Sabin Por: Sabin
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A doença de Parkinson é uma doença neurológica degenerativa que afeta os movimentos do indivíduo, causando tremores em repouso, perda da coordenação motora, lentidão de movimentos, entre outros sintomas. É considerada a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente no mundo e é duas vezes mais comum em homens do que em mulheres.

Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), estimativas demonstraram que, no ano de 2019, mais de oito milhões de pessoas viviam com a doença de Parkinson no mundo, sendo a população acima de 65 anos a mais afetada. Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), em torno de 200 mil pessoas vivem com a doença no Brasil.

Não existe cura disponível até o momento, embora os tratamentos ajudem a estabilizar ou retardar a progressão do quadro, garantindo maior qualidade de vida ao paciente. 

É fundamental haver maior conscientização e conhecimento sobre a doença de Parkinson. Neste conteúdo, você encontrará informações importantes sobre essa doença tão impactante.

O que é a doença de Parkinson?

A doença de Parkinson afeta o sistema nervoso central de forma gradual, sendo classificada como uma doença neurodegenerativa progressiva, assim como a doença de Alzheimer. Com o passar do tempo, células nervosas específicas (neurônios) começam a morrer em algumas regiões do cérebro, impactando gradativamente na produção de um neurotransmissor importante chamado dopamina.

Os neurotransmissores são mensageiros químicos do cérebro, pelos quais as células do sistema nervoso se comunicam, comandando, dessa forma, as diversas funções corporais. Os neurotransmissores têm papel vital para o bom funcionamento cerebral, corporal e para a saúde mental.

A maior parte da dopamina é produzida em uma região do cérebro chamada substância negra. Suas ações estão relacionadas a múltiplas funções no organismo, influenciando as emoções, capacidade de aprendizado, humor, atenção, controle do sistema motor, entre outras. 

Na doença de Parkinson, os neurônios produtores de dopamina são gradualmente destruídos, culminando na sua deficiência e no quadro de neurodegeneração progressiva. Como a dopamina participa do controle motor, um dos principais sintomas aparentes é o prejuízo na execução do movimento, acompanhado de tremores.

No entanto, devido a sua natureza progressiva, o processo degenerativo não fica restrito somente à substância negra e, no decorrer do tempo, outras áreas cerebrais são afetadas, gerando sintomas não relacionados ao controle motor.

O que causa a doença?

A causa exata da doença de Parkinson ainda está sob investigação, e estudos estão sendo desenvolvidos para tentar entender exatamente qual o mecanismo causador. 

Uma das teorias mais aceitas é o acúmulo de proteínas chamadas α-sinucleínas. Essas proteínas são encontradas em altas concentrações na substância negra em pacientes com a doença, e acredita-se que elas vão se acumulando nessa região ao longo do tempo, formando agregados chamados corpos de Lewy. Em grandes quantidades, as  α-sinucleínas têm um efeito tóxico e acabam matando os neurônios produtores de dopamina.

Outros achados científicos indicam que a doença de Parkinson apresenta relação com fatores genéticos e do envelhecimento. Cerca de 10% das pessoas diagnosticadas têm histórico familiar, e já foram identificados também vários genes e mutações que podem desencadear o surgimento da doença.

O maior fator de risco para a doença de Parkinson é o envelhecimento, pois a maioria dos casos ocorre em pessoas acima dos 60 anos. O processo natural de envelhecimento, em conjunto com a predisposição genética, leva ao aumento de disfunções celulares, acúmulo natural das α-sinucleínas na substância negra, aumento de processos inflamatórios no corpo, elevação do estresse oxidativo celular e aumento de alterações genéticas. Todas essas alterações geram um cenário bastante propício para o aparecimento da doença.

Contudo, a doença de Parkinson não é exclusiva de pessoas mais velhas, com casos de pessoas jovens (abaixo dos 30 anos) sendo diagnosticadas. Fatores ambientais também possuem certa influência, principalmente a exposição a certas toxinas, como herbicidas e pesticidas, que podem danificar os neurônios da substância negra.

Quais os sintomas da doença de Parkinson?

Como mencionado, os principais sintomas são aqueles relacionados ao controle motor. O tremor em repouso em uma das mãos é um dos primeiros sinais da doença. Esse tremor normalmente é lento, diminui durante a movimentação e é ausente durante o sono. 

Em geral, o tremor aumenta em situações estressantes ou de fadiga. Outro sintoma bastante relatado é a rigidez nas articulações. Os movimentos também se tornam mais lentos e a pessoa pode começar a ter problemas de equilíbrio e quedas.

Além dos sintomas motores, quadros de depressão, alterações de humor e perturbações no sono são bastante comuns. A insônia pode agravar o quadro de depressão e acelerar o declínio cognitivo. Em estágios avançados, a doença pode culminar em demência, condição na qual a pessoa perde a capacidade de engolir, mastigar, falar, escrever, bem como apresenta problemas de micção e evacuação.

