Blog Sabin https://blog.sabin.com.br/ Conhecimento aliado ao bem-estar Wed, 30 Oct 2024 18:45:57 +0000 pt-BR hourly 1 https://blog.sabin.com.br/wp-content/uploads/2021/03/favicons.png Blog Sabin https://blog.sabin.com.br/ 32 32 Aumento de casos de coqueluche: entenda a importância da vacinação https://blog.sabin.com.br/medicos/a-importancia-da-vacinacao-contra-a-coqueluche/ https://blog.sabin.com.br/medicos/a-importancia-da-vacinacao-contra-a-coqueluche/#respond Tue, 19 Nov 2024 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=4089 A coqueluche é uma infecção respiratória aguda altamente contagiosa, caracterizada por episódios de tosse intensa e prolongada, que acomete pessoas suscetíveis de qualquer idade, com maior gravidade em crianças menores de um ano. É uma preocupação de saúde pública, sobretudo devido às baixas coberturas vacinais e ao esquema incompleto de vacinação. A principal forma de […]

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A coqueluche é uma infecção respiratória aguda altamente contagiosa, caracterizada por episódios de tosse intensa e prolongada, que acomete pessoas suscetíveis de qualquer idade, com maior gravidade em crianças menores de um ano. É uma preocupação de saúde pública, sobretudo devido às baixas coberturas vacinais e ao esquema incompleto de vacinação.

A principal forma de prevenir a coqueluche é por meio da imunização. A vacinação é uma das intervenções de saúde mais eficazes e custo-efetivas, contribuindo significativamente para a redução da mortalidade e da incidência de várias doenças. No entanto, apesar de ser considerada uma doença controlada por vacinas, a coqueluche tem ressurgido em várias partes do mundo, incluindo o Brasil.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2018, ocorreram mais de 151 mil casos de coqueluche em todo o mundo. Dados nacionais de 2019 a 2024 mostram que as crianças menores de um ano representaram mais de 52% dos casos de coqueluche. Em seguida, estão as crianças entre um e quatro anos, com cerca de 22%. 

Essa é uma doença de notificação compulsória, sendo registrados 3,1 mil casos de coqueluche em 2015 no Brasil. Após esse período, observou-se uma diminuição do número de casos confirmados. Entretanto, em 2022, 2023 e 2024, foram confirmados 159, 244 e 517 casos de coqueluche, respectivamente. 

Para 2024, o Ministério da Saúde (MS) alerta sobre a ocorrência de surtos de coqueluche em países da Ásia e Europa, recomendando a ampliação e intensificação da vacinação contra a doença, bem como o fortalecimento das ações de vigilância epidemiológica em todo o território brasileiro.

Continue lendo para aprofundar seu conhecimento sobre a coqueluche, conheça os dados epidemiológicos e entenda a importância da vacinação. 

Situação epidemiológica da coqueluche

Conforme informações preliminares do MS, no Brasil, da semana epidemiológica (SE) 1 à SE 35 de 2024, foram notificados 1.256 casos suspeitos de coqueluche, enquanto 1.465 casos suspeitos foram notificados ao longo de 2023.

Os estados que concentram o maior número de casos em 2024 são: São Paulo (4.400); Paraná (1.946); Minas Gerais (1.482); Rio Grande do Sul (1.150); Pernambuco (3.278); Bahia (1.100); Piauí (638); Espírito Santo (750); Goiás (407); e Distrito Federal (591).

Diversas hipóteses foram levantadas para explicar esse aumento, incluindo maior sensibilidade no diagnóstico e notificação de casos, melhorias no diagnóstico laboratorial com técnicas biomoleculares, coberturas vacinais heterogêneas, maior suscetibilidade de crianças menores de seis meses que não completaram o esquema vacinal, mães não protegidas antes do parto, queda da proteção por falta de reforços nas crianças dos quatro aos seis anos e nos adolescentes, além da própria ciclicidade da doença, que ocorre em intervalos de três a cinco anos. 

Em maio de 2024, a União Europeia publicou um boletim epidemiológico revelando o aumento de casos de coqueluche em pelo menos 17 países. O Centro de Prevenção e Controle de Doenças da China (CCDC) relatou que, em 2024, o país notificou 32.380 casos e 13 óbitos relacionados à doença. Diante desse cenário, o Ministério da Saúde divulgou uma nota técnica com recomendações de incremento nas ações de vigilância epidemiológica da doença no Brasil.

Qual a explicação para o aumento dos casos de coqueluche?

Como mencionado acima, muitos fatores podem influenciar no crescimento do número de casos. Um dos principais fatores é a baixa cobertura da vacina, mas também a falta de conhecimento da população de que, com o passar dos anos, ocorre a queda da imunidade. Outro fator bastante relevante para esse aumento é que as pessoas suscetíveis, muitas vezes, deixam de completar os esquemas vacinais, contribuindo para o reaparecimento da doença.

Um dos grandes desafios da OMS é aumentar essas coberturas. Dados apontam uma estagnação na cobertura mundial de imunização infantil. Em 2023, 2,7 milhões de crianças ficaram sem vacinação ou com vacinação insuficiente, em comparação com os níveis pré-pandêmicos de 2019. 

A vacina contra difteria, tétano e coqueluche (DTP) é um marcador importante na cobertura mundial de imunização. Ainda em 2023, 14,5 milhões de crianças não receberam a dose inicial da DTP, em razão da falta de acesso às vacinas e a outros serviços de saúde, e cerca de 6,5 milhões foram parcialmente vacinadas. Já o número de crianças que receberam três doses da vacina ficou em 84%, totalizando 108 milhões. Os números demonstram que mais da metade das crianças não vacinadas vivem em 31 países com ambientes frágeis, afetados por conflitos e situações de vulnerabilidade. 

Todo esse panorama deixa as crianças mais expostas a doenças evitáveis, em virtude das interrupções nos serviços e à falta de acesso à segurança, à nutrição e aos cuidados com a saúde. O Brasil vem procurando reverter a tendência de queda nas coberturas vacinais. De acordo com a OMS, “a vacina, junto com a água tratada, é o que garantiu a redução da mortalidade infantil e o aumento da expectativa em todo o mundo”.

Fatores que dificultam a adesão à vacinação

O calendário vacinal básico, estabelecido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), inclui vacinas como BCG, hepatite B, poliomielite, entre outras, administradas nos primeiros anos de vida. Durante a pandemia de covid-19, foram implementadas estratégias adicionais para manter as taxas de imunização, porém, a cobertura vacinal apresentou uma queda significativa, revelando diversos fatores que contribuem para essa redução.

Fatores socioeconômicos, como baixa renda e menor nível de escolaridade dos responsáveis, estão associados à baixa cobertura vacinal. Estudos realizados em diferentes regiões do Brasil confirmam essa correlação, destacando também a influência negativa de barreiras geográficas e logísticas. Famílias com poucos recursos financeiros, residentes em zonas rurais e com menor nível de escolaridade têm maior probabilidade de não completar o esquema vacinal. 

O desconhecimento sobre a importância das vacinas, combinado com a disseminação de notícias falsas, que se intensificou durante a pandemia de covid-19, dificulta a adesão ao calendário vacinal. Não apenas isso, mas aspectos culturais, como a desconfiança nas instituições de saúde, também contribuem para a baixa adesão.

Ademais, o que mais se fala nos últimos anos é sobre a hesitação, definida pelo estado de hesitar, ou seja, estar indeciso no momento de tomar decisões, o que vem prejudicando o desempenho dos programas de imunizações e afrontando a ciência. Isso foi prejudicial para a procura de vacinas, levando à falta de confiança, bem como ao questionamento da segurança e eficácia das vacinas.

