Sabin Por: Sabin
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A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma condição que afeta um número significativo de mulheres em todo o mundo, impactando diretamente a saúde e o bem-estar feminino. A SOP é caracterizada por distúrbios hormonais que levam à formação de pequenos cistos nos ovários, gerando uma série de consequências para o funcionamento do organismo e a saúde da mulher.

Segundo dados epidemiológicos, a SOP é uma das principais causas de irregularidades menstruais e infertilidade em mulheres em idade reprodutiva. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que a condição afeta, aproximadamente, 8 a 13% das mulheres em todo o mundo, sendo que até 70% permanecem sem diagnóstico.

Assim, entender a influência da SOP na saúde feminina é fundamental para lidar de forma eficaz com essa condição. Além do diagnóstico precoce, o acompanhamento médico regular e a adoção de hábitos saudáveis são essenciais para garantir a qualidade de vida das mulheres afetadas.

Neste conteúdo, você encontrará informações muito importantes sobre a SOP, suas causas, principais sintomas, como é feito o diagnóstico e como tratar a condição. Continue a leitura para saber mais!

O que é a SOP?

É uma condição hormonal que afeta os ovários, órgãos fundamentais no sistema reprodutivo feminino. Os ovários desempenham um papel crucial na produção de hormônios sexuais femininos, como estrogênios e progesterona, e são responsáveis pela liberação regular de óvulos durante o ciclo menstrual (ovulação). Esses processos são vitais para a fertilidade e o equilíbrio hormonal no corpo da mulher.

Na SOP, ocorre a desregulação e o aumento nos níveis de hormônios andrógenos, levando à formação de cistos (bolsas repletas de líquido) em um ou ambos os ovários, com concomitante manifestação de um conjunto de sinais e sintomas, que incluem irregularidades menstruais, por exemplo.

A SOP é comumente diagnosticada em mulheres em idade reprodutiva, geralmente entre os 15 e 44 anos. No entanto, é importante destacar que a síndrome persiste ao longo da vida, exigindo atenção contínua.

Quais as causas da SOP?

As causas não são totalmente conhecidas e acredita-se que a síndrome se desenvolve devido a desregulações e ao aumento na produção de hormônios masculinos em mulheres, o que gera diversos impactos negativos, como maior chance de desenvolvimento de diabetes, obesidade e problemas cardiovasculares.

A doença pode ser de origem morfológica (presença de cistos nos ovários) ou predominantemente bioquímica, com apenas elevações hormonais (hiperandrogenemia), as quais podem causar inibição do desenvolvimento folicular, microcistos nos ovários, anovulação e alterações menstruais.

Uma concentração elevada de hormônios masculinos aumenta o risco de hipertensão arterial, níveis elevados de colesterol e resistência aos efeitos da insulina. Adicionalmente, alguns hormônios masculinos podem ser convertidos em estrogênio, aumentando a concentração desse hormônio cronicamente, o que pode comprometer o tecido do revestimento uterino.

A SOP também pode aumentar o risco de esteatose hepática não alcoólica, um acúmulo anômalo de gordura nas células do fígado não relacionado ao consumo de álcool.

Quais os principais sintomas da SOP?

Os sintomas da SOP podem ser variados e em diferentes graus, a depender do quadro clínico apresentado pela paciente. A seguir, descrevemos os principais sintomas e complicações que podem surgir em decorrência da síndrome.

  • Alterações menstruais: presença de desregulação do ciclo menstrual, com períodos irregulares, aumento excessivo do fluxo menstrual ou ausência de menstruação;
  • Aumento de pelos no rosto, seios e abdômen: algumas mulheres podem apresentar crescimento de pelos em áreas mais comuns em homens, como no rosto, seios e abdômen. Esse sintoma, conhecido como hirsutismo, está diretamente ligado às desregulações hormonais associadas à SOP;
  • Acne por desregulações hormonais: a SOP pode desencadear o surgimento de acne, especialmente em regiões como rosto, peito e costas, em virtude das alterações nos níveis hormonais;
  • Diabetes e obesidade: a desregulação hormonal na SOP pode contribuir para o desenvolvimento de complicações, como a resistência à insulina, aumentando o risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2 e obesidade;
  • Hipertensão arterial sistêmica: mulheres com SOP têm uma maior predisposição à hipertensão arterial sistêmica, ressaltando a importância do monitoramento da pressão arterial;
  • Infertilidade: a SOP é uma das principais causas de infertilidade em mulheres. A interferência na ovulação, em razão da síndrome, pode dificultar a concepção, sobretudo com o passar do tempo e o agravamento da condição.

