Sabin Por: Sabin
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A doação de órgãos é um ato de generosidade que tem o poder de salvar vidas. É um gesto que pode fazer toda a diferença entre a vida e a morte para muitas pessoas que aguardam ansiosamente por um órgão compatível.

No Brasil, dados recentes do Sistema Nacional de Transplantes indicam que, no ano de 2021, mais de 23 mil órgãos foram transplantados. Esse número representa um significativo crescimento se comparado a dados de 20 anos atrás, quando foram realizados pouco mais de 10 mil transplantes.

Atualmente, o Sistema Nacional de Transplantes, cuja função central é exercida pelo Ministério da Saúde (MS), é o maior sistema público de transplantes de órgãos do mundo, sendo que 90% das cirurgias realizadas atendem exclusivamente à rede pública de saúde.

Apesar da sua importância incontestável, a doação de órgãos ainda é um tema que gera muitas dúvidas na população. Neste material, você encontrará informações essenciais sobre a doação de órgãos, quem pode doar e como funciona a fila de espera para transplantes.

O que é a doação de órgãos?

A doação de órgãos é o ato de retirar órgãos ou tecidos saudáveis de indivíduos vivos ou falecidos (doadores) para restabelecer as funções de órgãos ou tecidos doentes em outras pessoas (receptores), sempre com o intuito de salvar vidas.

Aqueles que necessitam de um órgão ou tecido específico passam por um procedimento conhecido como transplante. O transplante envolve uma intervenção cirúrgica, na qual um órgão ou tecido doente do receptor é substituído por um órgão ou tecido saudável proveniente do doador.

É fundamental destacar que a doação de órgãos é um ato solidário, motivado pelo desejo genuíno de ajudar outras pessoas a viverem plenamente. Portanto, ao se tornar um doador de órgãos, você está fazendo parte de uma rede de solidariedade que pode proporcionar uma nova chance a alguém que enfrenta uma condição grave de saúde.

Quem pode doar órgãos?

Qualquer pessoa, independentemente da idade, pode ser um potencial doador de órgãos. No entanto, a viabilidade da doação deve ser avaliada criteriosamente por profissionais de saúde. Existem dois diferentes tipos de doação, em vida ou após a morte, que explicaremos em maiores detalhes a seguir.

Doação em vida

A doação em vida pode ser feita por um doador aparentado ou não aparentado, maior de idade e juridicamente capaz, saudável e que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. Nessa modalidade de doação, podem ser doados um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte dos pulmões

Os rins são órgãos que existem em pares, o que significa que uma pessoa saudável pode viver com apenas um rim, podendo doar o outro. O fígado é um órgão que possui a capacidade de regeneração, então, tanto o doador quanto o receptor podem ter uma recuperação adequada após a cirurgia. Já a doação de medula óssea é um procedimento diferente, pois envolve a doação de células-tronco da medula óssea, as quais são responsáveis pela produção de células sanguíneas e do sistema imunológico. 

Para doar órgãos, o médico deverá avaliar o histórico clínico do doador, doenças prévias e a compatibilidade. Pela legislação, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores sem autorização judicial. Caso não seja parente, é necessária a autorização judicial para que o procedimento seja realizado, exceto para a doação de medula óssea.

Doação após a morte

A doação após a morte é uma modalidade que permite que órgãos e tecidos saudáveis de uma pessoa falecida sejam usados para salvar vidas de outras pessoas. Para que essa doação seja efetivada, é fundamental que a pessoa tenha expressado sua vontade de ser doadora ainda em vida.

Não é necessário registrar a intenção de ser doador em cartórios ou incluir essa informação em documentos oficiais. O elemento mais crítico é que a família esteja ciente do desejo do indivíduo de se tornar um doador após a morte. Isso ocorre porque, legalmente, a autorização da família é necessária para a concretização da doação. Nessa modalidade, dois cenários principais podem ocorrer: morte encefálica ou parada cardiorrespiratória.

