Sabin Por: Sabin
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A sexagem fetal é um exame laboratorial não invasivo que permite identificar o sexo do bebê precocemente, a partir da oitava semana de gestação. O teste é realizado com base na análise do sangue materno, que contém fragmentos de DNA fetal. A metodologia utilizada é a PCR em tempo real, que permite detectar a presença do gene DYS14, localizado no cromossomo Y.

Quando esse gene é identificado, o resultado é sugestivo de um feto do sexo masculino. Caso o gene não esteja presente, trata-se de um feto do sexo feminino. É um exame seguro, com alta precisão e que não representa qualquer risco para a gestante ou para o bebê.

Continue a leitura para entender como se preparar para o exame, quais situações podem interferir no resultado e as principais dúvidas respondidas.

Como se preparar para o exame de sexagem fetal?

Para garantir a confiabilidade do exame, alguns cuidados devem ser observados. A paciente deve estar com pelo menos 8 semanas completas de gestação, confirmadas pela data da última menstruação ou por exame de ultrassonografia. Abaixo desse período, a quantidade de DNA fetal no sangue materno pode ser insuficiente para análise.

Caso a gestante seja menor de 18 anos, é necessário que esteja acompanhada de um responsável legal no momento da coleta. Não é preciso estar em jejum para realizar o exame, sendo obrigatório assinar um termo de ciência antes da coleta, conforme protocolo do laboratório.

É importante destacar que cerca de 5% dos exames podem apresentar resultado inconclusivo, mesmo quando realizados no período correto. Nesses casos, solicita-se uma nova amostra após um intervalo mínimo de 14 dias. Essa segunda coleta não gera custo adicional. Entretanto, há possibilidade de o segundo exame também ser inconclusivo. Quando isso ocorre, a única alternativa para identificar o sexo do bebê será por meio da ultrassonografia. Por essa razão, recomenda-se que eventos comemorativos como o chá revelação sejam agendados apenas após a liberação do laudo definitivo.

Dúvidas frequentes sobre sexagem fetal

A sexagem fetal é considerada um exame altamente preciso, com taxa de acerto próxima de 100% quando respeitado o tempo gestacional indicado. Mesmo assim, algumas dúvidas são comuns entre as gestantes. A seguir, buscamos esclarecer os principais questionamentos.

O sexo do coletor interfere no resultado do exame?

Não. O Sabin Diagnóstico e Saúde realiza o exame de sexagem fetal há mais de 15 anos e, ao longo desse período, confirmou que o sexo do profissional responsável pela coleta não interfere nos resultados. Isso ocorre porque a coleta é realizada a vácuo, com o profissional devidamente paramentado e sem contato com o interior do tubo. O processamento da amostra é automatizado e feito exclusivamente por mulheres, assegurando a integridade da análise.

O uso de anticoagulantes interfere no exame?

Não. Medicamentos anticoagulantes como a heparina, exemplificada pelo Clexane®, utilizados em doses terapêuticas comuns durante a gestação, não afetam a confiabilidade do exame de sexagem fetal.

É possível realizar o exame após um aborto recente?

Sim. Pesquisas científicas demonstram que o DNA fetal é eliminado rapidamente da circulação materna após o parto ou aborto, principalmente após a eliminação da placenta e do feto. Dessa forma, é possível realizar o exame com segurança em uma nova gestação após um aborto anterior.

Pacientes que fizeram transfusão sanguínea podem realizar o exame?

Depende. Se a transfusão sanguínea tiver sido realizada nos últimos três meses, o exame não é recomendado, pois existe chance de interferência do material genético do doador no resultado final.

Pacientes transplantadas podem fazer o exame?

Depende. Se o doador da medula óssea ou do órgão doado for do sexo masculino, não é recomendado realizar o exame de sexagem fetal, já que pode haver presença do cromossomo Y na circulação da paciente, resultando em interpretação equivocada.

O que pode levar a um resultado falso para o sexo masculino?

