Sabin Por: Sabin
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Sentir aquele frio na barriga antes de uma apresentação da escola ou perceber as mãos transpirando em uma entrevista de emprego podem ser reações comuns e até mesmo consideradas normais diante de determinadas situações. Afinal, a ansiedade é uma reação biológica de todo ser humano em momentos de perigo e ameaça.

Mas quando o quadro evolui para falta de ar persistente, insônia frequente ou sensação de pânico, por exemplo, é hora de ligar o alerta: você pode estar sofrendo de transtorno de ansiedade.

Sentir ansiedade faz parte do nosso dia a dia, e é natural quando estamos preocupados com alguma coisa ou na expectativa de algo acontecer, desde que não afete nossa saúde. Ao passar à condição de patologia, a ansiedade prejudica o controle emocional e pode acarretar prejuízos psíquicos e físicos.

Vejamos, a seguir, o que causa o transtorno de ansiedade, como identificar sintomas, diagnóstico e formas de tratamento. Além disso, confira as valiosas dicas que preparamos para quem está vivenciando essa condição.

O que é ansiedade e qual a sua origem?

Quando patológica, a ansiedade é um transtorno mental caracterizado por distúrbios comportamentais associados ao medo ou preocupação extrema e irracional. É uma condição que interfere diretamente nas atividades diárias, chegando a provocar incapacidades funcionais.

O transtorno de ansiedade é o principal problema de saúde mental da atualidade, atingindo cerca de 4% da população em todo o mundo. Nesse cenário global, o Brasil ocupa o primeiro lugar do ranking, afetando mais de 18 milhões de brasileiros, conforme informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), em geral, o transtorno de ansiedade persiste por, no mínimo, seis meses, podendo durar a vida inteira. Apesar de a ansiedade se manifestar em qualquer fase da vida, tem crescido o índice de transtornos de saúde mental na melhor idade. Além disso, estudos comprovam que as mulheres apresentam mais chances de desenvolver transtorno de ansiedade em relação aos homens, em uma proporção de dois para um, aproximadamente.

Principais causas da ansiedade

O transtorno de ansiedade tem origem multifatorial, envolvendo fatores sociais, psicológicos, genéticos, cognitivos, ambientais, entre outros.

O ritmo acelerado da vida moderna, o excesso de informações e o surgimento de novas tecnologias têm trazido exigências cada vez maiores, que impactam diretamente o comportamento humano.

No decorrer da nossa existência, experimentamos diversas situações de ansiedade, preocupação, raiva ou medo, em graus igualmente variados. A ansiedade patológica advém de uma inquietação extrema e crônica, que causa um desequilíbrio físico e emocional. No transtorno de ansiedade, a pessoa não encontra a resposta emocional necessária aos acontecimentos do seu cotidiano, gerando prejuízos em vários âmbitos, quer seja social, profissional ou pessoal.

Como diz Robert Leahy, uma das referências mundiais na psicoterapia, “vivemos a Era da Ansiedade”. Considerada uma doença crônica, a ansiedade patológica é o quadro psiquiátrico mais comum na população e apresenta consequências significativas para a vida do indivíduo.

Fatores genéticos também influenciam o transtorno de ansiedade, de acordo com o Ministério da Saúde (MS). Estima-se que, ao menos, seis variantes genéticas estejam associadas ao desenvolvimento do transtorno.

Efeitos pós-pandemia

Fatores como o isolamento social e a tensão provocada pela pandemia de covid-19 causaram efeitos profundos e duradouros na saúde mental de milhões de pessoas. 

Segundo a OMS, a pandemia aumentou em mais de 25% os casos de ansiedade. As estatísticas também indicam outro fator preocupante: o transtorno de ansiedade em crianças e adolescentes saltou de 11,6%, antes da pandemia, para 19%. Esse impacto se deve a questões como a restrição do convívio com outras pessoas, as medidas de segurança impostas e as adaptações da vida escolar.

Tipos mais comuns do transtorno de ansiedade

Para compreender melhor sobre o transtorno de ansiedade, relacionamos os tipos mais prevalentes na população. Essa classificação é importante principalmente para determinar o tipo de tratamento dispensado pelos profissionais de saúde.

Transtorno de ansiedade generalizada

É caracterizado pelo excesso de preocupação relacionada a atividades rotineiras, em termos de frequência, duração e intensidade. Essa desproporção reflete diretamente no funcionamento psicossocial do indivíduo.

