Sabin Por: Sabin
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Febre, mal-estar e coriza… será que vem uma gripe por aí? Mas se, após esses sintomas iniciais, surgirem manchinhas pelo corpo, atenção: esse pode ser um sinal de que estamos lidando com um caso de sarampo.

Nos últimos anos, o sarampo protagonizou o novo surto que acometeu pessoas em diversas partes do mundo. E é importante destacar que estamos falando sobre uma doença potencialmente grave, que levou mais de 100 mil pessoas a óbito em 2017 — sendo a maior parte delas crianças com menos de 5 anos.

E tudo isso poderia ser evitado com a aplicação da vacina de sarampo. Quer saber mais sobre esse assunto? Então, continue a leitura deste material, construído com a contribuição da Dra. Ana Rosa Santos, gerente médica do setor de vacinas do Grupo Sabin. Acompanhe!

O que é o sarampo?

O sarampo é uma doença causada por um vírus (da família Paramyxoviridae), com alto potencial contagioso. Afeta o corpo quase por completo, ainda que a infecção se inicie nas vias respiratórias, com sintomas que comprometem, por exemplo, o sistema digestivo e nervoso.

A doença é bastante comum entre crianças não vacinadas e acomete também adultos, adolescentes e idosos não imunes, seja pela vacinação ou por já ter se infectado pela doença. A imunidade adquirida após a infecção por sarampo se prolonga por toda a vida, assim como a vacina, que é altamente eficaz. Por isso, é fundamental entendermos mais sobre seu funcionamento. 

Como a doença é transmitida?

O vírus do sarampo é altamente contagioso e sua transmissão ocorre através do contato de uma pessoa saudável, com secreções das vias superiores de pessoas contaminadas pela doença.

O sarampo é uma doença de transmissão respiratória, que passa com facilidade de uma pessoa para outra, por meio da fala (gotículas de salivas), tosse e do espirro. Importante frisar que há um período específico de transmissão do sarampo, relacionado ao surgimento das lesões da pele. Normalmente, a janela de transmissão do vírus acontece entre 5 dias antes do aparecimento das manchas até 5 dias depois

Quais são os seus principais sintomas? 

Os primeiros sintomas do sarampo são bem parecidos com os de um resfriado comum ou da gripe, como a febre maior que 38ºC, a tosse, a coriza, a inflamação nos olhos (parecida com a conjuntivite) ou o incômodo com a incidência de luz. O seu sintoma mais emblemático, entretanto, é a presença de manchas na pele, do tipo maculopapular que se espalham por todo o corpo e costumam descamar. 

As manchas são levemente elevadas, não são acompanhadas de secreção e também não provocam coceira. Essas características as diferem das lesões causadas pela catapora, que são espaçadas, coçam bastante e podem ser sentidas em relevo a partir do toque sobre a pele.

As pessoas afetadas pelo sarampo podem, ainda, apresentar sintomas gastrointestinais, como vômito e diarreia. Além de alterações neurológicas, que podem evoluir para uma encefalite, que é uma inflamação cerebral, assim como pulmonares, que podem causar uma pneumonia viral. 

“Diferentemente do que muitas pessoas pensam, não é uma doença leve. O sarampo é responsável por sérias complicações e sequelas, como a cegueira, a otite e as sequelas neurológicas. A ‘panencefalite esclerosante subaguda’ é uma infecção rara, persistente de um vírus imperfeito que se manifesta após alguns anos”, afirma a médica. 

Como é feito o diagnóstico do sarampo?

O diagnóstico do sarampo é feito, na maioria das vezes, a partir do exame físico do paciente. Ele se torna ainda mais preciso com o surgimento das manchas, já que elas são facilmente reconhecidas pelos profissionais da saúde.

No entanto, é importante salientar que nem todas as pessoas terão sarampo e apresentarão tais manchas. E, em casos de suspeita sem confirmação imediata, há um exame de sorologia que pode guiar o diagnóstico, que é feito a partir do exame de sangue, com o objetivo de detectar a presença (ou a ausência) de anticorpos contra a doença no corpo.

Como é feito o tratamento dessa doença?

O sarampo é causado por um vírus e não existe um tratamento antiviral específico contra a doença, ao contrário do que ocorre em casos de enfermidades causadas por bactérias (nas quais são utilizados antibióticos), por exemplo.

Dessa forma, é estabelecido o chamado “tratamento de suporte”. Nele, os sintomas do paciente são tratados com o uso de antitérmicos e analgésicos para reduzir seu desconforto. No entanto, cada orientação será única e adequada ao paciente em questão.

“O repouso é imprescindível no caso de infecções virais. O paciente também deve se hidratar bastante, o que agiliza a eliminação do vírus pelo organismo”, explica a especialista.

Como se dá a prevenção do sarampo?

A vacina é a principal forma de prevenir e evitar a disseminação da doença, pelo fato de ser eficaz e segura. O primeiro conceito que devemos entender antes de compreender seus efeitos é o de como funciona o sistema imunológico, cujo objetivo é proteger o nosso organismo contra agentes invasores que podem causar doenças no nosso corpo. 

“Assim que entramos em contato com esses agentes pela primeira vez, nossas células de defesa (glóbulos brancos) não sabem como combater aquele inimigo e precisam reunir o máximo de informação possível sobre ele. Nesse momento, ficamos doentes e precisamos de um tempo até que o sistema imune desencadeia resposta e o agente patogênico é atacado e vencido”, explica a entrevistada.

“Quando entramos em contato novamente com aquele patógeno, as células sabiamente reconhecem e reagem nos protegendo. Esse é o conceito conhecido como ‘memória imunológica’”, complementa.

É aí que entra a importância da vacinação. Com o esquema completo (de duas doses, no caso do sarampo), se a pessoa for exposta ao agente patogênico perigoso no futuro, o seu sistema imunitário será capaz de responder imediatamente, protegendo contra a doença, sequelas e complicações graves. 

No entanto, há outras medidas além da vacinação que também podem minimizar as chances de infecção.

As principais medidas de prevenção e ações de controle da doença devem ser iniciadas imediatamente, tais como, a partir de todo caso suspeito de sarampo, deve ser realizada a vacinação abrangendo as pessoas do mesmo domicílio, creches, salas de aula, alojamentos, sala de trabalho, residência vizinha, etc; além do isolamento de casos – em ambiente domiciliar ou hospitalar – a fim de diminuir a intensidade dos contágios.

Deve-se evitar, principalmente, a frequência em escolas, creches, agrupamentos ou qualquer contato com pessoas suscetíveis, até 4 dias após o início da doença.

Quais são as consequências de não se vacinar contra o sarampo?

Ainda que possa ser considerada uma doença “benigna” na infância, o sarampo pode deixar consequências graves e sequelas, principalmente em pessoas com sistema imunológico comprometido, como gestantes, por exemplo.  Para a maior parte da população, as complicações mais comuns são a pneumonia e os sinais gastrointestinais (como diarreia e vômitos), que podem evoluir raramente para quadros hemorrágicos. Entretanto, casos mais delicados envolvem até mesmo convulsões e encefalite.

Qual é a importância da vacina no combate à doença? 

Como vimos, a vacinação é imprescindível para garantir imunidade ao organismo contra o vírus causador do sarampo. Quanto mais pessoas vacinadas, melhor! Então, o sistema imunológico reconhece e nos protege contra o vírus do sarampo, evitando a disseminação na população.

A doença continua a ser uma das principais causas de morte entre crianças pequenas em todo o mundo, apesar de haver uma vacina segura e eficaz disponível.

Nos países onde o sarampo foi amplamente eliminado, os casos importados de outros países continuam sendo uma importante fonte de infecção.

Qual o calendário vacinal para o sarampo? 

A vacina contra o sarampo (conhecida como tríplice viral, já que também protege contra a caxumba e a rubéola) é feita da seguinte maneira: em crianças, a primeira dose é aplicada com um ano de vida, sendo o reforço feito aos 15 meses de idade. Em alguns casos, bebês com menos de 12 meses podem ser vacinados.

O esquema de vacinação da rede pública informa que as duas doses da vacina devem ser tomadas até os 29 anos e uma dose entre 30 e 59 anos. Diferentemente, o esquema da rede privada consiste em realizar a aplicação das duas doses acima de 1 ano de idade, sem limites, com intervalo mínimo de um mês entre elas.

Ao contrário do que acontece com outras vacinas — como a DTP, que protege contra coqueluche, tétano e difteria —, a vacina contra o sarampo não deve ser aplicada em gestantes. Se você estiver planejando ficar grávida, atualize o cartão antes do bebê chegar com as vacinas dTpa, Hepatite B e Gripe, que fazem parte do calendário da gestante. Caso esteja em uma gravidez não planejada, espere um pouco mais e siga as orientações do seu médico!

Os adultos que não tiveram Sarampo, que não foram vacinados ou que perderam o cartão de vacinação, precisam fazer esquema completo de duas doses e aqueles com apenas uma dose devem receber a segunda dose para completar o esquema. “O cartão de vacinação é um documento como outro, que significa ter saúde, já que as vacinas salvam vidas”, explica a Dra. Ana Rosa.

Qual é a história do sarampo no Brasil? 

A história do sarampo é bastante antiga e, no Brasil, a sua notificação tem sido feita desde a década de 1960, com o objetivo de mapear todos os casos e traçar um perfil epidemiológico eficiente contra a doença. 

Foi também na década de 1960 que as primeiras vacinas contra a doença surgiram no país. Na década de 1970, a partir da criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), em 1973, foram estipulados programas para evitar o avanço da enfermidade em território brasileiro.

A circulação problemática do vírus no país foi finalizada em 2016, ano em que o Brasil recebeu certificações internacionais de combate ao sarampo. No entanto, em 2017, os casos voltaram a subir, com a ocorrência de muitos óbitos. 

O foco, agora, é retomar a imunização massiva, com a conscientização da população sobre a importância das vacinas nesse contexto. 

Por que a vacinação de sarampo tem sofrido uma queda ultimamente? 

Entender as razões da queda da vacinação no Brasil e em outras partes do mundo é um grande desafio. Afinal, esse é um fenômeno que envolve causas sociais e históricas, o que pode dificultar a sua compreensão, especialmente depois de sermos vistos como uma nação livre do sarampo.

Houve uma diminuição na procura da vacina, seja para iniciar ou completar o esquema de vacinação, causando a volta da doença em vários países. A diminuição da cobertura vacinal é responsável pelo avanço da doença, causando surtos e fatalidades em todo o mundo.

Além disso, muitas pessoas acham que o calendário de vacinação é exclusivo para a infância, desconhecendo a necessidade da aplicação de reforços e do acompanhamento frequente de suas imunizações.

Já deu para perceber que a vacina de sarampo é super importante para o bem-estar da população, não é mesmo? Então, não deixe de conferir em seu cartão de vacinas se as suas doses estão atualizadas. E aproveite para revisar também os imunizantes contra outras doenças!

Caso alguma vacina esteja atrasada, acesse a relação de vacinas do Sabin e selecione o que você precisa no momento. Conte conosco!

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Vacina de sarampo: conheça mais sobre a doença e sua prevenção; Febre, mal-estar e coriza… será que vem uma gripe por aí? Mas se, após esses sintomas iniciais, surgirem manchinhas pelo corpo, atenção: esse pode ser um sinal de que estamos lidando com um caso de sarampo. Nos últimos anos, o sarampo protagonizou o novo surto que acometeu pessoas em diversas partes do mundo. E é importante destacar que estamos falando sobre uma doença potencialmente grave, que levou mais de 100 mil pessoas a óbito em 2017 — sendo a maior parte delas crianças com menos de 5 anos. E tudo isso poderia ser evitado com a aplicação da vacina de sarampo. Quer saber mais sobre esse assunto? Então, continue a leitura deste material, construído com a contribuição da Dra. Ana Rosa Santos, gerente médica do setor de vacinas do Grupo Sabin. Acompanhe! O que é o sarampo? O sarampo é uma doença causada por um vírus (da família Paramyxoviridae), com alto potencial contagioso. Afeta o corpo quase por completo, ainda que a infecção se inicie nas vias respiratórias, com sintomas que comprometem, por exemplo, o sistema digestivo e nervoso. A doença é bastante comum entre crianças não vacinadas e acomete também adultos, adolescentes e idosos não imunes, seja pela vacinação ou por já ter se infectado pela doença. A imunidade adquirida após a infecção por sarampo se prolonga por toda a vida, assim como a vacina, que é altamente eficaz. Por isso, é fundamental entendermos mais sobre seu funcionamento.  Como a doença é transmitida? O vírus do sarampo é altamente contagioso e sua transmissão ocorre através do contato de uma pessoa saudável, com secreções das vias superiores de pessoas contaminadas pela doença. O sarampo é uma doença de transmissão respiratória, que passa com facilidade de uma pessoa para outra, por meio da fala (gotículas de salivas), tosse e do espirro. Importante frisar que há um período específico de transmissão do sarampo, relacionado ao surgimento das lesões da pele. Normalmente, a janela de transmissão do vírus acontece entre 5 dias antes do aparecimento das manchas até 5 dias depois Quais são os seus principais sintomas?  Os primeiros sintomas do sarampo são bem parecidos com os de um resfriado comum ou da gripe, como a febre maior que 38ºC, a tosse, a coriza, a inflamação nos olhos (parecida com a conjuntivite) ou o incômodo com a incidência de luz. O seu sintoma mais emblemático, entretanto, é a presença de manchas na pele, do tipo maculopapular que se espalham por todo o corpo e costumam descamar.  As manchas são levemente elevadas, não são acompanhadas de secreção e também não provocam coceira. Essas características as diferem das lesões causadas pela catapora, que são espaçadas, coçam bastante e podem ser sentidas em relevo a partir do toque sobre a pele. As pessoas afetadas pelo sarampo podem, ainda, apresentar sintomas gastrointestinais, como vômito e diarreia. Além de alterações neurológicas, que podem evoluir para uma encefalite, que é uma inflamação cerebral, assim como pulmonares, que podem causar uma pneumonia viral.  “Diferentemente do que muitas pessoas pensam, não é uma doença leve. O sarampo é responsável por sérias complicações e sequelas, como a cegueira, a otite e as sequelas neurológicas. A ‘panencefalite esclerosante subaguda’ é uma infecção rara, persistente de um vírus imperfeito que se manifesta após alguns anos”, afirma a médica.  Como é feito o diagnóstico do sarampo? O diagnóstico do sarampo é feito, na maioria das vezes, a partir do exame físico do paciente. Ele se torna ainda mais preciso com o surgimento das manchas, já que elas são facilmente reconhecidas pelos profissionais da saúde. No entanto, é importante salientar que nem todas as pessoas terão sarampo e apresentarão tais manchas. E, em casos de suspeita sem confirmação imediata, há um exame de sorologia que pode guiar o diagnóstico, que é feito a partir do exame de sangue, com o objetivo de detectar a presença (ou a ausência) de anticorpos contra a doença no corpo. Como é feito o tratamento dessa doença? O sarampo é causado por um vírus e não existe um tratamento antiviral específico contra a doença, ao contrário do que ocorre em casos de enfermidades causadas por bactérias (nas quais são utilizados antibióticos), por exemplo. Dessa forma, é estabelecido o chamado “tratamento de suporte”. Nele, os sintomas do paciente são tratados com o uso de antitérmicos e analgésicos para reduzir seu desconforto. No entanto, cada orientação será única e adequada ao paciente em questão. "O repouso é imprescindível no caso de infecções virais. O paciente também deve se hidratar bastante, o que agiliza a eliminação do vírus pelo organismo", explica a especialista. Como se dá a prevenção do sarampo? A vacina é a principal forma de prevenir e evitar a disseminação da doença, pelo fato de ser eficaz e segura. O primeiro conceito que devemos entender antes de compreender seus efeitos é o de como funciona o sistema imunológico, cujo objetivo é proteger o nosso organismo contra agentes invasores que podem causar doenças no nosso corpo.  "Assim que entramos em contato com esses agentes pela primeira vez, nossas células de defesa (glóbulos brancos) não sabem como combater aquele inimigo e precisam reunir o máximo de informação possível sobre ele. Nesse momento, ficamos doentes e precisamos de um tempo até que o sistema imune desencadeia resposta e o agente patogênico é atacado e vencido”, explica a entrevistada. "Quando entramos em contato novamente com aquele patógeno, as células sabiamente reconhecem e reagem nos protegendo. Esse é o conceito conhecido como ‘memória imunológica’”, complementa. É aí que entra a importância da vacinação. Com o esquema completo (de duas doses, no caso do sarampo), se a pessoa for exposta ao agente patogênico perigoso no futuro, o seu sistema imunitário será capaz de responder imediatamente, protegendo contra a doença, sequelas e complicações graves.  No entanto, há outras medidas além da vacinação que também podem minimizar as chances de infecção. As principais medidas de prevenção e ações de controle da doença devem ser iniciadas imediatamente, tais como, a partir de todo caso suspeito de sarampo, deve ser realizada a vacinação abrangendo as pessoas do mesmo domicílio, creches, salas de aula, alojamentos, sala de trabalho, residência vizinha, etc; além do isolamento de casos - em ambiente domiciliar ou hospitalar - a fim de diminuir a intensidade dos contágios. Deve-se evitar, principalmente, a frequência em escolas, creches, agrupamentos ou qualquer contato com pessoas suscetíveis, até 4 dias após o início da doença. Quais são as consequências de não se vacinar contra o sarampo? Ainda que possa ser considerada uma doença “benigna” na infância, o sarampo pode deixar consequências graves e sequelas, principalmente em pessoas com sistema imunológico comprometido, como gestantes, por exemplo.  Para a maior parte da população, as complicações mais comuns são a pneumonia e os sinais gastrointestinais (como diarreia e vômitos), que podem evoluir raramente para quadros hemorrágicos. Entretanto, casos mais delicados envolvem até mesmo convulsões e encefalite. Qual é a importância da vacina no combate à doença?  Como vimos, a vacinação é imprescindível para garantir imunidade ao organismo contra o vírus causador do sarampo. Quanto mais pessoas vacinadas, melhor! Então, o sistema imunológico reconhece e nos protege contra o vírus do sarampo, evitando a disseminação na população. A doença continua a ser uma das principais causas de morte entre crianças pequenas em todo o mundo, apesar de haver uma vacina segura e eficaz disponível. Nos países onde o sarampo foi amplamente eliminado, os casos importados de outros países continuam sendo uma importante fonte de infecção. Qual o calendário vacinal para o sarampo?  A vacina contra o sarampo (conhecida como tríplice viral, já que também protege contra a caxumba e a rubéola) é feita da seguinte maneira: em crianças, a primeira dose é aplicada com um ano de vida, sendo o reforço feito aos 15 meses de idade. Em alguns casos, bebês com menos de 12 meses podem ser vacinados. O esquema de vacinação da rede pública informa que as duas doses da vacina devem ser tomadas até os 29 anos e uma dose entre 30 e 59 anos. Diferentemente, o esquema da rede privada consiste em realizar a aplicação das duas doses acima de 1 ano de idade, sem limites, com intervalo mínimo de um mês entre elas. Ao contrário do que acontece com outras vacinas — como a DTP, que protege contra coqueluche, tétano e difteria —, a vacina contra o sarampo não deve ser aplicada em gestantes. Se você estiver planejando ficar grávida, atualize o cartão antes do bebê chegar com as vacinas dTpa, Hepatite B e Gripe, que fazem parte do calendário da gestante. Caso esteja em uma gravidez não planejada, espere um pouco mais e siga as orientações do seu médico! Os adultos que não tiveram Sarampo, que não foram vacinados ou que perderam o cartão de vacinação, precisam fazer esquema completo de duas doses e aqueles com apenas uma dose devem receber a segunda dose para completar o esquema. “O cartão de vacinação é um documento como outro, que significa ter saúde, já que as vacinas salvam vidas”, explica a Dra. Ana Rosa. Qual é a história do sarampo no Brasil?  A história do sarampo é bastante antiga e, no Brasil, a sua notificação tem sido feita desde a década de 1960, com o objetivo de mapear todos os casos e traçar um perfil epidemiológico eficiente contra a doença.  Foi também na década de 1960 que as primeiras vacinas contra a doença surgiram no país. Na década de 1970, a partir da criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), em 1973, foram estipulados programas para evitar o avanço da enfermidade em território brasileiro. A circulação problemática do vírus no país foi finalizada em 2016, ano em que o Brasil recebeu certificações internacionais de combate ao sarampo. No entanto, em 2017, os casos voltaram a subir, com a ocorrência de muitos óbitos.  O foco, agora, é retomar a imunização massiva, com a conscientização da população sobre a importância das vacinas nesse contexto.  Por que a vacinação de sarampo tem sofrido uma queda ultimamente?  Entender as razões da queda da vacinação no Brasil e em outras partes do mundo é um grande desafio. Afinal, esse é um fenômeno que envolve causas sociais e históricas, o que pode dificultar a sua compreensão, especialmente depois de sermos vistos como uma nação livre do sarampo. Houve uma diminuição na procura da vacina, seja para iniciar ou completar o esquema de vacinação, causando a volta da doença em vários países. A diminuição da cobertura vacinal é responsável pelo avanço da doença, causando surtos e fatalidades em todo o mundo. Além disso, muitas pessoas acham que o calendário de vacinação é exclusivo para a infância, desconhecendo a necessidade da aplicação de reforços e do acompanhamento frequente de suas imunizações. Já deu para perceber que a vacina de sarampo é super importante para o bem-estar da população, não é mesmo? Então, não deixe de conferir em seu cartão de vacinas se as suas doses estão atualizadas. E aproveite para revisar também os imunizantes contra outras doenças! Caso alguma vacina esteja atrasada, acesse a relação de vacinas do Sabin e selecione o que você precisa no momento. Conte conosco!