Sabin Por: Sabin
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Sem dúvidas, as vacinas são uma das maiores contribuições da ciência para a saúde mundial. Por meio delas, diversas doenças infecciosas foram controladas e prevenidas, salvando a vida de milhões de pessoas, sejam adultos ou crianças.

Apesar de a importância da vacinação infantil ser bastante difundida e de amplo conhecimento, em bebês prematuros, ela, muitas vezes, acontece de forma tardia. A alta taxa de complicações médicas relacionadas à prematuridade aliada à falta de conhecimento, sobretudo por parte dos pais, acerca da segurança e eficácia das vacinas em recém-nascidos prematuros podem ser um dos fatores que explicam esses atrasos.

No Brasil, segundo dados coletados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a prevalência de nascimentos prematuros tem aumentado consideravelmente nas últimas décadas, chegando a 11% de nascimentos antes de 37 semanas de gestação. Esse cenário coloca a vacinação de prematuros como uma prioridade em saúde pública, principalmente por se tratar, pelo pouco desenvolvimento do sistema imunológico, de uma população muito vulnerável. Neste conteúdo, traremos informações essenciais para sanar as principais dúvidas referentes à vacinação de prematuros.

O que é um recém-nascido prematuro?

A prematuridade é definida como todo recém-nascido que nasceu pré-termo, ou seja, antes de completar as 37 semanas de gestação. A prematuridade do bebê pode também ser dividida conforme a idade gestacional, em semanas.

Bebês que nascem com 34 ou mais semanas (sem completar as 37 semanas) são considerados pré-termos tardios. Caso o nascimento ocorra entre 30 e 34 semanas, são classificados como pré-termos moderados. Já os recém-nascidos com menos de 30 semanas são considerados pré-termos extremos.

A incidência e a gravidade das possíveis complicações que o prematuro irá apresentar aumentam à medida que a idade gestacional diminui. Isso significa dizer que quanto mais prematuro o recém-nascido, maiores as chances de apresentar complicações e falhas na formação de órgãos e sistemas.

Como é a imunidade do prematuro?

O sistema imunológico do recém-nascido possui, naturalmente, uma capacidade reduzida em gerar respostas imunes pela falta da maturidade. Em prematuros, isso é ainda mais exacerbado, pois quanto menor a idade gestacional do bebê, menor é o desenvolvimento do sistema imunológico.

Os recém-nascidos prematuros apresentam uma quantidade de anticorpos menor quando comparados a bebês nascidos a termo, principalmente naqueles com idade gestacional inferior a 30 semanas. A transmissão de anticorpos IgG da mãe, via placentária, é maior no terceiro e último trimestre de gestação, o que pode explicar essa diferença.

Prematuros tendem também a apresentar uma resposta imune e celular mais imatura. Dessa forma, a geração de anticorpos após a realização de uma vacina, por exemplo, pode ser menor uma vez que as células produtoras dos anticorpos ainda não estão funcionalmente maduras.

Apesar da imaturidade imunológica, estudos indicam que prematuros geralmente respondem bem às vacinas, desde que estejam clinicamente estáveis ​​e não haja contraindicações à vacinação. Portanto, eles devem receber as vacinas conforme o esquema recomendado para lactentes a termo, considerando suas idades cronológicas e alguns critérios específicos.

Como realizar a imunização de prematuros?

Os avanços nos cuidados intensivos aos recém-nascidos pré-termo aumentaram significativamente as taxas de sobrevida no período neonatal, em particular os pré-termos extremos. 

Por outro lado, muitos desses bebês ainda correm riscos de agravos à saúde durante o primeiro ano de vida, em parte, devido a infecções que poderiam ser evitáveis ​​por meio de vacinas. Para a vacinação de prematuros, alguns critérios devem ser seguidos, os quais listamos a seguir.

