Sabin Por: Sabin
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Com a chegada das estações mais frias, como outono e inverno, é comum observarmos um aumento nos casos de doenças respiratórias. Entre elas, a pneumonia representa uma das mais perigosas, especialmente para a população idosa. O fato é que pessoas com 60 anos ou mais apresentam maior risco de complicações graves causadas pela pneumonia, o que reforça a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. 

Felizmente, os métodos diagnósticos têm avançado nos últimos anos, possibilitando uma detecção mais precisa. Além disso, existem opções terapêuticas eficazes e estratégias preventivas seguras, com destaque para a vacinação, considerada a principal forma de proteção contra a doença.

O que é pneumonia e por que ela é mais grave em idosos?

A pneumonia é uma infecção que atinge os pulmões, mais precisamente os alvéolos pulmonares, que são pequenas estruturas responsáveis pela troca de oxigênio entre o ar e o sangue. Quando infectados por bactérias, vírus ou fungos, esses alvéolos podem ficar repletos de secreções, o que dificulta a respiração e reduz a oxigenação do organismo.

Em pessoas idosas, essa condição tende a se manifestar de forma mais grave, devido ao envelhecimento natural do sistema imunológico, que se torna menos eficiente na defesa contra agentes infecciosos. A presença de doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, insuficiência cardíaca ou doenças pulmonares, também pode agravar o quadro clínico

De acordo com estudos recentes, a pneumonia é uma das principais causas de internação hospitalar e mortalidade em indivíduos com mais de 65 anos, o que indica a vigilância constante nessa fase da vida.

Quais são os sintomas da pneumonia em idosos?

Embora os sintomas clássicos da pneumonia incluam febre alta, tosse com secreção, dor no peito e dificuldade para respirar, em idosos a apresentação pode ser bem diferente. 

Muitas vezes, os sinais são atípicos, dificultando o diagnóstico precoce. Nessa população, é comum que a infecção se manifeste por meio de confusão mental, desorientação, sonolência excessiva, redução do apetite, prostração ou piora de condições clínicas já existentes.

Por isso, é muito importante que cuidadores, familiares e profissionais da saúde estejam atentos a qualquer mudança repentina no estado de saúde ou no comportamento do idoso. A atenção nos detalhes sutis pode ser crucial na identificação da doença em estágio inicial, permitindo um tratamento adequado e com menor risco de complicações.

Quais os riscos da pneumonia em pessoas idosas?

A pneumonia é mais arriscada em idosos por diversos motivos. O primeiro deles é a maior fragilidade imunológica, que compromete a capacidade de resposta do organismo à infecção. Além disso, doenças crônicas comuns nessa faixa etária, como cardiopatias e diabetes, aumentam a vulnerabilidade do paciente.

Outro fator de risco a ser considerado é a pneumonia aspirativa, que ocorre quando alimentos, saliva ou conteúdos gástricos são aspirados para os pulmões, algo relativamente frequente em idosos com dificuldade de deglutição. A infecção por microrganismos multirresistentes também é uma preocupação, sobretudo em casos de internação hospitalar prolongada.

Por fim, mesmo após o tratamento, muitos idosos apresentam perda funcional significativa, necessitando de reabilitação ou assistência prolongada, o que pode impactar diretamente a autonomia e a qualidade de vida.

Como é feito o diagnóstico da pneumonia?

O diagnóstico da pneumonia em idosos deve começar com uma avaliação clínica minuciosa, levando em conta tanto os sintomas típicos quanto os atípicos. A ausculta pulmonar pode revelar ruídos respiratórios anormais, como crepitações. 

Os exames complementares servem para confirmar a suspeita. Entre eles, estão os exames de imagem, como a radiografia de tórax, que continua sendo o exame padrão para visualizar inflamações nos pulmões. Em casos mais complexos, pode-se utilizar a tomografia computadorizada do tórax.

Já os exames laboratoriais, como hemograma, gasometria arterial e marcadores inflamatórios (PCR, por exemplo), ajudam a determinar a gravidade da infecção. 

O escore CURB-65 é uma abordagem clínica que ajuda a avaliar a gravidade da pneumonia, a partir de fatores como confusão mental, ureia elevada, frequência respiratória, pressão arterial e idade. Sua aplicação auxilia a estimar o risco do paciente e a decidir, com maior precisão, sobre a necessidade de hospitalização.

Qual o tratamento da pneumonia?

O tratamento da pneumonia em idosos é baseado no uso de antibióticos, cuja escolha depende da gravidade da infecção e da provável origem do agente infeccioso. Em casos leves, o uso oral pode ser suficiente, mas quadros mais graves requerem administração endovenosa, hospitalização e suporte respiratório.

Em alguns casos, pode ser indicado o uso de corticosteroides para reduzir a inflamação pulmonar, além de medicamentos para alívio de sintomas como dor e febre. Ainda, o suporte nutricional e a hidratação são aspectos relevantes do tratamento, assim como a prevenção de aspiração em pacientes com disfagia.

