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Vírus sincicial respiratório: saiba os riscos da infecção em crianças

Quais os riscos do vírus sincicial respiratório?

O vírus sincicial respiratório (VSR) é um dos principais causadores de síndromes respiratórias no Brasil, principalmente durante os meses de outono e inverno, período em que há registro de maior número de casos e internações hospitalares.

O VSR pode acometer pessoas de todas as idades. Em adultos e crianças maiores de cinco anos, saudáveis, os sintomas costumam ser leves, com quadro clínico semelhante a um resfriado comum, mas pode causar complicações respiratórias graves em crianças menores de dois anos ou pessoas idosas, sobretudo aquelas que apresentam alguma comorbidade.

Neste conteúdo, você encontrará informações sobre os principais sintomas, formas de contágio, diagnóstico, tratamento e como prevenir a doença.

O QUE É O VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO?

O vírus sincicial respiratório é um patógeno que causa infecções dos tratos respiratórios superior e inferior, especialmente em crianças menores de dois anos. A baixa maturidade do sistema imunológico, a reduzida transferência de anticorpos maternos (por desmame precoce) e o menor calibre das vias aéreas tornam essas crianças suscetíveis à infecção. 

Por ser altamente contagioso, o vírus pode causar reinfecções frequentes, inclusive na mesma estação do ano. Após ser transmitido, o vírus se espalha rapidamente pelo trato respiratório e atinge as células ciliadas do epitélio respiratório, onde inicia seu ciclo de replicação. A infecção, em conjunto com a resposta imunológica, causa a morte dessas células, ocasionando obstrução das pequenas vias aéreas por muco e detritos celulares. 

As infecções mais graves acometem o trato respiratório inferior (traqueia, brônquios e pulmões), causando inflamação e obstrução dos alvéolos, com disfunção das células ciliadas, que não conseguem remover a camada de muco, caracterizando um quadro de bronquiolite.

Além de bebês, a infecção pelo VSR também representa perigo para pessoas idosas, imunocomprometidas, transplantadas e pacientes com doenças pulmonares ou cardíacas crônicas.

COMO O VÍRUS É TRANSMITIDO?

O vírus é transmitido pelo contato direto com gotículas respiratórias eliminadas pela pessoa infectada ao tossir, espirrar ou falar. Também pode ser transmitido de forma indireta, através do contato com superfícies e objetos contaminados, nos quais o vírus pode sobreviver por até seis horas.

Tendo em vista a circulação do VSR se relacionar com as estações do ano (sazonal), devido às dimensões continentais brasileiras, ele apresenta variações conforme a região. Na região Sul, o pico da circulação do vírus ocorre nos meses de abril a agosto, enquanto no Norte, ele circula no primeiro semestre, coincidindo com o período de chuvas intensas da região. Nas regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste, predomina a circulação de março a julho.

Alguns fatores podem facilitar a disseminação do vírus, como ambientes pouco ventilados e com aglomerações, falta de higienização das mãos, superfícies e objetos potencialmente contaminados e a não utilização de máscaras de proteção por indivíduos diagnosticados ou que estejam apresentando sintomas respiratórios.

QUAIS OS SINTOMAS DA INFECÇÃO PELO VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO?

Os sintomas são muito similares aos da gripe ou de um resfriado e, geralmente, surgem dentro de quatro a seis dias após o contato com o vírus. Em muitos casos, a infecção é assintomática, e a pessoa não apresenta nenhum sinal da doença. Os principais sintomas relatados são:

Em quadros mais graves de bronquiolite, pneumonia ou insuficiência respiratória em bebês, os sintomas tendem a ser mais intensos e se manifestam na forma de febre alta, chiados e dificuldades na respiração, dedos e lábios azulados. 

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO?

O diagnóstico da infecção é realizado com base na avaliação clínica feita pelo médico, em que são analisados os sintomas apresentados e o histórico do paciente. 