Transtorno de pânico

Manifesta-se por meio de ataques de pânico que podem ser moderados, frequentes ou pouco frequentes. Os ataques vêm em forma de surtos abruptos de medo ou desconforto com alta intensidade.

Transtorno de ansiedade social

Tem como elemento principal o medo persistente, geralmente associado à avaliação de outras pessoas, o que dificulta o convívio e gera o afastamento social.

Transtorno de ansiedade de separação

Como o próprio nome diz, o transtorno é ocasionado pela separação momentânea de alguém que tenha forte vínculo afetivo, causando sofrimento intenso.

Quais os sinais característicos do transtorno de ansiedade?

O principal sinal de que a ansiedade passa a ser um distúrbio é quando resulta em sofrimento ou prejuízo de atividades importantes. O transtorno de ansiedade causa sofrimento emocional e físico, além de acarretar prejuízo ao funcionamento social do indivíduo.

Conheça as manifestações clínicas típicas do transtorno de ansiedade:

  • aumento da frequência cardíaca;
  • respiração acelerada;
  • excesso de transpiração;
  • tremores;
  • tontura;
  • cansaço;
  • tensão muscular;
  • dor de cabeça;
  • dificuldades para dormir;
  • problemas gastrointestinais.

Sob o aspecto emocional, os principais sintomas característicos do transtorno de ansiedade são: manifestação de sensações de medo irracional e insegurança extrema; atitudes de antecipação apreensiva; pensamentos catastróficos; oscilações de humor; aumento dos períodos de vigília e alerta; sofrimento descontrolado e persistente; comprometimentos no desempenho diário.

Ansiedade versus Medo

Muitas pessoas podem até confundir ansiedade e medo, mas vamos esclarecer aqui a principal diferença. 

A ansiedade está presente na vida de todos e é um sentimento que nos prepara para algo que vai acontecer. Embora gere desconforto e nervosismo, funciona como uma antecipação de um evento desconhecido. Já o medo funciona como uma resposta emocional à ameaça iminente real ou percebida. 

Enquanto o medo está mais associado ao estímulo provocado por uma situação estranha para o indivíduo, a ansiedade é um mecanismo que nosso corpo utiliza para enfrentar situações de estresse.

Ambos podem ser considerados patológicos quando desproporcionais ao estímulo apresentado.

Ligando o alerta

A ansiedade pode ser classificada como adaptativa e patológica. O limite entre elas é o sinal de alerta! Observe a diferença:

  • a ansiedade adaptativa é aquela na qual a reação é temporária, durando tão somente até a ocorrência do evento ou resolução do fato. É, portanto, autolimitada;
  • a ansiedade patológica se revela como um transtorno psicológico de longa duração e não cessa com o término do estímulo ou situação.

Como são realizados diagnóstico e tratamento

O diagnóstico do transtorno de ansiedade começa pela avaliação clínica, que vai mensurar o quanto a ansiedade ou o medo são considerados excessivos ou desproporcionais, a partir da análise de fatores sociais, culturais, ambientais e contextuais do indivíduo.

O psicólogo ou o médico psiquiatra são os profissionais indicados para realizar o diagnóstico de transtorno de ansiedade. Primeiramente, a avaliação diagnóstica consiste em identificar se os sintomas de ansiedade são de origem fisiológica, induzidos por medicamentos ou outras substâncias ou, ainda, devido a outras condições médicas. Assim, é possível diferenciar os sintomas físicos dos cognitivos e comportamentais.

O tratamento do transtorno de ansiedade vai depender do quadro clínico apresentado pelo paciente. Por ter um caráter multifatorial, as intervenções devem ser realizadas em vários setores e de acordo com a classificação do transtorno.

Prioritariamente, o tratamento psicoterápico configura como a ferramenta capaz de auxiliar o paciente a lidar com as emoções geradas pelo transtorno de ansiedade e, dessa forma, criar mecanismos para o enfrentamento das dificuldades relacionadas. 

O tratamento pode dar seguimento com outros profissionais de saúde mental, como o terapeuta ocupacional, além de medicação assistida, reabilitação neuropsicológica, entre outras intervenções de atenção psicossocial.

A pessoa com transtorno de ansiedade precisa de suporte emocional que vai além do tratamento clínico. Acima de tudo, necessita de amparo familiar para fornecer o devido acolhimento, primordial durante o processo.

O tratamento adequado do transtorno de ansiedade, além de trazer mais qualidade de vida ao paciente, pode impedir o surgimento de outros transtornos. Revisões clínicas mostram que a presença de um transtorno de ansiedade é um fator de risco para o desenvolvimento de outros transtornos de ansiedade e humor e abuso de substâncias.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimento gratuito para pessoas com transtornos mentais, incluindo o de ansiedade, através dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Quem precisar de ajuda e não souber por onde começar pode procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para a avaliação inicial e os devidos encaminhamentos terapêuticos.