Embora o exame tenha alta confiabilidade, há algumas situações específicas que podem causar a detecção do cromossomo Y mesmo em uma gestação de feto feminino, e a primeira delas é a fertilização in vitro. Quando mais de um embrião é implantado, mesmo que apenas um se desenvolva, o DNA de um embrião masculino não implantado pode interferir no resultado. 

A segunda situação é a perda de um feto masculino em uma gestação gemelar. O DNA do feto que não se desenvolveu pode permanecer por um tempo na circulação da mãe, afetando a análise do outro feto. Também existem desordens genéticas raras, relacionadas aos cromossomos sexuais ou à diferenciação sexual, que podem causar alterações nos resultados. Nesses casos, deve-se reforçar que a sexagem fetal não substitui exames genéticos específicos para o diagnóstico de doenças.

Como o exame funciona em gestações gemelares?

A interpretação dos resultados varia de acordo com o tipo de gestação. Em casos de gêmeos idênticos, também chamados de monozigóticos, se o cromossomo Y for detectado, ambos os bebês são meninos. Se não for detectado, ambos são meninas. 

Enquanto nos gêmeos fraternos (ou dizigóticos), a presença do cromossomo Y indica que ao menos um dos fetos é do sexo masculino. Caso o gene não seja identificado, a gestação é composta por dois fetos do sexo feminino.

Diferença entre sexagem fetal e ultrassonografia

A principal diferença entre os dois métodos está na forma como o sexo do bebê é identificado. A sexagem fetal se baseia na análise do material genético presente no sangue materno, ao passo que a ultrassonografia depende da visualização da genitália do feto — o que só se torna mais preciso após a décima sexta semana de gestação.

A sexagem fetal oferece a vantagem de ser realizada com segurança a partir da oitava semana, permitindo uma descoberta mais precoce. No entanto, caso haja discordância entre os dois métodos após a décima sexta semana de gestação, o Sabin realiza uma nova investigação sem custo adicional para a paciente, desde que ela apresente um laudo da ultrassonografia indicando o sexo visualizado pelo médico.

Prazo para o resultado

O tempo de liberação do resultado pode variar de acordo com a localidade onde o exame foi realizado. Para amostras coletadas no Distrito Federal e entorno, o prazo é de um dia útil após a coleta. Em outras regiões, é necessário consultar diretamente a unidade de atendimento Sabin para verificar o prazo estimado.

Como interpretar o resultado do exame?

O exame pode indicar sexo masculino, quando o gene DYS14 do cromossomo Y é detectado, e sexo feminino, quando esse gene não é identificado. O resultado pode ser inconclusivo, quando a quantidade de DNA fetal no sangue materno não é suficiente para que o exame determine com precisão o sexo do bebê. Em caso de resultado inconclusivo, uma nova coleta deve ser feita após 14 dias.

Cabe resssaltar que a sexagem fetal é uma opção segura, não invasiva e precoce para descobrir o sexo do bebê. A realização do exame no momento ideal e com as orientações adequadas proporciona uma experiência tranquila à gestante, permitindo que ela vivencie essa descoberta tão especial com mais confiança.

Em caso de dúvidas, procure sempre orientação com profissionais especializados. Quer saber mais sobre o desenvolvimento do bebê durante a gravidez? Leia nosso conteúdo sobre Linha do tempo da gravidez: entenda as fases do desenvolvimento do bebê.

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

Smid M, Galbiati S, Vassallo A, et al. No evidence of fetal DNA persistence in maternal plasma after pregnancy. Hum Genet. 2003;112(5-6):617-618. doi:10.1007/s00439-003-0919-3

Lo YM, Zhang J, Leung TN, Lau TK, Chang AM, Hjelm NM. Rapid clearance of fetal DNA from maternal plasma. Am J Hum Genet. 1999;64(1):218-224. doi:10.1086/302205

Stephanie CY Yu, Shara WY Lee, Peiyong Jiang, Tak Y Leung, KC Allen Chan, Rossa WK Chiu, YM Dennis Lo, High-Resolution Profiling of Fetal DNA Clearance from Maternal Plasma by Massively Parallel Sequencing, Clinical Chemistry, Volume 59, Issue 8, 1 August 2013, Pages 1228–1237.

