Covid-19 Archives | Blog Sabin https://blog.sabin.com.br/categoria/covid-19/ Conhecimento aliado ao bem-estar Fri, 18 Oct 2024 20:56:07 +0000 pt-BR hourly 1 https://blog.sabin.com.br/wp-content/uploads/2021/03/favicons.png Covid-19 Archives | Blog Sabin https://blog.sabin.com.br/categoria/covid-19/ 32 32 O que é a covid longa? Entenda mais sobre os sintomas persistentes da covid-19 https://blog.sabin.com.br/covid-19/o-que-e-covid-longa/ https://blog.sabin.com.br/covid-19/o-que-e-covid-longa/#respond Mon, 15 Aug 2022 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br//?p=1633 Para algumas pessoas, a batalha contra a covid-19 pode ser maior do que se imaginava. Estamos falando da covid longa, nova condição que se refere à persistência de um conjunto de sintomas após a doença. A taxa de recuperação para a covid-19 é alta, com a maioria das pessoas conseguindo se recuperar totalmente dos sintomas. […]

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Para algumas pessoas, a batalha contra a covid-19 pode ser maior do que se imaginava. Estamos falando da covid longa, nova condição que se refere à persistência de um conjunto de sintomas após a doença.

A taxa de recuperação para a covid-19 é alta, com a maioria das pessoas conseguindo se recuperar totalmente dos sintomas. No entanto, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em torno de 10 a 20% da população pode apresentar sintomas persistentes em médio e longo prazos.

No post de hoje, traremos mais informações sobre essa nova condição e quais são os sintomas persistentes mais comuns.

O que é a covid longa?

A covid longa é a apresentação de sintomas que continuam ou se desenvolvem após a infecção pelo coronavírus, e que não podem ser explicados por uma outra doença ou diagnóstico alternativo.

A maior parte dos casos de covid-19 obtém melhora dentro de poucos dias a algumas semanas. Por isso, a OMS considera covid longa sintomas que surgem ou persistem após três meses do início da doença. Já a duração dessa condição é variável, podendo persistir por alguns meses ou até mais de um ano.

Existe diferença entre covid longa e pós-covid?

Essa é uma dúvida recorrente da população. De fato, a covid-19 é uma doença que está sendo muito investigada, e terminologias e definições mudam constantemente, à medida que os estudos científicos são realizados.

O termo pós-covid vinha sendo aplicado às sequelas e danos corporais deixados após a infecção pelo coronavírus, enquanto a covid longa era associada à persistência de sintomas semelhantes aos encontrados na fase aguda da doença.

Atualmente, a OMS e outros órgãos governamentais, como o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), definiram que os termos pós-covid e covid longa são equivalentes e abrangem  sintomas/sequelas persistentes ou recorrentes mesmo depois da recuperação da doença.

Quais os principais sintomas?

Em geral, alguns dos sintomas podem ser semelhantes aos apresentados durante a fase aguda da covid-19. No entanto, outras manifestações também já foram relatadas, existindo uma variabilidade grande de pessoa para pessoa quanto ao tipo do sintoma e sua intensidade.

Os principais sintomas incluem:

  • cansaço que interfere na rotina diária;
  • problemas respiratórios, como falta de ar ou dificuldade para respirar;
  • tosse persistente;
  • dores musculares;
  • perda de olfato ou paladar;
  • febre;
  • problemas de memória ou concentração.

É muito comum, em quem apresenta sinais pós-covid, ter dificuldade em realizar atividades do dia a dia ou manifestar piora dos sintomas após esforço ou atividade física. 

A covid-19 pode prejudicar outras partes do organismo além do sistema respiratório, como o coração. Os vasos sanguíneos são afetados pelo vírus SARS-CoV-2, o que poderia explicar problemas cardiovasculares persistentes apresentados por pacientes com histórico de infecção.

Além disso, sequelas neurológicas também são relatadas como uma característica da covid longa. Dificuldade de concentração, ansiedade ou depressão, distúrbios do sono, perda de memória e dores de cabeça são alguns dos sintomas neurológicos mais comuns.

Qual a gravidade das sequelas pós-covid?

A gravidade dos sintomas apresentados na pós-covid pode variar. Algumas pessoas manifestam sintomas leves, embora persistentes. Por outro lado, outras pessoas podem apresentar um quadro clínico mais grave, podendo, inclusive, comprometer tarefas do cotidiano.

Entender quais fatores são determinantes para a gravidade dos sintomas ainda é um desafio. Até o momento, estudos apontam que idosos possuem maior risco de desenvolver complicações preocupantes, assim como pacientes com comorbidades ou que apresentaram a forma grave da covid-19.

Crianças também podem ser afetadas pela covid longa?

As crianças possuem uma menor propensão a desenvolver covid-19, quando comparadas aos adultos. Portanto, é esperado que desenvolvam menos a covid longa.

No entanto, algumas podem enfrentar sintomas persistentes. Atualmente, não existem dados concretos quanto ao número de crianças afetadas pela covid longa ou em relação à gravidade dos sintomas apresentados. Mesmo com poucas informações disponíveis, especialistas alertam que é preciso ter cautela e fazer o acompanhamento médico adequado.

Quais as causas da covid longa?

Apesar dos esforços dos cientistas para entender a covid-19 e para o desenvolvimento de vacinas eficazes, ainda há muito a descobrir.

Com relação à covid longa não é diferente. Existem diversas hipóteses que tentam explicar a persistência dos sintomas nos pacientes, mas a causa real ainda é incerta.

A falta de ar e a tosse persistentes podem ocorrer devido aos danos provocados pelo vírus nos pulmões, por exemplo. O vírus da covid-19 também consegue infectar o cérebro, causando um processo inflamatório danoso ao sistema nervoso central, o que aumenta a chance de sequelas neurológicas. É o que os cientistas passaram a chamar de “névoa mental”, que pode ocasionar problemas de concentração e de memória.

O cansaço pode ter relação com a musculatura afetada pelo SARS-CoV-2, resultando em danos, fraqueza, inflamação nas fibras musculares e fadiga. Além disso, outros fatores também contribuem para o desenvolvimento dos sintomas prolongados, como fatores psicológicos relacionados à própria pandemia.

Existem estudos em curso que investigam a persistência do vírus em algumas pessoas. Normalmente, o vírus é eliminado do organismo quando o doente se cura. Mas, há casos em que partes dele podem permanecer no corpo por mais de seis meses. Isso pode desencadear um sinal de alerta que causa um processo inflamatório no paciente, gerando sintomas persistentes.

Outro ponto a ser considerado é que a covid-19 enfraquece o sistema imunológico, o que torna o corpo mais vulnerável a infecções por outros microrganismos oportunistas, como o vírus Epstein Barr. Grande parcela da população possui esse vírus “adormecido” no corpo, sem causar sintomas. Com a queda da resposta imunológica, ele poderia ser reativado e responsável por parte dos sintomas da covid longa, como a fadiga exacerbada, entre outros.

Fatores de risco

Acredita-se que existam alguns grupos de pessoas que possam ser mais suscetíveis a desenvolver a covid longa, tais como:

  • pessoas acometidas pela covid-19 em sua forma mais grave, especialmente em casos de hospitalização ou de cuidados intensivos;
  • pessoas que possuem outras doenças, principalmente doenças crônicas;
  • pessoas com obesidade ou sobrepeso;
  • não vacinados.

É necessário ressaltar que qualquer pessoa que tenha sido infectada pelo coronavírus pode ter a covid longa, mesmo pessoas que tiveram doença leve ou assintomática. Aspectos sociais também podem ser incluídos como fatores relevantes, como a dificuldade de obter assistência médica, níveis de pobreza, entre outros. Para isso, pesquisas adicionais estão sendo realizadas para entender com mais profundidade os fatores que aumentam as chances de desenvolver a covid longa.

Existe tratamento para a covid longa?

Não existem medicamentos específicos para a covid longa. A recomendação é procurar auxílio médico para monitoramento e tratamento dos sintomas de forma individualizada.

A OMS acredita que as prioridades em relação à covid longa sejam pesquisas que visem definir os sintomas clínicos. Assim, será possível caracterizar com mais precisão os casos e desenvolver estratégias terapêuticas mais eficazes para melhorar a saúde e a qualidade de vida dos pacientes.

As vacinas ajudam na prevenção?

De fato, uma das melhores maneiras de prevenção da covid longa é evitar a contaminação pelo vírus da covid-19. Isso inclui se vacinar e seguir as medidas sanitárias recomendadas para evitar a infecção e disseminação da doença.

Mas, mesmo para pessoas vacinadas, há o risco (embora mais baixo) de contrair a doença. Para essas pessoas, a vacina pode representar também uma arma para prevenir sintomas persistentes.

Alguns estudos concluídos e outros em andamento sugerem que as vacinas ajudam a diminuir as chances de desenvolver a covid longa. Um recente estudo realizado no Reino Unido demonstrou que a administração de uma única dose da vacina já foi suficiente para diminuir cerca de 12% a incidência de covid longa, principalmente em sintomas relacionados à perda de olfato, paladar e insônia. 

Após a segunda dose, os resultados foram ainda melhores: houve melhora do nível de proteção, pelo menos durante o período de acompanhamento de 67 dias, com diminuição dos relatos de fadiga e dores de cabeça.

Esses dados demonstram que a vacinação pode ajudar na redução dos casos de covid longa, embora seja necessário um tempo maior de acompanhamento dos pacientes para chegar a conclusões definitivas.

A importância dos testes de covid-19 para identificação da covid longa

A covid longa e a pós-covid são termos equivalentes e que significam a persistência de sintomas e sequelas após três meses da covid-19. Mas, antes de se preocupar com a covid longa, é preciso atentar-se aos sintomas da covid-19 e, em caso de apresentar algum, deve-se realizar os exames para o diagnóstico. 

Como não existem testes laboratoriais para a covid longa, o diagnóstico da covid-19, em sua fase aguda, é fundamental para que a equipe médica possa identificar, acompanhar e direcionar o tratamento adequado dos sintomas da covid longa. 

Portanto, se você está com sintomas, realize o teste de covid-19. Com isso, ficará mais fácil identificar se você possui ou não a covid longa. Ainda tem dúvidas quanto aos tipos de testes e quando realizá-los? Então, confira nosso conteúdo sobre testes de diagnóstico para a covid-19. Nesse texto, você encontrará o guia completo sobre as principais opções disponíveis hoje no Brasil.

