Sabin Por: Sabin
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A descoberta e o desenvolvimento das vacinas é uma das maiores conquistas em saúde, salvando a vida de milhões de pessoas. A vacinação é um elemento-chave para o controle e a prevenção de diversas doenças, evitando surtos, epidemias e pandemias.

Neste conteúdo, você vai entender melhor sobre a importância de manter o calendário de vacinação atualizado, além de conferir quais são as vacinas indicadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

O que muda no calendário de vacinação em 2025?

O calendário de vacinação é dinâmico e muda de acordo com a situação epidemiológica das doenças. Um exemplo é a vacina da gripe, cuja composição é atualizada anualmente para se adequar ao vírus que mais está circulando no momento.

A médica do Grupo Sabin, Dra. Luciana Santos, esclarece quais os períodos indicados para a vacinação da gripe: “Para todas as pessoas, a vacina da gripe deve ser realizada antes do aumento da circulação do vírus, que normalmente ocorre nos meses de inverno”. E complementa: “Crianças de seis meses a nove anos que se vacinarão pela primeira vez contra a gripe deverão receber duas doses”.

Ainda em 2024, em virtude do crescente número de casos de dengue no Brasil, foi incorporada a vacina Qdenga® no Calendário Nacional de Vacinação, inicialmente para grupos prioritários.

Outro ponto de destaque é a disponibilização de imunizantes contra o vírus sincicial respiratório (VSR) — não disponíveis no PNI, mas recomendados pela SBIm e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). O VSR é um dos principais causadores de síndromes respiratórias no Brasil, principalmente durante os meses de outono e inverno, período em que há registro de maior número de casos e internações hospitalares.

Novas recomendações acerca da vacinação contra o HPV também alteraram o calendário de vacinação. Ainda em 2024, houve mudanças no esquema vacinal recomendado pelo PNI, com a aplicação de uma única dose da vacina HPV 4. Por outro lado, a SBIm e a SBP seguem recomendando esquema preferencial com a vacina HPV 9 em duas ou três doses, conforme faixa etária do início do esquema.

Mudanças na vacinação contra a poliomielite

A vacina da poliomielite é a grande responsável pela doença estar eliminada no Brasil desde 1994 — com o último caso registrado em 1989 — e os tipos 2 e 3 da doença estarem erradicados em todo o mundo.

Tradicionalmente, a vacinação contra a poliomielite ocorria por meio de duas vacinas.

  • Vacina Inativada Poliomielite (VIP): vacina trivalente e injetável;
  • Vacina Oral Poliomielite (VOP): vacina oral atenuada bivalente, constituída pelos vírus da pólio tipos 1 e 3, vivos e enfraquecidos. No Brasil, é conhecida como “gotinha”.

No final de 2024, o Ministério da Saúde (MS) anunciou a substituição da VOP (gotinha) pela versão injetável nas doses de reforço. A decisão foi baseada em critérios epidemiológicos, evidências científicas sobre a vacina e recomendações internacionais para deixar o esquema vacinal ainda mais seguro.

A SBIm segue recomendando o segundo reforço entre quatro e seis anos. Já o PNI indica que o esquema vacinal deixa de contar com as duas doses de reforço da vacina oral, sendo substituída por uma dose da vacina injetável aos 15 meses. 

Portanto, o novo esquema vacinal contra a poliomielite será:

  • dois meses – primeira dose VIP;
  • quatro meses – segunda dose VIP;
  • seis meses – terceira dose VIP;
  • 15 meses – dose de reforço VIP.

Vacina para o rotavírus atualizada

Em dezembro de 2024, o MS publicou a Nota Técnica nº 193, atualizando as indicações da vacina contra o rotavírus humano ofertada pelo PNI. O documento estende os limites da faixa etária para a administração da primeira e segunda dose, conforme descrito a seguir.

  • primeira dose aos dois meses de idade, podendo ser administrada a partir de um mês e 15 dias até 11 meses e 29 dias;
  • segunda dose aos quatro meses de idade, podendo ser administrada a partir de três meses e 15 dias até 23 meses e 29 dias.