Portanto, hesitação vacinal é definida como o atraso em aceitar ou a recusa das vacinas recomendadas, apesar da sua disponibilidade nos serviços de saúde. Vale lembrar que as vacinas existem há séculos, e seus benefícios foram consolidados há anos.

Barreiras logísticas, como a distância até os postos de vacinação e a falta de transporte público, são fatores críticos que também dificultam o acesso às vacinas. Problemas na gestão dos serviços de saúde, como a falta de vacinas e horários de funcionamento inadequados, são relatados como obstáculos importantes. Outro obstáculo está associado à rotatividade de profissionais de saúde e à falta de treinamento adequado.

Manifestações clínicas e complicações da coqueluche

A coqueluche é uma doença infecciosa aguda e de alta transmissibilidade, que compromete a traqueia e os brônquios, caracterizada por paroxismos de tosse seca. É a maior causa de morbimortalidade em crianças, em lactentes, podendo resultar em um número elevado de complicações e até em morte. Adultos e idosos apresentam casos atípicos, com tosse persistente, mas sem paroxismos, guincho característico ou vômito pós-tosse.

O ser humano é o único reservatório natural. Ainda não foi demonstrada a existência de portadores crônicos, embora possam ocorrer casos oligossintomáticos, com pouca importância na disseminação da doença. O período de incubação, em média, é de cinco a 10 dias, podendo variar de quatro a 21 dias, e, raramente, até 42 dias.

O agente etiológico é uma bactéria, a Bordetella pertussis, cocobacilo Gram-negativo que adere às células epiteliais ciliadas do trato respiratório. Produz as seguintes toxinas: a toxina pertussis (porção A), a toxina adenilato ciclase, a toxina dermonecrótica, a citotoxina traqueal e, ainda, LPS e endotoxina, presentes nas bactérias Gram-negativo. 

Após um período de incubação de uma a três semanas, a infecção por coqueluche evolui, progride geralmente por três estágios clínicos distintos: o estágio catarral, o estágio paroxístico e o estágio de convalescença.

  1. Fase catarral: início com sintomas leves semelhantes aos de um resfriado comum, como coriza, febre baixa e espirros, seguidos por surtos de tosse que se intensificam com o tempo. Essa fase dura de uma a duas semanas.
  2. Fase paroxística: caracterizada por episódios de tosse intensa e prolongada, seguidos por um som agudo ao inspirar. Durante os acessos, o indivíduo pode ter dificuldade para respirar, apresentando protrusão da língua, congestão facial e cianose, uma coloração azulada nos lábios e extremidades, proveniente da falta de oxigenação do sangue. Essa fase dura de duas a seis semanas.
  3. Fase de convalescença: os episódios de tosse paroxística diminuem gradualmente, mas a tosse comum pode persistir por até três meses. Infecções respiratórias secundárias também podem reativar os sintomas.

A coqueluche pode levar a complicações que variam de leves a graves, ocorrendo em qualquer faixa etária. As complicações são mais comuns em lactentes de mães não vacinadas e em adultos não vacinados, incompletamente imunizados ou com imunidade diminuída.

Entre as complicações leves, destaca-se a pneumonia secundária, que pode ser ocasionada pela sobreposição de uma infecção bacteriana. Além disso, pode acontecer perda de consciência, devido à falta de oxigênio durante os acessos de tosse.

Já as complicações graves incluem convulsões, podendo ser desencadeadas por hipóxia cerebral — falta de oxigenação no cérebro — durante os acessos de tosse, e encefalopatia hipóxico-isquêmica, uma complicação rara, mas grave, que pode resultar em danos cerebrais permanentes. Outra complicação séria são quadros hemorrágicos, que ocorrem devido à pressão aumentada nos vasos sanguíneos durante os acessos de tosse.

Em particular nos lactentes, a apneia — distúrbio do sono que afeta a respiração — pode ocorrer motivada pela obstrução das vias aéreas nos acessos de tosse, e o pneumotórax, caracterizado pela ruptura de uma bolha de ar no pulmão, pode acontecer devido à pressão interna elevada nos acessos de tosse.

No estágio paroxístico, que dura de uma a seis semanas, a tosse se torna intensa e ocorre em crises, conhecidas como paroxismos. Essas crises de tosse podem ser seguidas de um som agudo ao inspirar, conhecido como “guincho”. A tosse severa pode levar a vômitos, exaustão e, em casos graves, a complicações como pneumonia e convulsões.

O estágio de convalescença pode durar semanas a meses, período no qual os sintomas gradualmente diminuem. Embora a frequência e a gravidade dos paroxismos de tosse diminuam, a recuperação completa pode ser lenta, e a tosse residual pode persistir.

Os desfechos, potencialmente graves, envolvem complicações em lactentes e em crianças pequenas, que podem apresentar sintomas como apneia, pneumonia, convulsões e encefalopatia hipóxica. É fundamental reconhecer precocemente os sintomas da coqueluche, para instituir o tratamento adequado e prevenir complicações.

Importância da vacinação

A vacinação é a medida mais eficaz para prevenir a coqueluche e suas complicações. Ela não só protege o indivíduo vacinado, como também reduz a circulação da bactéria na comunidade, proporcionando proteção indireta para aqueles que não podem ser vacinados, como recém-nascidos e pessoas com contraindicações médicas.

Conscientizar a população sobre a importância da vacinação e a manutenção do esquema vacinal atualizado para todas as idades é essencial para evitar surtos e complicações graves. A vacinação faz parte do calendário vacinal das crianças e também do calendário de vacinação dos adolescentes, adultos e gestantes. 

A vacina deve ser indicada e aplicada o mais precocemente a partir dos dois meses de vida. As gestantes são vacinadas para dar proteção ao filho quando nascer, no pré-natal, até que ele adquira seus próprios anticorpos e estejam protegidos após o esquema básico — aos dois, quatro e seis meses, com reforços entre 15 e 18 meses (primeiro reforço) e entre quatro e seis anos (segundo reforço). 

Na adolescência, entre nove e 11 anos, há outro reforço importante ao atingir a idade adulta. Nessa fase da vida, o esquema é mais complexo e devem ser avaliadas situações anteriores, conforme detalhadas a seguir.

  1. Se previamente vacinadas, com pelo menos três doses de vacina contendo o componente tetânico: uma dose de dTpa a partir da vigésima semana de gestação.
  2. Se está com vacinação incompleta, tendo recebido uma dose de vacina contendo o componente tetânico: uma dose de dT e uma dose de dTpa, sendo que a dTpa deve ser aplicada a partir da vigésima semana de gestação. Respeitar intervalo mínimo de um mês entre elas.
  3. Se em gestantes com vacinação incompleta, tendo recebido duas doses de vacina contendo o componente tetânico: uma dose de dTpa a partir da vigésima semana de gestação.
  4. Se em gestantes não vacinadas e/ou com histórico vacinal desconhecido: duas doses de dT e uma dose de dTpa, sendo que a dTpa deve ser aplicada a partir da vigésima semana de gestação. Respeitar intervalo mínimo de um mês entre elas.

Cabe ressaltar que, em pessoas não adequadamente vacinadas ou vacinadas há mais de cinco anos, a coqueluche, com frequência, não se apresenta sob a forma clássica, podendo manifestar-se sob formas atípicas, com tosse persistente, mas sem paroxismos, guincho característico ou vômito pós-tosse.