Referências: 

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Desai, A. D., Lavelle, M., Boursiquot, B. C., & Wan, E. Y. (2022). Long-term complications of COVID-19. American Journal of Physiology-Cell Physiology, 322(1), C1-C11.

Hu, B., Guo, H., Zhou, P., & Shi, Z. L. (2021). Characteristics of SARS-CoV-2 and COVID-19. Nature Reviews Microbiology, 19(3), 141-154.

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Gripe ou covid? Entenda os sintomas de cada doença! https://blog.sabin.com.br/covid-19/gripe-ou-covid-como-diferenciar-os-sintomas/ https://blog.sabin.com.br/covid-19/gripe-ou-covid-como-diferenciar-os-sintomas/#respond Thu, 31 Mar 2022 20:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br//?p=1397 Diante de alguns sintomas gripais, muitos pacientes têm tido dúvidas se estão com gripe ou covid-19, tendo em vista que os sinais e as formas de transmissão das duas doenças são bastante semelhantes.  Contudo, por não saberem diferenciar os dois problemas, muitos deixam de dedicar a atenção e os cuidados necessários para tratar a covid-19. […]

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Diante de alguns sintomas gripais, muitos pacientes têm tido dúvidas se estão com gripe ou covid-19, tendo em vista que os sinais e as formas de transmissão das duas doenças são bastante semelhantes. 

Contudo, por não saberem diferenciar os dois problemas, muitos deixam de dedicar a atenção e os cuidados necessários para tratar a covid-19. Com isso, a chance de contaminarem outras pessoas se torna maior, dificultando ainda mais o controle da disseminação do coronavírus.

Conversamos com a Dra. Luciana Rodrigues Pires de Campos, médica infectologista e responsável técnica pela área de vacinas da unidade de São José dos Campos do Sabin, a fim de esclarecer as principais diferenças entre gripe e covid-19. Confira!

O que é gripe?

A gripe é uma enfermidade provocada por um vírus do tipo Influenza, que gera infecção no sistema respiratório e causa sintomas diversos que podem se manifestar com intensidades diferentes em cada pessoa. Os principais são:

  • dor no corpo;
  • febre;
  • coriza;
  • cefaleia;
  • cansaço;
  • mal-estar;
  • tosse seca.

Em alguns casos, quando os sintomas da gripe não são cuidados da maneira apropriada, a doença pode sofrer um agravamento e evoluir para uma pneumonia. Entre os principais sintomas de alerta, estão falta de ar, confusão mental, dor torácica, tosse e febre persistentes e sonolência.

O que é covid-19?

A covid-19 é uma infecção respiratória aguda provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, que apresenta alta transmissibilidade, é potencialmente grave e de distribuição global. 

Os pacientes infectados pelo vírus podem ser assintomáticos ou apresentar quadros leves, moderados, graves ou críticos. À exceção dos casos assintomáticos, os principais sinais da covid-19 são:

  • em casos leves, são comuns sintomas variados como dor de garganta, tosse, coriza, diarreia, febre, calafrios, cefaleia, mialgia, seguidos ou não de anosmia (perda do olfato) e ageusia (perda do paladar);
  • em casos moderados, as pessoas podem apresentar sinais leves da doença até a piora progressiva de outros sintomas relacionados, como prostração, perda de apetite e pneumonia sem sinais de gravidade;
  • os casos graves evoluem comumente para Síndrome Respiratória Aguda Grave, com a presença de dispneia, saturação de oxigênio abaixo de 94% e desconforto respiratório;
  • os casos críticos podem evoluir para Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo, e os sintomas são septicemia, insuficiência respiratória grave, disfunção de múltiplos órgãos e outros que podem levar à necessidade de suporte respiratório e internação em Unidades de Terapia Intensiva.

Quais são as semelhanças entre essas duas doenças?

As duas doenças são comumente transmitidas por gotículas e aerossóis. Dessa forma, o indivíduo acaba se infectando quando entra em contato com uma pessoa já infectada pelo vírus. 

Embora a chance seja menor, também é possível se infectar por meio de contato com superfície contaminada. Esse tipo de transmissão ocorre, por exemplo, quando um indivíduo toca um local ou objeto após tossir sobre as mãos e, em seguida, outra pessoa toca a mesma superfície e leva a própria mão aos olhos, nariz ou boca.

Quais são as diferenças entre a gripe e a covid-19?

Já que ambas podem causar, entre outros sintomas semelhantes, febre, dor de cabeça, tosse e dor no corpo, apenas testes laboratoriais específicos podem assegurar o diagnóstico. Em relação aos sintomas, é possível observar sinais mais agressivos de febre alta, prostração e dor no corpo logo no início dos casos de gripe. A covid-19, por outro lado, costuma ser menos agressiva no início, mas os sintomas tendem a ser mais prolongados.

Em quaisquer cenários, é preciso dedicar atenção especial aos grupos de risco. Na gripe, são os menores de dois anos, os idosos e as gestantes. Na covid-19, embora seja mais difícil apontar os grupos suscetíveis a um agravamento do caso, é preciso manter cuidados especiais com os pacientes com algum tipo de cardiopatia ou pneumopatia, além de indivíduos com obesidade, diabetes ou hipertensão.

Para facilitar ainda mais a sua compreensão, compilamos pontos-chave de comparação entre os dois conceitos, bem como os principais sintomas da gripe e da covid-19. Confira!

Como é feito o diagnóstico de cada doença?

O diagnóstico da gripe é feito através da pesquisa do vírus da gripe pela técnica de RT-PCR em amostras de swab de nasofaringe. Existem vários painéis no mercado – desde os mais simples, em que é feita distinção entre influenza A e B, até mais detalhados, que conseguem identificar entre influenza A sazonal, A H1N1 e B. O exame deve ser realizado logo nos primeiros 3 dias de sintomas.

Assim como a gripe, o teste padrão-ouro para diagnóstico de covid-19 é também a pesquisa do vírus pela técnica RT-PCR. Este exame deve ser realizado, preferencialmente, entre o terceiro e o sétimo dia de sintomas, ou após contato com alguém que testou positivo para a doença.

Outro exame preconizado para diagnóstico é a pesquisa de antígeno de SARS-CoV-2 através de swab de nasofaringe. Neste caso, a técnica utilizada é outra: a imunocromatografia.

Como são os tratamentos dessas doenças?

No caso da gripe, a maior parte das pessoas vai atravessar o ciclo da doença sem problemas graves. Pacientes do grupo de risco, como crianças menores de dois anos, idosos e pessoas com doenças crônicas podem receber a prescrição médica de medicação que reduz o número de dias de sintomas. De modo geral, todos os acometidos pela gripe devem investir em repouso, hidratação e alimentação saudável.

Ainda não há um tratamento específico para a covid-19, por enquanto. Com o avanço da vacinação, a maior parte das pessoas enfrentará a doença sem agravamento do quadro, enquanto uma menor parte pode demandar internação em caso de falta de ar, queda de saturação e febre persistente, por exemplo.

Vale ressaltar que o isolamento social é uma das principais medidas indicadas para evitar que o paciente infectado pela covid-19 transmita a doença a outras pessoas. Além disso, a vacina tem sido uma das melhores formas de evitar a gripe e a covid-19, bem como as complicações de ambas as doenças.

Quais são as medidas de prevenção?

O uso de máscaras, sobretudo em ambientes fechados, com pessoas ao redor e sem o distanciamento adequado, é crucial. Também é preciso evitar aglomerações, higienizar as mãos com frequência — principalmente ao tocar interruptores, corrimãos e demais superfícies. Para fazer essa higienização, você pode usar álcool em gel ou água e sabão.

Você também pode utilizar a etiqueta da tosse, que envolve ações como não tossir com a palma da mão e, em vez disso, direcionar a boca para o cotovelo. Ou, ainda, cobrir a boca com um lenço de papel e, em seguida, descartar esse lenço e higienizar as mãos.

No caso de identificar qualquer sintoma, é importante evitar contato com outras pessoas e pensar no bem-estar e segurança coletivos.

Agora que você já sabe como diferenciar os principais sintomas e desdobramentos da gripe ou covid-19, lembre-se de que pacientes com sintomas gripais leves não devem procurar hospitais. Em vez disso, recomenda-se que busquem atendimento em Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ou mesmo através de consultas por telemedicina.

Indivíduos que apresentarem falta de ar, persistência da febre por mais de cinco dias e idosos que evoluam com confusão mental, por sua vez, devem procurar o serviço hospitalar. Vale destacar, ainda, a importância da testagem em quaisquer casos, que deve ser realizada em Unidades Básicas de Saúde, centros de testagens, laboratórios ou redes de farmácia.

Achou este artigo interessante? Então, aproveite sua visita para saber mais sobre a importância da vacinação e como os imunizantes agem no organismo!

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Testes diagnósticos para covid-19: o guia Sabin https://blog.sabin.com.br/covid-19/testes-diagnosticos-para-covid-19/ https://blog.sabin.com.br/covid-19/testes-diagnosticos-para-covid-19/#respond Thu, 16 Sep 2021 12:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br//?p=1099 Os testes para covid-19 são excelentes ferramentas diagnósticas para diferenciar um quadro de covid-19 de uma gripe comum, algo essencial para direcionar corretamente o tratamento a ser adotado. Desde a detecção do primeiro contágio pelo SARS-CoV-2 no Brasil, os testes avançaram bastante e a evolução é contínua. Como afirma o PhD Gustavo Barra, coordenador de […]

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Os testes para covid-19 são excelentes ferramentas diagnósticas para diferenciar um quadro de covid-19 de uma gripe comum, algo essencial para direcionar corretamente o tratamento a ser adotado.

Desde a detecção do primeiro contágio pelo SARS-CoV-2 no Brasil, os testes avançaram bastante e a evolução é contínua. Como afirma o PhD Gustavo Barra, coordenador de pesquisas do Grupo Sabin, que participou do desenvolvimento do teste molecular que diagnosticou a paciente zero no Centro-Oeste brasileiro, o começo foi uma “época de muitas incertezas em relação ao vírus e de poucas ferramentas que tínhamos”.