Qual a importância de estar com o calendário de vacinação em dia?

Com o passar do tempo, as vacinas podem diminuir sua proteção. Para garantir a cobertura, são fundamentais o cumprimento dos esquemas vacinais e a atualização das doses que faltam ou das doses de reforço, que têm a capacidade de estimular e reativar o sistema imunológico.

Para se ter uma ideia da importância da vacinação, dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) revelam que, entre 2000 e 2017, a vacinação contra o sarampo impediu cerca de 21,1 milhões de mortes, tornando essa vacina um dos melhores investimentos em saúde pública.

Esse é apenas um exemplo, entre tantos outros benefícios, que a vacinação proporciona para a saúde da população. Além da proteção individual, estar devidamente vacinado evita a propagação de doenças e a possibilidade de reintrodução daquelas já eliminadas ou erradicadas

A vacinação pode ser feita em postos de saúde da rede pública, clínicas privadas e pelo atendimento em domicílio, como o serviço móvel VEM Sabin.

Como é definido o calendário de vacinação?

Abaixo, confira todos os imunizantes incluídos no calendário vacinal de 2025, de acordo com o ciclo de vida (crianças, adolescentes/adultos jovens, gestantes e idosos).

Crianças

Aproveite para entender todas as vacinas por cada calendário. Vamos começar pela saúde da criança.

  • BCG: a vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin) protege contra formas graves da tuberculose (meningite, por exemplo) em crianças com idade menor que cinco anos. É aplicada em uma única dose logo após o nascimento e pode ser encontrada no Sistema Único de Saúde (SUS).
  • Hepatite B: confere proteção contra a hepatite B. É também aplicada ao nascer, em esquema vacinal que pode abranger três a quatro doses nos seis primeiros meses de vida do bebê, a depender da vacina utilizada.
  • Rotavírus: previne a gastroenterite aguda causada pelo rotavírus humano. É administrada conforme esquema visto acima.
  • DTPa: também conhecida como tríplice bacteriana, previne contra difteria, tétano e coqueluche. É aplicada em esquema vacinal de três doses (dois, quatro e seis meses), com dois reforços (15 meses e quatro anos). No SUS, é oferecida por meio da vacina pentavalente ou tríplice de células inteiras, e em clínicas particulares, por meio das vacinas pentavalente acelular e hexavalente acelular.
  • Haemophilus influenzae b: destinada a doenças causadas por essa bactéria, que pode ser responsável por meningites, pneumonias e otites. É aplicada em esquema vacinal de três doses (dois, quatro e seis meses), com uma dose de reforço no intervalo de 15 meses. No SUS, é oferecida por meio da vacina pentavalente, e em clínicas particulares, por meio das vacinas pentavalente acelular e hexavalente acelular.
  • Poliomielite: protege contra a paralisia infantil. Aplicada em três doses da vacina VIP (injetável, dois, quatro e seis meses), com uma dose de reforço da mesma vacina aos 15 meses. Atenção à manutenção do reforço entre quatro e seis anos, conforme a SBIm.
  • Pneumocócicas conjugadas: previnem doenças graves como pneumonia, meningite e otite. Duas a três doses, a depender da vacina utilizada (dois a seis meses de vida), com reforço aos 12 meses. No SUS, é oferecida na forma da vacina VPC10, e em clínicas privadas, podem ser encontradas VPC10, VPC13, VPC 15 e VPC 20.
  • Meningocócicas conjugadas ACWY ou C: previnem as meningites e as infecções generalizadas da bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y ou C. Aplicada em esquema de duas doses (três e cinco meses), com dois reforços (12 meses e cinco anos).
  • Meningocócica B: protege contra infecção generalizada e meningite ocasionada pela bactéria meningococo do tipo B. Aplicada em esquema de duas doses (três e cinco meses), com reforço aos 12 meses.
  • Influenza (gripe): previne contra a infecção causada pelo vírus da gripe. Aplicada na primovacinação de menores de nove anos, em esquema de duas doses com intervalo de um mês. Após, é feita dose única anual.
  • Febre amarela: protege contra a febre amarela. Aplicada em duas doses, aos 12 meses e quatro anos.
  • Hepatite A: previne a hepatite A. Aplicada em esquema de duas doses (PNI oferece dose única), aos 12 meses e aos 18 meses.
  • Tríplice viral: previne sarampo, caxumba e rubéola. Aplicada em esquema de duas doses, aos 12 e 15 meses.
  • Varicela: previne a catapora, é aplicada em esquema de duas doses, aos 12 e 15 meses. PNI recomenda a primeira dose aplicada como parte da tetraviral aos 15 meses, com segunda dose aos quatro anos.
  • HPV: prevenção da infecção pelo papilomavírus humano. No SUS (PNI), é aplicada em dose única aos nove anos com a vacina HPV4. A SBIm recomenda duas ou três doses com a vacina HPV 9, conforme faixa etária do início do esquema.
  • Dengue: reduz os casos graves e hospitalizações decorrentes da dengue. A vacina Qdenga® é administrada em duas doses, independentemente de contato prévio com o vírus da dengue.
  • Vírus sincicial respiratório (VSR): vacina que protege contra o VSR. Não está disponível no PNI, mas é recomendada pela SBIm e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
  • Covid-19: protege contra o coronavírus.

