Sabin Por: Sabin
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O ano de 2022 foi marcado pelo aumento de casos de uma doença chamada varíola dos macacos (ou mpox). Essa definição se tornou popular devido ao local de descoberta da doença, cuja explicação veremos ao longo deste artigo.

Reunimos aqui as informações necessárias para você ficar por dentro do assunto. Para uma melhor compreensão sobre a doença que causou um surto global, vamos voltar um pouco no tempo e falar sobre a varíola humana. Acompanhe!

Entenda melhor sobre a varíola

Você se lembra que a varíola foi considerada erradicada em 1980? Quem tem mais de 40 anos certamente vai lembrar!

Altamente infecciosa, a varíola humana foi exterminada graças a esforços globais para garantir a imunização da população. O processo de erradicação da doença, que levou mais ou menos uma década, contou com a vacinação em massa aliada a ações de saúde pública, que são praticadas até hoje para reduzir a proliferação de surtos e epidemias — inclusive a pandemia de coronavírus.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a varíola foi responsável pela morte de cerca de 300 milhões de pessoas no mundo todo, e deixou outras milhares com graves sequelas. 

Mesmo oficialmente erradicada, é importante que se tenha conhecimento sobre a doença e seus sintomas para que novos casos sejam evitados. Os sintomas iniciais são parecidos com os da gripe (febre, dores de cabeça e musculares), associados à presença de manchas avermelhadas pelo corpo, que evoluem para pústulas — bolhas com pus.

O que é a varíola dos macacos (mpox)?

Clinicamente menos grave que a varíola humana, a varíola dos macacos é transmitida através do vírus monkeypox (ambas pertencentes à família poxvirus). O nome faz referência à descoberta do vírus em macacos de um laboratório de pesquisa na Dinamarca, em 1958. Vale destacar que, apesar de o nome ter ficado erroneamente associado a macacos, os agentes transmissores do vírus, muito provavelmente, estão associados a roedores!

A preocupação em desvincular a doença dos macacos é tanta que a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a recomendar outro nome para o monkeypox, determinando o uso preferencial do termo “mpox”.

Até a disseminação pelo mundo, a circulação do vírus restringia-se a países da África — considerados endêmicos. Porém, o cenário mudou! Especialistas ligaram o sinal de alerta ao constatarem a ocorrência ascendente da doença fora do continente africano.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) notificou o primeiro caso de mpox em países não endêmicos em maio de 2022. Desde então, os casos de infecção têm sido rigorosamente monitorados pelo órgão e autoridades de saúde em todo o mundo, iniciando ações para evitar a disseminação da doença entre os países.

Sintomas da mpox

Os sintomas da mpox são semelhantes aos da varíola humana: dores de cabeça e no corpo, febre e lesões na pele (como mostra a imagem). A diferença entre as duas é que, na mpox, ocorre o inchaço dos gânglios linfáticos.

Monkeypox

Casos da doença indicam que as erupções cutâneas começam pelo rosto e se espalham para outras partes do corpo de maneira progressiva, incluindo as partes genitais. Primeiramente, as lesões provocam um aspecto avermelhado na pele, que, em seguida, formam pequenas vesículas com conteúdo purulento, secando e caindo alguns dias depois.

Se você estiver apresentando algum sintoma, teve contato próximo com alguém infectado ou com suspeita da doença, procure o serviço médico de sua cidade. O Sabin disponibiliza o exame para detecção da mpox em todo o país. O teste qPCR precisa ser agendado por meio do Atendimento Móvel e é obrigatória a apresentação do pedido médico.

Como a doença é transmitida?

A transmissão pode ser direta ou indireta, através do contato com sangue, fluidos corporais, lesões de pele ou mucosa infectada. Abaixo, listamos as principais vias:

Transmissão primária

Contato com sangue, mucosa ou fluidos corporais de animais infectados.

Transmissão secundária

Contato direto com fluidos corporais ou secreções respiratórias de uma pessoa que esteja infectada.