A vacina protege por cerca de 10 anos e, por isso, os reforços são necessários na adolescência e na idade adulta. Além disso, é importante vacinar toda a rede de apoio, inclusive os idosos que terão contato com crianças para assegurar uma proteção abrangente e reduzir a transmissão.

Infelizmente, as doses de reforço ainda não são ofertadas na rede pública, somente nas clínicas particulares. A rede pública vacina as gestantes a partir da vigésima semana, com o objetivo de proteger os bebês, o grupo que apresenta maior risco de contrair a doença e ir a óbito.

Ao fazer sua vacinação a partir da vigésima semana, a gestante transfere anticorpos maternos ao feto através da placenta, e a criança fica protegida pelo menos nos primeiros seis meses, quando estimula seu sistema imune a obter os próprios anticorpos. A vacina dTpa é a escolhida para a gestante e deve ser aplicada a cada gravidez, uma vez que confere proteção e evita que a bactéria Bordetella pertussis seja transmitida pela mãe ao recém-nascido durante os cuidados e o período da amamentação.

Aquelas mulheres não vacinadas no período da gestação devem ser vacinadas no puerpério, momento da amamentação quando ainda podem transferir anticorpos através do leite materno. Na indisponibilidade da vacina dTpa, esta poderá ser substituída pela dTpa-VIP, vacina ampliada que confere proteção tanto para a coqueluche quanto para o vírus da poliomielite, ficando a critério médico com prescrição.

Os profissionais de saúde desempenham um papel crucial no controle e na erradicação de doenças evitáveis. Ao conscientizar a população sobre a importância da imunização, eles fornecem informações valiosas e esclarecem dúvidas dos pacientes, aumentando, assim, a adesão à vacinação. Esse trabalho faz toda a diferença quando se trata de casos em que doenças previamente erradicadas, como a coqueluche, ressurgem devido à redução na cobertura vacinal. 

Para aprofundar seu conhecimento sobre a vacina dTpa e outras formas de prevenção da coqueluche, separamos o conteúdo sobre a vacina dTpa na gestação, como e quando se vacinar? Ajude a disseminar essas informações!

Referências:

Ministério da Saúde. Coqueluche. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/coqueluche. Acesso em: 16/07/2024.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Departamento de Ações Estratégicas de Epidemiologia e Vigilância em Saúde e Ambiente. Guia de vigilância em saúde : volume 1 [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, Departamento de Ações Estratégicas de Epidemiologia e Vigilância em Saúde e Ambiente. – 6. ed. rev. – Brasília : Ministério da Saúde, 2024. 3 v. : il.

Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde. Surtos de coqueluche na Europa e na Ásia reforçam importância da vacinação no Brasil. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/surtos-de-coqueluche-na-europa-e-na-asia-reforcam-importancia-da-vacinacao-no-brasil/. Acesso em: 26/05/2024.

World Health Organization. Pertussis. Disponível em: https://www.who.int/health-topics/pertussis#tab=tab_1. Acesso em: 16/07/2024.

CDC.Whooping Cough (Pertussis). Disponível em: https://www.cdc.gov/pertussis/about/index.html. Acesso em: 16/07/2024.

Mayo Clinic. Whooping cough. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/whooping-cough/symptoms-causes/syc-20378973. Acesso em: 16/07/2024.

Michael D Decker, Kathryn M Edwards, Pertussis (Whooping Cough), The Journal of Infectious Diseases, Volume 224, Issue Supplement_4, 1 October 2021, Pages S310–S320, https://doi.org/10.1093/infdis/jiaa469

BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Situação epidemiológica da coqueluche no Brasil, 2024. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/coqueluche/situacao-epidemiologica

Domenech de Cellès, M., Rohani, P. Vacinas contra coqueluche, epidemiologia e evolução. Nat Rev Microbiol (2024). https://doi.org/10.1038/s41579-024-01064-8

FONTES, S. K. R.; ARAUJO, L. C.; SILVA, G. L.; SILVA, M. R. da. Fatores determinantes na cobertura vacinal do esquema básico de imunização na infância. Research, Society and Development, [S. l.], v. 12, n. 7, p. e18212742722, 2023. DOI: 10.33448/rsd-v12i7.42722. 

Lauria AM, Zabbo CP. Coqueluche. [Atualizado em 7 de outubro de 2022]. Em: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2024 Jan-. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK519008/

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https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiYTU3MmI5ZjItYmMyNC00ZTVjLTk2ZTItNWZlMjUxNDQwZmVlIiwidCI6IjlhNTU0YWQzLWI1MmItNDg2Mi1hMzZmLTg0ZDg5MWU1YzcwNSJ9

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https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2023/dezembro/brasil-reverte-tendencia-de-queda-nas-coberturas-vacinais-e-oito-imunizantes-do-calendario-infantil-registram-alta-em-2023

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 Ana Paula Sayuri Sato. Qual a importância da hesitação vacinal na queda das coberturas vacinais no Brasil? Rev. Saúde Pública vol.52 São Paulo 2018 Epub 20-nov-2018

NE MacDonald, SAGE Working Group on Vaccine Hesitancy. Vaccine hesitancy: definition, scope and determinants.Vaccine, 33: 4161-4164, 2015

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Importância da alimentação materna durante o período de amamentação https://blog.sabin.com.br/autocuidado/alimentacao-materna-durante-a-amamentacao/ https://blog.sabin.com.br/autocuidado/alimentacao-materna-durante-a-amamentacao/#respond Tue, 12 Nov 2024 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=4084 A amamentação é um processo fundamental para a saúde do recém-nascido. O leite materno é uma fonte de nutrientes muito importantes que contribuem substancialmente para o desenvolvimento do bebê. A composição do leite materno está diretamente relacionada à dieta da mãe durante esse período. Por isso, a alimentação da lactante (mulher que amamenta) deve ser […]

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A amamentação é um processo fundamental para a saúde do recém-nascido. O leite materno é uma fonte de nutrientes muito importantes que contribuem substancialmente para o desenvolvimento do bebê.

A composição do leite materno está diretamente relacionada à dieta da mãe durante esse período. Por isso, a alimentação da lactante (mulher que amamenta) deve ser equilibrada e capaz de suprir as necessidades energéticas da mãe e do bebê. Uma nutrição adequada proporcionará um leite materno que atenderá a todas as necessidades do recém-nascido para um crescimento saudável.

Segundo o Ministério da Saúde (MS), em 2023, nasceram mais de 2,5 milhões de bebês no Brasil. Até maio de 2024, foram registrados quase 780 mil nascimentos. Esses números demonstram a importância de informar as mães sobre a alimentação durante o período de amamentação e os riscos associados em caso de uma dieta inadequada.

Pensando nisso, elaboramos este conteúdo para auxiliar mamães e futuras mamães a garantir a sua saúde e a de seu filho nessa fase tão importante da vida. Confira!

Benefícios e influência da amamentação na saúde

A amamentação é amplamente reconhecida pelos seus inúmeros benefícios, tanto para o bebê quanto para a mãe. Para a criança, o leite materno oferece proteção contra infecções e doenças, graças à presença de anticorpos e nutrientes essenciais. Como os recém-nascidos ainda não possuem um sistema imunológico maduro, os anticorpos transferidos, a partir do leite materno, são cruciais para a proteção da criança nos primeiros meses de vida.

O leite materno é facilmente digerido pelo bebê e está sempre disponível na temperatura ideal, sem a necessidade de preparações. Além dos benefícios nutricionais, o ato de amamentar fortalece o vínculo emocional entre mãe e filho, promovendo um contato físico que estimula o desenvolvimento emocional e cognitivo do recém-nascido.