Adolescentes e adultos

O calendário de vacinação do adolescente e do adulto deverá ser completado com as vacinas não recebidas na infância, ou se não apresentar comprovante de vacinação. Veja quais vacinas são recomendadas.

  • Tríplice viral: previne sarampo, caxumba e rubéola.
  • Hepatite A: previne hepatite A.
  • Hepatite B: previne hepatite B.
  • Febre amarela: previne a febre amarela.
  • DTPa: previne difteria, tétano e coqueluche.
  • Varicela: previne a catapora.
  • Meningocócica B: previne contra infecção generalizada e meningite ocasionada pela bactéria meningococo do tipo B.
  • Meningocócicas conjugadas ACWY: previne contra infecção generalizada e meningite provocada pelo meningococo dos tipos A, C, W e Y.
  • HPV: previne infecções pelo papilomavírus humano, que causa câncer e verrugas genitais.
  • Pneumocócicas conjugadas 13, 15 e 20: previne cerca de 90% das doenças graves, como pneumonia, meningite e otite. Deve-se reforçar a indicação para pacientes de risco.
  • Dengue: reduz os casos graves e hospitalizações decorrentes da dengue.
  • Influenza: previne contra a infecção causada pelo vírus da gripe.
  • Covid-19: protege contra o coronavírus.

Gestantes

Tendo em vista que, durante a gestação, as mulheres apresentam alterações na imunidade, as vacinas indicadas para a gestante possuem efeito duplo, tanto para a saúde da mãe quanto para a do bebê. Ambos estarão protegidos, de forma passiva, pela transferência de anticorpos, até que a criança inicie sua vacinação e produza seus próprios anticorpos.

Conheça as vacinas mais importantes para esse período.

  • Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto DTPa: recomendada para todas as gestantes, pois, além de proteger da doença e evitar que ela transmita a Bordetella pertussis (que causa a coqueluche) ao recém-nascido, permite a transferência de anticorpos ao feto, protegendo-o, nos primeiros meses de vida, até que possa ser imunizado.
  • Hepatite B: protege contra a hepatite B.
  • Influenza: protege contra a gripe.
  • Covid-19: protege contra o coronavírus.
  • Vírus sincicial respiratório (VSR): vacina que protege contra o VSR. Não está disponível no PNI, mas é recomendada pela SBIm e SPB.

Cabe destacar que a participação do obstetra é indispensável no planejamento, nas recomendações e nas contraindicações das vacinas, as quais são baseadas no histórico de cada gestante.

Idosos

Para a manutenção da qualidade de vida, alguns fatores podem interferir ao longo do tempo, como o surgimento de doenças crônicas e o enfraquecimento do sistema imune. Por isso, a vacinação é crucial para os adultos de mais idade, contribuindo como uma oportunidade para a longevidade e o envelhecimento com saúde. 