Morte encefálica

Ocorre quando uma pessoa sofre danos cerebrais irreversíveis devido a diferentes eventos, como um traumatismo craniano ou AVC. A morte encefálica é definida pela perda completa e irrecuperável das funções encefálicas cerebrais, com cessação das funções corticais e do tronco cerebral.

Mesmo com a morte cerebral declarada, os órgãos vitais ainda podem ser mantidos em funcionamento com a ajuda de suporte médico. Nesse cenário, o doador falecido pode doar órgãos como rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino, bem como tecidos como córneas, válvulas cardíacas, ossos, músculos, tendões, pele, cartilagem, medula óssea, sangue do cordão umbilical, veias e artérias.

Parada cardiorrespiratória

Em casos de morte causada por parada cardiorrespiratória, também é possível realizar a doação de órgãos e tecidos, desde que seja feita de maneira rápida e coordenada, e que os órgãos ainda estejam em boas condições.

Como funciona a doação de órgãos?

O processo de doação envolve várias etapas para garantir que os órgãos sejam obtidos, preservados e transportados com segurança até o paciente receptor.

Inicialmente, é feita a identificação do doador em potencial. Em caso de morte encefálica ou cardiorrespiratória, uma equipe médica especializada avalia cuidadosamente o estado dos órgãos para determinar se eles são adequados para transplante. Isso envolve exames clínicos, exames de imagem e análises laboratoriais.

Compatibilidade

Ao mesmo tempo, a equipe de transplantes procura por receptores compatíveis para os órgãos disponíveis. A compatibilidade entre doador e receptor desempenha um papel crucial no sucesso dessas intervenções.

Para transplantes de órgãos como fígado ou rins, são considerados fatores como a tipagem sanguínea (A, B, O, AB) e o tamanho do órgão, além de outros critérios médicos, como o sistema HLA (Antígenos Leucocitários Humanos, do inglês Human Leucocyte Antigen), um determinante imprescindível também para transplantes de medula óssea.

O HLA é um conjunto de proteínas presentes nas células do organismo humano que exercem função na identificação de nossas próprias células pelo sistema imunológico. Em termos práticos, essas proteínas indicam ao sistema imune que as células são do nosso próprio corpo, evitando que sejam atacadas. Dessa forma, a compatibilidade HLA é muito importante nos transplantes, uma vez que impede que o sistema imunológico do receptor combata as células ou órgãos transplantados (rejeição).

Estabelecida a compatibilidade, são feitos os procedimentos cirúrgicos para a extração dos órgãos ou tecidos e o transplante para o paciente receptor. Após a cirurgia, o paciente transplantado permanece sob monitoramento para garantir que o novo órgão funcione adequadamente, sendo geralmente necessária a administração de medicamentos imunossupressores, a fim de evitar a rejeição do órgão.

O que é a lista de espera para transplantes de órgãos?

Pacientes que necessitam de transplante de órgãos podem se cadastrar em uma lista de espera informatizada. A lista é única em todo o país, vale tanto para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto para a rede privada, e cada órgão tem uma fila específica.

A ordem de inscrição não determina quem será o primeiro paciente a receber o órgão, já que existem outros critérios que devem ser considerados, como a mencionada tipagem sanguínea e a compatibilidade genética (HLA).

Critérios de gravidade distintos para cada órgão também determinam a ordem de pacientes a serem transplantados. Algumas situações de extrema gravidade com risco de morte e condições clínicas de um paciente aguardando transplante podem ser determinantes na organização da fila do transplante.

Eventos prioritários incluem a impossibilidade de acesso para diálise no caso de doenças renais, insuficiência hepática aguda grave para doenças do fígado, necessidade de assistência circulatória para pacientes cardiopatas e rejeição de órgãos recentes transplantados. Quando os critérios técnicos são semelhantes, a ordem cronológica de cadastro, ou seja, a ordem de chegada, funciona como critério de desempate.

Mesmo que a lista de espera tenha validade para todo o país, as alocações dos transplantes são regionalizadas, por questões logísticas de transporte e também pelo tempo de isquemia (ou o período pelo qual um órgão pode ser preservado sem irrigação sanguínea). Isso significa que, em primeiro lugar, o órgão de um doador é destinado a um receptor no mesmo estado.