Para a mãe, a amamentação ajuda a reduzir o risco de desenvolvimento de doenças como o câncer de mama e de ovário, contribuindo também para a recuperação do útero após o parto. Adicionalmente, a produção de leite está associada à liberação de hormônios como a ocitocina, que promove o bem-estar emocional da mãe.

Necessidades nutricionais durante a amamentação

Durante o período de amamentação, as necessidades nutricionais da mãe aumentam significativamente. Estima-se que, para suprir a demanda energética extra gerada pela produção de leite, a mãe precisa consumir cerca de 500 calorias a mais por dia.

Contudo, não basta apenas aumentar o consumo calórico; é importante garantir a ingestão adequada de nutrientes específicos, para fortificar a saúde da mãe e para a produção do leite.

Entre os nutrientes mais importantes durante a amamentação, estão as proteínas (produção do leite), vitaminas como A, C, D e o complexo B, que auxiliam no fortalecimento do sistema imunológico e no metabolismo, e minerais como cálcio e ferro, que auxiliam na manutenção da saúde óssea e na prevenção da anemia. Ácidos graxos ômega 3, encontrados em peixes e sementes, também podem ser importantes para a saúde da mãe e o desenvolvimento neurológico do bebê. 

Alimentos recomendados durante a amamentação

Para assegurar a ingestão adequada de todos os nutrientes necessários, é altamente recomendável que a mãe lactante siga uma dieta balanceada e rica em alimentos saudáveis. Frutas e vegetais são fontes importantes de vitaminas, minerais e fibras, ajudando a manter a saúde geral da mãe. Grãos integrais, como aveia, quinoa e arroz integral, são também ricos em fibras e fornecem energia de forma sustentável ao longo do dia, além de contribuir com a saúde intestinal.

Proteínas magras, como carnes brancas, ovos e leguminosas, auxiliam na produção de leite, enquanto laticínios fortificados com cálcio ajudam a manter a saúde óssea. Já o consumo de gorduras insaturadas, como as encontradas em abacates, nozes e azeite de oliva, ajudam na manutenção da saúde cardiovascular.

A hidratação é outro ponto que se deve ter atenção durante o período de amamentação, uma vez que a produção de leite aumenta a necessidade de líquidos. Portanto, a mãe deve beber água regularmente, ao longo do dia, para se manter hidratada e propiciar uma produção de leite adequada.

É importante que a mãe evite o consumo de bebidas alcoólicas, alimentos ultraprocessados, alimentos ricos em cafeína, açúcares e gorduras saturadas. 

Planejando a alimentação durante a amamentação

Um planejamento alimentar bem estruturado pode ajudar a mãe a consumir todos os nutrientes necessários sem sobrecarregar o seu dia a dia. O ideal é preparar refeições ricas em nutrientes e snacks saudáveis, como frutas e oleaginosas, que possam ser consumidos no decorrer do dia para manter a energia.

Evite dietas restritivas, que podem comprometer a produção de leite e a saúde da mãe. Em vez disso, o foco deve estar em uma alimentação regular e balanceada, que inclua todos os grupos alimentares.

Nesse sentido, é essencial o acompanhamento nutricional por meio de profissionais especializados, como médicos e nutricionistas. Somente esses profissionais podem fornecer orientações personalizadas e seguras, considerando as necessidades específicas da mãe e do bebê, e ajudar a prevenir deficiências nutricionais. O apoio especializado pode, inclusive, identificar possíveis problemas, como alergias alimentares no bebê, e ajustar a dieta conforme necessário. 

Quer saber mais informações sobre a hora de amamentar? Recomendamos a leitura do nosso conteúdo sobre a importância da amamentação. Boa leitura!

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

Ministério da Saúde. Plataforma Integrada de Vigilância em Saúde (IVIS). Disponível em: http://plataforma.saude.gov.br/natalidade/nascidos-vivos/. Acesso em: 22/08/2024.

Ministério da Saúde. Alimentação durante a amamentação: o que comer e evitar. Dsisponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-me-alimentar-melhor/noticias/2018/alimentacao-durante-a-amamentacao-o-que-comer-e-evitar. Acesso em: 22/08/2024.

Febrasgo. A alimentação durante a amamentação. Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias-campanha-nutrindo-o-amor/item/1336-a-alimentacao-durante-a-amamentacao. Acesso em: 22/08/2024.

OPAS. Aleitamento materno e alimentação complementar. Disponível em:https://www.pa/ho.org/pt/topicos/aleitamento-materno-e-alimentacao-complementar. Acesso em: 22/08/2024.

Unicef. Aleitamento materno. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/aleitamento-materno?gad_source=1&gclid=Cj0KCQjwtsy1BhD7ARIsAHOi4xZaJhZlaYg1OoPvR8KWwjV_1anho8jYm0KkgjiGUFtprr9Qkmwk1_0aAlHhEALw_wcB. Acesso em: 22/08/2024.

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Vitamina B12: quais as consequências da sua deficiência? https://blog.sabin.com.br/saude/deficiencia-de-vitamina-b12/ https://blog.sabin.com.br/saude/deficiencia-de-vitamina-b12/#respond Tue, 05 Nov 2024 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=4079 A vitamina B12, ou cobalamina, é um nutriente com diferentes funções no corpo humano. Apesar da sua importância, muitas pessoas desconhecem suas funções e os riscos associados à sua deficiência, principalmente em alguns tipos de dietas restritivas, condições de saúde específicas e para pessoas idosas, que possuem maior risco de desenvolver carência dessa vitamina. A […]

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A vitamina B12, ou cobalamina, é um nutriente com diferentes funções no corpo humano. Apesar da sua importância, muitas pessoas desconhecem suas funções e os riscos associados à sua deficiência, principalmente em alguns tipos de dietas restritivas, condições de saúde específicas e para pessoas idosas, que possuem maior risco de desenvolver carência dessa vitamina.

A deficiência de vitamina B12 pode resultar em problemas sérios de saúde, portanto, manter os seus níveis adequados é fundamental para garantir bem-estar e prevenir o surgimento de doenças.

Para ajudar você a entender a importância da vitamina B12, preparamos este conteúdo, que traz informações sobre o papel da vitamina no organismo, os sintomas da deficiência, os métodos de diagnóstico e as melhores formas de garantir níveis adequados do nutriente. Boa leitura!

O que é a vitamina B12?

A vitamina B12 faz parte das vitaminas do complexo B, e suas funções incluem contribuir para a produção de glóbulos vermelhos (células responsáveis pelo transporte de oxigênio no organismo), participar do metabolismo energético e atuar no desenvolvimento e na manutenção do sistema nervoso central.

É encontrada em alimentos de origem animal, como carne vermelha, laticínios e ovos. Para que o organismo a absorva, é preciso que seja produzido o fator intrínseco, uma molécula liberada pelas células do estômago que protege a B12, permitindo que ela seja absorvida pelo intestino.

Uma vez absorvida, a B12 atua auxiliando as enzimas envolvidas na síntese de DNA, ácidos graxos e mielina. Essa última, em particular, desempenha um papel crucial na proteção e eficiência dos neurônios, para a transmissão de impulsos nervosos necessários na troca de informações entre as células do sistema nervoso central.

Benefícios da vitamina B12 para a saúde

A vitamina B12 contribui diretamente com a saúde neurológica, por meio da produção de mielina nas fibras nervosas. A falta de B12 pode resultar em neuropatias e problemas cognitivos, como dificuldades de memória e confusão mental.

