Sabin Por: Sabin
Leitura
12min 36s
OUVIR 00:00
AAA

O hemograma é um exame laboratorial que avalia os componentes do sangue e desempenha um papel muito importante no diagnóstico e monitoramento de diversas condições de saúde.

É um dos exames mais solicitados por médicos em check-ups, avaliações pré-operatórias, diagnósticos de doenças e acompanhamentos terapêuticos, fornecendo informações valiosas sobre a saúde do paciente.

Embora muitas pessoas já tenham ouvido falar sobre hemograma, compreender as informações contidas no exame chega a ser desafiador para a maioria da população. Isso porque os resultados contêm uma série de termos técnicos e números que podem gerar confusão e ansiedade, especialmente quando os índices estão fora dos valores de referência.

Neste conteúdo, vamos explicar o que significam os termos que aparecem no exame e como entender os possíveis resultados, lembrando que a correta interpretação do hemograma deve ser feita sempre por um profissional médico.

O que é o hemograma?

O hemograma é um exame sanguíneo que fornece informações detalhadas e quantificadas dos principais componentes do sangue (hemácias, plaquetas e leucócitos). A utilidade clínica do hemograma é vasta, auxiliando no diagnóstico e monitoramento de diversas condições médicas.

É um exame frequentemente solicitado para fins que variam desde avaliações de rotina até investigações médicas mais complexas, desempenhando um papel essencial no diagnóstico de doenças como anemia, infecções bacterianas, inflamações, distúrbios da coagulação e, até mesmo, certos tipos de câncer, como as leucemias.

O hemograma pode ser dividido na análise da série vermelha (eritrograma), série branca (leucograma) e plaquetas. A seguir, explicaremos em maiores detalhes os elementos analisados no exame.

Eritrograma

O eritrograma é uma parte do hemograma que analisa a quantidade de hemácias, também conhecidas como glóbulos vermelhos. As hemácias são células sanguíneas de formato achatado (como um disco) que contêm grandes concentrações de hemoglobina, cujas funções consistem em transportar oxigênio dos pulmões para os tecidos do corpo e levar dióxido de carbono dos tecidos de volta aos pulmões para ser eliminado.

Além da contagem de hemácias, o eritrograma avalia outros parâmetros sanguíneos importantes, como:

  • Hematócrito: proporção do volume ocupado pelas hemácias em relação ao volume total de sangue;
  • Hemoglobina: proteína presente nas hemácias que transporta o oxigênio para os tecidos;
  • VCM (Volume Corpuscular Médio): utilizado para mensurar o tamanho médio das hemácias;
  • HCM (Hemoglobina Corpuscular Média): calcula o peso médio da hemoglobina presente nas hemácias;
  • CHCM (Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média): avalia a concentração média de hemoglobina nas hemácias. Na prática, tanto o HCM quanto o CHCM ajudam a identificar a quantidade de hemoglobina nas hemácias. Quando elas têm pouca hemoglobina, são classificadas como hipocrômicas; quando tem muita, hipercrômicas; e em concentrações normais, normocrômicas;
  • RDW (Amplitude de Distribuição dos Eritrócitos): mede a variação do tamanho das hemácias.

Leucograma

O leucograma refere-se à avaliação dos leucócitos, conhecidos como glóbulos brancos do sangue. Os leucócitos são células que fazem parte do sistema imunológico, desempenhando funções associadas à proteção do organismo contra infecções e outras ameaças.

Existem vários tipos de leucócitos, cada um com funções específicas, conforme veremos a seguir.

  • Neutrófilos: são os leucócitos mais abundantes, consideradas as células da primeira linha de defesa do sistema imune, recrutadas rapidamente para locais de infecção ou inflamação;
  • Linfócitos: existem dois tipos principais de linfócitos, os linfócitos T e os linfócitos B. Os linfócitos T atuam na resposta imune celular, exercendo papéis importantes no reconhecimento e na destruição de células infectadas, bem como na coordenação da resposta imune. Já os linfócitos B são responsáveis pela produção de anticorpos, proteínas essenciais para a formação da memória imunológica contra microrganismos invasores (vírus e bactérias);
  • Monócitos: são leucócitos maiores que possuem a capacidade de migrar para os tecidos do corpo e se transformar em macrófagos, células especializadas em eliminar microrganismos estranhos ao corpo, como bactérias;
  • Eosinófilos: células importantes na resposta a parasitas envolvidos em reações alérgicas;
  • Basófilos: são menos comuns e também estão envolvidos em reações alérgicas e respostas inflamatórias.