De lá para cá, “surgiram outros tipos de testes moleculares não baseados em RT-PCR” e, com o surgimento de novas variantes, “somos obrigados a garantir que o ensaio não perca sua capacidade diagnóstica por meio do monitoramento das alterações no genoma do vírus”.

O cenário, quando se trata de testes de covid-19, é de ampla variedade de metodologias, e é natural que surjam dúvidas sobre como funcionam cada um dos testes e qual é o ideal para cada situação. Pensando nisso, neste conteúdo, explicamos as principais opções disponíveis e o que significa fazer o teste certo, no momento certo. É só seguir a leitura!

A importância dos testes diagnósticos no combate à covid-19

Além de auxiliar no direcionamento do tratamento, identificar o agente causador da doença auxilia também na adoção de medidas de proteção e distanciamento social, que evita a contaminação de mais pessoas.

Os resultados dos testes constituem uma excelente forma de fornecer às autoridades sanitárias um panorama da extensão da contaminação na população, dando um norte mais adequado às decisões que precisam ser tomadas para conter um possível avanço da doença, especialmente frente ao surgimento de novas variantes do vírus.

Sem a testagem, qualquer estratégia de controle da covid-19 fica prejudicada, o que, potencialmente, pode impactar na disseminação em larga escala da doença. Quanto maior o número de testes por milhão de habitantes, menor a quantidade de mortes causadas pelo coronavírus. Em parte, isso se deve também ao diagnóstico precoce e rápidas intervenções terapêuticas, que impedem o agravamento da doença e o surgimento de complicações de saúde.

Diagnóstico molecular para covid-19

Os testes moleculares são aqueles que detectam a presença de material genético do SARS-CoV-2 em amostras de secreções das vias respiratórias superiores dos pacientes sintomáticos. A seguir, descreveremos em maiores detalhes os principais testes moleculares utilizados no diagnóstico da covid-19.

RT-PCR

O RT-PCR é um teste molecular que identifica o ácido ribonucleico, ou seja, o material genético do vírus. A coleta é feita por meio de um swab — um cotonete, na linguagem popular — que retira amostras de secreções das vias respiratórias superiores do paciente. Ficou muito conhecido pelas hastes que são inseridas nas narinas. A amostra é levada para um laboratório para fazer a amplificação do material genético do vírus. É um teste que não exige qualquer tipo de preparo específico ou jejum.

A ideia é simples: se o material genético do vírus é encontrado, significa que a pessoa teve contato com o coronavírus, uma vez que as vias respiratórias são sua porta de entrada. Entretanto, como lembra Gustavo Barra:

“[O RT-PCR] não vai detectar proteínas virais, nem anticorpos contra o vírus (…) não permite detectar infecções pregressas pelo vírus, mas sim que o vírus está ali e agora”.

Conforme explica o Dr. Rafael Jácomo, médico e diretor técnico do Grupo Sabin, em virtude da sua precisão, o RT-PCR é o padrão-ouro, ou seja, “o exame ideal a ser realizado”. Segundo Gustavo Barra, isso se deve “à sua capacidade superior em relação a outros tipos de testes diagnósticos de distinguir se um indivíduo está com o vírus ou não, em um tempo de infecção relativamente precoce”. Ele acrescenta que o “RT-PCR é muito sensível, então, pouco material genético do vírus é necessário para um resultado positivo”. “Ele é, também, muito específico, pois é direcionado para sequências de ácidos nucleicos que só ocorrem no genoma do SARS-CoV-2, então, as reações cruzadas com outros vírus e patógenos são muito raras”.

Para que o resultado seja satisfatório, é preciso que a quantidade de vírus na amostra seja além do limite mínimo que o exame consegue detectar. Por isso, o médico explica que é necessário atenção para não aplicar o “teste muito precocemente, momento em que não há carga viral suficiente na amostra”, de modo que o vírus não seja detectado. É preciso, portanto, aplicar o exame mais adequado em cada ocasião.

Por outro lado, a aplicação do teste em um momento muito tardio também pode ser um problema, uma vez que “as defesas imunológicas já [terão] eliminado a maioria das cópias virais do organismo”, podendo seu resultado não ser detectado.

É importante destacar a vantagem do RT-PCR em relação a outras metodologias de testes moleculares, que também detectam o RNA do SARS-CoV-2: eles não são tão sensíveis quanto o RT-PCR.

PCR Express

Assim como no caso do RT-PCR, o PCR Express é uma metodologia que detecta o material genético do vírus. Esse teste, também disponível no Sabin, é feito por meio de secreção coletada via swab, apresentando um resultado mais rápido. O diagnóstico pode ser entregue on-line ao cliente a partir de 2 horas da coleta. Mais comodidade e segurança na hora de sua testagem, certo?

Evidentemente, o fato de ser um teste rápido não compromete a eficiência do exame. Como esclarece o Dr. Rafael Jácomo:

“Sempre que falamos de sensibilidade do teste, estamos comparando com o PCR clássico. Esse teste, do PCR Express, tem uma sensibilidade entre 97% e 98% em relação ao RT-PCR”.

Ou seja, mesmo sendo teoricamente uma pequena margem percentual de menor exatidão, é quase tão eficiente quanto. Além disso, outros fatores que vão além da urgência tornam o diagnóstico rápido muito vantajoso, mesmo que o grau de sensibilidade seja levemente menor. Por exemplo, se um paciente apresenta quadro fortemente sugestivo de que possa estar com covid-19, e o resultado dá negativo, a realização de um teste mais apurado pode ser necessária. Caso contrário, o PCR Express atenderá a uma boa parcela dos casos.

RT-PCR Saliva

Assim como os demais PCRs, esse exame analisa a presença do vírus no organismo. Seu diferencial consiste na garantia de maior conforto ao paciente e facilidade na coleta — basta apenas 1,5 ml de saliva e não é invasivo. Dessa maneira, é ideal para indivíduos que têm dificuldades com a coleta pelo swab, crianças e idosos.

Qual o momento certo para realizar os diferentes testes moleculares?

É importante que o exame mais adequado seja realizado no momento certo. Por exemplo, exames que detectam a presença do vírus são mais eficientes no período em que a carga viral é alta.

Diante disso, recomenda-se que os testes moleculares (RT-PCR, PCR Express e RT-PCR Saliva) sejam realizados nos primeiros 10 dias do surgimento dos sintomas, preferencialmente nos primeiros sete dias.

Minipainel Respiratório

O Minipainel Respiratório é realizado pela mesma metodologia do RT-PCR, com a diferença de que ele identifica outros três vírus, além do SARS-CoV-2, em uma mesma coleta: influenza A (incluindo H1N1), influenza B e o vírus sincicial respiratório (VSR).

Com a normalização pós-pandemia do convívio social, a circulação de outros tipos de vírus passa a ser maior na população. Entre os vírus que afetam o sistema respiratório, os principais são os da influenza e o vírus sincicial respiratório, que podem apresentar quadros clínicos graves em determinadas populações vulneráveis, sendo os sintomas iniciais muito parecidos com os da covid-19.

O exame é indicado para qualquer pessoa que apresente sintomas relacionados a um quadro viral respiratório, principalmente idosos, que podem apresentar casos graves de influenza, e crianças menores de dois anos, que, além da influenza, podem desenvolver casos graves devido à infecção pelo vírus sincicial respiratório.

Os perigos do vírus sincicial respiratório

O VSR atinge as crianças, especialmente bebês prematuros no primeiro ano de vida, mas não somente elas. Idosos, imunodeprimidos, pessoas com doenças crônicas ou cardíacas também fazem parte da população bastante impactada pela doença, que se desenvolve de forma rápida e pode levar a quadros graves que exigem internação (às vezes, até mesmo em UTI).

O VSR é um dos principais agentes de infecções respiratórias, acometendo sobretudo os brônquios e os pulmões. “A doença é altamente contagiosa, há evidências de que todas as crianças de até três anos de idade já entraram em contato com o vírus, mesmo sem desenvolvê-lo de maneira grave. Ele é mais frequente no período entre maio e setembro, uma doença sazonal, e sua infecção progride muito rapidamente. Por isso, é tão importante seu diagnóstico e tratamento precoces”, alerta a infectologista Ana Rosa dos Santos, consultora de imunização do Sabin Diagnóstico e Saúde.

Com sintomas iniciais semelhantes e muito comuns nessa época do ano, as doenças respiratórias podem se agravar por falta de tratamento adequado em sua fase inicial. Os sintomas iniciais podem ser negligenciados, e a automedicação ainda é um recurso muito utilizado para tratar esses sintomas gripais quando percebidos. “Muitas vezes, a pessoa acha que não é nada sério e se automedica. Somente quando o quadro se agrava, é que ela busca por um médico para o diagnóstico adequado. Pode ter relação com a demora na busca por suporte clínico adequado”, alerta a médica.

Por que realizar o Minipainel Respiratório?

No Boletim INFOGripe da Fiocruz, consta o crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em 19 dos 27 estados do país, entre janeiro e abril de 2023, sendo que 35,9% dos casos positivos para vírus respiratórios correspondiam ao VSR.

Buscar o diagnóstico correto é uma medida eficaz para garantir o tratamento adequado e reduzir as chances de agravamento. Para apoiar o diagnóstico, já existem testes que com uma única amostra são capazes de identificar qual vírus respiratório está presente no organismo, como o Minipainel Respiratório oferecido pelo Sabin.

“O painel fornece um quadro ampliado de possibilidades para que o médico possa indicar o tratamento mais adequado, sinalizando, inclusive, a presença de mais de um vírus no organismo, um quadro que tem se tornado cada vez mais comum nos últimos tempos”, explica Ana Rosa.

O Minipainel Respiratório pode ser realizado a partir do primeiro dia de sintomas, enquanto eles ainda estiverem presentes, e a coleta pode ser realizada por swab nasal ou a partir de 1,5 ml de saliva. Crianças com dificuldades em expelir a saliva terão auxílio de um profissional para a coleta do material. A sucção será realizada por meio de uma seringa, sem agulha e de forma indolor.

É importante reforçar que, além do diagnóstico rápido e preciso, é fundamental adotar medidas preventivas, especialmente durante o período de frio, como a higienização frequente das mãos e a vacinação contra gripe e covid-19.

Como lidar com o falso-negativo e positivo?