Na saúde cardiovascular, a B12 é necessária para a conversão do aminoácido homocisteína em metionina, ajudando a regular os níveis de homocisteína, um fator de risco para doenças cardiovasculares. Por ser imprescindível para a formação de células sanguíneas saudáveis, um de seus papéis mais críticos é a prevenção da anemia megaloblástica, uma condição na qual o corpo produz glóbulos vermelhos anormalmente grandes e disfuncionais.

No que diz respeito à saúde mental, a vitamina B12 está envolvida na síntese de neurotransmissores como serotonina e dopamina, que influenciam o humor e o bem-estar emocional. Outro ponto de destaque é o metabolismo de ácidos graxos e aminoácidos, propiciando a produção de energia celular. 

Por fim, a vitamina B12, durante a gravidez, é importante para o desenvolvimento neurológico adequado do feto. A deficiência dessa vitamina em gestantes pode resultar em anomalias congênitas e problemas no desenvolvimento do bebê, reforçando a importância de uma ingestão adequada de B12 durante esse período.

Deficiência de vitamina B12

A deficiência se apresenta comumente como um quadro de anemia acompanhado de sintomas como fadiga e palidez. Também podem ocorrer icterícia (amarelamento da pele e dos olhos), distúrbios de sensibilidade como dormência, sensação de queimação e fraqueza, diarreia, dores de cabeça e distúrbios neuropsiquiátricos.

Os sintomas neurológicos são os mais preocupantes e podem incluir formigamento nas mãos e nos pés, confusão mental, perda de memória, dificuldades cognitivas e motoras e até sintomas psiquiátricos, como depressão, ansiedade e irritabilidade.

Em pessoas idosas, a deficiência de B12 pode ser confundida com sinais de demência, complicando ainda mais o diagnóstico. Sendo assim, quanto mais rápido for descoberta a deficiência da vitamina, maiores as chances de evitar complicações graves.

Como diagnosticar a deficiência de vitamina B12?

Inicialmente, é feita a avaliação clínica do paciente, na qual o médico irá analisar a presença de sintomas que possam indicar provável deficiência nutricional. O histórico do paciente também deve ser considerado, sobretudo na presença de fatores de risco, como a intolerância ao glúten (doença celíaca) ou a doença de Crohn, condições que podem gerar um processo inflamatório no sistema digestivo, prejudicando a absorção de vitamina B12 (dependente do fator intrínseco).

Outro ponto de destaque são os casos de cirurgia bariátrica, que normalmente interferem na produção do fator intrínseco pelas células do estômago, impactando diretamente a absorção de B12.

Exames laboratoriais são necessários para confirmar a deficiência, entre eles, os exames de sangue para dosagem dos níveis da vitamina no organismo. Em alguns casos, os médicos podem solicitar exames adicionais, como o ácido metilmalônico (MMA) e a homocisteína, biomarcadores mais sensíveis do que apenas medir os níveis séricos de B12. O MMA se acumula no organismo quando a vitamina B12 está em falta, enquanto a homocisteína também se eleva em casos de deficiência.

Esses exames são especialmente úteis em situações em que os níveis de B12 no sangue estão próximos do limite ou em pessoas que já estão tomando suplementos de B12, dificultando o diagnóstico apenas com o exame tradicional.

Como manter os níveis adequados de vitamina B12?

A melhor forma de manter níveis adequados de vitamina B12 se dá através da alimentação. As principais fontes da vitamina são alimentos de origem animal, como carnes, peixes, ovos e laticínios. Para pessoas que seguem dietas vegetarianas ou veganas, alimentos fortificados e suplementos de vitamina B12 são indicados para prevenir a deficiência. Pessoas idosas devem ficar atentas à alimentação e realizar exames de rotina para verificar os níveis da vitamina.

Como mencionado, algumas condições médicas ou procedimentos, como a doença celíaca, doença de Crohn e a cirurgia bariátrica, podem interferir na absorção da B12, tornando a suplementação necessária. Existem várias formas de suplementação de B12 disponíveis, incluindo comprimidos orais, cápsulas sublinguais e injeções intramusculares.

No entanto, a necessidade e a escolha do método de suplementação deve ser feita sempre com a orientação de um médico, considerando as necessidades individuais de cada paciente. Antes de suplementar qualquer vitamina, consulte um profissional da área da saúde para verificar a real necessidade de aderir a esse tipo de estratégia.

Outra vitamina essencial para o organismo, principalmente para a saúde óssea, é a vitamina D. Quer saber mais informações sobre esse nutriente tão importante? Então, não deixe de conferir o conteúdo sobre a importância da vitamina D e o que acontece quando ela está baixa.

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

Mayo Clinic. Vitamin B-12. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/drugs-supplements-vitamin-b12/art-20363663. Acesso em: 22/08/2024.

Mayo Clinic. Vitamin deficiency anemia. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/vitamin-deficiency-anemia/symptoms-causes/syc-20355025. Acesso em: 22/08/2024.

Abdelwahab, O.A., Abdelaziz, A., Diab, S. et al. Efficacy of different routes of vitamin B12 supplementation for the treatment of patients with vitamin B12 deficiency: A systematic review and network meta-analysis. Ir J Med Sci 193, 1621–1639 (2024). https://doi.org/10.1007/s11845-023-03602-4

Mathew, A.R.; Di Matteo, G.; La Rosa, P.; Barbati, S.A.; Mannina, L.; Moreno, S.; Tata, A.M.; Cavallucci, V.; Fidaleo, M. Vitamin B12 Deficiency and the Nervous System: Beyond Metabolic Decompensation—Comparing Biological Models and Gaining New Insights into Molecular and Cellular Mechanisms. Int. J. Mol. Sci. 2024, 25, 590. https://doi.org/10.3390/ijms25010590.

Wolffenbuttel B H, Owen P J, Ward M, Green R. Vitamin B12 BMJ 2023; 383 :e071725. doi:10.1136/bmj-2022-071725.

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Otites: como prevenir infecções nos ouvidos https://blog.sabin.com.br/saude/como-prevenir-otites/ https://blog.sabin.com.br/saude/como-prevenir-otites/#respond Tue, 22 Oct 2024 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=4043 As otites são infecções que podem afetar diferentes partes do ouvido e são um problema bastante comum, especialmente em bebês e crianças. Se não tratadas adequadamente, essas infecções podem levar a complicações sérias, como a perda auditiva.  A otite média aguda recorrente é uma das condições mais comuns entre as crianças. Segundo a Associação Catarinense […]

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As otites são infecções que podem afetar diferentes partes do ouvido e são um problema bastante comum, especialmente em bebês e crianças. Se não tratadas adequadamente, essas infecções podem levar a complicações sérias, como a perda auditiva. 

A otite média aguda recorrente é uma das condições mais comuns entre as crianças. Segundo a Associação Catarinense de Medicina (ACM), cerca de dois terços dos bebês até um ano terão passado por, pelo menos, um episódio de otite média aguda. Aos sete anos, aproximadamente 90% das crianças terão experimentado a doença, com 75% delas apresentando três ou mais episódios ao longo desse período.

Portanto, é imprescindível conhecer os riscos associados à otite recorrente e como preveni-la, sobretudo na infância. Neste conteúdo, você encontrará informações muito importantes sobre o que é a otite, quais os tipos, sintomas, formas de diagnóstico, tratamento e prevenção.

O que é a otite?

Otite é um termo médico usado para descrever a inflamação do ouvido, geralmente causada por infecções bacterianas ou virais. É uma condição que pode acometer diferentes estruturas do ouvido humano.