Como é feito o diagnóstico da SOP?

O diagnóstico da SOP inclui avaliação clínica e realização de exames específicos. Inicialmente, o médico avalia criteriosamente os sintomas apresentados, o histórico menstrual e quaisquer alterações hormonais manifestadas pela paciente. Informações sobre o histórico médico, incluindo condições prévias e uso de medicamentos, também são fundamentais.

Exames complementares são necessários para chegar ao diagnóstico final, como exames de imagem. A ultrassonografia pélvica é frequentemente utilizada para avaliar os ovários e identificar a presença de cistos. Dosagens hormonais, especialmente de testosterona, progesterona e estrogênios também devem ser solicitadas.

A medição dos níveis de testosterona ajuda a identificar desequilíbrios hormonais, pois a SOP, muitas vezes, resulta em um aumento nos hormônios masculinos. Já a avaliação dos níveis de estrogênios e progesterona auxilia na compreensão das irregularidades menstruais associadas à síndrome.

Em alguns casos, a resistência à insulina está presente na SOP, sendo relevante medir os níveis desse hormônio e sua real efetividade no controle glicêmico. Conforme o quadro clínico, outros exames, como o teste de tolerância à glicose, podem ser solicitados para avaliar a função do metabolismo da glicose.

É importante enfatizar que o diagnóstico da SOP deve levar em consideração a exclusão de outras condições que podem apresentar sintomas semelhantes, como distúrbios da tireoide e hiperprolactinemia.

Como tratar a SOP?

Embora não haja cura definitiva para a SOP, o tratamento adequado pode controlar e melhorar significativamente os sintomas, proporcionando maior qualidade de vida para as mulheres afetadas.

O uso de contraceptivos hormonais orais pode ser recomendado para regularizar o ciclo menstrual e reduzir os sintomas associados. Esses medicamentos ajudam a controlar as flutuações hormonais, melhorando condições como excesso de pelos e acne.

A prática regular de exercícios físicos auxilia no controle do peso, melhora a sensibilidade à insulina e contribui para o bem-estar geral. Manter uma dieta balanceada, com foco na redução de alimentos ricos em açúcares e carboidratos, pode ser benéfico, particularmente para mulheres com obesidade e resistência à insulina.

Por fim, é fundamental a realização de exames periódicos, incluindo ultrassonografias e análises hormonais, para acompanhamento da evolução da condição. O acompanhamento médico de rotina permite uma avaliação clínica contínua e a consequente adaptação do tratamento de acordo com as necessidades individuais de cada paciente.

O tratamento da SOP, em muitos casos, requer uma abordagem multidisciplinar, envolvendo ginecologistas, endocrinologistas, nutricionistas e, quando necessário, psicólogos. Esses profissionais podem trabalhar em conjunto para oferecer suporte abrangente e personalizado às necessidades da paciente.

Realizar o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são medidas que não apenas fazem o gerenciamento dos sintomas, mas também possibilitam a prevenção de complicações a longo prazo, promovendo a saúde geral e a qualidade de vida da mulher. Para ficar por dentro de mais dicas e informações valiosas, sugerimos a leitura do conteúdo sobre os cuidados essenciais com a saúde da mulher.

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

Ndefo UA, Eaton A, Green MR. Polycystic ovary syndrome: a review of treatment options with a focus on pharmacological approaches. P T. 2013 Jun;38(6):336-55.

Singh S, Pal N, Shubham S, Sarma DK, Verma V, Marotta F, Kumar M. Polycystic Ovary Syndrome: Etiology, Current Management, and Future Therapeutics. J Clin Med. 2023 Feb 11;12(4):1454. doi: 10.3390/jcm12041454

Ministério da Saúde. Síndrome do Ovário Policístico. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saes/dgh/noticias/2023/sindrome-do-ovario-policistico Acesso em: 29/11/2023

Witchel SF, Oberfield SE, Peña AS. Polycystic Ovary Syndrome: Pathophysiology, Presentation, and Treatment With Emphasis on Adolescent Girls. J Endocr Soc. 2019 Jun 14;3(8):1545-1573. doi: 10.1210/js.2019-00078

WHO. Polycystic Ovary Syndrome. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/polycystic-ovary-syndrome Acesso em: 29/11/2023