O processo de envelhecimento torna as respostas imunológicas menos eficientes, deixando os idosos mais vulneráveis à infecção pelo vírus da gripe. Evidências científicas demonstram que a gripe pode ter um grande impacto em diversos sistemas do corpo, aumentando em até oito vezes o risco de acidente vascular cerebral, dez vezes os riscos de ataques cardíacos e até oito vezes mais chances de desenvolvimento de pneumonia. Adicionalmente, estudos apontam até 75% mais chances de surgirem anormalidades no controle da glicemia após a infecção pela gripe, impactando em doenças como o diabetes.

Diante disso, a vacina da gripe para idosos é uma ferramenta essencial também para prevenir infecções graves e complicações relacionadas à doença, que podem comprometer seriamente a saúde da pessoa. A vacina Efluelda® é recomendada para a prevenção da influenza e suas complicações, incluindo hospitalizações por pneumonia e eventos cardiorrespiratórios, em comparação com a dose da vacina considerada padrão.

Conheça as principais vacinas indicadas para a população idosa.

  • Influenza: previne a gripe e é apresentada em dois tipos, dose padrão (tradicional) e Efluelda® (alta dose).
  • Pneumocócicas: protege contra infecções bacterianas causadas por pneumococos.
  • Hepatite B: protege contra a hepatite B.
  • Herpes-zóster: previne do vírus varicela-zóster e suas temidas complicações, como a neuralgia pós-herpética (dor severa que pode persistir por meses).
  • Febre amarela: protege contra a febre amarela (em situações especiais, com orientação médica).
  • Covid-19: protege contra o coronavírus.
  • Vírus sincicial respiratório (VSR): vacina que protege contra o VSR. Não está disponível no PNI, mas é recomendada pela SBIm.

Proteja-se mantendo as vacinas em dia. Converse com um profissional de saúde sobre quais você precisa. Para informações completas sobre quais vacinas você precisa para ficar protegido, confira os sites da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e do Ministério da Saúde. Se ainda restar alguma dúvida, o Sabin dispõe de canais de atendimento exclusivos para você!

Para expandir o seu conhecimento sobre a vacinação, indicamos a leitura do conteúdo sobre quais vacinas são indicadas para gestantes. Boa leitura!

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial. 