O ouvido é composto por três partes: externo, médio e interno. O ouvido externo, formado pela orelha e pelo canal auditivo, capta e direciona as ondas sonoras até o tímpano. Já o ouvido médio, contendo os ossículos (martelo, bigorna e estribo), amplifica e transmite as vibrações sonoras do tímpano para o ouvido interno.

O ouvido interno, que abriga a cóclea e o sistema vestibular, converte as vibrações em impulsos elétricos enviados ao cérebro, permitindo a percepção do som. Além disso, o sistema vestibular é responsável pelo equilíbrio corporal. Essas três partes trabalham juntas para processar os sons que ouvimos.

Crianças são mais propensas a desenvolver otites, em razão da anatomia dos ouvidos, que facilitam o acúmulo de líquidos e, consequentemente, a infecção. Adultos também podem ter otite, mas é menos comum e normalmente associada a outras condições, como alergias ou infecções respiratórias.

As consequências da otite podem variar conforme a localização e a gravidade da inflamação. Se não tratada, pode levar a diversas complicações, tais como celulite periauricular, perda temporária de audição, problemas de equilíbrio e, em casos mais graves, perfuração do tímpano, que pode levar à perda auditiva permanente.

Quais os tipos de otite?

A otite pode se manifestar de diferentes formas, dependendo da parte do ouvido afetada. Quando a infecção atinge o ouvido externo, é chamada de otite externa; quando atinge o ouvido médio, é chamada de otite média. Cada tipo tem suas particularidades, porém todos podem causar desconforto significativo e, em alguns casos, levar a complicações.

Otite externa: conhecida popularmente como “ouvido de nadador”, ocorre quando a parte externa do ouvido fica inflamada, em geral, devido à entrada de água contaminada no canal auditivo. Essa condição é comum entre pessoas que praticam natação ou que têm o hábito de molhar os ouvidos com frequência. A umidade excessiva pode criar um ambiente ideal para o crescimento de bactérias ou fungos, que causam a infecção. Outro agente causador é o uso de cotonetes ou algum objeto para limpar o ouvido, podendo causar pequenas lesões na pele, facilitando a entrada de microrganismos.

Otite média: é o tipo mais comum em crianças e ocorre quando a infecção se instala na cavidade do ouvido médio, que fica atrás do tímpano. Essa condição geralmente aparece como uma complicação de resfriados ou gripes, que causam o bloqueio da trompa de Eustáquio, o tubo que conecta o ouvido médio à parte de trás da garganta. Esse bloqueio faz com que fluidos se acumulem no ouvido médio, facilitando a proliferação de bactérias ou vírus.

A classificação da otite inclui ainda a sua duração, podendo ser aguda, com sintomas intensos e de curta duração, ou crônica, quando a infecção persiste por mais tempo.

Quais os sintomas da otite?

Os sintomas da otite podem variar, entretanto, na grande maioria das vezes, incluem dor de ouvido, sensação de pressão ou “ouvido tampado” e febre. Em casos isolados, quando há agravamento e complicações, como supuração e rompimento do tímpano, pode ser observada secreção saindo do ouvido.

A dor é um dos principais sintomas, particularmente em crianças, que podem ficar mais irritadas, chorar mais e ter dificuldade para dormir. Em casos mais graves, a infecção pode causar febre alta e, em crianças pequenas, a recusa em se alimentar, por conta do desconforto ao engolir.

Otite em bebês

Identificar a otite em bebês pode ser um desafio, uma vez que eles não conseguem expressar verbalmente o que sentem. O choro excessivo é um dos sintomas mais perceptíveis, mas é importante não confundir com os choros cotidianos. É comum que os bebês chorem quando estão com fome, com sono ou até quando fazem xixi ou cocô na fralda.

Quando a otite aparece, o choro do bebê parece não parar, mesmo que o cuidador já tenha tentado de tudo para acalmá-lo. Nesse caso, o ideal é levar o bebê ao pediatra, pois as chances de ser uma infecção de ouvido ou outras infecções são altas.

Um comportamento que também deve ser observado é a linguagem corporal do bebê. Se, ao chorar, o bebê leva as mãozinhas para a região da cabeça, especificamente na orelha, pode ser sinal de dor de ouvido. Quando os bebês estão com dor de ouvido, um movimento corporal típico é o de mexer e/ou balançar muito a cabeça, repetidamente. 

Falta de apetite, deixar de comer ou de mamar são outros sinais que podem indicar desconforto nos ouvidos. Usualmente, há aumento da dor/choro ao mamar, ao se apertar levemente próximo à orelha.

Por fim, também podemos identificar uma dor de ouvido quando a criança se deita apenas de um lado, por causa da dor, atrapalhando o sono do bebê.

Como é feito o diagnóstico da otite?

O diagnóstico da otite é feito por um médico, geralmente um pediatra ou otorrinolaringologista, que irá avaliar os sintomas e realizar um exame físico do ouvido com um otoscópio, uma ferramenta que permite visualizar o interior do ouvido.

Esse exame é importante para identificar sinais de inflamação, presença de fluido no ouvido médio ou perfuração do tímpano. Se houver otite supurada, o pus pode estar visível no ouvido médio atrás do tímpano.

Em alguns casos, quando há suspeita de complicações ou se o tratamento inicial não for eficaz, podem ser necessários exames complementares, como a timpanometria e a audiometria, para avaliar a função auditiva e a pressão no ouvido médio.

Qual o tratamento da otite?

O tratamento da otite depende do tipo de infecção e da gravidade dos sintomas. Para a otite média em crianças, comumente, é feito o uso de antibióticos, já que as infecções bacterianas são frequentes. Analgésicos e anti-inflamatórios também podem ser usados para aliviar a febre, a dor e reduzir a inflamação. Se a infecção for causada por vírus, o tratamento pode incluir apenas o manejo dos sintomas.

Para a otite externa, o tratamento, habitualmente, envolve o uso de antibióticos ou antifúngicos. Manter o ouvido seco e evitar a exposição à água durante o tratamento também são recomendações comuns. Em casos mais graves, pode ser necessário o uso de antibióticos orais ou a limpeza do canal auditivo por um profissional de saúde.

Como prevenir a otite?

A prevenção da otite consiste em adotar uma série de medidas para reduzir o risco de infecções. Manter os ouvidos limpos e secos é recomendado, especialmente após banhos ou atividades aquáticas. É desaconselhado o uso de cotonetes ou objetos pontiagudos para limpar o interior dos ouvidos, o que pode causar lesões e aumentar o risco de infecção.

A vacinação é uma medida importante, principalmente para prevenir infecções de vias respiratórias por bactérias como o Streptococcus pneumoniae e o Haemophilus influenzae, que são comuns causadores de otite média. Como o sistema respiratório superior tem comunicação com os ouvidos, a otite pode decorrer de complicações de viroses que se iniciam no nariz. Assim, manter as vacinas em dia, como a da gripe, é fundamental para prevenção dessas doenças, além de ajudar a reduzir o risco de otite.

Para bebês, uma medida preventiva é evitar o uso de mamadeira enquanto estão deitados, pois isso pode facilitar a entrada de líquidos no ouvido médio, aumentando o risco de infecção. 

Adicionalmente, evitar a exposição ao fumo passivo e manter uma boa higiene das mãos são estratégias eficazes para prevenir infecções respiratórias que podem levar à otite.

Como vimos, embora seja uma condição comum, a otite pode ter sérias complicações se não for tratada adequadamente. A identificação precoce dos sintomas, o tratamento correto e a adoção de medidas de prevenção auxiliam na proteção da saúde auditiva. Pais e cuidadores devem estar atentos aos sinais de desconforto nos pequenos e buscar atendimento médico ao primeiro sinal de infecção.