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Sexagem fetal: como funciona e quando realizar o exame?; A sexagem fetal é um exame laboratorial não invasivo que permite identificar o sexo do bebê precocemente, a partir da oitava semana de gestação. O teste é realizado com base na análise do sangue materno, que contém fragmentos de DNA fetal. A metodologia utilizada é a PCR em tempo real, que permite detectar a presença do gene DYS14, localizado no cromossomo Y. Quando esse gene é identificado, o resultado é sugestivo de um feto do sexo masculino. Caso o gene não esteja presente, trata-se de um feto do sexo feminino. É um exame seguro, com alta precisão e que não representa qualquer risco para a gestante ou para o bebê. Continue a leitura para entender como se preparar para o exame, quais situações podem interferir no resultado e as principais dúvidas respondidas. Como se preparar para o exame de sexagem fetal? Para garantir a confiabilidade do exame, alguns cuidados devem ser observados. A paciente deve estar com pelo menos 8 semanas completas de gestação, confirmadas pela data da última menstruação ou por exame de ultrassonografia. Abaixo desse período, a quantidade de DNA fetal no sangue materno pode ser insuficiente para análise. Caso a gestante seja menor de 18 anos, é necessário que esteja acompanhada de um responsável legal no momento da coleta. Não é preciso estar em jejum para realizar o exame, sendo obrigatório assinar um termo de ciência antes da coleta, conforme protocolo do laboratório. É importante destacar que cerca de 5% dos exames podem apresentar resultado inconclusivo, mesmo quando realizados no período correto. Nesses casos, solicita-se uma nova amostra após um intervalo mínimo de 14 dias. Essa segunda coleta não gera custo adicional. Entretanto, há possibilidade de o segundo exame também ser inconclusivo. Quando isso ocorre, a única alternativa para identificar o sexo do bebê será por meio da ultrassonografia. Por essa razão, recomenda-se que eventos comemorativos como o chá revelação sejam agendados apenas após a liberação do laudo definitivo. Dúvidas frequentes sobre sexagem fetal A sexagem fetal é considerada um exame altamente preciso, com taxa de acerto próxima de 100% quando respeitado o tempo gestacional indicado. Mesmo assim, algumas dúvidas são comuns entre as gestantes. A seguir, buscamos esclarecer os principais questionamentos. O sexo do coletor interfere no resultado do exame? Não. O Sabin Diagnóstico e Saúde realiza o exame de sexagem fetal há mais de 15 anos e, ao longo desse período, confirmou que o sexo do profissional responsável pela coleta não interfere nos resultados. Isso ocorre porque a coleta é realizada a vácuo, com o profissional devidamente paramentado e sem contato com o interior do tubo. O processamento da amostra é automatizado e feito exclusivamente por mulheres, assegurando a integridade da análise. O uso de anticoagulantes interfere no exame? Não. Medicamentos anticoagulantes como a heparina, exemplificada pelo Clexane®, utilizados em doses terapêuticas comuns durante a gestação, não afetam a confiabilidade do exame de sexagem fetal. É possível realizar o exame após um aborto recente? Sim. Pesquisas científicas demonstram que o DNA fetal é eliminado rapidamente da circulação materna após o parto ou aborto, principalmente após a eliminação da placenta e do feto. Dessa forma, é possível realizar o exame com segurança em uma nova gestação após um aborto anterior. Pacientes que fizeram transfusão sanguínea podem realizar o exame? Depende. Se a transfusão sanguínea tiver sido realizada nos últimos três meses, o exame não é recomendado, pois existe chance de interferência do material genético do doador no resultado final. Pacientes transplantadas podem fazer o exame? Depende. Se o doador da medula óssea ou do órgão doado for do sexo masculino, não é recomendado realizar o exame de sexagem fetal, já que pode haver presença do cromossomo Y na circulação da paciente, resultando em interpretação equivocada. O que pode levar a um resultado falso para o sexo masculino? Embora o exame tenha alta confiabilidade, há algumas situações específicas que podem causar a detecção do cromossomo Y mesmo em uma gestação de feto feminino, e a primeira delas é a fertilização in vitro. Quando mais de um embrião é implantado, mesmo que apenas um se desenvolva, o DNA de um embrião masculino não implantado pode interferir no resultado.  