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Conheça o calendário de vacinação e veja o que mudou para 2025; A descoberta e o desenvolvimento das vacinas é uma das maiores conquistas em saúde, salvando a vida de milhões de pessoas. A vacinação é um elemento-chave para o controle e a prevenção de diversas doenças, evitando surtos, epidemias e pandemias. Neste conteúdo, você vai entender melhor sobre a importância de manter o calendário de vacinação atualizado, além de conferir quais são as vacinas indicadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). O que muda no calendário de vacinação em 2025? O calendário de vacinação é dinâmico e muda de acordo com a situação epidemiológica das doenças. Um exemplo é a vacina da gripe, cuja composição é atualizada anualmente para se adequar ao vírus que mais está circulando no momento. A médica do Grupo Sabin, Dra. Luciana Santos, esclarece quais os períodos indicados para a vacinação da gripe: “Para todas as pessoas, a vacina da gripe deve ser realizada antes do aumento da circulação do vírus, que normalmente ocorre nos meses de inverno”. E complementa: “Crianças de seis meses a nove anos que se vacinarão pela primeira vez contra a gripe deverão receber duas doses”. Ainda em 2024, em virtude do crescente número de casos de dengue no Brasil, foi incorporada a vacina Qdenga® no Calendário Nacional de Vacinação, inicialmente para grupos prioritários. Outro ponto de destaque é a disponibilização de imunizantes contra o vírus sincicial respiratório (VSR) — não disponíveis no PNI, mas recomendados pela SBIm e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). O VSR é um dos principais causadores de síndromes respiratórias no Brasil, principalmente durante os meses de outono e inverno, período em que há registro de maior número de casos e internações hospitalares. Novas recomendações acerca da vacinação contra o HPV também alteraram o calendário de vacinação. Ainda em 2024, houve mudanças no esquema vacinal recomendado pelo PNI, com a aplicação de uma única dose da vacina HPV 4. Por outro lado, a SBIm e a SBP seguem recomendando esquema preferencial com a vacina HPV 9 em duas ou três doses, conforme faixa etária do início do esquema. Mudanças na vacinação contra a poliomielite A vacina da poliomielite é a grande responsável pela doença estar eliminada no Brasil desde 1994 — com o último caso registrado em 1989 — e os tipos 2 e 3 da doença estarem erradicados em todo o mundo. Tradicionalmente, a vacinação contra a poliomielite ocorria por meio de duas vacinas. Vacina Inativada Poliomielite (VIP): vacina trivalente e injetável; Vacina Oral Poliomielite (VOP): vacina oral atenuada bivalente, constituída pelos vírus da pólio tipos 1 e 3, vivos e enfraquecidos. No Brasil, é conhecida como “gotinha”. No final de 2024, o Ministério da Saúde (MS) anunciou a substituição da VOP (gotinha) pela versão injetável nas doses de reforço. A decisão foi baseada em critérios epidemiológicos, evidências científicas sobre a vacina e recomendações internacionais para deixar o esquema vacinal ainda mais seguro. A SBIm segue recomendando o segundo reforço entre quatro e seis anos. Já o PNI indica que o esquema vacinal deixa de contar com as duas doses de reforço da vacina oral, sendo substituída por uma dose da vacina injetável aos 15 meses.  Portanto, o novo esquema vacinal contra a poliomielite será: dois meses – primeira dose VIP; quatro meses – segunda dose VIP; seis meses – terceira dose VIP; 15 meses – dose de reforço VIP. Vacina para o rotavírus atualizada Em dezembro de 2024, o MS publicou a Nota Técnica nº 193, atualizando as indicações da vacina contra o rotavírus humano ofertada pelo PNI. O documento estende os limites da faixa etária para a administração da primeira e segunda dose, conforme descrito a seguir. primeira dose aos dois meses de idade, podendo ser administrada a partir de um mês e 15 dias até 11 meses e 29 dias; segunda dose aos quatro meses de idade, podendo ser administrada a partir de três meses e 15 dias até 23 meses e 29 dias. Qual a importância de estar com o calendário de vacinação em dia? Com o passar do tempo, as vacinas podem diminuir sua proteção. Para garantir a cobertura, são fundamentais o cumprimento dos esquemas vacinais e a atualização das doses que faltam ou das doses de reforço, que têm a capacidade de estimular e reativar o sistema imunológico. Para se ter uma ideia da importância da vacinação, dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) revelam que, entre 2000 e 2017, a vacinação contra o sarampo impediu cerca de 21,1 milhões de mortes, tornando essa vacina um dos melhores investimentos em saúde pública. Esse é apenas um exemplo, entre tantos outros benefícios, que a vacinação proporciona para a saúde da população. Além da proteção individual, estar devidamente vacinado evita a propagação de doenças e a possibilidade de reintrodução daquelas já eliminadas ou erradicadas.  