Para entender mais sobre como cuidar da saúde das crianças, leia nosso conteúdo sobre a importância da consulta com o pediatra e como ela pode ajudar a prevenir e tratar problemas recorrentes na infância.

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

Sociedade Brasileira de Pediatria. Otite Média. Disponível em: https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/doencas/otite-media/. Acesso em: 12/08/2024.

Mayo Clinic. Ear infection (middle ear). Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/ear-infections/symptoms-causes/syc-20351616. Acesso em: 12/08/2024.

National Institute on Deafness and Other Communication Disorders (NIH). Ear Infections in Children. Disponível em: https://www.nidcd.nih.gov/health/ear-infections-children. Acesso em: 12/08/2024.

Jamal A, Alsabea A, Tarakmeh M, Safar A. Etiology, Diagnosis, Complications, and Management of Acute Otitis Media in Children. Cureus. 2022 Aug 15;14(8):e28019. Doi: 10.7759/cureus.28019

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Testosterona: entenda sua importância para a saúde masculina https://blog.sabin.com.br/saude/testosterona-e-a-saude-masculina/ https://blog.sabin.com.br/saude/testosterona-e-a-saude-masculina/#respond Tue, 15 Oct 2024 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=4040 A testosterona é um hormônio esteroide com função no desenvolvimento das características sexuais e na regulação de diversas funções fisiológicas no organismo humano, especialmente em homens. Compreender suas funções e os impactos causados pela sua deficiência é muito importante e pode auxiliar a população na promoção da saúde e do bem-estar. A reposição hormonal da […]

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A testosterona é um hormônio esteroide com função no desenvolvimento das características sexuais e na regulação de diversas funções fisiológicas no organismo humano, especialmente em homens.

Compreender suas funções e os impactos causados pela sua deficiência é muito importante e pode auxiliar a população na promoção da saúde e do bem-estar. A reposição hormonal da testosterona é um tratamento que deve ser feito somente com fins terapêuticos, nos portadores de deficiência desse hormônio e sob orientação médica.

Neste artigo, exploraremos em detalhes o que é a testosterona, os impactos do declínio natural dos seus níveis no envelhecimento e a importância da reposição hormonal adequada. Boa leitura!

O que é testosterona?

A testosterona é um hormônio esteroide androgênico produzido principalmente nos testículos e, em menor quantidade, nos ovários e nas glândulas suprarrenais tanto dos homens quanto das mulheres. 

É um hormônio relacionado ao desenvolvimento de características sexuais masculinas, como crescimento de pelos faciais e corporais, mudanças no tom de voz, aumento da massa muscular e manutenção da saúde óssea, além de regular diversas funções fisiológicas em ambos os gêneros. Influencia, ainda, a libido, a função sexual, a produção de esperma, o humor e a disposição. Há evidências que sugerem que a testosterona pode ter um papel na manutenção da cognição, incluindo a memória e a concentração.

A falta de testosterona pode levar à perda de massa muscular e aumento do risco de osteoporose. É um hormônio que também interfere na distribuição de gordura no corpo, ajudando a manter uma proporção saudável de massa magra em relação à gordura corporal.

Os níveis de testosterona variam ao longo da vida, sendo mais elevados durante a puberdade e a idade adulta jovem, começando a declinar gradualmente com o envelhecimento. Em mulheres, os níveis de testosterona são muito mais baixos do que nos homens, um fato considerado normal do ponto de vista fisiológico, mas ainda desempenham funções importantes, como a manutenção da libido, da energia e do bem-estar geral.

Quais consequências a disfunção da testosterona pode trazer para a saúde?

A deficiência do hormônio em homens pode trazer complicações à saúde, assim como o aumento dos seus níveis em mulheres também pode trazer consequências deletérias. A seguir, descrevemos brevemente os problemas de saúde mais comumente associados a disfunções na produção de testosterona. 

Hipogonadismo

O hipogonadismo é uma condição médica caracterizada pela diminuição ou ausência da função das gônadas, os órgãos responsáveis pela produção de hormônios sexuais. 

No caso dos homens, as gônadas são os testículos, e nas mulheres, são os ovários. Essa condição pode afetar a produção de hormônios sexuais, como a testosterona, o estrogênio e a progesterona, e a produção de espermatozoides ou óvulos.

Existem dois tipos principais de hipogonadismo: primário e secundário. O hipogonadismo primário ocorre quando o problema está nas próprias gônadas (testículos ou ovários). Mesmo que o cérebro envie sinais adequados para que os órgãos produzam hormônios sexuais, as gônadas não conseguem responder de forma eficaz. Isso pode ser causado por fatores como defeitos genéticos, infecções, traumas, radiação ou outras doenças.

Já no hipogonadismo secundário, o problema está na regulação hormonal feita pelo hipotálamo ou pela hipófise, estruturas localizadas no crânio que controlam a produção de hormônios pelas gônadas. Se essas regiões do sistema nervoso central não produzirem hormônios reguladores suficientes, as gônadas não receberão o estímulo necessário para produzir hormônios sexuais.

Os sintomas de hipogonadismo variam dependendo da idade em que a condição se desenvolve e do gênero do indivíduo. Em homens, podem ser observados sinais como diminuição da libido, disfunção erétil, infertilidade, diminuição da massa muscular e da força, aumento da gordura corporal, diminuição da densidade óssea (osteoporose), alterações de humor e energia (como depressão ou fadiga) e falta de desenvolvimento sexual completo em adolescentes.

Em mulheres, os sintomas incluem ciclos menstruais irregulares ou ausência de menstruação, diminuição da libido, secura vaginal, infertilidade, ondas de calor, diminuição da densidade óssea (osteoporose) e alterações de humor.

Obesidade e resistência à insulina

Baixos níveis de testosterona estão associados à obesidade e à resistência à insulina, aumentando o risco de desenvolver diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.

A normalização dos níveis de testosterona pode ajudar a melhorar a composição corporal e a sensibilidade à insulina em pacientes com essas condições, porém deve ser realizada apenas em casos de deficiência documentada e sempre orientadas por um profissional qualificado.

Distúrbios do humor e cognitivos

Alterações nos níveis de testosterona podem influenciar o humor e a função cognitiva, contribuindo para sintomas de depressão e ansiedade. Em alguns casos, a reposição hormonal pode melhorar esses sintomas em homens com deficiência de testosterona.

Outro impacto significativo está ligado à disposição mental e emocional, influenciando níveis de energia e até mesmo a sensação de bem-estar geral, manifestando sintomas de fadiga e irritabilidade.

Hirsutismo

É uma condição caracterizada pelo crescimento excessivo de pelos em mulheres, devido a altos níveis de testosterona. Embora seja uma condição mais comum no sexo feminino, os homens também podem apresentar sinais de excesso de testosterona.

O hirsutismo pode ser acompanhado por outros sinais de virilização, dependendo da gravidade do desequilíbrio hormonal, como acne, calvície de padrão masculino, aumento da massa muscular, alterações na voz (que pode ficar mais grave) e irregularidades menstruais.

Quem deve fazer o monitoramento dos níveis de testosterona?

A dosagem de testosterona deve ser realizada em homens com sintomas de deficiência e em mulheres com sintomas de superprodução do hormônio. Caso haja suspeita de disfunção hormonal, é preciso buscar orientação médica para diagnóstico e tratamento adequados.

Como mencionado, o processo de envelhecimento influencia diretamente os níveis de testosterona. É perfeitamente natural que as concentrações do hormônio diminuam em homens idosos, por exemplo, decorrente da menor produção nos testículos.