Como nos lembra o PhD Gustavo Barra, “todo exame diagnóstico tem resultados falso-positivos e falso-negativos”. Com os testes para covid-19, isso não é diferente.

O estudo “Resultados da covid-19 falso-positivos: problemas e custos ocultos”aponta para algumas das consequências que falso-positivos podem gerar na rotina de médicos e pacientes: cirurgias canceladas ou adiadas, perdas financeiras decorrentes do isolamento social, medo de infectar outros, superestimação da incidência da doença e desorientação das políticas públicas.

As causas desse tipo de variabilidade são muitas. Como mencionado, testes realizados precipitadamente ou no momento errado podem motivar esses equívocos. No entanto, devemos ressaltar que há um conjunto bastante rigoroso de controles de qualidade adotados para mitigar o problema. Esse tipo de monitoramento é essencial para garantir a precisão dos exames diagnósticos.

Gustavo Barra destaca “as certificações de qualidade que os laboratórios possuem” como uma “garantia que o paciente tem de que seu exame foi executado seguindo regras preestabelecidas… [Os] órgãos certificadores auditam os processos dos laboratórios e toda a qualidade da execução dos exames é avaliada e certificada”.

Nesse contexto, a interpretação do resultado deve ser vista de um modo abrangente, contemplando o momento em que foi realizado, os dados epidemiológicos e clínicos e a avaliação médica.

Como interpretar resultados dos testes diagnósticos para covid-19?

Como afirma Gustavo Barra, “todo resultado de teste diagnóstico deve ser interpretado no contexto da probabilidade pré-teste de doença”. Assim, ele acrescenta que, “para a covid-19, a avaliação de probabilidade pré-teste inclui sintomas, histórico médico anterior de covid-19 ou presença de anticorpos, qualquer exposição potencial ao SARS-CoV-2 e a probabilidade de um diagnóstico alternativo”.

Para esclarecer esse tipo de interpretação, o Dr. Rafael Jácomo exemplifica com duas situações diferentes. Uma pessoa em isolamento, sem sintomas, que faz um exame de PCR porque precisa fazer uma viagem, cujo resultado dá negativo. É muito provável que esse seja o resultado correto. Por outro lado, digamos que uma pessoa teve contato com alguém com covid-19 e apresenta sintomas respiratórios, tosse e falta de ar, porém, o resultado do teste também é negativo. Nesse caso, o contexto indica o contrário.

Logo, o teste de covid-19 é mais um elemento nas mãos do médico para determinar um diagnóstico. Os profissionais avaliam diversas nuances para chegar a uma conclusão, para o resultado do exame ter um impacto real para o paciente. É por isso que o médico é sempre o profissional indicado para fazer a interpretação do teste. Tal premissa está de acordo com as conclusões de um estudo intitulado “Eficácia dos testes para detectar a presença do vírus SARS-CoV-2 e anticorpos ao SARS-CoV-2 para informar o diagnóstico covid-19: uma rápida revisão sistemática”.

Ainda conforme a pesquisa: “As estimativas de precisão diagnóstica devem ser interpretadas tendo em vista a ausência de um padrão de referência definitivo para diagnosticar ou excluir a infecção por covid-19. Mais evidências são necessárias sobre a eficácia dos testes fora dos ambientes hospitalares e em casos leves ou assintomáticos”.

Será que as mutações do SARS-CoV-2 podem afetar os resultados dos testes de covid-19?

Para entender melhor essa relação entre mutação genética e testes laboratoriais, Dr. Rafael Jácomo explica que a mutação pode ocorrer de diversas maneiras: quebra do material genético que se junta a outro material ou a duplicação de parte do material que se une dentro do próprio gene.

Ao passo que ele se replica, é normal que ocorram erros na cópia do seu genoma. Dependendo do tipo de alteração genética que ocorre, o vírus pode ter melhores condições de sobreviver ou mesmo desaparecer.

Alguns vírus sofrem mutações rápidas que exigem, por exemplo, que diferentes vacinas sejam aplicadas a cada ano, como ocorre no caso do vírus da influenza. Ele é diferente do vírus do sarampo, que não exige vacinas distintas. Todo esse mecanismo é natural, é uma forma que o vírus tem para se adaptar a diferentes circunstâncias.

Testes de covid-19 que buscam o material genético do vírus, como o PCR, estão avaliando uma pequena sequência do genoma. Amplificam esse pedaço do gene e, se ele for semelhante ao que se espera para aquele tipo de organismo, o teste é positivo. Mas como isso poderia afetar o teste?

Para que o teste fosse comprometido pela mutação, a alteração deveria ocorrer exatamente naquele pedaço amplificado pelo teste. As mutações conhecidas até hoje não abrangem essas sequências avaliadas pelos testes disponíveis comercialmente.

Alguns estudos afirmam que a variante do Reino Unido se ligaria mais facilmente às células, o que poderia gerar uma resposta imunológica diferente. Isso gerou alguns questionamentos em relação ao comportamento dos testes sorológicos. Contudo, como explica o Dr. Jácomo, tudo isso ainda é especulação, pois “não existe nenhuma evidência de que os testes existentes até o momento não consigam detectar as variantes até o momento descritas”.

E como disse Gustavo Barra, no início deste texto, “somos obrigados a garantir que o ensaio não perca sua capacidade diagnóstica, por meio do monitoramento das alterações no genoma do vírus”. Assim, os testes de covid-19 hoje praticados pelos melhores laboratórios seguem como ferramentas muito eficientes nas mãos da medicina para o fechamento de diagnóstico e prescrição de tratamentos.

É inegável que os diversos tipos de testes de covid-19, cada um com sua aplicação e contexto, são ferramentas indispensáveis no combate ao coronavírus. Os resultados dos testes, porém, não fornecem uma resposta definitiva em qualquer diagnóstico. Ainda cabe ao médico a responsabilidade de indicar o teste no momento certo e de avaliar os resultados para garantir a eficiência do atendimento e posterior monitoramento ou tratamento.

Concorda que é importante fornecer informações claras e exatas sobre a covid-19? Então, contribua para a maior transparência e circulação de conteúdos de qualidade sobre o tema, compartilhando este blog post em suas redes sociais!

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

Jarrom D, Elston L, Washington J, Prettyjohns M, Cann K, Myles S, Groves P. Effectiveness of tests to detect the presence of SARS-CoV-2 virus, and antibodies to SARS-CoV-2, to inform COVID-19 diagnosis: a rapid systematic review. BMJ Evid Based Med. 2022 Feb;27(1):33-45. doi: 10.1136/bmjebm-2020-111511

Surkova E, Nikolayevskyy V, Drobniewski F. False-positive COVID-19 results: hidden problems and costs. Lancet Respir Med. 2020 Dec;8(12):1167-1168. doi: 10.1016/S2213-2600(20)30453-7

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Teste de Anticorpos Neutralizantes: descubra como funciona e para que serve https://blog.sabin.com.br/covid-19/teste-de-anticorpos-neutralizantes/ https://blog.sabin.com.br/covid-19/teste-de-anticorpos-neutralizantes/#respond Fri, 27 Aug 2021 21:06:21 +0000 https://blog.sabin.com.br//?p=1078 A pandemia de covid-19 pegou todos de surpresa. Ao final de 2019, ninguém imaginava que o ano seguinte seria marcado por cenários que antes só eram vistos em filmes, e essa acabaria se tornando a realidade à qual tivemos que nos adaptar. O desenvolvimento das vacinas e a sua aplicação na população trazem a esperança […]

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A pandemia de covid-19 pegou todos de surpresa. Ao final de 2019, ninguém imaginava que o ano seguinte seria marcado por cenários que antes só eram vistos em filmes, e essa acabaria se tornando a realidade à qual tivemos que nos adaptar. O desenvolvimento das vacinas e a sua aplicação na população trazem a esperança de que, em breve, tudo voltará ao normal.

Apesar disso, ainda há um longo caminho a ser percorrido. Por isso, os cuidados com o uso da máscara e do álcool em gel, além do distanciamento social, devem continuar! E, claro, a realização de uma vacinação e testagens eficazes.

Nesse contexto, o Teste de Anticorpos Neutralizantes pode ser um grande aliado no combate à covid-19. Não sabe do que estamos falando? Então, confira tudo o que o Dr. Rafael Jácomo, diretor técnico do Grupo Sabin, tem a nos dizer sobre o assunto!

O que são anticorpos neutralizantes?

O termo “anticorpos” se refere a uma classe de moléculas produzidas pelas células de defesa de nosso organismo. Em outras palavras, eles são uma espécie de “arma” que o nosso corpo tem para combater doenças.

Portanto, os anticorpos neutralizantes são aqueles que neutralizam as ameaças causadoras de doenças, como os vírus.

O que é o Teste de Anticorpos Neutralizantes?

De acordo com o Dr. Rafael:

“O Teste de Anticorpos Neutralizantes clássico é utilizado em estudos clínicos de vacinas para avaliar se o indivíduo que foi vacinado apresentou uma resposta imune que iniba a ligação entre o vírus e a célula do hospedeiro.”

Assim, esse teste clássico é utilizado no processo de desenvolvimento da vacina. Ou seja, os voluntários recebem a vacina e, depois de um tempo, fazem o Exame de Anticorpos Neutralizantes para verificar se criaram uma resposta imunológica contra a doença.

E quanto ao Teste de Anticorpos Neutralizantes oferecido pelo Grupo Sabin?

O exame disponível no Grupo Sabin é igualmente eficaz, mas funciona de maneira diferente. Enquanto o usado no desenvolvimento das vacinas depende do vírus vivo, o nosso analisa a combinação entre uma proteína do coronavírus e outra do paciente.

Segundo o Dr. Rafael:

“Normalmente, as proteínas do vírus interagem para que ele possa entrar na célula. Da mesma forma que no teste clássico, esse exame serve para avaliar se há um bloqueio da ligação entre elas e as proteínas do paciente.”

Caso o bloqueio seja positivo, significa que o paciente desenvolveu uma resposta imune ao coronavírus.

Quais são as etapas, normalmente, utilizadas para testar a efetividade de uma vacina?

Esse é um teste feito em três etapas. Confira um pouco mais sobre elas a seguir:

  • na primeira etapa, são selecionadas células vivas;
  • na segunda, é feita a introdução do vírus vivo no ambiente laboratorial;
  • na última, é adicionado o soro sanguíneo do paciente a ser testado.