Vale ressaltar que o tratamento deve sempre ser individualizado, conforme as comorbidades e a capacidade funcional do paciente. Dessa forma, qualquer medida terapêutica deve ser tomada com orientação médica adequada, respeitando o histórico de saúde do idoso e monitorando de perto sua evolução clínica.

Como prevenir a pneumonia em idosos?

A prevenção da pneumonia em idosos começa principalmente com a vacinação e a adoção de hábitos saudáveis no dia a dia. Entre as vacinas disponíveis, estão a vacina pneumocócica, nas versões Pneumo 13, Pneumo 23 e, mais recentemente, Pneumo 20, que proporcionam proteção contra diferentes cepas da bactéria Streptococcus pneumoniae, uma das principais causadoras da doença.

Também é importante manter em dia a vacinação anual contra a gripe e a imunização contra a covid-19. Tais medidas reduzem expressivamente o risco de infecções respiratórias graves e suas possíveis complicações.

Práticas cotidianas de cuidado contribuem para a prevenção da doença, como higienizar as mãos com frequência, manter uma alimentação nutritiva e equilibrada, controlar doenças crônicas de forma adequada e incluir atividades físicas na rotina. Essas atitudes fortalecem o sistema imunológico e colaboram para a saúde geral.

O Sabin conta com a vacina Pneumo 20 em seu portfólio, oferecendo uma ampla proteção contra uma variedade maior de sorotipos pneumocócicos. Com a vacinação em dia, cuidados simples com a saúde e acompanhamento médico regular, a população idosa pode enfrentar os meses mais frios do ano com mais segurança e qualidade de vida.

Continue aprendendo sobre cuidados com a saúde respiratória em nosso blog post: O que pode causar dor no pulmão?.

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

Shi, Ting et al. “Global and Regional Burden of Hospital Admissions for Pneumonia in Older Adults: A Systematic Review and Meta-Analysis.” The Journal of infectious diseases vol. 222,Suppl 7 (2020): S570-S576. doi:10.1093/infdis/jiz053

Thomas, Cindy Parks et al. “Incidence and cost of pneumonia in medicare beneficiaries.” Chest vol. 142,4 (2012): 973-981. doi:10.1378/chest.11-1160

Chong, Carol P, and Philip R Street. “Pneumonia in the elderly: a review of the epidemiology, pathogenesis, microbiology, and clinical features.” Southern medical journal vol. 101,11 (2008): 1141-5; quiz 1132, 1179. doi:10.1097/SMJ.0b013e318181d5b5