A vacinação pode ser feita em postos de saúde da rede pública, clínicas privadas e pelo atendimento em domicílio, como o serviço móvel VEM Sabin. Como é definido o calendário de vacinação? Abaixo, confira todos os imunizantes incluídos no calendário vacinal de 2025, de acordo com o ciclo de vida (crianças, adolescentes/adultos jovens, gestantes e idosos). Crianças Aproveite para entender todas as vacinas por cada calendário. Vamos começar pela saúde da criança. BCG: a vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin) protege contra formas graves da tuberculose (meningite, por exemplo) em crianças com idade menor que cinco anos. É aplicada em uma única dose logo após o nascimento e pode ser encontrada no Sistema Único de Saúde (SUS). Hepatite B: confere proteção contra a hepatite B. É também aplicada ao nascer, em esquema vacinal que pode abranger três a quatro doses nos seis primeiros meses de vida do bebê, a depender da vacina utilizada. Rotavírus: previne a gastroenterite aguda causada pelo rotavírus humano. É administrada conforme esquema visto acima. DTPa: também conhecida como tríplice bacteriana, previne contra difteria, tétano e coqueluche. É aplicada em esquema vacinal de três doses (dois, quatro e seis meses), com dois reforços (15 meses e quatro anos). No SUS, é oferecida por meio da vacina pentavalente ou tríplice de células inteiras, e em clínicas particulares, por meio das vacinas pentavalente acelular e hexavalente acelular. Haemophilus influenzae b: destinada a doenças causadas por essa bactéria, que pode ser responsável por meningites, pneumonias e otites. É aplicada em esquema vacinal de três doses (dois, quatro e seis meses), com uma dose de reforço no intervalo de 15 meses. No SUS, é oferecida por meio da vacina pentavalente, e em clínicas particulares, por meio das vacinas pentavalente acelular e hexavalente acelular. Poliomielite: protege contra a paralisia infantil. Aplicada em três doses da vacina VIP (injetável, dois, quatro e seis meses), com uma dose de reforço da mesma vacina aos 15 meses. Atenção à manutenção do reforço entre quatro e seis anos, conforme a SBIm. Pneumocócicas conjugadas: previnem doenças graves como pneumonia, meningite e otite. Duas a três doses, a depender da vacina utilizada (dois a seis meses de vida), com reforço aos 12 meses. No SUS, é oferecida na forma da vacina VPC10, e em clínicas privadas, podem ser encontradas VPC10, VPC13, VPC 15 e VPC 20. Meningocócicas conjugadas ACWY ou C: previnem as meningites e as infecções generalizadas da bactéria meningococo dos tipos A, C, W e Y ou C. Aplicada em esquema de duas doses (três e cinco meses), com dois reforços (12 meses e cinco anos). Meningocócica B: protege contra infecção generalizada e meningite ocasionada pela bactéria meningococo do tipo B. Aplicada em esquema de duas doses (três e cinco meses), com reforço aos 12 meses. Influenza (gripe): previne contra a infecção causada pelo vírus da gripe. Aplicada na primovacinação de menores de nove anos, em esquema de duas doses com intervalo de um mês. Após, é feita dose única anual. Febre amarela: protege contra a febre amarela. Aplicada em duas doses, aos 12 meses e quatro anos. Hepatite A: previne a hepatite A. Aplicada em esquema de duas doses (PNI oferece dose única), aos 12 meses e aos 18 meses. Tríplice viral: previne sarampo, caxumba e rubéola. Aplicada em esquema de duas doses, aos 12 e 15 meses. Varicela: previne a catapora, é aplicada em esquema de duas doses, aos 12 e 15 meses. PNI recomenda a primeira dose aplicada como parte da tetraviral aos 15 meses, com segunda dose aos quatro anos. HPV: prevenção da infecção pelo papilomavírus humano. No SUS (PNI), é aplicada em dose única aos nove anos com a vacina HPV4. A SBIm recomenda duas ou três doses com a vacina HPV 9, conforme faixa etária do início do esquema. Dengue: reduz os casos graves e hospitalizações decorrentes da dengue. A vacina Qdenga® é administrada em duas doses, independentemente de contato prévio com o vírus da dengue. Vírus sincicial respiratório (VSR): vacina que protege contra o VSR. Não está disponível no PNI, mas é recomendada pela SBIm e Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Covid-19: protege contra o coronavírus. Adolescentes e adultos O calendário de vacinação do adolescente e do adulto deverá ser completado com as vacinas não recebidas na infância, ou se não apresentar comprovante de vacinação. Veja quais vacinas são recomendadas. Tríplice viral: previne sarampo, caxumba e rubéola. Hepatite A: previne hepatite