Em outras palavras, o que ocorre é: em um ambiente laboratorial, os profissionais imitam as reações que acontecem dentro do nosso organismo quando entramos em contato com o vírus.

Nas primeiras etapas, ele apresenta células saudáveis ao componente viral. Depois, entra com o soro do paciente vacinado, para verificar se há ou não um combate ao vírus.

No teste do Sabin, as etapas envolvem apenas as proteínas do vírus e do paciente analisado. Por isso, segundo o Dr. Rafael, ele é mais simples — mas não menos eficiente!

O exame é totalmente automatizado, e o resultado sai em cerca de 1 dia. Para realizá-lo, o paciente não precisa estar em jejum. Nenhum preparo extra é necessário e o teste é feito a partir da coleta de uma amostra de sangue.

Como o resultado é interpretado?

Ao se testar o soro de uma pessoa que não tem a resposta imune, observa-se uma ligação, quase que direta, entre as proteínas do vírus e do indivíduo, diferentemente daqueles que já têm a resposta imunológica, que terão essa ligação bloqueada. Isso sinaliza que houve resposta à vacina.

O Dr. Rafael explicou, ainda, que os resultados aparecem em porcentagens. Ou seja: quanto maior, melhor! Um resultado de 100% seria o ideal, enquanto os pacientes que pontuaram abaixo de 20% não desenvolveram uma resposta imune adequada.

Lembrando que nem sempre esse exame assegura a falta de sucesso na imunização. Isso porque há outros tipos de resposta imunológica, como a das células T, que não são detectadas com o Teste de Anticorpos Neutralizantes.

Para quem o teste é recomendado?

Veja, agora, as indicações para o teste de anticorpos neutralizantes.

Pessoas que acham que tiveram covid

Teve os sintomas de covid, não conseguiu fazer nenhum teste e por isso não sabe se, realmente, teve covid? Os seus exames de PCR e teste rápido não foram conclusivos? Então, esse exame é ideal para você, pois ele demonstrará se você tem anticorpos e assim, que teve contato com o vírus.

Pessoas que se vacinaram e querem saber sobre os anticorpos

Outro uso desse teste é como um exame pós-vacina, ou seja: foi vacinado e quer saber se produziu anticorpos?

O Teste de Anticorpos Neutralizantes dirá se você realmente desenvolveu uma resposta imune contra a covid-19.

Lembrando que, para fazer o teste, você precisa aguardar cerca de 30 dias após o término dos sintomas ou do esquema de vacinação (válido tanto para as duas doses de CoronaVac, Pfizer e AstraZeneca como para a dose única da Janssen).

Quais são as vantagens?

Algumas das vantagens do Teste de Anticorpos Neutralizantes são:

  • é rápido, com resultados que saem em cerca de 24 horas;
  • não requer preparo específico;
  • é feito apenas com uma amostra simples de sangue.

Por quanto tempo os anticorpos neutralizantes da covid-19 permanecem no organismo?

Como a covid-19 é uma doença nova, ainda não se sabe muito sobre a duração da ação dos anticorpos neutralizantes no organismo. Para termos essa resposta, ainda precisamos estudar muito e acompanhar os pacientes que foram vacinados ou tiveram a doença.

Por que optar pelo Sabin para a testagem?

O Grupo Sabin alia tecnologia e tradição. Atuamos no mercado há mais de 30 anos e contamos com uma série de certificações nacionais e internacionais, como a do Colégio Americano de Patologistas (CAP).

O objetivo do Sabin é fazer Medicina Diagnóstica sem complicações, trazendo um atendimento humanizado aliado ao que há de mais moderno no setor, com uma ampla relação dos exames!

Quais são as orientações contra a covid?

Mesmo que a vacinação esteja avançando, não custa lembrar que ainda é preciso manter as medidas de prevenção ao coronavírus. As principais são:

  • manter o uso de máscaras em locais abertos e fechados;
  • completar o protocolo vacinal, tomando a segunda dose do imunizante;
  • evitar aglomerações;
  • sempre que possível, lavar as mãos com água e sabão ou higienizá-las com álcool gel.

Com essas medidas, evitamos não só o contágio de novas pessoas, mas também o surgimento de variantes.

Gostou de conhecer mais sobre o Teste de Anticorpos Neutralizantes e suas funções? Converse com o seu médico de confiança sobre a necessidade de realizar esse exame e conte com o Sabin para o que for necessário!

Aproveite que está aqui para conferir o post de nosso blog em que abordamos outros exames para a avaliar a imunidade!

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Entenda as mutações do coronavírus e saiba se proteger https://blog.sabin.com.br/covid-19/mutacoes-do-coronavirus/ https://blog.sabin.com.br/covid-19/mutacoes-do-coronavirus/#respond Tue, 03 Aug 2021 19:42:11 +0000 https://blog.sabin.com.br//?p=848 É natural que, a cada surgimento de uma nova variante do coronavírus, voltem também algumas dúvidas. Pensando nisso, vamos esclarecer o que significa a mutação de um vírus, quais os possíveis impactos para a sua vida e como se proteger diante disso. O que é a mutação de um vírus? As mutações dos vírus são […]

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É natural que, a cada surgimento de uma nova variante do coronavírus, voltem também algumas dúvidas. Pensando nisso, vamos esclarecer o que significa a mutação de um vírus, quais os possíveis impactos para a sua vida e como se proteger diante disso.

O que é a mutação de um vírus?

As mutações dos vírus são um evento natural e até esperado dentro da evolução desses microrganismos. É assim, por exemplo, que, a cada ano, devemos tomar uma nova dose de vacina contra a gripe, uma vez que os vírus se transformam e podem ficar mais ou menos resistentes.

Na prática, a mutação de um vírus é comum principalmente naqueles que contêm ácido ribonucleico (RNA) como material genético — inclusive, esse é o caso do SARS-CoV-2. 

Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios, ou seja, necessitam do “maquinário” de outras células para poderem se replicar. Para a mutação acontecer, o vírus precisa estar dentro de um hospedeiro, como o homem ou outros animais, que comprovadamente já hospedaram o coronavírus — entre eles, porcos, gatos e morcegos. A partir de então, o material genético desse vírus começa a ser replicado, mas nem sempre a sequência genética é copiada perfeitamente, e é natural que aconteçam erros durante o processo. 

Grande parte das mutações não causa nenhuma modificação expressiva nos vírus. Entretanto, o acúmulo de mutações faz com que ele se diferencie do original. Quanto mais mutações ocorrerem, maiores são as chances disso acontecer, tratando-se de uma questão de probabilidade.

Dependendo de onde essa falha no genoma é processada, o vírus perde a capacidade de sobreviver, enfraquecendo bastante, ou ganha mais força para seguir se replicando e propagando doenças.

O maior perigo é quando essas mutações geram proteínas de superfície no vírus, que neutralizam ou enganam nosso sistema imunológico, o que demanda mais atenção.

Para fazer o acompanhamento evolutivo do vírus, a Organização Mundial da Saúde (OMS) os classifica como variantes de preocupação, variantes de interesse ou variantes sob monitoramento.

É importante destacar que é absolutamente normal que um vírus sofra mutações, e isso, por si só, não deve ser motivo para pânico. A seguir, vamos explicar detalhadamente como ocorrem as mutações do vírus SARS-CoV-2.

Como foram descobertas as mutações do coronavírus?

O SARS-CoV-2 apresenta uma estrutura muito simples, cujo material genético está localizado no interior do vírus. Logo nos primeiros meses da pandemia, os cientistas já tinham decifrado todo o genoma do novo coronavírus.

Funciona assim: o material genético é envolto por um escudo de diversos tipos de proteínas, em que uma delas — a proteína Spike (S) — liga-se aos receptores de algumas células humanas e consegue invadi-las. Por isso, ela também é o principal alvo das vacinas contra o vírus, que estimulam a produção de anticorpos antiproteína S.

Externamente, o vírus também é protegido por uma cápsula de lipídios, que melhora tanto sua capacidade de sobreviver no meio quanto de invadir as nossas células. As variantes são vírus com uma ou mais mutações, quando comparados ao material genético dos primeiros coronavírus identificados.

Pela importância da proteína S, os pesquisadores e as agências de saúde de todo o mundo vigiam o surgimento de mutações que alteram sua estrutura. Por exemplo, a mudança de alguns aminoácidos, na proteína S, pode fazer com que o coronavírus se ligue melhor aos receptores das nossas células. Assim, teremos motivos para ligar um alerta.

Apesar de a maioria das variantes não alterar as características dos vírus ou da doença causada por eles, sempre que uma nova variante do coronavírus é identificada, também são investigados alguns aspectos considerados importantes para a relação do vírus com o hospedeiro. São eles:

  • Transmissibilidade — velocidade e capacidade de transmissão. Seu aumento pode ser provocado por mutações que melhoram a capacidade de sobrevivência do vírus no ambiente externo, aumentando o poder de ligação com os receptores celulares, a quantidade de vírus nas secreções respiratórias ou o período no qual uma pessoa o transmite para outras;
  • Antigenicidade — interação do nosso sistema imunológico com o vírus. Uma variante pode levar a uma produção mais fraca de anticorpos, podendo resistir aos anticorpos naturais ou ser estimulada pelas vacinas;
  • Patogenicidade — capacidade de causar danos ao organismo. As mutações podem aumentar a capacidade do vírus de provocar um quadro clínico mais grave; 
  • Virulência — intensidade dos danos provocados. Uma mutação pode fazer com que o corpo reaja mais fortemente, ou que o vírus se multiplique com muito mais eficácia, podendo levar a uma maior destruição e a uma doença mais grave.

A vigilância epidemiológica das mutações do SARS-CoV-2

Para identificar as variantes, os cientistas coletam material respiratório de doentes, de pessoas saudáveis e de outros animais. Se o vírus for encontrado nessas amostras, ele terá seu genoma codificado em laboratório.