Em alguns casos, o diagnóstico laboratorial específico para o vírus sincicial respiratório pode ser solicitado. Esse tipo de testagem é de fácil realização e se baseia na identificação de fragmentos do vírus na amostra analisada. O teste imunocromatográfico é um tipo de teste rápido feito pelo método imunocromatográfico, no qual é necessária a coleta de secreção de nasofaringe. O resultado fica pronto em minutos, permitindo o início rápido do tratamento.

Outra alternativa é o painel molecular para infecções respiratórias, que detecta uma grande variedade de patógenos, além do VSR. Realizado pela técnica de PCR em tempo real multiplex, o exame é capaz de identificar a presença dos seguintes vírus: Influenza A, Influenza B, Sincicial Respiratório, Adenovírus, Metapneumovírus, Enterovírus, Parainfluenza, Bocavírus, Rinovírus e Coronavírus. Além dos patógenos virais, o painel pode detectar as seguintes bactérias: Chlamydophila pneumoniae, Mycoplasma pneumoniae, Legionella pneumophila, Bordetella pertussis, Bordetella parapertussis, Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae.

O minipainel respiratório também é uma excelente opção, uma vez que permite o diagnóstico diferencial entre infecções que apresentam quadro clínico semelhante. Por meio de técnicas de biologia molecular, esse teste detecta, com alta sensibilidade, até quatro patógenos causadores das principais doenças respiratórias: os vírus Influenza A e B, o VSR e o vírus da covid-19.

Todos os exames estão disponíveis no Sabin e podem ser adquiridos em: loja.sabin.com.br

EXISTE TRATAMENTO PARA O VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO?

Não há tratamento específico, apenas medidas para amenizar os sintomas e de suporte. A hospitalização pode ser necessária em casos de bronquiolite e pneumonia, para oferecer intervenções como oxigênio, hidratação e nutrição.

COMO SE PREVENIR DA INFECÇÃO PELO VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO?

O calendário da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) destinado aos prematuros recomenda o palivizumabe, um tipo de anticorpo que induz a imunização passiva, específica contra o vírus sincicial respiratório, a ser utilizado conforme segue: para os recém-nascidos pré-termo com menos de 29 semanas de idade gestacional, no primeiro ano de vida; para os nascidos entre 29 e 32 semanas, até o sexto mês; e para os portadores de doenças cardíacas e pulmonares, nos dois primeiros anos de vida, independentemente da idade gestacional.

Também já está disponível nos serviços privados de saúde — incluindo o Sabin — um novo imunizante indicado para a população a partir de 60 anos de idade. A vacina Arexvy protege contra as doenças respiratórias causadas pelos subtipos do vírus sincicial respiratório (VSR-A e VSR-B), apresentando alta eficácia e reduzindo significativamente quadros graves de infecções respiratórias, como a pneumonia, cuja taxa de letalidade é considerada alta nessa faixa etária.

Em 1º de abril de 2024, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o registro de mais uma vacina contra o VSR, por imunização ativa em gestantes para a prevenção da bronquiolite em bebês de até seis meses de idade. A vacina Abrysvo ainda não está disponível no mercado.

Além da imunização, existem outras ações importantes que podem auxiliar na prevenção. Entre elas, estão: lavar frequentemente as mãos, usar máscara em caso de diagnóstico positivo ou presença de sintomas respiratórios, manter ambientes bem ventilados e evitar aglomerações, principalmente nas épocas do ano de maior circulação do vírus.

Como os lactentes (em particular, os menores de seis meses) compõem o grupo mais vulnerável a desenvolver complicações e quadros graves da infecção, retardar a entrada em creches, durante as épocas do ano mais críticas, é uma medida que merece ser avaliada. As creches e escolas também devem ter políticas para evitar a transmissão de infecções, conscientizando e incentivando crianças e funcionários sobre a importância da higienização das mãos, bem como ações para a desinfecção de brinquedos e todos os outros materiais que podem servir como fontes de contaminação.

Como você pôde ver, o VSR é um dos principais responsáveis pelas infecções respiratórias em nosso país. Agora, conheça quais são as outras doenças respiratórias mais comuns na população.

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

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