Cada tipo de leucócito atua em uma função específica no sistema imunológico, trabalhando em conjunto para proteger o corpo contra infecções, doenças e outras ameaças. Essas células interagem entre si e com outras células do sistema imunológico para coordenar respostas adaptativas e inatas, garantindo que o corpo possa enfrentar uma variedade de desafios.

Plaquetas

As plaquetas são componentes celulares do sangue que atuam no processo de coagulação sanguínea. Apesar do seu tamanho pequeno, elas têm uma função vital na prevenção de sangramentos excessivos e na reparação de lesões nos vasos sanguíneos, impedindo hemorragias.

Como interpretar os resultados de um hemograma?

A interpretação do hemograma é feita inicialmente comparando os resultados obtidos na amostra do paciente com os valores de referência preestabelecidos. Assim, é possível determinar se os resultados apresentados estão dentro da normalidade ou não.

Esses valores são definidos com base em estudos científicos e nos valores encontrados em 95% da população saudável, considerando também o sexo e a idade. Os outros 5% das pessoas saudáveis podem ter valores do hemograma fora da faixa de referência (acima ou abaixo). A Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) define os valores de referência para os parâmetros avaliados no hemograma conforme o Programa Nacional de Controle de Qualidade.

É importante ressaltar que a correta interpretação e correlação com o quadro clínico apresentado pelo paciente deve ser feita somente por um médico especialista. O hemograma não é um exame que define diagnóstico, mas uma importante ferramenta de rastreio que auxilia na investigação de determinadas condições clínicas.

Portanto, mesmo que haja alterações no exame, o ideal é sempre procurar auxílio médico. Observe quais as principais alterações que podem surgir no hemograma e suas possíveis causas.

Alterações no eritrograma

Em geral, a diminuição na contagem de hemácias pode ser um indicativo de anemia, assim como a diminuição nos valores da hemoglobina e do hematócrito. Por outro lado, o número elevado de hemácias pode ser um indicativo de doenças como a policitemia, enquanto o aumento do hematócrito pode sinalizar que o sangue está mais concentrado, como em condições de desidratação.

Elevação nos valores de VCM indica hemácias maiores do que o normal, o que pode ser uma característica de anemia por deficiência de ácido fólico, por exemplo. Já um VCM reduzido indica hemácias pequenas, como em anemias por deficiência de ferro.

Elevações nos valores de RDW indicam que há uma quantidade maior de hemácias de diferentes tamanhos no sangue. Em conjunto com os valores de VCM, o RDW auxilia na identificação de anemias.

Além dos parâmetros analisados, a forma das hemácias também pode ser um importante indicativo de algumas doenças específicas. Normalmente, as hemácias possuem formato redondo (em forma de disco), no entanto, em condições como a anemia falciforme, o formato muda para algo semelhante a uma foice.

Alterações no leucograma

Alterações na quantidade de glóbulos brancos podem ser indicativos de diferentes condições de saúde. Em quadros de infecções bacterianas, pode ser observado aumento no número de neutrófilos, enquanto em quadros de infecções virais, são os linfócitos que costumam estar em quantidade aumentada.

Aumento no número de monócitos pode indicar infecções virais ou bacterianas, especialmente em casos crônicos. Elevação na contagem de basófilos e eosinófilos está comumente relacionada a processos alérgicos, sendo que a elevação de eosinófilos pode estar associada também a infecções parasitárias.

Em doenças graves, como a leucemia, uma das características a ser observada no leucograma refere-se ao aumento expressivo na contagem total de glóbulos brancos. Essa quantidade altíssima pode vir acompanhada pela presença de células do sistema imune imaturas, como os bastões, precursores dos neutrófilos. A presença dessas células indica doenças relacionadas à medula óssea, local de origem e produção dos leucócitos.