A partir da identificação de uma nova variante, inicia-se a investigação do impacto que ela tem sobre o adoecimento de uma população. Para tanto, são analisados os seguintes fatores:

  • Redução da antigenicidade — maiores taxas de reinfecção ou de covid-19 em pessoas já vacinadas;
  • Aumento da transmissibilidade — maiores taxas de transmissão ou de reprodução do vírus;
  • Aumento da patogenicidade — maior frequência de pessoas com sintomas de covid-19 ou surgimento de novos sintomas;
  • Aumento da virulência — maiores taxas de óbitos por covid-19, de internação ou de evolução para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Onde e quais mutações foram identificadas?

Como existem, continuamente, muitos estudos sobre as mutações do SARS-CoV-2, dezenas de variantes já foram identificadas. Vamos falar sobre as que são citadas com mais frequência.

Variante ômicron

No final de 2021, uma variante surgiu com força nos noticiários e entre os membros do mundo científico: a ômicron. A primeira identificação foi feita na África do Sul, mas sua origem é incerta.

A variante ômicron tem um sequenciamento genético um pouco diferente do que é observado em outras variantes. Por essa razão, é difícil determinar de onde ela surgiu e quais foram suas variantes “maternas”. Alguns estudiosos afirmam que ela pode, até mesmo, ter se desenvolvido dentro de outras espécies e, depois, migrado para os seres humanos.

Atualmente, a ômicron é considerada a variante dominante no mundo. Devido à transmissão sustentada, os vírus que fazem parte do complexo ômicron começaram a evoluir, levando ao surgimento de subvariantes, que apresentam diferentes mutações genéticas e dominaram o mundo em pouco tempo.

A ômicron continua sendo estudada e monitorada por cientistas. O que se sabe, até agora, é que essa variante é mais transmissível quando comparada às outras formas de covid-19. Apesar disso, estudos mostram que é provável que a ômicron seja menos perigosa para os pulmões, e é possível que ela cause menos casos graves do que outras subdivisões do vírus. Por outro lado, os sintomas gerados são ainda mais semelhantes aos da gripe, o que dificulta e atrasa o diagnóstico.

Abaixo, explicamos melhor as características das subvariantes da ômicron e suas linhas descendentes.

Subvariantes JN.1 e JN.3

Detectadas, pela primeira vez, no Brasil, no final de 2023, as subvariantes JN.1 e JN.3 foram as responsáveis pelo aumento no número de casos de covid-19, especialmente no estado do Ceará. Contudo, não há registro de sintomas diferentes dos já observados anteriormente, tampouco essas subvariantes representam alguma ameaça à saúde pública, até o momento.

Subvariante EG.5

Relatada pela primeira vez em fevereiro de 2023, a EG.5 foi classificada como variante sob monitoramento no mês de julho, passando ao status de variante de interesse em agosto, devido à avaliação de risco apresentada.

Entretanto, o risco oferecido para a saúde pública global ainda é considerado baixo, apesar da maior prevalência de casos. Até o momento, não há evidências de maior gravidade dessa variante.

Subvariante XBB.1.16

Em janeiro de 2023, surgiu, na Índia, a subvariante XBB.1.16, também conhecida como “Arcturus”. No Brasil, o primeiro caso foi registrado no mês de maio, em São Paulo.

Inicialmente considerada uma variante sob monitoramento, passou a ser classificada como uma variante de interesse a partir de abril, e é recombinante de duas versões da BA.2. 

Uma das manifestações clínicas mais comuns observada na XBB.1.16 está relacionada à ocorrência de conjuntivite, principalmente em crianças. Além dos sintomas já conhecidos, como tosse seca, febre, dor de cabeça, entre outros.

Subvariante XBB.1.5

Uma das mais de 300 linhagens da ômicron, a subvariante XBB.1.5 é recombinante de duas sublinhagens BA.2. e evoluiu da XBB.

Identificada no Brasil no início de 2023, a XBB.1.5 tem como principal característica maior escape imunológico em relação às linhagens anteriores. Contudo, apesar da maior facilidade de se espalhar, não há evidência de que ela seja mais grave do que as demais.

Subvariante BE.9

No Brasil, a subvariante BE.9 foi identificada em novembro de 2022, no Amazonas, por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Derivada da subvariante BE.5, acredita-se que a BE.9 seja capaz de gerar reinfecção de forma semelhante à BQ.1. 

Subvariante BQ.1

A subvariante BQ.1 é uma linhagem da ômicron derivada da subvariante BA.5. Ela foi identificada, em território brasileiro, em outubro de 2022, também no Amazonas.

Com relação à gravidade e aos sintomas, não há grandes diferenças quando comparada à variante ômicron original. Os principais sintomas incluem dor de cabeça, tosse, febre, dor de garganta, cansaço, perda de olfato e paladar.

As mutações presentes na BQ.1 estão relacionadas à proteína S, que permite que o vírus infecte as nossas células. Uma dessas mutações (especificamente, a mutação R346T) parece ser a responsável pela capacidade do vírus de “driblar” o sistema imunológico. 

Variante delta

Conhecida também por B.1.617.2 e descoberta na Índia, no fim de 2020, a variante delta tem a alta transmissibilidade como um dos principais sinais clínicos. Tanto que o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) chegou a considerá-la quase tão transmissível quanto a catapora.

Na ocasião de sua propagação, a delta provocou grande alerta na população, fazendo os governos reforçarem as medidas de segurança e diminuírem as flexibilizações que já aconteciam. Fato necessário, afinal, um estudo escocês mostrou que essa variante fez crescer casos que demandaram internação no país.

A variante delta foi a responsável por uma grande parcela dos casos de covid-19 no ano de 2021, mas sua importância no cenário atual diminuiu devido à predominância da ômicron e suas sublinhagens. 

Outras variantes ao redor do mundo

Dezenas de outras variantes foram encontradas aqui no Brasil e em outros países. Entre elas, podemos citar:

As variantes podem interagir entre si e realizar trocas de parte do material genético, originando uma nova versão híbrida. É possível acompanhar melhor a evolução das linhagens do SARS-CoV-2, acessando a Rede Genômica da Fiocruz.

Como se proteger?

Embora a OMS tenha decretado, em maio de 2023, o fim da emergência global de saúde causada pela covid-19, o status de pandemia permanece exigindo cuidados para evitar o surgimento de novas mutações e frear a disseminação do vírus.

Não custa reforçar a manutenção das recomendações já conhecidas pela população, tais como: os cuidados com a higienização de mãos; o uso de máscaras, em caso de sintomas respiratórios; e o distanciamento físico, se apresentar sinais sugestivos de covid-19.

Além das medidas de prevenção acima, a principal delas merece destaque: a vacinação, que representa o caminho para o controle efetivo da pandemia. Mais pessoas imunizadas fazem com que o vírus encontre dificuldades para se multiplicar e se espalhar para outros organismos.

Vacina bivalente

É importante ressaltar que a vacina bivalente permanece sendo a principal forma de prevenção contra as formas graves da covid-19 e sua cobertura abrange todas as subvariantes da ômicron em circulação.

O Brasil vem, desde fevereiro de 2023, intensificando a campanha de imunização, com o objetivo de aumentar a cobertura vacinal da população. O Movimento Nacional pela Vacinação oferece a vacina bivalente a todas as pessoas a partir de 18 anos. Entretanto, deve-se frisar que, para receber o reforço da bivalente, é necessário ter completado o esquema vacinal com os imunizantes monovalentes, respeitando o intervalo de quatro meses da última dose.

Não deixe de tomar as doses de reforço! Elas são fundamentais, uma vez que, com o passar do tempo, a resposta imunológica tende a diminuir e a nova imunização serve para aumentar a efetividade da prevenção. Fique atento ao calendário vacinal e impeça a manifestação das formas graves da doença.

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Conheça os cuidados na volta às aulas presenciais https://blog.sabin.com.br/covid-19/volta-as-aulas-presenciais/ https://blog.sabin.com.br/covid-19/volta-as-aulas-presenciais/#respond Tue, 20 Jul 2021 15:25:16 +0000 https://blog.sabin.com.br//?p=830 O debate — muitas vezes acalorado — sobre a volta às aulas presenciais atravessou toda a pandemia da covid-19. De toda forma, o momento é, efetivamente, de retorno de alunos, professores e funcionários às aulas presenciais e não podemos esquecer que a pandemia, infelizmente, ainda não acabou. Sendo assim, continua sendo necessário manter cuidados para […]

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O debate — muitas vezes acalorado — sobre a volta às aulas presenciais atravessou toda a pandemia da covid-19. De toda forma, o momento é, efetivamente, de retorno de alunos, professores e funcionários às aulas presenciais e não podemos esquecer que a pandemia, infelizmente, ainda não acabou.

Sendo assim, continua sendo necessário manter cuidados para evitar a transmissão do vírus. As famílias devem estar atentas se a escola está seguindo todos os protocolos recomendados e precisa fazer a parte dela na prevenção.

Como ainda existem muitas dúvidas sobre isso, preparamos este artigo para esclarecer as principais. Tivemos a contribuição da Dra. Andréa Jácomo, pediatra, presidente do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade de Pediatria do Distrito Federal e membro da Diretoria da Sociedade de Pediatria do Distrito Federal.

Acompanhe este texto até o fim para conferir as instruções da especialista para o retorno às aulas presenciais.

Quais normas as escolas devem seguir e como avaliar o protocolo da escola?

Quando a pandemia começou, tudo era uma grande novidade. Agora, está mais claro como funciona a dinâmica da covid-19 e o que se caracteriza como um risco de contaminação. Com isso, foi observado que é possível a volta às aulas presenciais de forma segura. Um dos motivos é o menor potencial que as crianças têm de transmitir o coronavírus.

“Hoje em dia, a gente já sabe que as crianças transmitem menos quanto menores elas são. O risco de transmissão aumenta de acordo com a faixa etária, assim, existe uma maior transmissão entre adolescentes, que já vão transmitir como os adultos”, explica a especialista.

Além disso, a maioria das crianças que contrai covid-19, quando isso acontece desenvolve uma forma leve da doença. Ainda assim, não podemos ignorar que o risco existe. Portanto, na volta às aulas presenciais, todas as escolas precisam seguir normas para garantir a segurança de todos. 

Para ter certeza de que seu filho estará seguro, observe quais são os protocolos adotados pela escola. O Ministério da Educação lançou um Guia de Implementação de Protocolos de Retorno das Atividades Presenciais nas Escolas de Educação Básica. Nele, as medidas recomendadas não são muito diferentes daquelas já conhecidas:

  • uso obrigatório da máscara por todos;
  • distanciamento de no mínimo 1 m;
  • não compartilhar objetos de uso pessoal;
  • higienizar constantemente as mãos e os punhos.