A. Hepatite B: previne hepatite B. Febre amarela: previne a febre amarela. DTPa: previne difteria, tétano e coqueluche. Varicela: previne a catapora. Meningocócica B: previne contra infecção generalizada e meningite ocasionada pela bactéria meningococo do tipo B. Meningocócicas conjugadas ACWY: previne contra infecção generalizada e meningite provocada pelo meningococo dos tipos A, C, W e Y. HPV: previne infecções pelo papilomavírus humano, que causa câncer e verrugas genitais. Pneumocócicas conjugadas 13, 15 e 20: previne cerca de 90% das doenças graves, como pneumonia, meningite e otite. Deve-se reforçar a indicação para pacientes de risco. Dengue: reduz os casos graves e hospitalizações decorrentes da dengue. Influenza: previne contra a infecção causada pelo vírus da gripe. Covid-19: protege contra o coronavírus. Gestantes Tendo em vista que, durante a gestação, as mulheres apresentam alterações na imunidade, as vacinas indicadas para a gestante possuem efeito duplo, tanto para a saúde da mãe quanto para a do bebê. Ambos estarão protegidos, de forma passiva, pela transferência de anticorpos, até que a criança inicie sua vacinação e produza seus próprios anticorpos. Conheça as vacinas mais importantes para esse período. Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto DTPa: recomendada para todas as gestantes, pois, além de proteger da doença e evitar que ela transmita a Bordetella pertussis (que causa a coqueluche) ao recém-nascido, permite a transferência de anticorpos ao feto, protegendo-o, nos primeiros meses de vida, até que possa ser imunizado. Hepatite B: protege contra a hepatite B. Influenza: protege contra a gripe. Covid-19: protege contra o coronavírus. Vírus sincicial respiratório (VSR): vacina que protege contra o VSR. Não está disponível no PNI, mas é recomendada pela SBIm e SPB. Cabe destacar que a participação do obstetra é indispensável no planejamento, nas recomendações e nas contraindicações das vacinas, as quais são baseadas no histórico de cada gestante. Idosos Para a manutenção da qualidade de vida, alguns fatores podem interferir ao longo do tempo, como o surgimento de doenças crônicas e o enfraquecimento do sistema imune. Por isso, a vacinação é crucial para os adultos de mais idade, contribuindo como uma oportunidade para a longevidade e o envelhecimento com saúde.  O processo de envelhecimento torna as respostas imunológicas menos eficientes, deixando os idosos mais vulneráveis à infecção pelo vírus da gripe. Evidências científicas demonstram que a gripe pode ter um grande impacto em diversos sistemas do corpo, aumentando em até oito vezes o risco de acidente vascular cerebral, dez vezes os riscos de ataques cardíacos e até oito vezes mais chances de desenvolvimento de pneumonia. Adicionalmente, estudos apontam até 75% mais chances de surgirem anormalidades no controle da glicemia após a infecção pela gripe, impactando em doenças como o diabetes. Diante disso, a vacina da gripe para idosos é uma ferramenta essencial também para prevenir infecções graves e complicações relacionadas à doença, que podem comprometer seriamente a saúde da pessoa. A vacina Efluelda® é recomendada para a prevenção da influenza e suas complicações, incluindo hospitalizações por pneumonia e eventos cardiorrespiratórios, em comparação com a dose da vacina considerada padrão. Conheça as principais vacinas indicadas para a população idosa. Influenza: previne a gripe e é apresentada em dois tipos, dose padrão (tradicional) e Efluelda® (alta dose). Pneumocócicas: protege contra infecções bacterianas causadas por pneumococos. Hepatite B: protege contra a hepatite B. Herpes-zóster: previne do vírus varicela-zóster e suas temidas complicações, como a neuralgia pós-herpética (dor severa que pode persistir por meses). Febre amarela: protege contra a febre amarela (em situações especiais, com orientação médica). Covid-19: protege contra o coronavírus. Vírus sincicial respiratório (VSR): vacina que protege contra o VSR. Não está disponível no PNI, mas é recomendada pela SBIm. Proteja-se mantendo as vacinas em dia. Converse com um profissional de saúde sobre quais você precisa. Para informações completas sobre quais vacinas você precisa para ficar protegido, confira os sites da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e do Ministério da Saúde. Se ainda restar alguma dúvida, o Sabin dispõe de canais de atendimento exclusivos para você! Para expandir o seu conhecimento sobre a vacinação, indicamos a leitura do conteúdo sobre quais vacinas são indicadas para gestantes. Boa leitura! Sabin avisa: Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames. Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas.  Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.