Transmissão por materiais contaminados

Contato com objetos que foram contaminados por secreções ou feridas de pacientes com varíola dos macacos.

Transmissão vertical

Pode ocorrer da mãe infectada para o bebê, através da placenta ou contato próximo no parto.

O período de incubação é de três a 17 dias, podendo chegar a 21 dias. Já os sintomas começam dentro de três semanas após a exposição ao vírus. Um alerta: estudos evidenciam que a transmissão também pode ser feita por pessoas que ainda não manifestaram os sintomas. Entretanto, cabe ressaltar que a mpox é uma infecção autolimitada, ou seja, costuma se resolver espontaneamente. 

Como a mpox chegou ao brasil

A última atualização do Ministério da Saúde (MS) divulgou que, até abril de 2023, o Brasil apresentou mais de 10 mil casos de mpox confirmados, distribuídos em todas as regiões do país.

Em 11 de maio de 2023, a OMS declarou o fim da emergência global para mpox, em vigor desde julho de 2022.

Saiba como se prevenir

Para garantir a prevenção contra a doença, é importante adotar algumas medidas:

  • evite contato próximo com a pessoa doente, até que haja a completa cicatrização das lesões e a liberação médica;
  • evite contato com qualquer material que tenha sido utilizado pela pessoa infectada;
  • mantenha distância de animais contaminados;
  • mantenha o hábito de higienizar corretamente as mãos, lavando-as com água e sabão e/ou faça uso de álcool gel.

Caso seja necessário o contato com pessoa suspeita ou diagnosticada, não deixe de usar equipamentos de proteção, como máscaras ou luvas. Essas medidas podem ajudar a diminuir a proliferação do monkeypox (e também de outros vírus circulantes) e, consequentemente, evitar uma pandemia. Então, vamos fazer a nossa parte!

Por se tratar de um surto recente, estamos constantemente atualizando este artigo e trazendo para você os últimos dados relacionados à mpox.