Outras medidas importantes para um retorno seguro são:

  • aferição diária da temperatura;
  • orientação e suporte às crianças quando for necessário tirar a máscara;
  • nas escolas para crianças pequenas que ainda precisam de colo, a professora deve estar usando um avental descartável.

Em relação ao protocolo, cada escola deve elaborar seu plano de retorno seguindo as orientações da Secretaria de Educação à qual está vinculada. Além disso, é preciso que esse retorno respeite a estrutura e a capacidade de cada instituição.

Andréa reforça que, embora o mínimo exigido de distanciamento seja de um metro, o ideal é que seja mantido 1,5 a 2 m entre cada criança. As turmas devem estar adequadas para o cumprimento dessa norma.

“Cada escola vai ter o seu protocolo de divisão da turma em bolhas, em colmeia ou em revezamento, com uma parte da turma em casa, no online, e a outra no presencial, de acordo com sua demanda”, explica a especialista.

Então, vale buscar referências em órgãos competentes e verificar as exigências para a volta às aulas presenciais em cada região. Em seguida, fazer um comparativo com as medidas adotadas pela escola consultando o protocolo que ela adotou, a fim de identificar se está adequado.

Quais as regras para os alunos?

Para os alunos, a regra principal é seguir os protocolos da escola. Como a testagem para covid-19 não está acessível para todos, o ideal é, antes de aderir à volta às aulas presenciais,observar a ocorrência de sintomas.

Crianças e adolescentes sintomáticos ou que tiveram diagnóstico positivo devem permanecer afastados da escola por 14 dias. Aqueles que tiverem acesso ao teste precisam respeitar algumas regras antes de retornar às aulas, conforme explica a pediatra.

“A criança que contrai a covid-19 e deixa de apresentar sintomas, se o teste estiver negativo após o quinto dia sem sintomas, poderia voltar para a escola, a partir do décimo dia. Isso ajuda a diminuir o absenteísmo escolar, mas o mais seguro ainda são os 14 dias de espera”.

Quando há casos positivos na família, ainda que a criança esteja assintomática, não é recomendado que compareça às aulas presenciais. Conforme explicado, o ideal é manter o isolamento por pelo menos 14 dias.

O uso da máscara é indispensável para permanecer no ambiente escolar. No mais, cabe às famílias orientar sobre as medidas preventivas e a importância de respeitar aquilo que for estabelecido pela escola.

5 cuidados e orientações para os pais nessa volta às aulas presenciais

Muitos pais estão inseguros com a volta às aulas presenciais, mas esse retorno tem um impacto positivo no desenvolvimento das crianças e dos adolescentes, em especial no segundo caso, por causa do comportamento grupal.

Quanto aos menorzinhos, de até 3 anos de idade, a pediatra explica que ir à escola não é uma necessidade. Nessa fase, a interação se dá por meio de brincadeiras, pois elas estão em um momento de neurodesenvolvimento. Logo, recebendo os estímulos corretos dentro de casa, não haverá prejuízos para a sua formação.

Para os demais, é importante adotar cuidados e dar orientações para que a volta às aulas presenciais seja tranquila. Veja algumas sugestões importantes.

1. Colocar álcool em gel na mochila

O álcool em gel 70% deve fazer parte do dia a dia na escola. A instituição deve disponibilizá-lo, mas os pais também precisam garantir que seus filhos tenham o produto na mochila. É essencial ensinar o modo correto de usar e alertar sobre a importância de não brincar com o produto, pois o uso inadequado oferece risco para a segurança e para a saúde.

2. Falar sobre não trocar máscaras com os colegas

Andréa alerta sobre a importância de conversar com as crianças sobre o uso individual da máscara, para que elas se adaptem, usem da maneira correta e não exista o risco de fazerem trocas porque a do colega é mais bonita, por exemplo.

A especialista conta que muitas crianças conseguem se adaptar na faixa dos 2 aos 6 anos. Entre os 6 e os 10 fica mais fácil ensinar porque elas já entendem e seguem regras. Para os adolescentes, é ainda mais tranquilo, mas, ainda assim, é preciso reafirmar de forma constante a recomendação.

3. Explicar sobre não compartilhar lanche com amigos

O compartilhamento de lanches é bastante comum na escola, mas, neste momento de pandemia, é um hábito que não pode ser cultivado e é muito importante que os pais alertem os filhos para que não exista o risco de contribuírem com a circulação do vírus.

4. Ensinar boas práticas de higiene para o momento

Se os adultos já tinham dúvidas e dificuldades quanto às boas práticas de higiene, imagine crianças e adolescentes. Eles precisam de orientação sobre como fazer essa higiene e em quais momentos ela é necessária. Mais uma vez, é importante ensinar sobre o uso do álcool em gel, o manuseio de objetos e da máscara.

5. Adotar medidas de higiene ao chegar em casa

Para complementar os cuidados, algumas medidas de higiene devem ser adotadas assim que o estudante chegar em casa. As roupas devem ser trocadas todos os dias e é importante tomar banho antes de realizar qualquer outra atividade.

Como medida complementar, vale manter o calendário de vacinação em dia e, assim que estiver disponível a vacina contra covid-19, comparecer à unidade de saúde para a imunização. 

Também é interessante manter a imunidade em dia para a volta às aulas presenciais. A pediatra recomenda medidas básicas, como dormir bem, adotar uma alimentação saudável e abandonar o sedentarismo. Em caso de dúvidas ou se a criança tiver alguma condição especial, é fundamental consultar um médico antes de aderir ao retorno.

Como nesse momento observar os sintomas da covid-19 é fundamental, confira neste outro artigo quais são os mais comuns para ter atenção com a saúde dos seus filhos e a sua.

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Como surgiu o coronavírus? Veja o que se sabe sobre a origem do vírus https://blog.sabin.com.br/covid-19/como-surgiu-o-coronavirus/ https://blog.sabin.com.br/covid-19/como-surgiu-o-coronavirus/#respond Thu, 20 May 2021 19:41:12 +0000 https://blog.sabin.com.br//?p=798 Os últimos meses foram únicos em toda a nossa sociedade: uma pandemia modificou completamente a forma como as pessoas se relacionavam, como o trabalho era realizado e até mesmo mexeu com as prioridades de cada um de nós. Essas mudanças têm um ponto em comum: o vírus SARS-CoV. Mas, afinal, você sabe como surgiu o […]

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Os últimos meses foram únicos em toda a nossa sociedade: uma pandemia modificou completamente a forma como as pessoas se relacionavam, como o trabalho era realizado e até mesmo mexeu com as prioridades de cada um de nós. Essas mudanças têm um ponto em comum: o vírus SARS-CoV. Mas, afinal, você sabe como surgiu o coronavírus e de que modo ele se espalhou pelo mundo?

Essa é a resposta que todos querem saber, não é mesmo? A verdade, porém, é que existem muitas incógnitas sobre o que realmente aconteceu e como o vírus foi tão poderoso ao redor do globo. Isso não significa que não existam indícios e informações oficiais sobre esse assunto, e é fundamental compreender mais sobre a origem do vírus.

Pensando nisso, reunimos as principais informações sobre o tema para você se atualizar e conseguir entender mais sobre a pandemia. Então, continue a leitura para saber sobre o surgimento do coronavírus e esclarecer as suas dúvidas!

O que é o coronavírus?

O coronavírus é um vírus que pertence a família de vírus que causam infecções respiratórias e conhecida já desde a década de 1960. Normalmente, causam infecções mais leves, mas o SARS-CoV tem um impacto maior em seres humanos, podendo levar a quadros mais graves.

Ele se transmite por meio das gotículas expelidas, quando alguém infectado espirra, tosse ou exala, podendo causar a covid-19. Quem estiver próximo e respirar, por exemplo, pode ser contaminado, assim como se a pessoa tocar em uma superfície contaminada e encostar no rosto em seguida. Normalmente, os sintomas são febre, tosse seca e cansaço. Na maioria dos casos, é possível se recuperar sem tratamentos específicos.

Como surgiu o coronavírus?

A principal pergunta que até agora não foi respondida precisamente é: afinal, como surgiu o coronavírus? As teorias e suposições são as mais variadas, mas não existe nenhuma confirmação oficial.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgou um relatório com as conclusões mais recentes sobre a verdadeira origem do vírus responsável pela pandemia. Confira as conclusões mais importantes da investigação.

Contágio de animal para humano é “possível”

Com fortes evidências embasando essa teoria, a OMS define como “possível” ou “provável” que a maior parte da infecção, pelo coronavírus, em humanos tenha tido a origem em animais. Não se sabe ao certo qual foi a espécie, mas o morcego é uma das possibilidades consideradas, já que sendo um portador com alta carga viral, a transmissão ocorria com facilidade.

Animais intermediando a transmissão

Outra possibilidade levantada pela OMS em seu relatório é de que um outro animal intermediou a infecção do ser humano. Ou seja, um morcego passou para outro animal, como animais silvestres domesticados, e esse transmitiu para o homem. A razão para tal hipótese é porque o vírus encontrado nos morcegos tem algumas diferenças significativas quando comparado àquele que infecta os humanos.

Contaminação por alimentos é “possível”

A contaminação de humanos também pode ter sido causada por alimentos ou até mesmo pelos recipientes em que os alimentos foram armazenados. Uma das razões para essa teoria é a capacidade do vírus em sobreviver em produtos congelados, muito comuns no mercado de Wuhan, na China, o epicentro da pandemia. O documento destaca, mas não pode confirmar tal possibilidade.

“Improvável” que o surgimento seja em laboratório

Um dos pontos esclarecidos pelo relatório da OMS é de que é “extremamente improvável” que a pandemia tenha se iniciado por conta de algum incidente em um laboratório de pesquisa. A entidade já havia descartado a possibilidade de fabricação humana por conta do genoma do vírus e, agora, praticamente descartou as chances do contágio em massa ter se iniciado com um acidente em laboratório.

Quando foram identificados os primeiros sintomas?

