Sabin Por: Sabin
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Talvez você já tenha ouvido falar em herpes simples, mas você sabe exatamente o que é herpes-zóster?

O famoso “cobreiro” nada mais é do que uma infecção reativada pelo mesmo vírus da catapora, o vírus varicela-zóster (VZV), latente durante toda a vida da pessoa. Isso mesmo! Ele fica incubado por vários anos e pode, ou não, se manifestar.

Para saber mais sobre a doença, acompanhe o artigo e veja quais os sintomas e características, como é feito o tratamento para o problema e, claro, quais são os métodos de prevenção. Para isso, contamos com o apoio da Dra. Luciana Campos, médica infectologista e responsável técnica pela área de vacinas da unidade do Sabin em São José dos Campos/SP. Tenha uma boa leitura!

Como a herpes-zóster se manifesta

De acordo com a Dra. Luciana Campos, “todo indivíduo que já apresentou infecção primária pelo vírus varicela-zóster, ou seja, quem já teve catapora (ou varicela)” está sujeito a desenvolver herpes-zóster. E a chance aumenta à medida que a pessoa envelhece.

A doença é prevalente em pessoas a partir dos 60 anos, quando o sistema imunológico começa a enfraquecer naturalmente. Mas também pode ocorrer em pessoas a partir dos 18 anos com algum tipo de comprometimento imunológico, como: pessoas que tiveram alguma infecção viral (como a covid-19); portadores de comorbidades (HIV, câncer, diabetes, lúpus, esclerose múltipla, entre outras) estão mais propensas a desenvolver o vírus.

Segundo a médica, o vírus se espalha ao longo do nervo sensitivo, atingindo a pele e sendo “ativado”. Os principais sintomas de herpes-zóster são as vesículas que se formam na pele (bolhas cheias de líquido cercadas por uma área avermelhada), provocando coceira, formigamento e fortes dores no local. Essa dor é ocasionada pelo fato de as lesões acompanharem o trajeto do nervo. Além disso, a infecção pode causar febre, dores de cabeça, cansaço e mal-estar.

Em geral, a erupção cutânea vesicular se manifesta em só um lado do corpo, curiosamente ou no lado direito ou no lado esquerdo. Essas lesões, na maioria das vezes, criam uma crosta, que depois cai e cicatriza. Até o processo de cicatrização total, o período pode variar entre 2 e 4 semanas. Já a nevralgia pode persistir após a cicatrização das lesões por, ao menos, 90 dias.

A transmissão pode ser feita através do contato direto com as vesículas cutâneas, principalmente quando ocorre o rompimento das bolhas, pois é nelas que o vírus encontra-se ativo. Recomenda-se lavar corretamente as mãos com água e sabão, caso seja necessário manipular a ferida. Além disso, é importante separar objetos pessoais, como toalhas e roupas de cama, que estiverem em contato com as lesões.

Você sabe a diferença entre herpes-zóster e herpes simples?

Muitas pessoas ainda fazem essa confusão. A diferença entre as infecções está basicamente no vírus causador. Enquanto a zóster é causada pelo vírus varicela-zóster (VZV), a simples é causada pelo vírus herpes simples tipo 1 (HSV-1), muito comum nos lábios; e tipo 2 (HSV-2), que se manifesta nos genitais e é sexualmente transmissível.

Outra diferença é que as herpes tipos 1 e 2 não afetam o sistema nervoso como a zóster.

Saiba como se tratar e quais as consequências da doença

O tratamento é feito por meio do uso de antivirais, após o início da erupção cutânea, além de analgésicos utilizados para a dor neuropática. O diagnóstico é clínico, ou seja, baseado na história, quadro clínico e exame físico. O Sabin disponibiliza exames para detectar a presença do vírus da herpes-zóster. Consulte seu médico e venha fazer seu exame

Grande parte dos casos de herpes-zóster apresenta cura espontânea. Contudo, a infecção pode levar a complicações, podendo atingir os olhos, por exemplo. Nesse caso, a Dra. Luciana explica que

“o [vírus] herpes-zóster oftálmico deve ser acompanhado em conjunto com um oftalmologista, uma vez que envolve o risco de perda de acuidade visual”. 

O risco de morte é raro, mas existe, principalmente em pacientes imunossuprimidos. Outros riscos da doença envolvem infecção bacteriana secundária, nevralgia pós-herpética, AVC e síndromes que podem provocar incapacidade ou limitação física, como a de Ramsay Hunt.

Conheça a síndrome de Ramsay Hunt

A síndrome de Ramsay Hunt, que ficou em evidência em junho de 2022 — quando o cantor canadense Justin Bieber divulgou ter sido diagnosticado com ela — é uma das consequências da manifestação grave da herpes-zóster.

Paralisia facial periférica e possível comprometimento ocular e auditivo são algumas das características da síndrome. Também conhecida como zóster auricular ou popularmente “herpes do ouvido”, é causada pelo mesmo vírus da varicela. A razão pela qual o vírus reativa e afeta o nervo facial é desconhecida.