Deve-se enfatizar que essas correlações nem sempre ocorrem na prática clínica. Os resultados obtidos no hemograma devem sempre ser correlacionados com o quadro clínico do paciente e exames complementares.

A realização de atividade física intensa antes da coleta de sangue, por exemplo, é um fator que pode gerar leucocitose (aumento de leucócitos). Sendo assim, o histórico do paciente e o critério médico são cruciais para definir qualquer tipo de diagnóstico.

Alterações nas plaquetas

Trombocitopenia é a denominação para contagens de plaquetas abaixo do normal, podendo refletir dificuldades no processo de coagulação. Já o aumento na quantidade de plaquetas chama-se trombocitose, condição associada ao maior risco de formação de coágulos e desenvolvimento de trombose.

Hemograma precisa de jejum?

Não é necessário jejum alimentar para realizar o hemograma. Entretanto, é bastante comum a solicitação desse exame em conjunto com outras análises laboratoriais que podem necessitar do jejum, como a dosagem da glicemia. Dessa forma, sempre verifique quais exames serão realizados e, caso haja dúvidas, busque informações com o seu médico ou laboratório onde será feita a coleta.

Seguindo essas recomendações, você contribui para o sucesso dos seus exames. Se ainda possui dúvidas sobre análises de sangue, sugerimos a leitura do conteúdo sobre o que é o colesterol e qual a utilidade do exame. E não se esqueça que, além da realização de exames, é fundamental retornar ao médico para que ele possa avaliar os resultados adequadamente e definir o melhor encaminhamento.

Referências:

Mayo Clinic. Complete Blood Count. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/tests-procedures/complete-blood-count/about/pac-20384919 Acesso em: 23/08/2023

PNCQ. Nova tabela de valores de referência hematológicos. Disponível em: https://pncq.org.br/nova-tabela-de-valores-de-referencia-hematologicos/ Acesso em: 23/08/2023

SBAC. Interpretação do Hemograma. Disponível em: https://www.sbac.org.br/cepac/curso/interpretacao-hemograma-2019/  Acesso em: 23/08/2023Sabin. Interpretação do hemograma na prática clínica. Disponível em: https://blog.sabin.com.br/medicos/como-interpretar-o-hemograma/ Acesso em: 23/08/2023

