A densitometria óssea é o exame mais importante para a identificação da perda de densidade nos ossos, o que pode contribuir para a prevenção de uma série de problemas durante o processo de envelhecimento. Então, se você quer ter mais bem-estar e permanecer ativo ao longo de toda a vida, é melhor descobrir como monitorar a saúde do seu esqueleto.
Uma forma de ficar atualizado sobre sua saúde óssea é manter a regularidade do exame para receber um diagnóstico precoce de eventuais alterações nos ossos, como a osteoporose, que pode ser evitada se descoberta na sua fase anterior — a osteopenia. Quer saber mais sobre o assunto? Acompanhe o post até o final!
O que é densitometria óssea?
Densitometria óssea (DMO) é o nome do exame realizado para avaliar o tecido dos ossos. É completamente indolor e seguro, além de ser rápido, durando, no máximo, 15 minutos.
O método de diagnóstico por imagens é feito através de técnica semelhante à dos raios-X, porém, com radiação ionizante menor. A tecnologia empregada é a Dual-Energy X-Ray Absorptiometry (DXA).
O exame é capaz de avaliar a densidade do que está dentro dos ossos, permitindo identificar com agilidade e precisão quando há perda na espessura e nos minerais desse componente.
Em geral, a condição de perda pode apontar o início de problemas como a osteoporose. Assim, o diagnóstico precoce contribui para uma intervenção médica mais eficaz e pontual, evitando maiores desconfortos e até o risco de fraturas.
Qual a sua importância?
A principal relevância atribuída ao exame de densitometria óssea está no fator de possível prevenção do agravamento de problemas ósseos.
A osteoporose é tida, hoje, como uma das questões mais importantes da saúde pública. Isso porque, de acordo com o Núcleo de Telessaúde do Rio Grande do Sul, com o aumento do envelhecimento geral da população, cresce a possibilidade de problemas atrelados à maior idade das pessoas. Conforme os dados apresentados, uma mulher de 50 anos tem risco de fratura osteoporótica de:
- 17,5% para o colo do fêmur;
- 15,6% para as vértebras;
- 16% para o rádio distal;
- 40% para qualquer outra parte do esqueleto.
Quando uma deficiência óssea é diagnosticada por meio de um exame de raio-X, por exemplo, significa que ela já está bem avançada, visto que esse não é um exame de alto detalhamento. Nesse caso, não existem muitas opções para o médico se não tratar o paciente para que o problema não avance.
Por outro lado, quando a densitometria (que é mais detalhada) é feita de forma regular, qualquer alteração pode ser identificada rapidamente, possibilitando uma reversão do quadro.
Quais problemas a densitometria consegue detectar?
Existem dois problemas centrais que a densitometria óssea consegue identificar: a osteopenia e a osteoporose.
A osteopenia é o início da perda óssea, antes que seja perceptível através de raios-X, por exemplo. Isso significa que a perda de cálcio nos ossos ainda está abaixo de 30%.
Trata-se de um problema reversível do ponto de vista médico, desde que o paciente se disponha a adotar cuidados como:
- exercícios físicos regulares;
- banhos de sol em intervalos específicos;
- reposição de cálcio com a alimentação;
- uso de medicamentos.
Agora, se a perda identificada for superior a 30%, é caracterizada como osteoporose. Dessa forma, o problema pode ser um pouco mais sério, indicando que o esqueleto está fragilizado até mesmo para suportar o peso do próprio corpo.
Sob essas circunstâncias, a pessoa fica muito mais propensa a sofrer fraturas espontâneas, sem precisar de nenhum impacto para isso. Nesses casos, é muito comum que um indivíduo acredite que a fratura tenha sido em função da queda, mas a verdade é o oposto — a queda só aconteceu em função da fratura.
A densitometria óssea também é utilizada como parte da estratégia de diagnóstico de outros problemas na estrutura do corpo, como o reumatismo.
Quem deve realizá-la?
Segundo a Associação Médica Brasileira e o Conselho Federal de Medicina, é importante que a densitometria óssea seja realizada por quem apresenta algum dos fatores de risco, que são listados como:
- antecedente de fratura depois dos 40 anos;
- parente de primeiro grau com osteoporose;
- mulheres com Índice de Massa Corporal (IMC) inferior a 20 ou peso menor que 57,8 quilos;
- mulheres que entraram na menopausa antes dos 45 anos ou com hipogonadismo;
- quem faz uso de glicocorticoides;
- hiperparatireoidismo primário;
- quem faz uso prolongado de anticonvulsivantes;
- pacientes com síndrome de má absorção crônica ou desnutrição;
- quem faz quimioterapia, se a sobrevida esperada for acima de 5 anos;
- quem sofreu diminuição documentada de altura;
- na presença de cifose após a menopausa.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda indica que o exame seja adotado por todas as mulheres com mais de 65 anos e todos os homens com mais de 70 anos. Além disso, recomenda a densitometria óssea para quem tem outras comorbidades, tais como:
Como é feito o exame de densitometria óssea?
Como você já viu, a densitometria óssea é indolor e rápida. Entretanto, exige alguns cuidados antes, durante e depois do procedimento.
Ao realizar o exame, é importante que o paciente não esteja usando quaisquer tipos de joias — colares, pulseiras, brincos — e até mesmo sutiãs com aro de ferro. Também é fundamental não ter consumido comprimidos com cálcio nas últimas 24 horas, não ter usado vitaminas ou suplementos minerais no dia do exame e nem ter feito outro contraste usado em exames de imagem.
O exame em si é realizado no densitômetro, equipamento desenvolvido especificamente para isso. Nele, o paciente vai posicionar seu corpo conforme a necessidade do exame, sempre sob orientação de um profissional.
O densitômetro vai fazer uma espécie de “varredura” com radiação na área que precisa ser examinada. A partir disso, uma imagem digital é gerada instantaneamente, o que permite que o exame fique pronto logo.
Vale ressaltar que a máquina fica afastada do corpo. Sendo assim, a pessoa não sente qualquer tipo de dor nem mesmo sensação de sufocamento, caso seja claustrofóbica. Depois do exame, ela pode seguir normalmente com a sua rotina, não sendo necessário tomar qualquer cuidado especial.
Você deve ter percebido que fazer a densitometria óssea é simples e fácil. Portanto, diante dos benefícios que ela pode proporcionar, não há desculpas para não manter a periodicidade do exame. Inclusive, se você ainda não fez o seu, que tal trazer o assunto à tona com seu médico?
Caso precise de mais informações ou se quiser agendar sua densitometria óssea, entre em contato conosco!