É importante esclarecer que a condição financeira do paciente receptor não oferece qualquer benefício referente à posição na lista de espera. Segundo dados do Ministério da Saúde, o tempo atual de espera para transplante de coração foi menor do que 30 dias para 27,5% do total de pessoas transplantadas. Para outros 29%, o tempo de espera foi de 30 a 90 dias. Ou seja, mais da metade dos pacientes teve a oportunidade de receber a doação em até três meses.

Qual o impacto da doação de órgãos?

A doação de órgãos pode ter um impacto profundo e positivo na vida de várias pessoas, aliviando o sofrimento daqueles que aguardam ansiosamente por um transplante. 

Atualmente, mais de 60 mil pessoas aguardam na fila de transplante de um órgão no Brasil, reforçando a grande importância da doação. É fundamental que a população se informe sobre a relevância da doação de órgãos e discuta com seus familiares sobre o desejo de serem doadores.Lembre-se: a doação de órgãos é, acima de tudo, um ato de grande empatia e generosidade. Outra forma de praticar a solidariedade é por meio da doação de sangue, uma ação simples, rápida e segura que pode ajudar muitas pessoas. Para saber mais sobre o assunto, sugerimos a leitura do conteúdo sobre qual a importância da doação de sangue e quem pode doar.

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

Ministério da Saúde. Sistema Nacional de Transplante. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saes/snt Acesso em: 19/09/2023

Ministério da Saúde. Doação de Órgãos. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saes/snt/doacao-de-orgaos Acesso em: 19/09/2023

Ministério da Saúde. Como funciona a lista de transplantes de órgãos no Brasil? Disponível em: https://www.gov.br/secom/pt-br/fatos/brasil-contra-fake/noticias/2023/3/como-funciona-a-lista-de-transplantes-de-orgaos-no-brasil Acesso em: 19/09/2023