Alguns pacientes podem desenvolver também hiperidrose (suor excessivo nas mãos e nos pés), perda de olfato, dores e sensações de aperto, formigamento e queimação em várias regiões do corpo.

Como diagnosticar a doença de Parkinson?

O diagnóstico é essencialmente clínico, considerando os sintomas apresentados pelo paciente, histórico e exames neurológicos. São feitos alguns testes, que permitem ao médico neurologista diferenciar os sintomas característicos da doença de outras condições que podem afetar os movimentos do paciente.

O tremor em repouso é uma característica marcante e é um dos sintomas mais clássicos, além da diminuição dos movimentos e rigidez do paciente. O teste de coordenação dedo-nariz é realizado e, nos casos positivos da doença, o tremor tende a desaparecer no membro que está sendo testado.

Vários testes físicos e neurológicos são realizados para observar os movimentos, a força e os reflexos do paciente. A suspeita da doença de Parkinson é reforçada quando há a presença de outros sinais, como pisada infrequente, falta de expressão facial, anormalidades ao caminhar e instabilidade postural.

Para fechar o diagnóstico, exames complementares podem ser solicitados pelo médico, como exames de imagem (tomografia cerebral e ressonância magnética), para avaliar e detectar anormalidades nas estruturas cerebrais.

Quais as opções de tratamento?

Como dito anteriormente, a doença de Parkinson não possui cura até o momento. Entretanto, os atuais tratamentos disponíveis auxiliam na estabilização e no bloqueio da progressão da condição, reduzindo os sintomas e aumentando a expectativa e qualidade de vida do paciente.

Os medicamentos disponíveis podem auxiliar aumentando o nível de dopamina no cérebro, favorecendo as sinapses neurais e controlando os sintomas da perda dos movimentos. 

Outras terapias não medicamentosas podem auxiliar, como sessões de fisioterapia para suporte no tratamento dos sintomas motores e redução do declínio das funções mentais. O acompanhamento psicológico e psiquiátrico também é importante para o tratamento de sintomas comportamentais.

A atividade física regular com acompanhamento profissional é fundamental para fortalecer a musculatura e melhorar o equilíbrio, flexibilidade e coordenação motora. Massagens terapêuticas podem reduzir as tensões causadas pela rigidez muscular e a prática de yoga pode aumentar a flexibilidade e alongar a musculatura do paciente.

É possível prevenir a doença de Parkinson?

Não é possível prevenir a doença de Parkinson, porém, o diagnóstico precoce é de extrema importância para retardar sua progressão. Por ser uma condição em que o paciente vai apresentando piora com o passar dos anos, a ajuda nas atividades diárias, em algum momento, se fará necessária.

Atividades rotineiras como trabalhar, realizar cuidados pessoais e da casa, participar de atividades sociais e até mesmo sair na rua podem se tornar um grande desafio. Viver todas essas mudanças pode ser difícil, tanto para a pessoa com a doença quanto para os familiares e cuidadores próximos.

Existem grupos de apoio que podem auxiliar e dar suporte para que todos possam passar por essa experiência da melhor forma possível. Esses grupos podem fornecer informações, conselhos e conexões que vão ajudar tanto o paciente, quanto os familiares e cuidadores.

O apoio familiar é essencial para melhorar a qualidade de vida da pessoa com a doença de Parkinson. Ações como adaptar o espaço físico da casa para as novas demandas, auxiliar em uma alimentação saudável e incentivar a prática de atividades físicas são parte fundamental para que o paciente consiga viver melhor. 

A psicoterapia também é extremamente importante para dar suporte emocional e ajudar no enfrentamento da doença, não somente do paciente, mas também de familiares e amigos próximos.

Agora que você já conhece em detalhes o que é a doença de Parkinson, convidamos você para ler o conteúdo sobre os cuidados essenciais com a saúde mental na melhor idade.

Referências:

Jankovic J, Tan EKParkinson’s disease: etiopathogenesis and treatmentJournal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry 2020;91:795-808.