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O que é o hemograma e qual a sua utilidade clínica?; O hemograma é um exame laboratorial que avalia os componentes do sangue e desempenha um papel muito importante no diagnóstico e monitoramento de diversas condições de saúde. É um dos exames mais solicitados por médicos em check-ups, avaliações pré-operatórias, diagnósticos de doenças e acompanhamentos terapêuticos, fornecendo informações valiosas sobre a saúde do paciente. Embora muitas pessoas já tenham ouvido falar sobre hemograma, compreender as informações contidas no exame chega a ser desafiador para a maioria da população. Isso porque os resultados contêm uma série de termos técnicos e números que podem gerar confusão e ansiedade, especialmente quando os índices estão fora dos valores de referência. Neste conteúdo, vamos explicar o que significam os termos que aparecem no exame e como entender os possíveis resultados, lembrando que a correta interpretação do hemograma deve ser feita sempre por um profissional médico. O que é o hemograma? O hemograma é um exame sanguíneo que fornece informações detalhadas e quantificadas dos principais componentes do sangue (hemácias, plaquetas e leucócitos). A utilidade clínica do hemograma é vasta, auxiliando no diagnóstico e monitoramento de diversas condições médicas. É um exame frequentemente solicitado para fins que variam desde avaliações de rotina até investigações médicas mais complexas, desempenhando um papel essencial no diagnóstico de doenças como anemia, infecções bacterianas, inflamações, distúrbios da coagulação e, até mesmo, certos tipos de câncer, como as leucemias. O hemograma pode ser dividido na análise da série vermelha (eritrograma), série branca (leucograma) e plaquetas. A seguir, explicaremos em maiores detalhes os elementos analisados no exame. Eritrograma O eritrograma é uma parte do hemograma que analisa a quantidade de hemácias, também conhecidas como glóbulos vermelhos. As hemácias são células sanguíneas de formato achatado (como um disco) que contêm grandes concentrações de hemoglobina, cujas funções consistem em transportar oxigênio dos pulmões para os tecidos do corpo e levar dióxido de carbono dos tecidos de volta aos pulmões para ser eliminado. Além da contagem de hemácias, o eritrograma avalia outros parâmetros sanguíneos importantes, como: Hematócrito: proporção do volume ocupado pelas hemácias em relação ao volume total de sangue; Hemoglobina: proteína presente nas hemácias que transporta o oxigênio para os tecidos; VCM (Volume Corpuscular Médio): utilizado para mensurar o tamanho médio das hemácias; HCM (Hemoglobina Corpuscular Média): calcula o peso médio da hemoglobina presente nas hemácias; CHCM (Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média): avalia a concentração média de hemoglobina nas hemácias. Na prática, tanto o HCM quanto o CHCM ajudam a identificar a quantidade de hemoglobina nas hemácias. Quando elas têm pouca hemoglobina, são classificadas como hipocrômicas; quando tem muita, hipercrômicas; e em concentrações normais, normocrômicas; RDW (Amplitude de Distribuição dos Eritrócitos): mede a variação do tamanho das hemácias. Leucograma O leucograma refere-se à avaliação dos leucócitos, conhecidos como glóbulos brancos do sangue. Os leucócitos são células que fazem parte do sistema imunológico, desempenhando funções associadas à proteção do organismo contra infecções e outras ameaças. Existem vários tipos de leucócitos, cada um com funções específicas, conforme veremos a seguir. Neutrófilos: são os leucócitos mais abundantes, consideradas as células da primeira linha de defesa do sistema imune, recrutadas rapidamente para locais de infecção ou inflamação; Linfócitos: existem dois tipos principais de linfócitos, os linfócitos T e os linfócitos B. Os linfócitos T atuam na resposta imune celular, exercendo papéis importantes no reconhecimento e na destruição de células infectadas, bem como na coordenação da resposta imune. Já os linfócitos B são responsáveis pela produção de anticorpos, proteínas essenciais para a formação da memória imunológica contra microrganismos invasores (vírus e bactérias); Monócitos: são leucócitos maiores que possuem a capacidade de migrar para os tecidos do corpo e se transformar em macrófagos, células especializadas em eliminar microrganismos estranhos ao corpo, como bactérias; Eosinófilos: células importantes na resposta a parasitas envolvidos em reações alérgicas; Basófilos: são menos comuns e também estão envolvidos em reações alérgicas e respostas inflamatórias. Cada tipo de leucócito atua em uma função específica no sistema imunológico, trabalhando em conjunto para proteger o corpo contra infecções, doenças e outras ameaças. Essas células interagem entre si e com outras células do sistema imunológico para coordenar respostas adaptativas e inatas, garantindo que o corpo possa enfrentar uma variedade de desafios. Plaquetas As plaquetas são componentes celulares do sangue que atuam no processo de coagulação sanguínea. Apesar do seu tamanho pequeno, elas têm uma função vital na prevenção de sangramentos excessivos e na reparação de lesões nos vasos sanguíneos, impedindo hemorragias. Como interpretar os resultados de um hemograma? A interpretação do hemograma é feita inicialmente comparando os resultados obtidos na amostra do paciente com os valores de referência preestabelecidos. Assim, é