Condição clínica

É necessário realizar uma avaliação criteriosa da condição de saúde do recém-nascido. A vacinação não deve ocorrer caso o bebê apresente alterações hemodinâmicas (circulação sanguínea e funcionamento do coração), presença de processos infecciosos, distúrbios metabólicos, entre outras doenças. A vacinação de prematuros deve sempre respeitar a avaliação clínica realizada pelo médico.

Local de aplicação

Em geral, bebês prematuros possuem pouco tecido muscular e menos ainda tecido subcutâneo. Para a aplicação de vacinas, o ideal é utilizar a via intramuscular, mais especificamente o músculo vasto lateral da coxa, com a utilização de agulhas curtas, por serem mais adequadas à anatomia do recém-nascido. 

Como os prematuros recebem muitos cuidados neonatais, é importante estar atento a algumas particularidades, como a presença próxima do local de aplicação de cateteres, sondas ou lesões na pele. 

Calendário vacinal e intervalo entre doses

A vacinação de recém-nascidos prematuros deve ser feita segundo a idade cronológica da criança, seguindo o mesmo esquema dos nascidos a termo, sem correção para idade gestacional ou peso ao nascer. É importante lembrar que a segurança, eficácia e imunogenicidade da vacinação em prematuros são comparáveis aos nascidos a termo.

A vacina BCG (proteção contra tuberculose) é a única exceção e deve ser aplicada, em dose única, apenas quando o peso do bebê for maior ou igual a 2 quilos. Em recém-nascidos de mães que usaram imunossupressores durante a gravidez, ou com histórico familiar de imunossupressão, a vacinação pode ser adiada ou contraindicada. 

Em relação ao esquema, os bebês prematuros devem receber as doses habituais conforme o calendário de vacinação. Deve-se respeitar os intervalos entre as doses de uma mesma vacina e entre vacinas diferentes. Para saber o calendário completo de vacinação, acesse o Calendário de Vacinação SBIm para Prematuros.

Imunização de prematuros na unidade neonatal

A chance de recém-nascidos prematuros apresentarem complicações de saúde é grande, fazendo com que permaneçam por mais tempo em unidades neonatais sob cuidados.

Mesmo nesses casos, a vacinação de prematuros não deve ser adiada e deve acontecer de acordo com os critérios estabelecidos pelo calendário de vacinação. Conforme mencionado, é imprescindível uma avaliação prévia do estado de saúde do bebê antes de programar a aplicação de qualquer vacina.

Vacinas orais com componentes vivos atenuados (rotavírus) não devem ser administradas em ambientes hospitalares, devido ao potencial risco que esses imunizantes podem oferecer a pacientes imunodeprimidos (transmissão do vírus).

Existe possibilidade de eventos adversos após a vacinação?

Essa é uma dúvida recorrente, principalmente no caso de prematuros que possuem um estado de saúde mais frágil, quando comparados a bebês nascidos a termo.

Existe a possibilidade de ocorrência de eventos adversos leves como dor, vermelhidão e inchaço no local, mas que não estão ligados à idade gestacional. Portanto, podem ocorrer independentemente do bebê ser prematuro ou não.

Alguns eventos adversos isolados já foram descritos após a aplicação da vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, além da bactéria Haemophilus influenzae tipo B. Em prematuros de dois meses, houve relatos de eventos cardiorrespiratórios reversíveis e transitórios com a vacina pentavalente, sendo recomendada a aplicação de vacinas acelulares contra a coqueluche nesses casos.

Não há recomendação de adiamento da vacinação em prematuros que estejam clinicamente estáveis

Em bebês com idade gestacional inferior a 28 semanas e que foram imunizados em unidade neonatal, deve-se manter monitoramento da condição de saúde do bebê com maior rigor, durante as primeiras 72 horas após a aplicação de vacinas.

Outras maneiras de cuidar da saúde do bebê prematuro

A vacinação é necessária para garantir a proteção do prematuro, mas saiba que outras medidas também ajudam a fortalecer ainda mais o sistema imunológico do bebê, protegendo-o de doenças infecciosas.