Apesar de não sabermos ao certo como surgiu o coronavírus, os primeiros sintomas do SARS-CoV foram identificados em Wuhan, na China, em 31 de dezembro de 2019. Rapidamente, os casos passaram a atingir outros países ao redor do globo, inicialmente no continente asiático.

O país que mais sofreu na região foi o Irã, com mais de 70 mil mortes, de acordo com números da Reuters. Em seguida, a Itália teve uma alta quantidade de contaminados pelo coronavírus em um primeiro momento, alcançando quase 120 mil mortes, desde o início da pandemia.

Aos poucos, a doença foi se espalhando por todo o mundo. Atualmente, a Índia é um dos locais mais impactados, ultrapassando os 200 mil mortos até abril de 2021.

Como chegou ao Brasil?

No Brasil, o primeiro caso foi registrado em fevereiro de 2020, e, segundo um estudo realizado pela Universidade de Oxford, mais de 100 pessoas entraram no Brasil contaminadas pelo vírus. A partir dessa entrada, o SARS-CoV se disseminou por aqui. A origem do vírus presente no Brasil é variada, pois, ele apresenta características similares ao material genético dos vírus encontrados na China, Estados Unidos e Europa.

Ao todo, foram mais de 14 milhões de brasileiros infectados e cerca de 400 mil mortes registradas pelo coronavírus até abril de 2021. Uma das regiões que mais foi impactada pelo vírus foi Manaus, no Amazonas, muito por conta da mutação que o micro-organismo sofreu. Assim, como as mutações identificadas na África do Sul e no Reino Unido, a cepa encontrada em Manaus tem maior potencial de transmissão, e já foi identificada em outras regiões, como em São Paulo.

Quais são as principais medidas de combate ao coronavírus?

As medidas mais eficientes de combate à infecção pelo coronavírus são as utilizadas desde o início da pandemia: uso correto de máscaras, aplicação de álcool em gel sempre que tiver contato com alguma superfície externa e não puder lavar as mãos, distanciamento social, higienização dos ambientes e uma rotina saudável, deixando o sedentarismo de lado e adotando uma alimentação saudável aliada aos exercícios físicos.

Mas a principal solução para combater o coronavírus é, sem dúvidas, a vacinação. O processo iniciado em 2021, na maioria dos países, tem resultados importantes, especialmente em relação à prevenção de casos de doença mais graves.

Entender como surgiu o coronavírus é fundamental para a evolução da sociedade e, é claro, para adotar as práticas mais eficientes no combate à propagação do vírus e suas mutações, seja a partir das atitudes mais simples do dia a dia, seja entendendo como funciona o processo de vacinação. E não se esqueça: em caso de sintomas, procure por um médico.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre como surgiu o coronavírus e a melhor maneira de preveni-lo, o que acha de entender mais sobre os seus sintomas?

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Em meio a uma pandemia, é importante estar sempre alerta aos primeiros sinais da doença — e isso não é diferente com os sintomas da covid-19. Saber identificá-los ainda nas fases iniciais da enfermidade pode ser essencial para um diagnóstico precoce e, consequentemente, para uma melhor recuperação.

Diagnosticar a doença também é importante para que o paciente tome os devidos cuidados para evitar o contágio de outras pessoas. O diagnóstico rápido é um cuidado com nós mesmos e com aqueles que a gente ama; para isso, os testes para a covid-19 são essenciais.

Como sabemos, a contaminação ocorre pelo contato direto com um indivíduo infectado, seja por gotículas salivares, pela respiração ou compartilhando objetos. Os próprios sintomas, como a tosse e os espirros, também facilitam a disseminação do vírus.

Dada a importância do diagnóstico precoce da covid-19, traremos a seguir 6 de seus sintomas mais comuns. Falaremos das diferenças entre eles e sobre quando você deve procurar atendimento médico, caso apresente algum deles. Continue com a gente para saber mais!

Tosse

A tosse é um sintoma comum, com a qual a maioria das pessoas já está habituada. Ela é uma resposta natural do organismo para proteger nossas vias aéreas de partículas ou microorganismos — por isso tossimos, por exemplo, quando engasgamos ou quando estamos resfriados.

No caso da covid-19, a tosse nos ajuda a “expulsar” o vírus e a impedir que ele se aprofunde nos pulmões. Além disso, o vírus também causa um inchaço e inflamação da mucosa respiratória, o que gera um outro estímulo para a tosse.

Na maioria dos casos da contaminação pelo SARS-CoV-2, a tosse é do tipo irritativa e seca, podendo vir acompanhada de secreções. Ela pode persistir por semanas ou meses, mesmo em pessoas que já foram curadas da infecção. Cabe frisar, no entanto, que a tosse geralmente vem acompanhada de outros sintomas na covid-19.

Além de um sintoma, a tosse também é um importante veículo de transmissão do coronavírus: de acordo com um recente artigo publicado no JAMA (Journal of the American Medical Association), as gotículas contidas em uma tosse podem alcançar até 8 metros, carregando consigo o SARS-CoV-2. Por isso, é fundamental o uso de máscaras — que fornecem uma barreira física contra essas gotículas, reduzindo a transmissão.

Embora a tosse seja um sintoma comum da covid-19, ela não é exclusiva dessa doença. Como já mencionamos, ela é um sinal que pode surgir em outras situações, como, por exemplo, em um resfriado comum. Caso você apresente episódios de tosse, o melhor a fazer é procurar um profissional da saúde para avaliar seu quadro atual.

Perda de olfato e paladar

Damos o nome de anosmia e ageusia, respectivamente, para a perda do olfato e do paladar. Esses sintomas se destacam em relação aos demais por serem um pouco mais específicos da covid-19, sendo considerados especialmente úteis no diagnóstico. A perda desses sentidos ocorre porque o vírus afeta as células nervosas ligadas à sensação do cheiro, que também afeta o paladar.

A perda olfativa, na pessoa que está com covid-19, é diferente daquela que acontece durante uma gripe ou um resfriado: ela tende a ser mais severa e repentina, e normalmente não está relacionada à congestão nasal, como nos outros casos.

É importante frisar que tanto a anosmia quanto a ageusia podem ser os únicos sintomas da covid-19. Além disso, eles se destacam por poder permanecer durante meses após a remissão do vírus. Caso seja o seu caso, isso não significa que você ainda está com a infecção, mas que seu corpo ainda está se recuperando dela.

Febre

A febre é caracterizada por uma elevação da temperatura axilar acima dos 37,2ºC. Ela é considerada um sinal clássico de quadros infecciosos, como aqueles causados por bactérias, fungos ou vírus. Outras doenças que podem causá-la são as doenças autoimunes e o câncer.

A febre é um sintoma comum da covid-19, podendo ser prolongada ou intermitente. Portanto, vale a pena ter sempre um termômetro à mão, para os casos em que você sinta uma diferença na temperatura ou sintomas associados à febre — como os calafrios e os “arrepios”.

E cuidado! A febre pode não ser constante e nem sempre estar presente na pessoa infectada pelo coronavírus. Por isso, não é aconselhável confiar apenas naquelas medições que são feitas na entrada de alguns estabelecimentos.

Queixas gastrointestinais

Náuseas, vômitos, diarreia e dores abdominais são sintomas menos comuns na covid-19. Por isso, eles não eram valorizados para o diagnóstico da doença e poderiam, no início da pandemia, passar despercebidos. Atualmente, no entanto, eles já são considerados parte dos critérios diagnósticos da infecção pelo coronavírus — e, por isso, é importante ter atenção a eles.

No entanto, assim como a tosse, as queixas gastrointestinais, não são específicas da covid e são comuns em diversas outras patologias, como as gastroenterites virais e bacterianas e até podem ter origem emocional. Uma característica que pode sugerir outras causas é a presença de elementos anormais nas fezes (como sangue e muco).

Dores musculares

As dores musculares (conhecidas tecnicamente como mialgia) podem ser um dos sintomas da covid-19. Elas ocorrem, principalmente, devido à resposta inflamatória intensa contra o vírus, podendo ser inclusive um sinal de alarme em casos mais graves.

Além de dores nos músculos propriamente ditos, outros locais também podem se apresentar mais doloridos na covid-19. É o caso, por exemplo, das articulações e da dor de cabeça, que também podem estar presentes.

Falta de ar

A falta de ar, também conhecida como dispneia, é caracterizada pela dificuldade de respirar. Como o coronavírus infecta, principalmente, a via aérea, ele pode causar diversas alterações que levam a essa dificuldade. Entre os processos que podem explicá-la estão o acúmulo de secreções na via aérea, microtrombos nos pulmões e a intensa resposta inflamatória do sistema imunológico.

A dificuldade de respirar, cansaço para andar ou fazer qualquer atividade, são sinais que indicam a necessidade de avaliação médica. Por esse motivo, caso você venha a apresentá-los, é importante procurar com urgência o serviço de atendimento mais próximo e buscar assistência o mais rápido possível.

O cenário da pandemia pelo coronavírus gerou alterações significativas em nosso dia a dia. Apesar de ainda termos muito o que aprender sobre os sintomas da covid-19, ter atenção a eles ajuda a nos protegermos e àqueles que nos cercam. Dessa maneira, conseguimos identificar a doença em seus estágios iniciais e tomar as providências.

Cabe ressaltar que as informações disponíveis na internet (incluindo as deste artigo) jamais substituem uma consulta médica. Caso você perceba qualquer um desses sintomas, é recomendada uma consulta a um profissional habilitado para guiar o diagnóstico e o tratamento. Não se esqueça que apenas o exame consegue diferenciar a covid-19 de outras doenças, e que as medidas preventivas devem ser tomadas mesmo antes de seu resultado.

Se você quer se proteger ainda mais, conhecer os testes para a covid-19 é essencial. Saiba mais sobre eles e fique sempre atualizado!

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[INFOGRÁFICO] 7 medidas de prevenção ao Coronavírus que funcionam https://blog.sabin.com.br/covid-19/inforgrafico-7-medidas-de-prevencao-ao-coronavirus/ https://blog.sabin.com.br/covid-19/inforgrafico-7-medidas-de-prevencao-ao-coronavirus/#respond Mon, 05 Apr 2021 14:43:00 +0000 https://blog.sabin.com.br//?p=678 A pandemia ainda não acabou, por isso, precisamos continuar adotando medidas de prevenção ao coronavírus. Veja quais são as principais.

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prevenção coronavírus

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