A segunda situação é a perda de um feto masculino em uma gestação gemelar. O DNA do feto que não se desenvolveu pode permanecer por um tempo na circulação da mãe, afetando a análise do outro feto. Também existem desordens genéticas raras, relacionadas aos cromossomos sexuais ou à diferenciação sexual, que podem causar alterações nos resultados. Nesses casos, deve-se reforçar que a sexagem fetal não substitui exames genéticos específicos para o diagnóstico de doenças. Como o exame funciona em gestações gemelares? A interpretação dos resultados varia de acordo com o tipo de gestação. Em casos de gêmeos idênticos, também chamados de monozigóticos, se o cromossomo Y for detectado, ambos os bebês são meninos. Se não for detectado, ambos são meninas.  Enquanto nos gêmeos fraternos (ou dizigóticos), a presença do cromossomo Y indica que ao menos um dos fetos é do sexo masculino. Caso o gene não seja identificado, a gestação é composta por dois fetos do sexo feminino. Diferença entre sexagem fetal e ultrassonografia A principal diferença entre os dois métodos está na forma como o sexo do bebê é identificado. A sexagem fetal se baseia na análise do material genético presente no sangue materno, ao passo que a ultrassonografia depende da visualização da genitália do feto — o que só se torna mais preciso após a décima sexta semana de gestação. A sexagem fetal oferece a vantagem de ser realizada com segurança a partir da oitava semana, permitindo uma descoberta mais precoce. No entanto, caso haja discordância entre os dois métodos após a décima sexta semana de gestação, o Sabin realiza uma nova investigação sem custo adicional para a paciente, desde que ela apresente um laudo da ultrassonografia indicando o sexo visualizado pelo médico. Prazo para o resultado O tempo de liberação do resultado pode variar de acordo com a localidade onde o exame foi realizado. Para amostras coletadas no Distrito Federal e entorno, o prazo é de um dia útil após a coleta. Em outras regiões, é necessário consultar diretamente a unidade de atendimento Sabin para verificar o prazo estimado. Como interpretar o resultado do exame? O exame pode indicar sexo masculino, quando o gene DYS14 do cromossomo Y é detectado, e sexo feminino, quando esse gene não é identificado. O resultado pode ser inconclusivo, quando a quantidade de DNA fetal no sangue materno não é suficiente para que o exame determine com precisão o sexo do bebê. Em caso de resultado inconclusivo, uma nova coleta deve ser feita após 14 dias. Cabe resssaltar que a sexagem fetal é uma opção segura, não invasiva e precoce para descobrir o sexo do bebê. A realização do exame no momento ideal e com as orientações adequadas proporciona uma experiência tranquila à gestante, permitindo que ela vivencie essa descoberta tão especial com mais confiança. Em caso de dúvidas, procure sempre orientação com profissionais especializados. Quer saber mais sobre o desenvolvimento do bebê durante a gravidez? Leia nosso conteúdo sobre Linha do tempo da gravidez: entenda as fases do desenvolvimento do bebê. Sabin avisa: Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames. Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas.  Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial. Referências: Smid M, Galbiati S, Vassallo A, et al. No evidence of fetal DNA persistence in maternal plasma after pregnancy. Hum Genet. 2003;112(5-6):617-618. doi:10.1007/s00439-003-0919-3 Lo YM, Zhang J, Leung TN, Lau TK, Chang AM, Hjelm NM. Rapid clearance of fetal DNA from maternal plasma. Am J Hum Genet. 1999;64(1):218-224. doi:10.1086/302205 Stephanie CY Yu, Shara WY Lee, Peiyong Jiang, Tak Y Leung, KC Allen Chan, Rossa WK Chiu, YM Dennis Lo, High-Resolution Profiling of Fetal DNA Clearance from Maternal Plasma by Massively Parallel Sequencing, Clinical Chemistry, Volume 59, Issue 8, 1 August 2013, Pages 1228–1237.