O aleitamento materno é fundamental para o desenvolvimento do sistema imunológico da criança. Através da amamentação, os anticorpos da mãe são passados para o bebê, conferindo imunidade passiva à criança enquanto o sistema imunológico está se tornando maduro.

Evitar a exposição do bebê a agentes tóxicos, como a fumaça do cigarro e retardar o início da frequência das creches também são fatores que ajudam a diminuir os riscos de aquisição de doenças. Todas as pessoas que entrarem em contato com o prematuro devem tomar cuidados especiais com a higiene e estarem devidamente vacinadas.

Caso a gestante não tenha seu cartão de vacinação atualizado, deve-se considerar a atualização após o parto. Essa medida é importante para beneficiar o recém-nascido indiretamente através do aleitamento materno.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre como é realizada a imunização de prematuros e a sua importância, que tal compartilhar este artigo com mães e pais que precisam dessas informações? E, claro, confira o calendário de vacinação para não esquecer nenhuma vacina!

Referências científicas:

Fortmann MI, Dirks J, Goedicke-Fritz S, Liese J, Zemlin M, Morbach H, Härtel C. Immunization of preterm infants: current evidence and future strategies to individualized approaches. Semin Immunopathol. 2022 Nov;44(6):767-784. doi: 10.1007/s00281-022-00957-1.

Gagneur A, Pinquier D, Quach C. Immunization of preterm infants. Hum Vaccin Immunother. 2015;11(11):2556-63. doi: 10.1080/21645515.2015.1074358.

Sadeck LDSR, Kfouri RÁ. An update on vaccination in preterm infants. J Pediatr (Rio J). 2023 Jan 3:S0021-7557(22)00143-7. doi: 10.1016/j.jped.2022.12.004.
SBP. (2022). Calendário de vacinação do prematuro. Disponível em: https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/calendario-de-vacinacao-do-prematuro/ Acesso em: 02/02/2023