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Doação de órgãos: um ato solidário que salva vidas; A doação de órgãos é um ato de generosidade que tem o poder de salvar vidas. É um gesto que pode fazer toda a diferença entre a vida e a morte para muitas pessoas que aguardam ansiosamente por um órgão compatível. No Brasil, dados recentes do Sistema Nacional de Transplantes indicam que, no ano de 2021, mais de 23 mil órgãos foram transplantados. Esse número representa um significativo crescimento se comparado a dados de 20 anos atrás, quando foram realizados pouco mais de 10 mil transplantes. Atualmente, o Sistema Nacional de Transplantes, cuja função central é exercida pelo Ministério da Saúde (MS), é o maior sistema público de transplantes de órgãos do mundo, sendo que 90% das cirurgias realizadas atendem exclusivamente à rede pública de saúde. Apesar da sua importância incontestável, a doação de órgãos ainda é um tema que gera muitas dúvidas na população. Neste material, você encontrará informações essenciais sobre a doação de órgãos, quem pode doar e como funciona a fila de espera para transplantes. O que é a doação de órgãos? A doação de órgãos é o ato de retirar órgãos ou tecidos saudáveis de indivíduos vivos ou falecidos (doadores) para restabelecer as funções de órgãos ou tecidos doentes em outras pessoas (receptores), sempre com o intuito de salvar vidas. Aqueles que necessitam de um órgão ou tecido específico passam por um procedimento conhecido como transplante. O transplante envolve uma intervenção cirúrgica, na qual um órgão ou tecido doente do receptor é substituído por um órgão ou tecido saudável proveniente do doador. É fundamental destacar que a doação de órgãos é um ato solidário, motivado pelo desejo genuíno de ajudar outras pessoas a viverem plenamente. Portanto, ao se tornar um doador de órgãos, você está fazendo parte de uma rede de solidariedade que pode proporcionar uma nova chance a alguém que enfrenta uma condição grave de saúde. Quem pode doar órgãos? Qualquer pessoa, independentemente da idade, pode ser um potencial doador de órgãos. No entanto, a viabilidade da doação deve ser avaliada criteriosamente por profissionais de saúde. Existem dois diferentes tipos de doação, em vida ou após a morte, que explicaremos em maiores detalhes a seguir. Doação em vida A doação em vida pode ser feita por um doador aparentado ou não aparentado, maior de idade e juridicamente capaz, saudável e que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. Nessa modalidade de doação, podem ser doados um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte dos pulmões.  Os rins são órgãos que existem em pares, o que significa que uma pessoa saudável pode viver com apenas um rim, podendo doar o outro. O fígado é um órgão que possui a capacidade de regeneração, então, tanto o doador quanto o receptor podem ter uma recuperação adequada após a cirurgia. Já a doação de medula óssea é um procedimento diferente, pois envolve a doação de células-tronco da medula óssea, as quais são responsáveis pela produção de células sanguíneas e do sistema imunológico.  Para doar órgãos, o médico deverá avaliar o histórico clínico do doador, doenças prévias e a compatibilidade. Pela legislação, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores sem autorização judicial. Caso não seja parente, é necessária a autorização judicial para que o procedimento seja realizado, exceto para a doação de medula óssea. Doação após a morte A doação após a morte é uma modalidade que permite que órgãos e tecidos saudáveis de uma pessoa falecida sejam usados para salvar vidas de outras pessoas. Para que essa doação seja efetivada, é fundamental que a pessoa tenha expressado sua vontade de ser doadora ainda em vida. Não é necessário registrar a intenção de ser doador em cartórios ou incluir essa informação em documentos oficiais. O elemento mais crítico é que a família esteja ciente do desejo do indivíduo de se tornar um doador após a morte. Isso ocorre porque, legalmente, a autorização da família é necessária para a concretização da doação. Nessa modalidade, dois cenários principais podem ocorrer: morte encefálica ou parada cardiorrespiratória. Morte encefálica Ocorre quando uma pessoa sofre danos cerebrais irreversíveis devido a diferentes eventos, como um traumatismo craniano ou AVC. A morte encefálica é definida pela perda completa e irrecuperável das funções encefálicas cerebrais, com cessação das funções corticais e do tronco cerebral. Mesmo com a morte cerebral declarada, os órgãos vitais ainda podem ser mantidos em funcionamento com a ajuda de suporte médico. Nesse cenário, o doador falecido pode doar órgãos como rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino, bem como tecidos como córneas, válvulas cardíacas, ossos, músculos, tendões, pele, cartilagem, medula óssea, sangue do cordão umbilical, veias e artérias. Parada cardiorrespiratória Em casos de morte causada por parada cardiorrespiratória, também é possível realizar a doação de órgãos e tecidos, desde que seja feita de maneira rápida e coordenada, e que os órgãos ainda estejam em boas condições. Como funciona a doação de órgãos? O processo de doação envolve várias etapas para garantir que os órgãos sejam obtidos, preservados e transportados com segurança até o paciente receptor. Inicialmente, é