Mayo. Parkinson’s Disease. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/parkinsons-disease/symptoms-causes/syc-20376055Acesso em: 25/04/2023

NIH. Parkinson’s Disease. Disponível em: https://www.nia.nih.gov/health/parkinsons-disease Acesso em: 25/04/2023

OMS. Parkinson’s Disease. Disponível em:https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/parkinson-disease Acesso em: 25/04/2023

Poewe, W., Seppi, K., Tanner, C. et al. Parkinson disease. Nat Rev Dis Primers 3, 17013 (2017). https://doi.org/10.1038/nrdp.2017.13

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Doença de Parkinson: saiba o que é e quais os seus principais sintomas; A doença de Parkinson é uma doença neurológica degenerativa que afeta os movimentos do indivíduo, causando tremores em repouso, perda da coordenação motora, lentidão de movimentos, entre outros sintomas. É considerada a segunda doença neurodegenerativa mais prevalente no mundo e é duas vezes mais comum em homens do que em mulheres. Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), estimativas demonstraram que, no ano de 2019, mais de oito milhões de pessoas viviam com a doença de Parkinson no mundo, sendo a população acima de 65 anos a mais afetada. Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), em torno de 200 mil pessoas vivem com a doença no Brasil. Não existe cura disponível até o momento, embora os tratamentos ajudem a estabilizar ou retardar a progressão do quadro, garantindo maior qualidade de vida ao paciente.  É fundamental haver maior conscientização e conhecimento sobre a doença de Parkinson. Neste conteúdo, você encontrará informações importantes sobre essa doença tão impactante. O que é a doença de Parkinson? A doença de Parkinson afeta o sistema nervoso central de forma gradual, sendo classificada como uma doença neurodegenerativa progressiva, assim como a doença de Alzheimer. Com o passar do tempo, células nervosas específicas (neurônios) começam a morrer em algumas regiões do cérebro, impactando gradativamente na produção de um neurotransmissor importante chamado dopamina. Os neurotransmissores são mensageiros químicos do cérebro, pelos quais as células do sistema nervoso se comunicam, comandando, dessa forma, as diversas funções corporais. Os neurotransmissores têm papel vital para o bom funcionamento cerebral, corporal e para a saúde mental. A maior parte da dopamina é produzida em uma região do cérebro chamada substância negra. Suas ações estão relacionadas a múltiplas funções no organismo, influenciando as emoções, capacidade de aprendizado, humor, atenção, controle do sistema motor, entre outras.  Na doença de Parkinson, os neurônios produtores de dopamina são gradualmente destruídos, culminando na sua deficiência e no quadro de neurodegeneração progressiva. Como a dopamina participa do controle motor, um dos principais sintomas aparentes é o prejuízo na execução do movimento, acompanhado de tremores. No entanto, devido a sua natureza progressiva, o processo degenerativo não fica restrito somente à substância negra e, no decorrer do tempo, outras áreas cerebrais são afetadas, gerando sintomas não relacionados ao controle motor. O que causa a doença? A causa exata da doença de Parkinson ainda está sob investigação, e estudos estão sendo desenvolvidos para tentar entender exatamente qual o mecanismo causador.  Uma das teorias mais aceitas é o acúmulo de proteínas chamadas α-sinucleínas. Essas proteínas são encontradas em altas concentrações na substância negra em pacientes com a doença, e acredita-se que elas vão se acumulando nessa região ao longo do tempo, formando agregados chamados corpos de Lewy. Em grandes quantidades, as  α-sinucleínas têm um efeito tóxico e acabam matando os neurônios produtores de dopamina. Outros achados científicos indicam que a doença de Parkinson apresenta relação com fatores genéticos e do envelhecimento. Cerca de 10% das pessoas diagnosticadas têm histórico familiar, e já foram identificados também vários genes e mutações que podem desencadear o surgimento da doença. O maior fator de risco para a doença de Parkinson é o envelhecimento, pois a maioria dos casos ocorre em pessoas acima dos 60 anos. O processo natural de envelhecimento, em conjunto com a predisposição genética, leva ao aumento de disfunções celulares, acúmulo natural das α-sinucleínas na substância negra, aumento de processos inflamatórios no corpo, elevação do estresse oxidativo celular e aumento de alterações genéticas. Todas essas alterações geram um cenário bastante propício para o aparecimento da doença. Contudo, a doença de Parkinson não é exclusiva de pessoas mais velhas, com casos de pessoas jovens (abaixo dos 30 anos) sendo diagnosticadas. Fatores ambientais também possuem certa influência, principalmente a exposição a certas toxinas, como herbicidas e pesticidas, que podem danificar os neurônios da substância negra. Quais os sintomas da doença de Parkinson? Como mencionado, os principais sintomas são aqueles relacionados ao controle motor. O tremor em repouso em uma das mãos é um dos primeiros sinais da doença. Esse tremor normalmente é lento, diminui durante a movimentação e é ausente durante o sono.  