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Saiba como deve acontecer a vacinação de prematuros; Sem dúvidas, as vacinas são uma das maiores contribuições da ciência para a saúde mundial. Por meio delas, diversas doenças infecciosas foram controladas e prevenidas, salvando a vida de milhões de pessoas, sejam adultos ou crianças. Apesar de a importância da vacinação infantil ser bastante difundida e de amplo conhecimento, em bebês prematuros, ela, muitas vezes, acontece de forma tardia. A alta taxa de complicações médicas relacionadas à prematuridade aliada à falta de conhecimento, sobretudo por parte dos pais, acerca da segurança e eficácia das vacinas em recém-nascidos prematuros podem ser um dos fatores que explicam esses atrasos. No Brasil, segundo dados coletados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a prevalência de nascimentos prematuros tem aumentado consideravelmente nas últimas décadas, chegando a 11% de nascimentos antes de 37 semanas de gestação. Esse cenário coloca a vacinação de prematuros como uma prioridade em saúde pública, principalmente por se tratar, pelo pouco desenvolvimento do sistema imunológico, de uma população muito vulnerável. Neste conteúdo, traremos informações essenciais para sanar as principais dúvidas referentes à vacinação de prematuros. O que é um recém-nascido prematuro? A prematuridade é definida como todo recém-nascido que nasceu pré-termo, ou seja, antes de completar as 37 semanas de gestação. A prematuridade do bebê pode também ser dividida conforme a idade gestacional, em semanas. Bebês que nascem com 34 ou mais semanas (sem completar as 37 semanas) são considerados pré-termos tardios. Caso o nascimento ocorra entre 30 e 34 semanas, são classificados como pré-termos moderados. Já os recém-nascidos com menos de 30 semanas são considerados pré-termos extremos. A incidência e a gravidade das possíveis complicações que o prematuro irá apresentar aumentam à medida que a idade gestacional diminui. Isso significa dizer que quanto mais prematuro o recém-nascido, maiores as chances de apresentar complicações e falhas na formação de órgãos e sistemas. Como é a imunidade do prematuro? O sistema imunológico do recém-nascido possui, naturalmente, uma capacidade reduzida em gerar respostas imunes pela falta da maturidade. Em prematuros, isso é ainda mais exacerbado, pois quanto menor a idade gestacional do bebê, menor é o desenvolvimento do sistema imunológico. Os recém-nascidos prematuros apresentam uma quantidade de anticorpos menor quando comparados a bebês nascidos a termo, principalmente naqueles com idade gestacional inferior a 30 semanas. A transmissão de anticorpos IgG da mãe, via placentária, é maior no terceiro e último trimestre de gestação, o que pode explicar essa diferença. Prematuros tendem também a apresentar uma resposta imune e celular mais imatura. Dessa forma, a geração de anticorpos após a realização de uma vacina, por exemplo, pode ser menor uma vez que as células produtoras dos anticorpos ainda não estão funcionalmente maduras. Apesar da imaturidade imunológica, estudos indicam que prematuros geralmente respondem bem às vacinas, desde que estejam clinicamente estáveis ​​e não haja contraindicações à vacinação. Portanto, eles devem receber as vacinas conforme o esquema recomendado para lactentes a termo, considerando suas idades cronológicas e alguns critérios específicos. Como realizar a imunização de prematuros? Os avanços nos cuidados intensivos aos recém-nascidos pré-termo aumentaram significativamente as taxas de sobrevida no período neonatal, em particular os pré-termos extremos.  Por outro lado, muitos desses bebês ainda correm riscos de agravos à saúde durante o primeiro ano de vida, em parte, devido a infecções que poderiam ser evitáveis ​​por meio de vacinas. Para a vacinação de prematuros, alguns critérios devem ser seguidos, os quais listamos a seguir. Condição clínica É necessário realizar uma avaliação criteriosa da condição de saúde do recém-nascido. A vacinação não deve ocorrer caso o bebê apresente alterações hemodinâmicas (circulação sanguínea e funcionamento do coração), presença de processos infecciosos, distúrbios metabólicos, entre outras doenças. A vacinação de prematuros deve sempre respeitar a avaliação clínica realizada pelo médico. Local de aplicação Em geral, bebês prematuros possuem pouco tecido muscular e menos ainda tecido subcutâneo. Para a aplicação de vacinas, o ideal é utilizar a via intramuscular, mais especificamente o músculo vasto lateral da coxa, com a utilização de agulhas curtas, por serem mais adequadas à anatomia do recém-nascido.  Como os prematuros recebem muitos cuidados neonatais, é importante estar atento a algumas particularidades, como a presença próxima do local de aplicação de cateteres, sondas ou lesões na pele.  