feita a identificação do doador em potencial. Em caso de morte encefálica ou cardiorrespiratória, uma equipe médica especializada avalia cuidadosamente o estado dos órgãos para determinar se eles são adequados para transplante. Isso envolve exames clínicos, exames de imagem e análises laboratoriais. Compatibilidade Ao mesmo tempo, a equipe de transplantes procura por receptores compatíveis para os órgãos disponíveis. A compatibilidade entre doador e receptor desempenha um papel crucial no sucesso dessas intervenções. Para transplantes de órgãos como fígado ou rins, são considerados fatores como a tipagem sanguínea (A, B, O, AB) e o tamanho do órgão, além de outros critérios médicos, como o sistema HLA (Antígenos Leucocitários Humanos, do inglês Human Leucocyte Antigen), um determinante imprescindível também para transplantes de medula óssea. O HLA é um conjunto de proteínas presentes nas células do organismo humano que exercem função na identificação de nossas próprias células pelo sistema imunológico. Em termos práticos, essas proteínas indicam ao sistema imune que as células são do nosso próprio corpo, evitando que sejam atacadas. Dessa forma, a compatibilidade HLA é muito importante nos transplantes, uma vez que impede que o sistema imunológico do receptor combata as células ou órgãos transplantados (rejeição). Estabelecida a compatibilidade, são feitos os procedimentos cirúrgicos para a extração dos órgãos ou tecidos e o transplante para o paciente receptor. Após a cirurgia, o paciente transplantado permanece sob monitoramento para garantir que o novo órgão funcione adequadamente, sendo geralmente necessária a administração de medicamentos imunossupressores, a fim de evitar a rejeição do órgão. O que é a lista de espera para transplantes de órgãos? Pacientes que necessitam de transplante de órgãos podem se cadastrar em uma lista de espera informatizada. A lista é única em todo o país, vale tanto para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto para a rede privada, e cada órgão tem uma fila específica. A ordem de inscrição não determina quem será o primeiro paciente a receber o órgão, já que existem outros critérios que devem ser considerados, como a mencionada tipagem sanguínea e a compatibilidade genética (HLA). Critérios de gravidade distintos para cada órgão também determinam a ordem de pacientes a serem transplantados. Algumas situações de extrema gravidade com risco de morte e condições clínicas de um paciente aguardando transplante podem ser determinantes na organização da fila do transplante. Eventos prioritários incluem a impossibilidade de acesso para diálise no caso de doenças renais, insuficiência hepática aguda grave para doenças do fígado, necessidade de assistência circulatória para pacientes cardiopatas e rejeição de órgãos recentes transplantados. Quando os critérios técnicos são semelhantes, a ordem cronológica de cadastro, ou seja, a ordem de chegada, funciona como critério de desempate. Mesmo que a lista de espera tenha validade para todo o país, as alocações dos transplantes são regionalizadas, por questões logísticas de transporte e também pelo tempo de isquemia (ou o período pelo qual um órgão pode ser preservado sem irrigação sanguínea). Isso significa que, em primeiro lugar, o órgão de um doador é destinado a um receptor no mesmo estado. É importante esclarecer que a condição financeira do paciente receptor não oferece qualquer benefício referente à posição na lista de espera. Segundo dados do Ministério da Saúde, o tempo atual de espera para transplante de coração foi menor do que 30 dias para 27,5% do total de pessoas transplantadas. Para outros 29%, o tempo de espera foi de 30 a 90 dias. Ou seja, mais da metade dos pacientes teve a oportunidade de receber a doação em até três meses. Qual o impacto da doação de órgãos? A doação de órgãos pode ter um impacto profundo e positivo na vida de várias pessoas, aliviando o sofrimento daqueles que aguardam ansiosamente por um transplante.  Atualmente, mais de 60 mil pessoas aguardam na fila de transplante de um órgão no Brasil, reforçando a grande importância da doação. É fundamental que a população se informe sobre a relevância da doação de órgãos e discuta com seus familiares sobre o desejo de serem doadores.Lembre-se: a doação de órgãos é, acima de tudo, um ato de grande empatia e generosidade. Outra forma de praticar a solidariedade é por meio da doação de sangue, uma ação simples, rápida e segura que pode ajudar muitas pessoas. Para saber mais sobre o assunto, sugerimos a leitura do conteúdo sobre qual a importância da doação de sangue e quem pode doar. Sabin avisa: Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames. Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas.  Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial. Referências: Ministério da Saúde. Sistema Nacional de Transplante. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saes/snt Acesso em: 19/09/2023 Ministério da Saúde. Doação de Órgãos. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saes/snt/doacao-de-orgaos Acesso em: 19/09/2023 Ministério da Saúde. Como funciona a lista de transplantes de órgãos no Brasil? Disponível em: https://www.gov.br/secom/pt-br/fatos/brasil-contra-fake/noticias/2023/3/como-funciona-a-lista-de-transplantes-de-orgaos-no-brasil Acesso em: 19/09/2023