O nome da síndrome vem do neurologista americano James Ramsay Hunt, que a descreveu, pela primeira vez, em 1907. 

Como se dá a prevenção da herpes-zóster?

A vacinação ainda é a melhor e única forma de prevenir a herpes-zóster. Ela diminui consideravelmente suas chances de manifestar a doença. O tratamento preventivo também é eficaz para as possíveis complicações decorrentes da infecção, além de ajudar no combate à dor aguda associada.

Principal arma contra a infecção, a imunização pode tanto prevenir a ocorrência da doença em si quanto eliminar os riscos de agravamento ou sequelas. Conheça a importância da vacinação.

Embora a vacina contra herpes-zóster já estivesse em uso desde 2014, apresentava eficácia limitada, direcionada exclusivamente ao público a partir de 50 anos. Em junho de 2022, chegou ao Brasil um novo imunizante, que abrange a faixa etária a partir dos 50 anos de idade e pessoas imunocomprometidas ou com risco aumentado da doença (a partir dos 18 anos), além de possuir mais de 90% de eficácia.

Mas os benefícios não param por aí! Confira o que muda na nova vacina:

Quem pode tomar a nova vacina e como ela funciona?

Todos a partir de 50 anos podem tomar a vacina. Para alguns grupos de imunossuprimidos (pacientes em quimioterapia, pré-transplante de órgãos sólidos, usuários de medicamentos imunossupressores, portadores de HIV, lúpus, entre outros), a vacina pode ser aplicada a partir dos 18 anos. 

Importante: pessoas que já tiveram herpes-zóster devem se vacinar, devido à chance de recorrência da infecção. 

São 2 doses, com intervalo a partir de 2 meses. Mas nunca é demais lembrar: para se obter a eficácia desejada ao tratamento, as 2 doses devem ser tomadas! Como a aplicação é intramuscular, foram observadas reações leves à vacina, como dor local e edema, com duração de até 2 dias. A contraindicação é relacionada apenas a pessoas com hipersensibilidade às substâncias ativas ou a qualquer excipiente do imunizante.

A nova vacina foi desenvolvida para trazer uma resposta imunológica duradoura, bem como uma prevenção robusta em pacientes mais velhos e, principalmente, em imunocomprometidos. E a boa notícia é que agora você pode encontrá-la no Sabin! 

Saiba onde tomar acessando nossa loja virtual!

E então, ficou claro a importância de manter sua vacina em dia? Aproveite para conhecer o calendário de vacinação e compartilhe este post com quem precisa saber mais sobre herpes-zóster e como se prevenir!