Atitudes que corroboram com o bem-estar

Muitas pessoas com transtorno de ansiedade sofrem com o estigma social e demoram para buscar ajuda especializada. Preparamos algumas dicas que podem contribuir com o bem-estar. Procure:

  • manter uma boa qualidade do sono;
  • praticar exercícios físicos regularmente;
  • alimentar-se de maneira saudável;
  • limitar o tempo no celular;
  • fazer pausas ao longo do dia;
  • incluir atividades que tragam prazer ou iniciar algum hobby;
  • experimentar técnicas de relaxamento, como a meditação, o yoga ou o mindfulness;
  • evitar ou reduzir o consumo de substâncias estimulantes, como álcool ou cafeína;
  • treinar sua respiração;
  • compartilhar vivências com outras pessoas que sofrem com ansiedade.

Lembrando que nenhuma das dicas acima substitui a ajuda de um profissional. O primeiro passo é procurar um psicólogo ou um psiquiatra, capacitados para acompanhar quem sofre com transtorno de ansiedade. 

Se, no primeiro momento, você sentir vergonha ou receio de conversar pessoalmente, existem especialistas que atendem através do recurso da telemedicina. Identifique o profissional que mais se adequa às suas necessidades e que você sinta afinidade.

E mais do que isso, viva um dia de cada vez e aceite que não pode controlar tudo. Sinta orgulho por cada passo dado e não se cobre tanto. Só não deixe de se cuidar. Investir em sua saúde mental significa melhor qualidade de vida. Comece fortalecendo os cuidados com a saúde mental no trabalho, ambiente onde passamos a maior parte do nosso dia e que pode trazer muitas situações desafiadoras.

Observe-se e busque o autoconhecimento. O transtorno de ansiedade, assim como os demais transtornos mentais, pode trazer consequências desastrosas, mas, se tratado adequadamente, pode mudar a sua vida para melhor. Aproveite e conheça o guia para a saúde física e mental e saiba como diminuir o estresse no dia a dia.

Se você se identificou com o texto ou conhece alguém com transtorno de ansiedade, o que acha de compartilhar essas informações com quem precisa?

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas.

