A pandemia causada pelo novo coronavírus, iniciada em 2019, representou uma situação única na sociedade atual. Mas, antes disso, outra pandemia assustou o mundo: a da gripe H1N1, também conhecida como gripe suína. O impacto do surto global não foi tão significativo quanto o mais recente, mas isso não significa que não se trate de uma doença que continue merecendo nossa atenção.
Apesar da preocupação necessária com a situação atual, outras doenças também precisam ser identificadas, prevenidas e tratadas. Para se ter uma ideia, foram mais de 53 mil casos confirmados em 2009, e 2.098 mortes no período. Mesmo com a vacina para a gripe H1N1 e um nível de transmissão mais baixo do que a covid-19, foram registradas 1.174 mortes pela doença em 2016.
Ou seja, a gripe H1N1 ainda precisa de atenção para um trabalho eficiente de prevenção. O que acha, então de saber como evitar a doença e identificar os seus sintomas? Preparamos este artigo com informações importantes que você precisa ter para não deixar que a gripe se torne, novamente, um grave problema.
Continue a leitura e confira!
O que é a gripe H1N1?
A gripe H1N1 surgiu em decorrência de uma variante do vírus Influenza que apareceu em animais e era capaz de infectar os humanos. Mais precisamente, surgiu nos porcos e, por isso, ganhou também o nome de gripe suína.
O vírus sofria mutações, produzindo novas cepas para as quais o corpo humano não tinha imunidade. Ele se disseminava rapidamente, causando problemas respiratórios graves.
Como e quando surgiu a gripe H1N1?
A H1N1 surgiu no México, em março de 2009, quando o governo do país identificou um aumento significativo no número de doenças respiratórias agudas em jovens adultos.
Não demorou muito tempo e os casos também apareceram nos Estados Unidos. Seu ponto de partida foram os porcos, que contaminaram os humanos e, rapidamente, foi se espalhando por todo o mundo.
Assim, em pouco mais de um mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a pandemia. O vírus tinha três características principais: capacidade de infectar humanos, transmissão rápida e fácil entre as pessoas e causava uma doença grave. Como também era disseminado pelo ar, chegou rapidamente em mais de 100 países.
Catorze meses depois, a própria OMS anunciou o fim da pandemia da gripe H1N1. Artigo publicado pela OMS relata que, nesses poucos meses de pandemia, a gripe suína foi responsável por um total de 200 mil morte, em 214 países.
Só no Brasil foram mais de 2 mil mortes e mais de 50 mil casos no primeiro ano. Apesar do fim da pandemia, o vírus ainda circula e é preciso combatê-lo.
Quais são os sintomas da gripe H1N1?
- febre alta: diferentemente de um resfriado comum, a febre, na gripe causada pelo H1N1, costuma ser alta, geralmente, acima de 38,7º;
- tosse: a tosse seca e irritativa também é muito característica, já que é uma forma de nosso corpo expulsar o vírus, e costuma durar alguns dias;
- coriza: o nariz também costuma ficar entupido pelo excesso de muco, o que pode ocasionar uma leve falta de ar;
- dor muscular: as dores musculares também são comuns, causando fadiga, cansaço e falta de disposição para atividades mais leves;
- falta de apetite: até mesmo a vontade de comer é prejudicada, com o corpo sem muita energia para fazer as refeições.
Além disso, a doença pode apresentar sintomas como calafrios, dor de garganta, diarreia, náuseas e vômitos.
Como podemos observar, a gripe H1N1 tem manifestações muito parecidas com os sintomas da covid-19. E é uma doença grave, também com altas taxas de mortalidade.
Como é a prevenção?
A melhor forma de prevenção é a vacina contra a gripe H1N1. Essa, inclusive, foi a razão para que a pandemia acabasse em 14 meses, com o anúncio da OMS.
Como já existiam outras vacinas contra os demais tipos do vírus influenza, foi mais rápido adaptar a solução para proporcionar imunidade contra a nova variante.
A vacina da gripe H1N1 reduz as chances de infecção e diminui, também, o risco de quadros mais graves. A campanha mais recente de vacinação contra a gripe H1N1, inclusive, começou em abril de 2021.
Além disso, boas práticas ajudam na prevenção da gripe H1N1, assim como acontece com a covid-19. Lavar bem as mãos sempre que voltar da rua é um exemplo de ação simples e muito importante. Manter os ambientes arejados também ajuda a combater a circulação do vírus, já que ele se propaga pelo ar.
Como é o tratamento do H1N1?
Entre as práticas comuns para lidar com a gripe H1N1, está o distanciamento e o repouso. O distanciamento social evita a propagação da doença. O descanso, por sua vez, contribui para a redução do cansaço, permitindo que o corpo se recupere de forma mais natural.
Atualmente, apesar da redução dessas chances por conta do distanciamento social devido à covid-19, como o vírus H1N1 ainda circula entre a população brasileira, é possível que indivíduos tenham gripe. Mas não existe motivo para desespero: o principal ponto é estar vacinado e procurar o seu médico para que ele o oriente adequadamente, já que a doença afeta diferentes grupos de forma muito distinta.
Apesar de ser importante conhecer e monitorar os principais sintomas da doença, é fundamental não realizar o autodiagnóstico. Ao perceber que está com sinais sugestivos de gripe, o melhor é sempre procurar um profissional especializado. O médico vai oferecer as orientações e todo o suporte necessário para cada caso.
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