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Herpes-zóster: saiba mais sobre sua prevenção e tratamento; Talvez você já tenha ouvido falar em herpes simples, mas você sabe exatamente o que é herpes-zóster? O famoso “cobreiro” nada mais é do que uma infecção reativada pelo mesmo vírus da catapora, o vírus varicela-zóster (VZV), latente durante toda a vida da pessoa. Isso mesmo! Ele fica incubado por vários anos e pode, ou não, se manifestar. Para saber mais sobre a doença, acompanhe o artigo e veja quais os sintomas e características, como é feito o tratamento para o problema e, claro, quais são os métodos de prevenção. Para isso, contamos com o apoio da Dra. Luciana Campos, médica infectologista e responsável técnica pela área de vacinas da unidade do Sabin em São José dos Campos/SP. Tenha uma boa leitura! Como a herpes-zóster se manifesta De acordo com a Dra. Luciana Campos, “todo indivíduo que já apresentou infecção primária pelo vírus varicela-zóster, ou seja, quem já teve catapora (ou varicela)” está sujeito a desenvolver herpes-zóster. E a chance aumenta à medida que a pessoa envelhece. A doença é prevalente em pessoas a partir dos 60 anos, quando o sistema imunológico começa a enfraquecer naturalmente. Mas também pode ocorrer em pessoas a partir dos 18 anos com algum tipo de comprometimento imunológico, como: pessoas que tiveram alguma infecção viral (como a covid-19); portadores de comorbidades (HIV, câncer, diabetes, lúpus, esclerose múltipla, entre outras) estão mais propensas a desenvolver o vírus. Segundo a médica, o vírus se espalha ao longo do nervo sensitivo, atingindo a pele e sendo “ativado”. Os principais sintomas de herpes-zóster são as vesículas que se formam na pele (bolhas cheias de líquido cercadas por uma área avermelhada), provocando coceira, formigamento e fortes dores no local. Essa dor é ocasionada pelo fato de as lesões acompanharem o trajeto do nervo. Além disso, a infecção pode causar febre, dores de cabeça, cansaço e mal-estar. Em geral, a erupção cutânea vesicular se manifesta em só um lado do corpo, curiosamente ou no lado direito ou no lado esquerdo. Essas lesões, na maioria das vezes, criam uma crosta, que depois cai e cicatriza. Até o processo de cicatrização total, o período pode variar entre 2 e 4 semanas. Já a nevralgia pode persistir após a cicatrização das lesões por, ao menos, 90 dias. A transmissão pode ser feita através do contato direto com as vesículas cutâneas, principalmente quando ocorre o rompimento das bolhas, pois é nelas que o vírus encontra-se ativo. Recomenda-se lavar corretamente as mãos com água e sabão, caso seja necessário manipular a ferida. Além disso, é importante separar objetos pessoais, como toalhas e roupas de cama, que estiverem em contato com as lesões. Você sabe a diferença entre herpes-zóster e herpes simples? Muitas pessoas ainda fazem essa confusão. A diferença entre as infecções está basicamente no vírus causador. Enquanto a zóster é causada pelo vírus varicela-zóster (VZV), a simples é causada pelo vírus herpes simples tipo 1 (HSV-1), muito comum nos lábios; e tipo 2 (HSV-2), que se manifesta nos genitais e é sexualmente transmissível. Outra diferença é que as herpes tipos 1 e 2 não afetam o sistema nervoso como a zóster. Saiba como se tratar e quais as consequências da doença O tratamento é feito por meio do uso de antivirais, após o início da erupção cutânea, além de analgésicos utilizados para a dor neuropática. O diagnóstico é clínico, ou seja, baseado na história, quadro clínico e exame físico. O Sabin disponibiliza exames para detectar a presença do vírus da herpes-zóster. Consulte seu médico e venha fazer seu exame.  Grande parte dos casos de herpes-zóster apresenta cura espontânea. Contudo, a infecção pode levar a complicações, podendo atingir os olhos, por exemplo. Nesse caso, a Dra. Luciana explica que “o [vírus] herpes-zóster oftálmico deve ser acompanhado em conjunto com um oftalmologista, uma vez que envolve o risco de perda de acuidade visual”.  O risco de morte é raro, mas existe, principalmente em pacientes imunossuprimidos. Outros riscos da doença envolvem infecção bacteriana secundária, nevralgia pós-herpética, AVC e síndromes que podem provocar incapacidade ou limitação física, como a de Ramsay Hunt. Conheça a síndrome de Ramsay Hunt A síndrome de Ramsay Hunt, que ficou em evidência em junho de 2022 — quando o cantor canadense Justin Bieber divulgou ter sido diagnosticado com ela — é uma das consequências da manifestação grave da herpes-zóster. Paralisia facial periférica e possível comprometimento ocular e auditivo são algumas das características da síndrome. Também conhecida como zóster auricular ou popularmente “herpes do ouvido”, é causada pelo mesmo vírus da varicela. A razão pela qual o vírus reativa e afeta o nervo facial é desconhecida. O nome da síndrome vem do neurologista americano James Ramsay Hunt, que a descreveu, pela primeira vez, em 1907.  Como se dá a prevenção da herpes-zóster? A vacinação ainda é a melhor e única forma de prevenir a herpes-zóster. Ela diminui consideravelmente suas chances de manifestar a doença. O tratamento preventivo também é eficaz para as possíveis complicações decorrentes da infecção, além de ajudar no combate à dor aguda associada. Principal arma contra a infecção, a imunização pode tanto prevenir a ocorrência da doença em si quanto eliminar os riscos de agravamento ou sequelas. Conheça a importância da vacinação. Embora a vacina contra herpes-zóster já estivesse em uso desde 2014, apresentava eficácia limitada, direcionada exclusivamente ao público a partir de 50 anos. Em junho de 2022, chegou ao Brasil um novo imunizante, que abrange a faixa etária a partir dos 50 anos de idade e pessoas imunocomprometidas ou com risco aumentado da doença (a partir dos 18 anos), além de possuir mais de 90% de eficácia. Mas os benefícios não param por aí! Confira o que muda na nova vacina: Quem pode tomar a nova vacina e como ela funciona? Todos a partir de 50 anos podem tomar a vacina. Para alguns grupos de imunossuprimidos (pacientes em quimioterapia, pré-transplante de órgãos sólidos, usuários de medicamentos imunossupressores, portadores de HIV, lúpus, entre outros), a vacina pode ser aplicada a partir dos 18 anos.  Importante: pessoas que já tiveram herpes-zóster devem se vacinar, devido à chance de recorrência da infecção.  São 2 doses, com intervalo a partir de 2 meses. Mas nunca é demais lembrar: para se obter a eficácia desejada ao tratamento, as 2 doses devem ser tomadas! Como a aplicação é intramuscular, foram observadas reações leves à vacina, como dor local e edema, com duração de até 2 dias. A contraindicação é relacionada apenas a pessoas com hipersensibilidade às substâncias ativas ou a qualquer excipiente do imunizante. A nova vacina foi desenvolvida para trazer uma resposta imunológica duradoura, bem como uma prevenção robusta em pacientes mais velhos e, principalmente, em imunocomprometidos. E a boa notícia é que agora você pode encontrá-la no Sabin!  Saiba onde tomar acessando nossa loja virtual! E então, ficou claro a importância de manter sua vacina em dia? Aproveite para conhecer o calendário de vacinação e compartilhe este post com quem precisa saber mais sobre herpes-zóster e como se prevenir!