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Pneumonia em idosos: sinais, riscos e como prevenir a doença; Com a chegada das estações mais frias, como outono e inverno, é comum observarmos um aumento nos casos de doenças respiratórias. Entre elas, a pneumonia representa uma das mais perigosas, especialmente para a população idosa. O fato é que pessoas com 60 anos ou mais apresentam maior risco de complicações graves causadas pela pneumonia, o que reforça a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado.  Felizmente, os métodos diagnósticos têm avançado nos últimos anos, possibilitando uma detecção mais precisa. Além disso, existem opções terapêuticas eficazes e estratégias preventivas seguras, com destaque para a vacinação, considerada a principal forma de proteção contra a doença. O que é pneumonia e por que ela é mais grave em idosos? A pneumonia é uma infecção que atinge os pulmões, mais precisamente os alvéolos pulmonares, que são pequenas estruturas responsáveis pela troca de oxigênio entre o ar e o sangue. Quando infectados por bactérias, vírus ou fungos, esses alvéolos podem ficar repletos de secreções, o que dificulta a respiração e reduz a oxigenação do organismo. Em pessoas idosas, essa condição tende a se manifestar de forma mais grave, devido ao envelhecimento natural do sistema imunológico, que se torna menos eficiente na defesa contra agentes infecciosos. A presença de doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, insuficiência cardíaca ou doenças pulmonares, também pode agravar o quadro clínico.  De acordo com estudos recentes, a pneumonia é uma das principais causas de internação hospitalar e mortalidade em indivíduos com mais de 65 anos, o que indica a vigilância constante nessa fase da vida. Quais são os sintomas da pneumonia em idosos? Embora os sintomas clássicos da pneumonia incluam febre alta, tosse com secreção, dor no peito e dificuldade para respirar, em idosos a apresentação pode ser bem diferente.  Muitas vezes, os sinais são atípicos, dificultando o diagnóstico precoce. Nessa população, é comum que a infecção se manifeste por meio de confusão mental, desorientação, sonolência excessiva, redução do apetite, prostração ou piora de condições clínicas já existentes. Por isso, é muito importante que cuidadores, familiares e profissionais da saúde estejam atentos a qualquer mudança repentina no estado de saúde ou no comportamento do idoso. A atenção nos detalhes sutis pode ser crucial na identificação da doença em estágio inicial, permitindo um tratamento adequado e com menor risco de complicações. Quais os riscos da pneumonia em pessoas idosas? A pneumonia é mais arriscada em idosos por diversos motivos. O primeiro deles é a maior fragilidade imunológica, que compromete a capacidade de resposta do organismo à infecção. Além disso, doenças crônicas comuns nessa faixa etária, como cardiopatias e diabetes, aumentam a vulnerabilidade do paciente. Outro fator de risco a ser considerado é a pneumonia aspirativa, que ocorre quando alimentos, saliva ou conteúdos gástricos são aspirados para os pulmões, algo relativamente frequente em idosos com dificuldade de deglutição. A infecção por microrganismos multirresistentes também é uma preocupação, sobretudo em casos de internação hospitalar prolongada. Por fim, mesmo após o tratamento, muitos idosos apresentam perda funcional significativa, necessitando de reabilitação ou assistência prolongada, o que pode impactar diretamente a autonomia e a qualidade de vida. Como é feito o diagnóstico da pneumonia? O diagnóstico da pneumonia em idosos deve começar com uma avaliação clínica minuciosa, levando em conta tanto os sintomas típicos quanto os atípicos. A ausculta pulmonar pode revelar ruídos respiratórios anormais, como crepitações.  Os exames complementares servem para confirmar a suspeita. Entre eles, estão os exames de imagem, como a radiografia de tórax, que continua sendo o exame padrão para visualizar inflamações nos pulmões. Em casos mais complexos, pode-se utilizar a tomografia computadorizada do tórax. Já os exames laboratoriais, como hemograma, gasometria arterial e marcadores inflamatórios (PCR, por exemplo), ajudam a determinar a gravidade da infecção.  O escore CURB-65 é uma abordagem clínica que ajuda a avaliar a gravidade da pneumonia, a partir de fatores como confusão mental, ureia elevada, frequência respiratória, pressão arterial e idade. Sua aplicação auxilia a estimar o risco do paciente e a decidir, com maior precisão, sobre a necessidade de hospitalização. Qual o tratamento da pneumonia? O tratamento da pneumonia em idosos é baseado no uso de antibióticos, cuja escolha depende da gravidade da infecção e da provável origem do agente infeccioso. Em casos leves, o uso oral pode ser suficiente, mas quadros mais graves requerem administração endovenosa, hospitalização e suporte respiratório. Em alguns casos, pode ser indicado o uso de corticosteroides para reduzir a inflamação pulmonar, além de medicamentos para alívio de sintomas como dor e febre. Ainda, o suporte nutricional e a hidratação são aspectos relevantes do tratamento, assim como a prevenção de aspiração em pacientes com disfagia. Vale ressaltar que o tratamento deve sempre ser individualizado, conforme as comorbidades e a capacidade funcional do paciente. Dessa forma, qualquer medida terapêutica deve ser tomada com orientação médica adequada, respeitando o histórico de saúde do idoso e monitorando de perto sua evolução clínica. Como prevenir a pneumonia em idosos? A prevenção da pneumonia em idosos começa principalmente com a vacinação e a adoção de hábitos saudáveis no dia a dia. Entre as vacinas disponíveis, estão a vacina pneumocócica, nas versões Pneumo 13, Pneumo 23 e, mais recentemente, Pneumo 20, que proporcionam proteção contra diferentes cepas da bactéria Streptococcus pneumoniae, uma das principais causadoras da doença. Também é importante manter em dia a vacinação anual contra a gripe e a imunização contra a covid-19. Tais medidas reduzem expressivamente o risco de infecções respiratórias graves e suas possíveis complicações. Práticas cotidianas de cuidado contribuem para a prevenção da doença, como higienizar as mãos com frequência, manter uma alimentação nutritiva e equilibrada, controlar doenças crônicas de forma adequada e incluir atividades físicas na rotina. Essas atitudes fortalecem o sistema imunológico e colaboram para a saúde geral. O Sabin conta com a vacina Pneumo 20 em seu portfólio, oferecendo uma ampla proteção contra uma variedade maior de sorotipos pneumocócicos. Com a vacinação em dia, cuidados simples com a saúde e acompanhamento médico regular, a população idosa pode enfrentar os meses mais frios do ano com mais segurança e qualidade de vida. Continue aprendendo sobre cuidados com a saúde respiratória em nosso blog post: O que pode causar dor no pulmão?. Sabin avisa: Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames. Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas.  Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial. Referências: Shi, Ting et al. “Global and Regional Burden of Hospital Admissions for Pneumonia in Older Adults: A Systematic Review and Meta-Analysis.” The Journal of infectious diseases vol. 222,Suppl 7 (2020): S570-S576. doi:10.1093/infdis/jiz053 Thomas, Cindy Parks et al. “Incidence and cost of pneumonia in medicare beneficiaries.” Chest vol. 142,4 (2012): 973-981. doi:10.1378/chest.11-1160 Chong, Carol P, and Philip R Street. “Pneumonia in the elderly: a review of the epidemiology, pathogenesis, microbiology, and clinical features.” Southern medical journal vol. 101,11 (2008): 1141-5; quiz 1132, 1179. doi:10.1097/SMJ.0b013e318181d5b5