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Varíola dos macacos: veja o que se sabe até agora; O ano de 2022 foi marcado pelo aumento de casos de uma doença chamada varíola dos macacos (ou mpox). Essa definição se tornou popular devido ao local de descoberta da doença, cuja explicação veremos ao longo deste artigo. Reunimos aqui as informações necessárias para você ficar por dentro do assunto. Para uma melhor compreensão sobre a doença que causou um surto global, vamos voltar um pouco no tempo e falar sobre a varíola humana. Acompanhe! Entenda melhor sobre a varíola Você se lembra que a varíola foi considerada erradicada em 1980? Quem tem mais de 40 anos certamente vai lembrar! Altamente infecciosa, a varíola humana foi exterminada graças a esforços globais para garantir a imunização da população. O processo de erradicação da doença, que levou mais ou menos uma década, contou com a vacinação em massa aliada a ações de saúde pública, que são praticadas até hoje para reduzir a proliferação de surtos e epidemias — inclusive a pandemia de coronavírus. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a varíola foi responsável pela morte de cerca de 300 milhões de pessoas no mundo todo, e deixou outras milhares com graves sequelas.  Mesmo oficialmente erradicada, é importante que se tenha conhecimento sobre a doença e seus sintomas para que novos casos sejam evitados. Os sintomas iniciais são parecidos com os da gripe (febre, dores de cabeça e musculares), associados à presença de manchas avermelhadas pelo corpo, que evoluem para pústulas — bolhas com pus. O que é a varíola dos macacos (mpox)? Clinicamente menos grave que a varíola humana, a varíola dos macacos é transmitida através do vírus monkeypox (ambas pertencentes à família poxvirus). O nome faz referência à descoberta do vírus em macacos de um laboratório de pesquisa na Dinamarca, em 1958. Vale destacar que, apesar de o nome ter ficado erroneamente associado a macacos, os agentes transmissores do vírus, muito provavelmente, estão associados a roedores! A preocupação em desvincular a doença dos macacos é tanta que a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a recomendar outro nome para o monkeypox, determinando o uso preferencial do termo "mpox". Até a disseminação pelo mundo, a circulação do vírus restringia-se a países da África — considerados endêmicos. Porém, o cenário mudou! Especialistas ligaram o sinal de alerta ao constatarem a ocorrência ascendente da doença fora do continente africano. A Organização Mundial da Saúde (OMS) notificou o primeiro caso de mpox em países não endêmicos em maio de 2022. Desde então, os casos de infecção têm sido rigorosamente monitorados pelo órgão e autoridades de saúde em todo o mundo, iniciando ações para evitar a disseminação da doença entre os países. Sintomas da mpox Os sintomas da mpox são semelhantes aos da varíola humana: dores de cabeça e no corpo, febre e lesões na pele (como mostra a imagem). A diferença entre as duas é que, na mpox, ocorre o inchaço dos gânglios linfáticos. Casos da doença indicam que as erupções cutâneas começam pelo rosto e se espalham para outras partes do corpo de maneira progressiva, incluindo as partes genitais. Primeiramente, as lesões provocam um aspecto avermelhado na pele, que, em seguida, formam pequenas vesículas com conteúdo purulento, secando e caindo alguns dias depois. Se você estiver apresentando algum sintoma, teve contato próximo com alguém infectado ou com suspeita da doença, procure o serviço médico de sua cidade. O Sabin disponibiliza o exame para detecção da mpox em todo o país. O teste qPCR precisa ser agendado por meio do Atendimento Móvel e é obrigatória a apresentação do pedido médico. Como a doença é transmitida? A transmissão pode ser direta ou indireta, através do contato com sangue, fluidos corporais, lesões de pele ou mucosa infectada. Abaixo, listamos as principais vias: Transmissão primária Contato com sangue, mucosa ou fluidos corporais de animais infectados. Transmissão secundária Contato direto com fluidos corporais ou secreções respiratórias de uma pessoa que esteja infectada. Transmissão por materiais contaminados Contato com objetos que foram contaminados por secreções ou feridas de pacientes com varíola dos macacos. Transmissão vertical Pode ocorrer da mãe infectada para o bebê, através da placenta ou contato próximo no parto. O período de incubação é de três a 17 dias, podendo chegar a 21 dias. Já os sintomas começam dentro de três semanas após a exposição ao vírus. Um alerta: estudos evidenciam que a transmissão também pode ser feita por pessoas que ainda não manifestaram os sintomas. Entretanto, cabe ressaltar que a mpox é uma infecção autolimitada, ou seja, costuma se resolver espontaneamente.  Como a mpox chegou ao brasil A última atualização do Ministério da Saúde (MS) divulgou que, até abril de 2023, o Brasil apresentou mais de 10 mil casos de mpox confirmados, distribuídos em todas as regiões do país. Em 11 de maio de 2023, a OMS declarou o fim da emergência global para mpox, em vigor desde julho de 2022. Saiba como se prevenir Para garantir a prevenção contra a doença, é importante adotar algumas medidas: evite contato próximo com a pessoa doente, até que haja a completa cicatrização das lesões e a liberação médica; evite contato com qualquer material que tenha sido utilizado pela pessoa infectada; mantenha distância de animais contaminados; mantenha o hábito de higienizar corretamente as mãos, lavando-as com água e sabão e/ou faça uso de álcool gel. Caso seja necessário o contato com pessoa suspeita ou diagnosticada, não deixe de usar equipamentos de proteção, como máscaras ou luvas. Essas medidas podem ajudar a diminuir a proliferação do monkeypox (e também de outros vírus circulantes) e, consequentemente, evitar uma pandemia. Então, vamos fazer a nossa parte! Por se tratar de um surto recente, estamos constantemente atualizando este artigo e trazendo para você os últimos dados relacionados à mpox.