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Ansiedade: saiba identificar sinais, causas e como tratar; Sentir aquele frio na barriga antes de uma apresentação da escola ou perceber as mãos transpirando em uma entrevista de emprego podem ser reações comuns e até mesmo consideradas normais diante de determinadas situações. Afinal, a ansiedade é uma reação biológica de todo ser humano em momentos de perigo e ameaça. Mas quando o quadro evolui para falta de ar persistente, insônia frequente ou sensação de pânico, por exemplo, é hora de ligar o alerta: você pode estar sofrendo de transtorno de ansiedade. Sentir ansiedade faz parte do nosso dia a dia, e é natural quando estamos preocupados com alguma coisa ou na expectativa de algo acontecer, desde que não afete nossa saúde. Ao passar à condição de patologia, a ansiedade prejudica o controle emocional e pode acarretar prejuízos psíquicos e físicos. Vejamos, a seguir, o que causa o transtorno de ansiedade, como identificar sintomas, diagnóstico e formas de tratamento. Além disso, confira as valiosas dicas que preparamos para quem está vivenciando essa condição. O que é ansiedade e qual a sua origem? Quando patológica, a ansiedade é um transtorno mental caracterizado por distúrbios comportamentais associados ao medo ou preocupação extrema e irracional. É uma condição que interfere diretamente nas atividades diárias, chegando a provocar incapacidades funcionais. O transtorno de ansiedade é o principal problema de saúde mental da atualidade, atingindo cerca de 4% da população em todo o mundo. Nesse cenário global, o Brasil ocupa o primeiro lugar do ranking, afetando mais de 18 milhões de brasileiros, conforme informações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), em geral, o transtorno de ansiedade persiste por, no mínimo, seis meses, podendo durar a vida inteira. Apesar de a ansiedade se manifestar em qualquer fase da vida, tem crescido o índice de transtornos de saúde mental na melhor idade. Além disso, estudos comprovam que as mulheres apresentam mais chances de desenvolver transtorno de ansiedade em relação aos homens, em uma proporção de dois para um, aproximadamente. Principais causas da ansiedade O transtorno de ansiedade tem origem multifatorial, envolvendo fatores sociais, psicológicos, genéticos, cognitivos, ambientais, entre outros. O ritmo acelerado da vida moderna, o excesso de informações e o surgimento de novas tecnologias têm trazido exigências cada vez maiores, que impactam diretamente o comportamento humano. No decorrer da nossa existência, experimentamos diversas situações de ansiedade, preocupação, raiva ou medo, em graus igualmente variados. A ansiedade patológica advém de uma inquietação extrema e crônica, que causa um desequilíbrio físico e emocional. No transtorno de ansiedade, a pessoa não encontra a resposta emocional necessária aos acontecimentos do seu cotidiano, gerando prejuízos em vários âmbitos, quer seja social, profissional ou pessoal. Como diz Robert Leahy, uma das referências mundiais na psicoterapia, “vivemos a Era da Ansiedade”. Considerada uma doença crônica, a ansiedade patológica é o quadro psiquiátrico mais comum na população e apresenta consequências significativas para a vida do indivíduo. Fatores genéticos também influenciam o transtorno de ansiedade, de acordo com o Ministério da Saúde (MS). Estima-se que, ao menos, seis variantes genéticas estejam associadas ao desenvolvimento do transtorno. Efeitos pós-pandemia Fatores como o isolamento social e a tensão provocada pela pandemia de covid-19 causaram efeitos profundos e duradouros na saúde mental de milhões de pessoas.  Segundo a OMS, a pandemia aumentou em mais de 25% os casos de ansiedade. As estatísticas também indicam outro fator preocupante: o transtorno de ansiedade em crianças e adolescentes saltou de 11,6%, antes da pandemia, para 19%. Esse impacto se deve a questões como a restrição do convívio com outras pessoas, as medidas de segurança impostas e as adaptações da vida escolar. Tipos mais comuns do transtorno de ansiedade Para compreender melhor sobre o transtorno de ansiedade, relacionamos os tipos mais prevalentes na população. Essa classificação é importante principalmente para determinar o tipo de tratamento dispensado pelos profissionais de saúde. Transtorno de ansiedade generalizada É caracterizado pelo excesso de preocupação relacionada a atividades rotineiras, em termos de frequência, duração e intensidade. Essa desproporção reflete diretamente no funcionamento psicossocial do indivíduo. Transtorno de pânico Manifesta-se por meio de ataques de pânico que podem ser moderados, frequentes ou pouco frequentes. Os ataques vêm em forma de surtos abruptos de medo ou desconforto com alta intensidade. Transtorno de ansiedade social Tem como elemento principal o medo persistente, geralmente associado à avaliação de outras pessoas, o que dificulta o convívio e gera o afastamento social. Transtorno de ansiedade de separação Como o próprio nome diz, o transtorno é ocasionado pela separação momentânea de alguém que tenha forte vínculo afetivo, causando sofrimento intenso. Quais os sinais característicos do transtorno de ansiedade? O principal sinal de que a ansiedade passa a ser um distúrbio é quando resulta em sofrimento ou prejuízo de atividades importantes. O transtorno de ansiedade causa sofrimento emocional e físico, além de acarretar prejuízo ao funcionamento social do indivíduo. Conheça as manifestações clínicas típicas do transtorno de ansiedade: aumento da frequência cardíaca; respiração acelerada; excesso de transpiração; tremores; tontura; cansaço; tensão muscular; dor de cabeça; dificuldades para dormir; problemas gastrointestinais. Sob o aspecto emocional, os principais sintomas característicos do transtorno de ansiedade são: manifestação de sensações de medo irracional e insegurança extrema; atitudes de antecipação apreensiva; pensamentos catastróficos; oscilações de humor; aumento dos períodos de vigília e alerta; sofrimento descontrolado e persistente; comprometimentos no desempenho diário. Ansiedade versus Medo Muitas pessoas podem até confundir ansiedade e medo, mas vamos esclarecer aqui a principal diferença.  