Em geral, o tremor aumenta em situações estressantes ou de fadiga. Outro sintoma bastante relatado é a rigidez nas articulações. Os movimentos também se tornam mais lentos e a pessoa pode começar a ter problemas de equilíbrio e quedas. Além dos sintomas motores, quadros de depressão, alterações de humor e perturbações no sono são bastante comuns. A insônia pode agravar o quadro de depressão e acelerar o declínio cognitivo. Em estágios avançados, a doença pode culminar em demência, condição na qual a pessoa perde a capacidade de engolir, mastigar, falar, escrever, bem como apresenta problemas de micção e evacuação. Alguns pacientes podem desenvolver também hiperidrose (suor excessivo nas mãos e nos pés), perda de olfato, dores e sensações de aperto, formigamento e queimação em várias regiões do corpo. Como diagnosticar a doença de Parkinson? O diagnóstico é essencialmente clínico, considerando os sintomas apresentados pelo paciente, histórico e exames neurológicos. São feitos alguns testes, que permitem ao médico neurologista diferenciar os sintomas característicos da doença de outras condições que podem afetar os movimentos do paciente. O tremor em repouso é uma característica marcante e é um dos sintomas mais clássicos, além da diminuição dos movimentos e rigidez do paciente. O teste de coordenação dedo-nariz é realizado e, nos casos positivos da doença, o tremor tende a desaparecer no membro que está sendo testado. Vários testes físicos e neurológicos são realizados para observar os movimentos, a força e os reflexos do paciente. A suspeita da doença de Parkinson é reforçada quando há a presença de outros sinais, como pisada infrequente, falta de expressão facial, anormalidades ao caminhar e instabilidade postural. Para fechar o diagnóstico, exames complementares podem ser solicitados pelo médico, como exames de imagem (tomografia cerebral e ressonância magnética), para avaliar e detectar anormalidades nas estruturas cerebrais. Quais as opções de tratamento? Como dito anteriormente, a doença de Parkinson não possui cura até o momento. Entretanto, os atuais tratamentos disponíveis auxiliam na estabilização e no bloqueio da progressão da condição, reduzindo os sintomas e aumentando a expectativa e qualidade de vida do paciente. Os medicamentos disponíveis podem auxiliar aumentando o nível de dopamina no cérebro, favorecendo as sinapses neurais e controlando os sintomas da perda dos movimentos.  Outras terapias não medicamentosas podem auxiliar, como sessões de fisioterapia para suporte no tratamento dos sintomas motores e redução do declínio das funções mentais. O acompanhamento psicológico e psiquiátrico também é importante para o tratamento de sintomas comportamentais. A atividade física regular com acompanhamento profissional é fundamental para fortalecer a musculatura e melhorar o equilíbrio, flexibilidade e coordenação motora. Massagens terapêuticas podem reduzir as tensões causadas pela rigidez muscular e a prática de yoga pode aumentar a flexibilidade e alongar a musculatura do paciente. É possível prevenir a doença de Parkinson? Não é possível prevenir a doença de Parkinson, porém, o diagnóstico precoce é de extrema importância para retardar sua progressão. Por ser uma condição em que o paciente vai apresentando piora com o passar dos anos, a ajuda nas atividades diárias, em algum momento, se fará necessária. Atividades rotineiras como trabalhar, realizar cuidados pessoais e da casa, participar de atividades sociais e até mesmo sair na rua podem se tornar um grande desafio. Viver todas essas mudanças pode ser difícil, tanto para a pessoa com a doença quanto para os familiares e cuidadores próximos. Existem grupos de apoio que podem auxiliar e dar suporte para que todos possam passar por essa experiência da melhor forma possível. Esses grupos podem fornecer informações, conselhos e conexões que vão ajudar tanto o paciente, quanto os familiares e cuidadores. O apoio familiar é essencial para melhorar a qualidade de vida da pessoa com a doença de Parkinson. Ações como adaptar o espaço físico da casa para as novas demandas, auxiliar em uma alimentação saudável e incentivar a prática de atividades físicas são parte fundamental para que o paciente consiga viver melhor.  A psicoterapia também é extremamente importante para dar suporte emocional e ajudar no enfrentamento da doença, não somente do paciente, mas também de familiares e amigos próximos. Agora que você já conhece em detalhes o que é a doença de Parkinson, convidamos você para ler o conteúdo sobre os cuidados essenciais com a saúde mental na melhor idade. Referências: Jankovic J, Tan EKParkinson’s disease: etiopathogenesis and treatmentJournal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry 2020;91:795-808. Mayo. Parkinson’s Disease. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/parkinsons-disease/symptoms-causes/syc-20376055Acesso em: 25/04/2023 NIH. Parkinson’s Disease. Disponível em: https://www.nia.nih.gov/health/parkinsons-disease Acesso em: 25/04/2023 OMS. Parkinson’s Disease. Disponível em:https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/parkinson-disease Acesso em: 25/04/2023 Poewe, W., Seppi, K., Tanner, C. et al. Parkinson disease. Nat Rev Dis Primers 3, 17013 (2017). https://doi.org/10.1038/nrdp.2017.13