possível determinar se os resultados apresentados estão dentro da normalidade ou não. Esses valores são definidos com base em estudos científicos e nos valores encontrados em 95% da população saudável, considerando também o sexo e a idade. Os outros 5% das pessoas saudáveis podem ter valores do hemograma fora da faixa de referência (acima ou abaixo). A Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) define os valores de referência para os parâmetros avaliados no hemograma conforme o Programa Nacional de Controle de Qualidade. É importante ressaltar que a correta interpretação e correlação com o quadro clínico apresentado pelo paciente deve ser feita somente por um médico especialista. O hemograma não é um exame que define diagnóstico, mas uma importante ferramenta de rastreio que auxilia na investigação de determinadas condições clínicas. Portanto, mesmo que haja alterações no exame, o ideal é sempre procurar auxílio médico. Observe quais as principais alterações que podem surgir no hemograma e suas possíveis causas. Alterações no eritrograma Em geral, a diminuição na contagem de hemácias pode ser um indicativo de anemia, assim como a diminuição nos valores da hemoglobina e do hematócrito. Por outro lado, o número elevado de hemácias pode ser um indicativo de doenças como a policitemia, enquanto o aumento do hematócrito pode sinalizar que o sangue está mais concentrado, como em condições de desidratação. Elevação nos valores de VCM indica hemácias maiores do que o normal, o que pode ser uma característica de anemia por deficiência de ácido fólico, por exemplo. Já um VCM reduzido indica hemácias pequenas, como em anemias por deficiência de ferro. Elevações nos valores de RDW indicam que há uma quantidade maior de hemácias de diferentes tamanhos no sangue. Em conjunto com os valores de VCM, o RDW auxilia na identificação de anemias. Além dos parâmetros analisados, a forma das hemácias também pode ser um importante indicativo de algumas doenças específicas. Normalmente, as hemácias possuem formato redondo (em forma de disco), no entanto, em condições como a anemia falciforme, o formato muda para algo semelhante a uma foice. Alterações no leucograma Alterações na quantidade de glóbulos brancos podem ser indicativos de diferentes condições de saúde. Em quadros de infecções bacterianas, pode ser observado aumento no número de neutrófilos, enquanto em quadros de infecções virais, são os linfócitos que costumam estar em quantidade aumentada. Aumento no número de monócitos pode indicar infecções virais ou bacterianas, especialmente em casos crônicos. Elevação na contagem de basófilos e eosinófilos está comumente relacionada a processos alérgicos, sendo que a elevação de eosinófilos pode estar associada também a infecções parasitárias. Em doenças graves, como a leucemia, uma das características a ser observada no leucograma refere-se ao aumento expressivo na contagem total de glóbulos brancos. Essa quantidade altíssima pode vir acompanhada pela presença de células do sistema imune imaturas, como os bastões, precursores dos neutrófilos. A presença dessas células indica doenças relacionadas à medula óssea, local de origem e produção dos leucócitos. Deve-se enfatizar que essas correlações nem sempre ocorrem na prática clínica. Os resultados obtidos no hemograma devem sempre ser correlacionados com o quadro clínico do paciente e exames complementares. A realização de atividade física intensa antes da coleta de sangue, por exemplo, é um fator que pode gerar leucocitose (aumento de leucócitos). Sendo assim, o histórico do paciente e o critério médico são cruciais para definir qualquer tipo de diagnóstico. Alterações nas plaquetas Trombocitopenia é a denominação para contagens de plaquetas abaixo do normal, podendo refletir dificuldades no processo de coagulação. Já o aumento na quantidade de plaquetas chama-se trombocitose, condição associada ao maior risco de formação de coágulos e desenvolvimento de trombose. Hemograma precisa de jejum? Não é necessário jejum alimentar para realizar o hemograma. Entretanto, é bastante comum a solicitação desse exame em conjunto com outras análises laboratoriais que podem necessitar do jejum, como a dosagem da glicemia. Dessa forma, sempre verifique quais exames serão realizados e, caso haja dúvidas, busque informações com o seu médico ou laboratório onde será feita a coleta. Seguindo essas recomendações, você contribui para o sucesso dos seus exames. Se ainda possui dúvidas sobre análises de sangue, sugerimos a leitura do conteúdo sobre o que é o colesterol e qual a utilidade do exame. E não se esqueça que, além da realização de exames, é fundamental retornar ao médico para que ele possa avaliar os resultados adequadamente e definir o melhor encaminhamento. Referências: Mayo Clinic. Complete Blood Count. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/tests-procedures/complete-blood-count/about/pac-20384919 Acesso em: 23/08/2023 PNCQ. Nova tabela de valores de referência hematológicos. Disponível em: https://pncq.org.br/nova-tabela-de-valores-de-referencia-hematologicos/ Acesso em: 23/08/2023 SBAC. Interpretação do Hemograma. Disponível em: https://www.sbac.org.br/cepac/curso/interpretacao-hemograma-2019/  Acesso em: 23/08/2023Sabin. Interpretação do hemograma na prática clínica. Disponível em: https://blog.sabin.com.br/medicos/como-interpretar-o-hemograma/ Acesso em: 23/08/2023