Calendário vacinal e intervalo entre doses A vacinação de recém-nascidos prematuros deve ser feita segundo a idade cronológica da criança, seguindo o mesmo esquema dos nascidos a termo, sem correção para idade gestacional ou peso ao nascer. É importante lembrar que a segurança, eficácia e imunogenicidade da vacinação em prematuros são comparáveis aos nascidos a termo. A vacina BCG (proteção contra tuberculose) é a única exceção e deve ser aplicada, em dose única, apenas quando o peso do bebê for maior ou igual a 2 quilos. Em recém-nascidos de mães que usaram imunossupressores durante a gravidez, ou com histórico familiar de imunossupressão, a vacinação pode ser adiada ou contraindicada.  Em relação ao esquema, os bebês prematuros devem receber as doses habituais conforme o calendário de vacinação. Deve-se respeitar os intervalos entre as doses de uma mesma vacina e entre vacinas diferentes. Para saber o calendário completo de vacinação, acesse o Calendário de Vacinação SBIm para Prematuros. Imunização de prematuros na unidade neonatal A chance de recém-nascidos prematuros apresentarem complicações de saúde é grande, fazendo com que permaneçam por mais tempo em unidades neonatais sob cuidados. Mesmo nesses casos, a vacinação de prematuros não deve ser adiada e deve acontecer de acordo com os critérios estabelecidos pelo calendário de vacinação. Conforme mencionado, é imprescindível uma avaliação prévia do estado de saúde do bebê antes de programar a aplicação de qualquer vacina. Vacinas orais com componentes vivos atenuados (rotavírus) não devem ser administradas em ambientes hospitalares, devido ao potencial risco que esses imunizantes podem oferecer a pacientes imunodeprimidos (transmissão do vírus). Existe possibilidade de eventos adversos após a vacinação? Essa é uma dúvida recorrente, principalmente no caso de prematuros que possuem um estado de saúde mais frágil, quando comparados a bebês nascidos a termo. Existe a possibilidade de ocorrência de eventos adversos leves como dor, vermelhidão e inchaço no local, mas que não estão ligados à idade gestacional. Portanto, podem ocorrer independentemente do bebê ser prematuro ou não. Alguns eventos adversos isolados já foram descritos após a aplicação da vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, além da bactéria Haemophilus influenzae tipo B. Em prematuros de dois meses, houve relatos de eventos cardiorrespiratórios reversíveis e transitórios com a vacina pentavalente, sendo recomendada a aplicação de vacinas acelulares contra a coqueluche nesses casos. Não há recomendação de adiamento da vacinação em prematuros que estejam clinicamente estáveis.  Em bebês com idade gestacional inferior a 28 semanas e que foram imunizados em unidade neonatal, deve-se manter monitoramento da condição de saúde do bebê com maior rigor, durante as primeiras 72 horas após a aplicação de vacinas. Outras maneiras de cuidar da saúde do bebê prematuro A vacinação é necessária para garantir a proteção do prematuro, mas saiba que outras medidas também ajudam a fortalecer ainda mais o sistema imunológico do bebê, protegendo-o de doenças infecciosas. O aleitamento materno é fundamental para o desenvolvimento do sistema imunológico da criança. Através da amamentação, os anticorpos da mãe são passados para o bebê, conferindo imunidade passiva à criança enquanto o sistema imunológico está se tornando maduro. Evitar a exposição do bebê a agentes tóxicos, como a fumaça do cigarro e retardar o início da frequência das creches também são fatores que ajudam a diminuir os riscos de aquisição de doenças. Todas as pessoas que entrarem em contato com o prematuro devem tomar cuidados especiais com a higiene e estarem devidamente vacinadas. Caso a gestante não tenha seu cartão de vacinação atualizado, deve-se considerar a atualização após o parto. Essa medida é importante para beneficiar o recém-nascido indiretamente através do aleitamento materno. Agora que você já sabe um pouco mais sobre como é realizada a imunização de prematuros e a sua importância, que tal compartilhar este artigo com mães e pais que precisam dessas informações? E, claro, confira o calendário de vacinação para não esquecer nenhuma vacina! Referências científicas: Fortmann MI, Dirks J, Goedicke-Fritz S, Liese J, Zemlin M, Morbach H, Härtel C. Immunization of preterm infants: current evidence and future strategies to individualized approaches. Semin Immunopathol. 2022 Nov;44(6):767-784. doi: 10.1007/s00281-022-00957-1. Gagneur A, Pinquier D, Quach C. Immunization of preterm infants. Hum Vaccin Immunother. 2015;11(11):2556-63. doi: 10.1080/21645515.2015.1074358. Sadeck LDSR, Kfouri RÁ. An update on vaccination in preterm infants. J Pediatr (Rio J). 2023 Jan 3:S0021-7557(22)00143-7. doi: 10.1016/j.jped.2022.12.004.SBP. (2022). Calendário de vacinação do prematuro. Disponível em: https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/calendario-de-vacinacao-do-prematuro/ Acesso em: 02/02/2023