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Alimentação do lactente: como oferecer uma dieta equilibrada?

Alimentação complementar para o lactente saudável

A alimentação dos bebês é uma preocupação constante para pais e cuidadores, que buscam garantir um desenvolvimento saudável para os pequenos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), recomenda-se a amamentação exclusiva até os seis meses, com complementação até os dois anos de idade.

A alimentação complementar, geralmente iniciada aos seis meses, envolve a introdução de alimentos sólidos ou semissólidos, além do leite materno ou fórmula infantil, para suprir as necessidades nutricionais crescentes do lactente. Bebês que não são amamentados enfrentam maiores riscos nutricionais, reforçando a importância dessa prática.

Neste conteúdo, vamos explicar detalhadamente como introduzir a alimentação complementar de forma segura, com orientações práticas e baseadas em evidências para auxiliar na nutrição equilibrada da criança. Continue lendo e descubra.

Quando iniciar a alimentação complementar do lactente?

Muito mais do que um simples alimento, o leite materno é considerado um “tecido vivo”, rico em substâncias biologicamente ativas, como células imunológicas e anticorpos, que contribuem diretamente para o desenvolvimento saudável do lactente e o fortalecimento do seu sistema imunológico. 

O aleitamento materno está associado a benefícios significativos a curto e longo prazo. A curto prazo, pode reduzir a mortalidade infantil, diminuir a incidência da má oclusão dentária e de doenças diarreicas e respiratórias, bem como das internações hospitalares por doenças respiratórias e otite média aguda. Já a longo prazo, o aleitamento materno encurta os riscos de asma, sibilância, sobrepeso, obesidade, diabetes tipo 2, hipertensão arterial e ainda promove um melhor desenvolvimento neuropsicomotor.

Para as mães, os benefícios também são evidentes, tais como: a prática do aleitamento materno está associada a uma menor incidência de câncer de mama e de ovário; reduz o risco de desenvolver diabetes tipo 2. Esses dados reforçam a importância do aleitamento não apenas para o bebê, mas também para a mãe.

Segundo a OMS e a SBP, a introdução da alimentação complementar deve ocorrer por volta dos seis meses, momento em que o sistema digestivo do bebê está mais preparado para processar alimentos sólidos, uma vez que o leite materno ou a fórmula infantil já não são suficientes para suprir todas as necessidades nutricionais.

Alguns sinais ajudam a identificar que o bebê está pronto para essa transição: a capacidade de sentar-se com apoio; o interesse pela comida dos adultos; e a habilidade de levar objetos à boca. Esses sinais são fundamentais para garantir que a introdução de alimentos seja feita de forma segura e adequada, promovendo o desenvolvimento saudável da criança.

Quais são os alimentos recomendados para o lactente?

A alimentação complementar deve começar com alimentos frescos, minimamente processados e fáceis de digerir. A consistência deve ser ajustada, iniciando com alimentos amassados e, gradualmente, progredindo para pedaços conforme o bebê se adapta. 

É importante oferecer uma variedade de alimentos. Veja abaixo alguns alimentos recomendados.

Essa variedade é necessária para o desenvolvimento do paladar e também para assegurar que o bebê receba todos os nutrientes necessários. Com o início da alimentação complementar, é essencial oferecer água regularmente, pois o leite materno não será mais a única fonte de líquidos para o bebê. Evite oferecer sucos, eles contêm excesso de açúcares e perdem as fibras presentes nas frutas.

Quais alimentos devem ser evitados para o lactente?

A seguir, confira alguns alimentos que devem ser evitados durante a alimentação complementar.

Dicas para pais e cuidadores de lactentes

É comum que o bebê recuse novos alimentos nas primeiras tentativas, e a repetição é determinante para a aceitação. A introdução alimentar é um processo de aprendizado que deve ser conduzido com paciência. Aqui estão algumas dicas!

Cuidados na alimentação da mãe do lactente

A alimentação da mãe durante a amamentação é crucial para garantir a qualidade do leite e a saúde materna. Confira as principais recomendações!

A alimentação complementar é um processo complexo que requer planejamento e acompanhamento, porém é imprescindível para o desenvolvimento saudável do lactente. Com a aplicação das melhores práticas e orientações baseadas em evidências, como as fornecidas pela SBP e OMS, é possível garantir que o lactente receba os nutrientes necessários para seu crescimento e desenvolvimento adequados.

Quer aprender mais sobre a importância da alimentação saudável no desenvolvimento infantil? Preparamos um guia sobre impactos da alimentação saudável no desenvolvimento das crianças. Adote hábitos saudáveis desde cedo!

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

BRASIL. Ministério da Saúde. Guia alimentar para crianças brasileiras menores de 2 anos. Brasília: Ministério da Saúde, 2019. 265 p. 

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Guia Prático de Atualização: Alimentação Complementar para o Lactente Saudável. Departamentos Científicos de Aleitamento Materno, Bioética, Gastroenterologia, Nutrologia e Pediatria Ambulatorial, 2024.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Guia de alimentação e nutrição – versão famílias. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Guia_de_alimentac__a__o_e_nutric__a__o_-_versa__o_fami__lias_compressed.pdf

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