, capaz de instruir adequadamente como se alimentar de forma saudável. Benefícios após parar de fumar Embora não exista a possibilidade de recuperar totalmente os estragos feitos pelo cigarro, o ex-fumante recebe significativos benefícios para a sua saúde e bem-estar. Muitos são percebidos em pouco tempo depois de parar de fumar. Confira! em apenas 20 minutos, a pressão regulariza; em 2 horas, a nicotina desaparece do fluxo sanguíneo; entre 12 e 24 horas, os pulmões já funcionam melhor; após 2 dias, o olfato começa a voltar ao normal; depois de 3 semanas, há uma melhoria na circulação e respiração; o risco de infarto cai pela metade em 1 ano. Fonte: Instituto Nacional de Câncer (INCA) É possível evitar o tabagismo? No Brasil, o Programa Nacional de Controle do Tabagismo, coordenado pelo INCA, realiza um trabalho de prevenção e controle, visando alertar sobre os perigos do fumo, bem como oferecer suporte e acompanhamento. Por apresentar um caráter multifatorial, há muitos estímulos que podem contribuir para a pessoa começar a fumar, entre fatores sociais, culturais e comportamentais. Não importa a idade ou o momento de vida, a decisão de parar de fumar é uma das melhores ações que uma pessoa pode tomar.  Motivos para parar de fumar Existem muitos motivos para se livrar do cigarro. Para incentivar, listamos algumas das inúmeras vantagens para a saúde: melhora a qualidade de vida (o tabaco pode provocar mais de 20 tipos de câncer); proporciona maior longevidade (fumantes têm expectativa de vida 10 anos a menos do que os não fumantes); o consumo regular de tabaco pode interferir na fertilidade; fumantes têm maior chance de perder a visão e a audição; redução de gastos financeiros; aumento do fôlego e da capacidade de realizar atividades que antes apresentavam dificuldade. O ato de fumar não compromete somente sua saúde, como também da sua família. Pense nisso! Dicas para parar de fumar Sabemos que abandonar um vício é um desafio. Para dar o primeiro passo, elaboramos algumas dicas que podem auxiliar no processo: procure manter o maço de cigarro longe do seu alcance (exemplo: se você costuma carregá-lo na bolsa, tente deixar em um local em que você precise ir buscar); se você tem um horário padrão para fumar (quando acorda, após o almoço, etc.), tente atrasá-lo, assim, você começa a ter controle sobre o cigarro; evite os momentos que estão associados ao fumo, como o consumo de café ou bebidas alcoólicas; substitua a vontade de fumar pela água, deixando sempre uma garrafa perto de você; mude seu estilo de vida, introduzindo atividades físicas; inclua alimentos saudáveis em sua dieta; frequente lugares que você sabe que não pode fumar; evite locais com a presença de fumantes; afaste-se de situações que possam causar estresse; livre-se de objetos relacionados ao cigarro, como cinzeiro, isqueiro, entre outros; faça os cálculos do quanto você pode economizar sem comprar cigarros; informe-se sobre as consequências do tabagismo e troque experiências com ex-fumantes; a dica mais importante: não adie a decisão e não espere o “melhor momento”. Se você entende que não é capaz de fazer isso sozinho, busque ajuda. Existem profissionais especializados em pessoas que estão no processo de largar o cigarro. Dia Mundial Sem Tabaco Celebrado anualmente no dia 31 de maio, o Dia Mundial Sem Tabaco é uma iniciativa criada pela OMS em 1987, com o objetivo de alertar a população sobre as doenças e mortes relacionadas ao tabagismo que podem ser evitadas. A campanha promove uma série de ações globais destinadas ao controle e prevenção do tabagismo. Graças a essas iniciativas, é possível oferecer acesso a informações e mobilizar mais pessoas quanto aos riscos oferecidos, ajudando, dessa forma, a evitar graves consequências. A boa notícia é que já podemos observar os efeitos positivos da conscientização: segundo pesquisa coordenada pelo Ministério da Saúde (MS), a frequência de fumantes diminuiu de 15,7%, em 2006, para 9,5%, em 2020. Depois de ler este conteúdo e se conscientizar acerca dos malefícios do tabagismo, que tal contribuir para que outras pessoas também se informem? Compartilhe o artigo, ele pode chegar a alguém que esteja precisando neste momento. A informação é uma ferramenta fundamental e pode salvar vidas!