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Como a síndrome dos ovários policísticos influencia a saúde feminina?; A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma condição que afeta um número significativo de mulheres em todo o mundo, impactando diretamente a saúde e o bem-estar feminino. A SOP é caracterizada por distúrbios hormonais que levam à formação de pequenos cistos nos ovários, gerando uma série de consequências para o funcionamento do organismo e a saúde da mulher. Segundo dados epidemiológicos, a SOP é uma das principais causas de irregularidades menstruais e infertilidade em mulheres em idade reprodutiva. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que a condição afeta, aproximadamente, 8 a 13% das mulheres em todo o mundo, sendo que até 70% permanecem sem diagnóstico. Assim, entender a influência da SOP na saúde feminina é fundamental para lidar de forma eficaz com essa condição. Além do diagnóstico precoce, o acompanhamento médico regular e a adoção de hábitos saudáveis são essenciais para garantir a qualidade de vida das mulheres afetadas. Neste conteúdo, você encontrará informações muito importantes sobre a SOP, suas causas, principais sintomas, como é feito o diagnóstico e como tratar a condição. Continue a leitura para saber mais! O que é a SOP? É uma condição hormonal que afeta os ovários, órgãos fundamentais no sistema reprodutivo feminino. Os ovários desempenham um papel crucial na produção de hormônios sexuais femininos, como estrogênios e progesterona, e são responsáveis pela liberação regular de óvulos durante o ciclo menstrual (ovulação). Esses processos são vitais para a fertilidade e o equilíbrio hormonal no corpo da mulher. Na SOP, ocorre a desregulação e o aumento nos níveis de hormônios andrógenos, levando à formação de cistos (bolsas repletas de líquido) em um ou ambos os ovários, com concomitante manifestação de um conjunto de sinais e sintomas, que incluem irregularidades menstruais, por exemplo. A SOP é comumente diagnosticada em mulheres em idade reprodutiva, geralmente entre os 15 e 44 anos. No entanto, é importante destacar que a síndrome persiste ao longo da vida, exigindo atenção contínua. Quais as causas da SOP? As causas não são totalmente conhecidas e acredita-se que a síndrome se desenvolve devido a desregulações e ao aumento na produção de hormônios masculinos em mulheres, o que gera diversos impactos negativos, como maior chance de desenvolvimento de diabetes, obesidade e problemas cardiovasculares. A doença pode ser de origem morfológica (presença de cistos nos ovários) ou predominantemente bioquímica, com apenas elevações hormonais (hiperandrogenemia), as quais podem causar inibição do desenvolvimento folicular, microcistos nos ovários, anovulação e alterações menstruais. Uma concentração elevada de hormônios masculinos aumenta o risco de hipertensão arterial, níveis elevados de colesterol e resistência aos efeitos da insulina. Adicionalmente, alguns hormônios masculinos podem ser convertidos em estrogênio, aumentando a concentração desse hormônio cronicamente, o que pode comprometer o tecido do revestimento uterino. A SOP também pode aumentar o risco de esteatose hepática não alcoólica, um acúmulo anômalo de gordura nas células do fígado não relacionado ao consumo de álcool. Quais os principais sintomas da SOP? Os sintomas da SOP podem ser variados e em diferentes graus, a depender do quadro clínico apresentado pela paciente. A seguir, descrevemos os principais sintomas e complicações que podem surgir em decorrência da síndrome. Alterações menstruais: presença de desregulação do ciclo menstrual, com períodos irregulares, aumento excessivo do fluxo menstrual ou ausência de menstruação; Aumento de pelos no rosto, seios e abdômen: algumas mulheres podem apresentar crescimento de pelos em áreas mais comuns em homens, como no rosto, seios e abdômen. Esse sintoma, conhecido como hirsutismo, está diretamente ligado às desregulações hormonais associadas à SOP; Acne por desregulações hormonais: a SOP pode desencadear o surgimento de acne, especialmente em regiões como rosto, peito e costas, em virtude das alterações nos níveis hormonais; Diabetes e obesidade: a desregulação hormonal na SOP pode contribuir para o desenvolvimento de complicações, como a resistência à insulina, aumentando o risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2 e obesidade; Hipertensão arterial sistêmica: mulheres com SOP têm uma maior predisposição à hipertensão arterial sistêmica, ressaltando a importância do monitoramento da pressão arterial; Infertilidade: a SOP é uma das principais causas de infertilidade em mulheres. A interferência na ovulação, em razão da síndrome, pode dificultar a concepção, sobretudo com o passar do tempo e o agravamento da condição. Como é feito o diagnóstico da SOP? O diagnóstico da SOP inclui avaliação clínica e realização de exames específicos. Inicialmente, o médico avalia criteriosamente os sintomas apresentados, o histórico menstrual e quaisquer alterações hormonais manifestadas pela paciente. Informações sobre o histórico médico, incluindo condições prévias e uso de medicamentos, também são fundamentais. Exames complementares são necessários para chegar ao diagnóstico final, como exames de imagem. A ultrassonografia pélvica é frequentemente utilizada para avaliar os ovários e identificar a presença de cistos. Dosagens hormonais, especialmente de testosterona, progesterona e estrogênios também devem ser solicitadas. A medição dos níveis de testosterona ajuda a identificar desequilíbrios hormonais, pois a SOP, muitas vezes, resulta em um aumento nos hormônios masculinos. Já a avaliação dos níveis de estrogênios e progesterona auxilia na compreensão das irregularidades menstruais associadas à síndrome. Em alguns casos, a resistência à insulina está presente na SOP, sendo relevante medir os níveis desse hormônio e sua real efetividade no controle glicêmico. Conforme o quadro clínico, outros exames, como o teste de tolerância à glicose, podem ser solicitados para avaliar a função do metabolismo da glicose. É importante enfatizar que o diagnóstico da SOP deve levar em consideração a exclusão de outras condições que podem apresentar sintomas semelhantes, como distúrbios da tireoide e hiperprolactinemia. Como tratar a SOP? Embora não haja cura definitiva para a SOP, o tratamento adequado pode controlar e melhorar significativamente os sintomas, proporcionando maior qualidade de vida para as mulheres afetadas. O uso de contraceptivos hormonais orais pode ser recomendado para regularizar o ciclo menstrual e reduzir os sintomas associados. Esses medicamentos ajudam a controlar as flutuações hormonais, melhorando condições como excesso de pelos e acne. A prática regular de exercícios físicos auxilia no controle do peso, melhora a sensibilidade à insulina e contribui para o bem-estar geral. Manter uma dieta balanceada, com foco na redução de alimentos ricos em açúcares e carboidratos, pode ser benéfico, particularmente para mulheres com obesidade e resistência à insulina. Por fim, é fundamental a realização de exames periódicos, incluindo ultrassonografias e análises hormonais, para acompanhamento da evolução da condição. O acompanhamento médico de rotina permite uma avaliação clínica contínua e a consequente adaptação do tratamento de acordo com as necessidades individuais de cada paciente. O tratamento da SOP, em muitos casos, requer uma abordagem multidisciplinar, envolvendo ginecologistas, endocrinologistas, nutricionistas e, quando necessário, psicólogos. Esses profissionais podem trabalhar em conjunto para oferecer suporte abrangente e personalizado às necessidades da paciente. Realizar o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são medidas que não apenas fazem o gerenciamento dos sintomas, mas também possibilitam a prevenção de complicações a longo prazo, promovendo a saúde geral e a qualidade de vida da mulher. Para ficar por dentro de mais dicas e informações valiosas, sugerimos a leitura do conteúdo sobre os cuidados essenciais com a saúde da mulher. Sabin avisa: Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames. Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas.  Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial. Referências: Ndefo UA, Eaton A, Green MR. Polycystic ovary syndrome: a review of treatment options with a focus on pharmacological approaches. P T. 2013 Jun;38(6):336-55. Singh S, Pal N, Shubham S, Sarma DK, Verma V, Marotta F, Kumar M. Polycystic Ovary Syndrome: Etiology, Current Management, and Future Therapeutics. J Clin Med. 2023 Feb 11;12(4):1454. doi: 10.3390/jcm12041454 Ministério da Saúde. Síndrome do Ovário Policístico. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saes/dgh/noticias/2023/sindrome-do-ovario-policistico Acesso em: 29/11/2023 Witchel SF, Oberfield SE, Peña AS. Polycystic Ovary Syndrome: Pathophysiology, Presentation, and Treatment With Emphasis on Adolescent Girls. J Endocr Soc. 2019 Jun 14;3(8):1545-1573. doi: 10.1210/js.2019-00078 WHO. Polycystic Ovary Syndrome. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/polycystic-ovary-syndrome Acesso em: 29/11/2023