A ansiedade está presente na vida de todos e é um sentimento que nos prepara para algo que vai acontecer. Embora gere desconforto e nervosismo, funciona como uma antecipação de um evento desconhecido. Já o medo funciona como uma resposta emocional à ameaça iminente real ou percebida.  Enquanto o medo está mais associado ao estímulo provocado por uma situação estranha para o indivíduo, a ansiedade é um mecanismo que nosso corpo utiliza para enfrentar situações de estresse. Ambos podem ser considerados patológicos quando desproporcionais ao estímulo apresentado. Ligando o alerta A ansiedade pode ser classificada como adaptativa e patológica. O limite entre elas é o sinal de alerta! Observe a diferença: a ansiedade adaptativa é aquela na qual a reação é temporária, durando tão somente até a ocorrência do evento ou resolução do fato. É, portanto, autolimitada; a ansiedade patológica se revela como um transtorno psicológico de longa duração e não cessa com o término do estímulo ou situação. Como são realizados diagnóstico e tratamento O diagnóstico do transtorno de ansiedade começa pela avaliação clínica, que vai mensurar o quanto a ansiedade ou o medo são considerados excessivos ou desproporcionais, a partir da análise de fatores sociais, culturais, ambientais e contextuais do indivíduo. O psicólogo ou o médico psiquiatra são os profissionais indicados para realizar o diagnóstico de transtorno de ansiedade. Primeiramente, a avaliação diagnóstica consiste em identificar se os sintomas de ansiedade são de origem fisiológica, induzidos por medicamentos ou outras substâncias ou, ainda, devido a outras condições médicas. Assim, é possível diferenciar os sintomas físicos dos cognitivos e comportamentais. O tratamento do transtorno de ansiedade vai depender do quadro clínico apresentado pelo paciente. Por ter um caráter multifatorial, as intervenções devem ser realizadas em vários setores e de acordo com a classificação do transtorno. Prioritariamente, o tratamento psicoterápico configura como a ferramenta capaz de auxiliar o paciente a lidar com as emoções geradas pelo transtorno de ansiedade e, dessa forma, criar mecanismos para o enfrentamento das dificuldades relacionadas.  O tratamento pode dar seguimento com outros profissionais de saúde mental, como o terapeuta ocupacional, além de medicação assistida, reabilitação neuropsicológica, entre outras intervenções de atenção psicossocial. A pessoa com transtorno de ansiedade precisa de suporte emocional que vai além do tratamento clínico. Acima de tudo, necessita de amparo familiar para fornecer o devido acolhimento, primordial durante o processo. O tratamento adequado do transtorno de ansiedade, além de trazer mais qualidade de vida ao paciente, pode impedir o surgimento de outros transtornos. Revisões clínicas mostram que a presença de um transtorno de ansiedade é um fator de risco para o desenvolvimento de outros transtornos de ansiedade e humor e abuso de substâncias. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimento gratuito para pessoas com transtornos mentais, incluindo o de ansiedade, através dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Quem precisar de ajuda e não souber por onde começar pode procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) para a avaliação inicial e os devidos encaminhamentos terapêuticos. Atitudes que corroboram com o bem-estar Muitas pessoas com transtorno de ansiedade sofrem com o estigma social e demoram para buscar ajuda especializada. Preparamos algumas dicas que podem contribuir com o bem-estar. Procure: manter uma boa qualidade do sono; praticar exercícios físicos regularmente; alimentar-se de maneira saudável; limitar o tempo no celular; fazer pausas ao longo do dia; incluir atividades que tragam prazer ou iniciar algum hobby; experimentar técnicas de relaxamento, como a meditação, o yoga ou o mindfulness; evitar ou reduzir o consumo de substâncias estimulantes, como álcool ou cafeína; treinar sua respiração; compartilhar vivências com outras pessoas que sofrem com ansiedade. Lembrando que nenhuma das dicas acima substitui a ajuda de um profissional. O primeiro passo é procurar um psicólogo ou um psiquiatra, capacitados para acompanhar quem sofre com transtorno de ansiedade.  Se, no primeiro momento, você sentir vergonha ou receio de conversar pessoalmente, existem especialistas que atendem através do recurso da telemedicina. Identifique o profissional que mais se adequa às suas necessidades e que você sinta afinidade. E mais do que isso, viva um dia de cada vez e aceite que não pode controlar tudo. Sinta orgulho por cada passo dado e não se cobre tanto. Só não deixe de se cuidar. Investir em sua saúde mental significa melhor qualidade de vida. Comece fortalecendo os cuidados com a saúde mental no trabalho, ambiente onde passamos a maior parte do nosso dia e que pode trazer muitas situações desafiadoras. Observe-se e busque o autoconhecimento. O transtorno de ansiedade, assim como os demais transtornos mentais, pode trazer consequências desastrosas, mas, se tratado adequadamente, pode mudar a sua vida para melhor. Aproveite e conheça o guia para a saúde física e mental e saiba como diminuir o estresse no dia a dia. Se você se identificou com o texto ou conhece alguém com transtorno de ansiedade, o que acha de compartilhar essas informações com quem precisa? Sabin avisa: Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames. Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas.