Sabin Por: Sabin
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Durante a gravidez, a vacinação é importante tanto para a imunidade ativa da mãe, contra doenças infecciosas graves, quanto para a imunidade passiva do recém-nascido, contra as principais doenças infecciosas de maior mortalidade.

A gestação é um momento delicado, marcado por transformações profundas no corpo da mulher e no desenvolvimento do feto. Garantir a imunização, nesse período, é uma medida essencial para proteger mãe e bebê.

Existem algumas vacinas indicadas no decorrer da gestação, e outras que só devem ser administradas em situações especiais. Portanto, é recomendável buscar apoio médico ou de um profissional de saúde, visando à obtenção de orientações adequadas sobre quais vacinas você deve tomar ao longo da gravidez e em que momento.

Continue a leitura deste conteúdo e saiba quais vacinas devem ser tomadas nessa fase, além de outros cuidados no pré e pós-natal.

VACINAÇÃO NA GESTAÇÃO

Como dito, durante a gravidez, o organismo feminino passa por alterações significativas, principalmente no sistema imunológico. Essas adaptações são necessárias para que o organismo materno tolere o desenvolvimento do feto. No entanto, deve-se destacar que essas mudanças podem comprometer a imunidade da gestante, tornando-a mais suscetível a doenças infecciosas.

Nesse cenário, a vacinação representa um elemento crucial de defesa. Ao receber determinadas vacinas na gestação, a mulher não só protege a si mesma, mas também contribui para a formação de uma barreira imunológica que beneficia diretamente o bebê.

PROTEÇÃO IMUNOLÓGICA FETAL INDUZIDA PELA VACINAÇÃO MATERNA

Ao receber as vacinas recomendadas, a mãe transfere anticorpos fundamentais para o bebê, proporcionando uma defesa inicial contra diversas doenças e reduzindo o risco de transmissão vertical.

Os anticorpos IgG formados pela mãe após a vacinação são transferidos para o feto através da circulação placentária, bem como os anticorpos IgG, IgA e IgM secretados no colostro e no leite, os quais conferem proteção no período pós-parto, antes de a criança desenvolver imunidade ativa após a vacinação nos primeiros meses de vida.

Dessa forma, a vacinação materna auxilia na prevenção de doenças graves e contribui para o desenvolvimento saudável do bebê até que ele inicie sua própria imunização.

QUAIS VACINAS AS GESTANTES DEVEM TOMAR?

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) fornece um calendário de vacinação específico para mulheres grávidas, subdividindo os imunizantes em vacinas de rotina e aquelas apenas indicadas em situações especiais, conforme descreveremos a seguir.

VACINAS DE ROTINA

As vacinas de rotina para gestantes incluem: dTpa, hepatite B, gripe (influenza), covid-19 e vírus sincicial respiratório (VSR).

VACINA TRÍPLICE BACTERIANA ACELULAR DO TIPO ADULTO (DTPA)

A vacina dTpa é um imunizante combinado eficaz contra três doenças: difteria, tétano e coqueluche. É recomendada para todas as gestações, pois, além de proteger a mãe, consequentemente evita que ela transmita a bactéria Bordetella pertussis (causadora da coqueluche) ao recém-nascido. Por meio da passagem de anticorpos pela placenta, o bebê também adquire imunidade de forma transitória até que possa ser vacinado.

Para gestantes previamente vacinadas, com pelo menos três doses de vacina contendo o componente tetânico, recomenda-se uma dose de dTpa a partir da vigésima semana de gestação. Se a gestante recebeu apenas duas doses de vacina contendo o componente tetânico, recomenda-se uma dose de dTpa a partir da vigésima semana de gestação. Caso a gestante tenha recebido apenas uma dose de vacina contendo o componente tetânico, recomenda-se uma dose de dT (vacina dupla bacteriana do tipo adulto) e uma dose de dTpa. Assim como nos demais casos, a dose de dTpa deve ser aplicada somente após a vigésima semana de gestação, respeitando o intervalo de um mês entre as aplicações, de acordo com a SBIm.

Entretanto, se a gestante nunca tiver se vacinado ou se não houver registros do histórico vacinal, são recomendadas duas doses da vacina dT e uma dose de dTpa, seguindo os mesmos protocolos de intervalo citados acima. Adicionalmente, mulheres não vacinadas na gestação devem ser vacinadas o mais rapidamente possível, durante o puerpério (fase pós-parto).

VACINA CONTRA A HEPATITE B

A vacinação contra a hepatite B para gestantes deve ocorrer apenas em mulheres que não possuem o esquema vacinal completo (ou sem histórico vacinal) e aquelas suscetíveis à infecção. Nesses casos, a SBIm recomenda a utilização de três doses da vacina, sendo a segunda dose aplicada um mês após a primeira e a terceira somente após seis meses.

VACINA CONTRA A GRIPE (INFLUENZA)

Como as gestantes são consideradas grupos de risco para complicações associadas ao vírus da gripe, recomenda-se a aplicação da vacina nos meses de sazonalidade da doença, mesmo em fases iniciais da gestação (primeiro trimestre). A indicação é de uma dose anual, podendo ser considerada a utilização de uma segunda em gestantes imunodeprimidas, três meses após a dose anual.

VACINA CONTRA O VSR

A vacina Abrysvo® protege das infecções graves causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR), que afeta principalmente os recém-nascidos. É administrada em dose única na gestante, permitindo a transferência de anticorpos ao bebê. A SBIm recomenda a aplicação da Abrysvo® entre 32 e 36 semanas de gestação, ficando a critério médico o uso a partir de 24 semanas.

VACINA DA COVID-19

Em sua última atualização estratégica de vacinação contra a covid-19, o Ministério da Saúde (MS) recomenda que as gestantes sejam imunizadas com uma dose a cada gestação.

RECOMENDADAS EM SITUAÇÕES ESPECIAIS

Além das vacinas mencionadas anteriormente, existem algumas outras que podem ser necessárias, dependendo de determinados critérios clínicos e epidemiológicos.

VACINA CONTRA A HEPATITE A

É uma vacina inativada que protege contra o vírus da hepatite A, não oferecendo risco potencial ao feto ou à gestante. Sua aplicação pode ser considerada conforme variáveis epidemiológicas, risco de exposição ao vírus e critério médico. Nesses casos, recomenda-se a aplicação de duas doses em um intervalo de seis meses. Existe também a opção da vacina combinada, que protege contra as hepatites A e B e pode ser utilizada em substituição às vacinas isoladas, com número de doses variável conforme faixa etária da gestante.

VACINA PNEUMOCÓCICA

A vacina pneumocócica pode ser indicada para gestantes sob risco de doença pneumocócica invasiva. Recomenda-se a aplicação da Pneumo 20 em dose única ou o esquema sequencial iniciando com Pneumo 15 ou Pneumo 13, seguida de uma dose de Pneumo 23.

VACINAS MENINGOCÓCICAS CONJUGADAS ACWY, C OU MENINGO B

As vacinas meningocócicas ACWY e B são inativadas, ou seja, sem risco teórico para a gestante e o feto. Recomenda-se a aplicação de uma dose da vacina ACWY ou C, podendo a primeira ser substituída pela segunda em caso de eventual indisponibilidade.

Já para a meningo B, são recomendadas duas doses com intervalo de um mês (vacina Bexsero®) ou seis meses (vacina Trumenba®). A vacina Bexsero® tem licenciamento de uso até os 50 anos de idade do paciente, enquanto a vacina Trumenba® pode ser utilizada até os 25 anos, sendo que as duas não são intercambiáveis.

VACINA CONTRA A FEBRE AMARELA

A vacinação contra a febre amarela em gestantes deve ser criteriosamente avaliada em relação aos potenciais riscos e benefícios. Em geral, é uma vacina contraindicada, mas pode ser recomendada em situações epidemiológicas desfavoráveis e com chances de infecção.

Não é indicada durante a fase de aleitamento materno. Caso seja necessária a vacinação, recomenda-se suspender a amamentação durante dez dias após a aplicação da vacina.

VACINAS QUE GESTANTES NÃO PODEM TOMAR

Segundo orientações da SBIm, as vacinas vivas atenuadas não devem ser aplicadas em gestantes. Entre elas, estão:

A vacina HPV, embora inativada, devido à falta de estudos, não foi liberada para gestantes. O órgão recomenda que, se a mulher tiver iniciado o esquema vacinal antes da gestação, deve suspendê-lo até o puerpério.

As vacinas tríplice viral, HPV e varicela podem ser utilizadas no período pós-parto ou durante a amamentação. A vacina da dengue não deve ser utilizada em pessoas imunodeprimidas, gestantes ou em fase de amamentação. É importante lembrar que a gestante deve sempre consultar seu obstetra antes de se vacinar.

AS VACINAS SÃO SEGURAS?

Sim, todas as vacinas indicadas para gestantes são seguras para serem utilizadas. Essas vacinas são compostas por microrganismos inativados, que não oferecem potenciais riscos à gestante ou ao feto em desenvolvimento.

Todos os imunizantes passam por rigorosos testes clínicos, inclusive para casos de gestação. Isso garante a eficácia e a segurança das vacinas antes de serem disponibilizadas ao público geral.

Contudo, não custa reforçar que toda e qualquer intervenção durante o período gestacional deve ser feita sob supervisão médica. Somente o obstetra pode avaliar a situação e tomar decisões conscientes e seguras. Por falar nisso, o que acha de conhecer nosso conteúdo sobre qual a melhor forma de fazer esse acompanhamento? Leia o blog post Pré-natal: entenda a importância e os principais exames realizados.

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências

Faucette AN, Unger BL, Gonik B, Chen K. Maternal vaccination: moving the science forward. Hum Reprod Update. 2015 Jan-Feb;21(1):119-35. doi: 10.1093/humupd/dmu041

SBIm. Calendários de vacinação. Disponível em: https://sbim.org.br/

Ministério da Saúde. Programa Nacional de Imunizações. Disponível em: https://www.gov.br/saude/

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Vacinas para gestantes: quais devo tomar durante a gestação?; Durante a gravidez, a vacinação é importante tanto para a imunidade ativa da mãe, contra doenças infecciosas graves, quanto para a imunidade passiva do recém-nascido, contra as principais doenças infecciosas de maior mortalidade. A gestação é um momento delicado, marcado por transformações profundas no corpo da mulher e no desenvolvimento do feto. Garantir a imunização, nesse período, é uma medida essencial para proteger mãe e bebê. Existem algumas vacinas indicadas no decorrer da gestação, e outras que só devem ser administradas em situações especiais. Portanto, é recomendável buscar apoio médico ou de um profissional de saúde, visando à obtenção de orientações adequadas sobre quais vacinas você deve tomar ao longo da gravidez e em que momento. Continue a leitura deste conteúdo e saiba quais vacinas devem ser tomadas nessa fase, além de outros cuidados no pré e pós-natal. VACINAÇÃO NA GESTAÇÃO Como dito, durante a gravidez, o organismo feminino passa por alterações significativas, principalmente no sistema imunológico. Essas adaptações são necessárias para que o organismo materno tolere o desenvolvimento do feto. No entanto, deve-se destacar que essas mudanças podem comprometer a imunidade da gestante, tornando-a mais suscetível a doenças infecciosas. Nesse cenário, a vacinação representa um elemento crucial de defesa. Ao receber determinadas vacinas na gestação, a mulher não só protege a si mesma, mas também contribui para a formação de uma barreira imunológica que beneficia diretamente o bebê. PROTEÇÃO IMUNOLÓGICA FETAL INDUZIDA PELA VACINAÇÃO MATERNA Ao receber as vacinas recomendadas, a mãe transfere anticorpos fundamentais para o bebê, proporcionando uma defesa inicial contra diversas doenças e reduzindo o risco de transmissão vertical. Os anticorpos IgG formados pela mãe após a vacinação são transferidos para o feto através da circulação placentária, bem como os anticorpos IgG, IgA e IgM secretados no colostro e no leite, os quais conferem proteção no período pós-parto, antes de a criança desenvolver imunidade ativa após a vacinação nos primeiros meses de vida. Dessa forma, a vacinação materna auxilia na prevenção de doenças graves e contribui para o desenvolvimento saudável do bebê até que ele inicie sua própria imunização. QUAIS VACINAS AS GESTANTES DEVEM TOMAR? A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) fornece um calendário de vacinação específico para mulheres grávidas, subdividindo os imunizantes em vacinas de rotina e aquelas apenas indicadas em situações especiais, conforme descreveremos a seguir. VACINAS DE ROTINA As vacinas de rotina para gestantes incluem: dTpa, hepatite B, gripe (influenza), covid-19 e vírus sincicial respiratório (VSR). VACINA TRÍPLICE BACTERIANA ACELULAR DO TIPO ADULTO (DTPA) A vacina dTpa é um imunizante combinado eficaz contra três doenças: difteria, tétano e coqueluche. É recomendada para todas as gestações, pois, além de proteger a mãe, consequentemente evita que ela transmita a bactéria Bordetella pertussis (causadora da coqueluche) ao recém-nascido. Por meio da passagem de anticorpos pela placenta, o bebê também adquire imunidade de forma transitória até que possa ser vacinado. Para gestantes previamente vacinadas, com pelo menos três doses de vacina contendo o componente tetânico, recomenda-se uma dose de dTpa a partir da vigésima semana de gestação. Se a gestante recebeu apenas duas doses de vacina contendo o componente tetânico, recomenda-se uma dose de dTpa a partir da vigésima semana de gestação. Caso a gestante tenha recebido apenas uma dose de vacina contendo o componente tetânico, recomenda-se uma dose de dT (vacina dupla bacteriana do tipo adulto) e uma dose de dTpa. Assim como nos demais casos, a dose de dTpa deve ser aplicada somente após a vigésima semana de gestação, respeitando o intervalo de um mês entre as aplicações, de acordo com a SBIm. Entretanto, se a gestante nunca tiver se vacinado ou se não houver registros do histórico vacinal, são recomendadas duas doses da vacina dT e uma dose de dTpa, seguindo os mesmos protocolos de intervalo citados acima. Adicionalmente, mulheres não vacinadas na gestação devem ser vacinadas o mais rapidamente possível, durante o puerpério (fase pós-parto). VACINA CONTRA A HEPATITE B A vacinação contra a hepatite B para gestantes deve ocorrer apenas em mulheres que não possuem o esquema vacinal completo (ou sem histórico vacinal) e aquelas suscetíveis à infecção. Nesses casos, a SBIm recomenda a utilização de três doses da vacina, sendo a segunda dose aplicada um mês após a primeira e a terceira somente após seis meses. VACINA CONTRA A GRIPE (INFLUENZA) Como as gestantes são consideradas grupos de risco para complicações associadas ao vírus da gripe, recomenda-se a aplicação da vacina nos meses de sazonalidade da doença, mesmo em fases iniciais da gestação (primeiro trimestre). A indicação é de uma dose anual, podendo ser considerada a utilização de uma segunda em gestantes imunodeprimidas, três meses após a dose anual. VACINA CONTRA O VSR A vacina Abrysvo® protege das infecções graves causadas pelo vírus sincicial respiratório (VSR), que afeta principalmente os recém-nascidos. É administrada em dose única na gestante, permitindo a transferência de anticorpos ao bebê. A SBIm recomenda a aplicação da Abrysvo® entre 32 e 36 semanas de gestação, ficando a critério médico o uso a partir de 24 semanas. VACINA DA COVID-19 Em sua última atualização estratégica de vacinação contra a covid-19, o Ministério da Saúde (MS) recomenda que as gestantes sejam imunizadas com uma dose a cada gestação. RECOMENDADAS EM SITUAÇÕES ESPECIAIS Além das vacinas mencionadas anteriormente, existem algumas outras que podem ser necessárias, dependendo de determinados critérios clínicos e epidemiológicos. VACINA CONTRA A HEPATITE A É uma vacina inativada que protege contra o vírus da hepatite A, não oferecendo risco potencial ao feto ou à gestante. Sua aplicação pode ser considerada conforme variáveis epidemiológicas, risco de exposição ao vírus e critério médico. Nesses casos, recomenda-se a aplicação de duas doses em um intervalo de seis meses. Existe também a opção da vacina combinada, que protege contra as hepatites A e B e pode ser utilizada em substituição às vacinas isoladas, com número de doses variável conforme faixa etária da gestante. VACINA PNEUMOCÓCICA A vacina pneumocócica pode ser indicada para gestantes sob risco de doença pneumocócica invasiva. Recomenda-se a aplicação da Pneumo 20 em dose única ou o esquema sequencial iniciando com Pneumo 15 ou Pneumo 13, seguida de uma dose de Pneumo 23. VACINAS MENINGOCÓCICAS CONJUGADAS ACWY, C OU MENINGO B As vacinas meningocócicas ACWY e B são inativadas, ou seja, sem risco teórico para a gestante e o feto. Recomenda-se a aplicação de uma dose da vacina ACWY ou C, podendo a primeira ser substituída pela segunda em caso de eventual indisponibilidade. Já para a meningo B, são recomendadas duas doses com intervalo de um mês (vacina Bexsero®) ou seis meses (vacina Trumenba®). A vacina Bexsero® tem licenciamento de uso até os 50 anos de idade do paciente, enquanto a vacina Trumenba® pode ser utilizada até os 25 anos, sendo que as duas não são intercambiáveis. VACINA CONTRA A FEBRE AMARELA A vacinação contra a febre amarela em gestantes deve ser criteriosamente avaliada em relação aos potenciais riscos e benefícios. Em geral, é uma vacina contraindicada, mas pode ser recomendada em situações epidemiológicas desfavoráveis e com chances de infecção. Não é indicada durante a fase de aleitamento materno. Caso seja necessária a vacinação, recomenda-se suspender a amamentação durante dez dias após a aplicação da vacina. VACINAS QUE GESTANTES NÃO PODEM TOMAR Segundo orientações da SBIm, as vacinas vivas atenuadas não devem ser aplicadas em gestantes. Entre elas, estão: vacina tríplice viral; vacina da dengue; vacina contra a varicela (catapora); vacina contra a herpes-zóster. A vacina HPV, embora inativada, devido à falta de estudos, não foi liberada para gestantes. O órgão recomenda que, se a mulher tiver iniciado o esquema vacinal antes da gestação, deve suspendê-lo até o puerpério. As vacinas tríplice viral, HPV e varicela podem ser utilizadas no período pós-parto ou durante a amamentação. A vacina da dengue não deve ser utilizada em pessoas imunodeprimidas, gestantes ou em fase de amamentação. É importante lembrar que a gestante deve sempre consultar seu obstetra antes de se vacinar. AS VACINAS SÃO SEGURAS? Sim, todas as vacinas indicadas para gestantes são seguras para serem utilizadas. Essas vacinas são compostas por microrganismos inativados, que não oferecem potenciais riscos à gestante ou ao feto em desenvolvimento. Todos os imunizantes passam por rigorosos testes clínicos, inclusive para casos de gestação. Isso garante a eficácia e a segurança das vacinas antes de serem disponibilizadas ao público geral. Contudo, não custa reforçar que toda e qualquer intervenção durante o período gestacional deve ser feita sob supervisão médica. Somente o obstetra pode avaliar a situação e tomar decisões conscientes e seguras. Por falar nisso, o que acha de conhecer nosso conteúdo sobre qual a melhor forma de fazer esse acompanhamento? Leia o blog post Pré-natal: entenda a importância e os principais exames realizados. Sabin avisa: Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames. Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas.  Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial. Referências Faucette AN, Unger BL, Gonik B, Chen K. Maternal vaccination: moving the science forward. Hum Reprod Update. 2015 Jan-Feb;21(1):119-35. doi: 10.1093/humupd/dmu041 SBIm. Calendários de vacinação. Disponível em: https://sbim.org.br/ Ministério da Saúde. Programa Nacional de Imunizações. Disponível em: https://www.gov.br/saude/