Apesar de ser um fenômeno fisiologicamente normal, pode potencialmente causar sintomas e complicações para a pessoa. Portanto, manter níveis adequados de testosterona é importante para manter a saúde e o bem-estar.

Quando realizar a reposição hormonal?

A reposição de testosterona é indicada apenas para homens que apresentam deficiência documentada por exames do hormônio, com níveis geralmente abaixo dos 200 ng/dL.

A reposição inadequada ou não supervisionada pode acarretar sérios riscos à saúde, como problemas cardiovasculares, aumento do risco de câncer de próstata e desequilíbrios hormonais. Por isso, a reposição deverá sempre seguir critérios e avaliações médicas, para definir a quantidade de doses e se realmente é necessária.

Malefícios do uso de testosterona para fins estéticos

Muitas pessoas utilizam a testosterona como meio de melhorar sua estética corporal. Esse é um uso amplamente conhecido, sobretudo por frequentadores de academias, mas que pode trazer sérios riscos à saúde.

Quando a reposição é feita em quantidades superiores ao normal, a testosterona pode “desligar” a produção natural nos testículos, levando à infertilidade e à redução do tamanho testicular. Adicionalmente, o excesso de estrógeno, resultante da conversão da testosterona, pode causar crescimento irregular das mamas em homens.

Níveis altos de testosterona podem provocar dislipidemia, uma condição caracterizada pela redução do colesterol bom (HDL) e o aumento do hematócrito — quantidade de hemácias no sangue —, tornando o sangue mais espesso e aumentando o risco de coágulos. 

Também pode causar aumento do tamanho do coração e insuficiência cardíaca, além de diminuir a sensibilidade à insulina e aumentar a gordura abdominal, elevando o risco de problemas cardíacos. O uso prolongado de testosterona pode piorar condições cardiovasculares preexistentes, ativando mecanismos no corpo que elevam a pressão arterial.

O uso indevido da testosterona não afeta apenas os homens. Mulheres que recorrem à testosterona com o objetivo de ganhos estéticos correm os mesmos riscos cardiovasculares, podendo experimentar ganho de peso, aumento de gordura, atrofia das mamas, alterações menstruais, voz mais grave e crescimento do clitóris.

A testosterona é um hormônio fundamental na saúde humana, principalmente dos homens, que impacta diferentes funções fisiológicas. Compreender os seus efeitos e quando recorrer à sua reposição é imprescindível para uma vida saudável. Em caso de suspeita de disfunção hormonal, não hesite em procurar orientação médica. Para saber mais sobre como manter a saúde do homem em dia, leia nosso conteúdo sobre saúde masculina.

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba (CRM-PB). Os riscos do uso de testosterona com finalidade estética. Disponível em: https://crmpb.org.br/artigos/os-riscos-do-uso-de-testosterona-com-finalidade-estetica. Acesso: 08/08/2024.

Harvard Health Publishing. Testosterone: What it is and how it affects your health. Disponível em: https://www.health.harvard.edu/staying-healthy/testosterone–what-it-does-and-doesnt-do. Acesso em: 08/08/2024.

Mayo Clinic. Testosterone therapy: Potential benefits and risks as you age. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/healthy-lifestyle/sexual-health/in-depth/testosterone-therapy/art-20045728. Acesso em: 08/08/2024.

JAMA. Testosterone Deficiency. Disponível em: https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2749876. Acesso em: 08/08/2024.

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Vacina Pneumo 15: conheça os benefícios do imunizante https://blog.sabin.com.br/medicos/conheca-a-vacina-pneumo-15/ https://blog.sabin.com.br/medicos/conheca-a-vacina-pneumo-15/#respond Tue, 08 Oct 2024 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=4037 O Streptococcus pneumoniae (Spn) é uma bactéria Gram-positiva com característica morfológica esférica (cocos), disposta aos pares. É um microrganismo alfa-hemolítico e não agrupável, responsável por uma variedade de infecções. De acordo com o CDC (Centers for Disease Control and Prevention), em 2020, foram documentados 100 sorotipos, imunologicamente distintos, que causam doenças pneumocócicas invasiva (meningite, pneumonia […]

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O Streptococcus pneumoniae (Spn) é uma bactéria Gram-positiva com característica morfológica esférica (cocos), disposta aos pares. É um microrganismo alfa-hemolítico e não agrupável, responsável por uma variedade de infecções.

De acordo com o CDC (Centers for Disease Control and Prevention), em 2020, foram documentados 100 sorotipos, imunologicamente distintos, que causam doenças pneumocócicas invasiva (meningite, pneumonia bacterêmica, sepse e artrite) e não invasiva (sinusite, otite média aguda, conjuntivite, bronquite e pneumonia). 

Portanto, é um microrganismo de grande relevância epidemiológica. Evidências mostram que a maioria dos sorotipos de S. pneumoniae é causadora de doenças graves, mas apenas alguns sorotipos são responsáveis pelas infecções pneumocócicas. Diante da classificação e da prevalência do sorotipo, as diferenças são por faixa etária do paciente e área geográfica. 

Segundo um levantamento feito pela OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil está entre os 15 países com maior incidência de infecções causadas pela bactéria pneumococo. É considerada a causa mais comum de doenças graves em crianças menores de cinco anos, sobretudo quadros de pneumonia e meningite causados pela infecção por Spn.

A vacinação é uma das intervenções mais eficazes para prevenir infecções pneumocócicas. As vacinas conjugadas, como a vacina pneumocócica conjugada 15-valente (VPC15), foram desenvolvidas para proporcionar uma resposta imunológica robusta e duradoura contra a bactéria.

Neste conteúdo, explicamos em mais detalhes a vacina VPC15, apresentando dados sobre sua eficácia, segurança e quais as indicações. Acompanhe!

Vacina Pneumo 15

A vacina pneumocócica com 15 sorotipos previne a grande maioria das infecções pela bactéria Streptococcus pneumoniae (Spn), conhecida como pneumococo. Essas infecções atingem o sistema respiratório — pneumonia, otite e sinusite aguda —, disseminando-se para as meninges pela via hematogênica, podendo desenvolver quadros de doença pneumocócica invasiva (DPI). Como exemplo, podemos citar o quadro clínico de meningite grave, com sequela e óbitos especialmente em populações vulneráveis, como crianças pequenas e pessoas idosas.

Sendo assim, a vacinação representa uma estratégia essencial para reduzir a morbidade e a mortalidade associadas a essas infecções.

Características da vacina

Além da inclusão dos sorotipos da VPC13, a VPC15 foi ampliada com mais dois sorotipos 22F e 33F, conforme estudos de imunogenicidade comparáveis para o esquema de 4 doses, em um esquema de dose de 3 + 1, com doses de 2, 4, 6 e 12 a 15 meses de idade em bebês saudáveis. 

A ampliação da vacina aumenta consideravelmente sua eficácia, uma vez que promove níveis mais elevados de anticorpos, especialmente contra o sorotipo 3, que, segundo o Instituto Adolfo Lutz, representa 11% dos casos em menores de 59 meses, e 12,4% em maiores de 50 anos. 

É um imunizante formulado a partir da cápsula polissacarídica da bactéria S. pneumoniae. A conjugação desses polissacarídeos a uma proteína carreadora aumenta a imunogenicidade da vacina, promovendo uma resposta imune mais forte e duradoura. Isso é particularmente importante em populações de risco, como crianças pequenas e adultos com comorbidades, que são mais suscetíveis a infecções pneumocócicas graves.

Eficácia e segurança da vacina

Estudos de imunogenicidade mostram que a VPC15 promove níveis elevados de anticorpos contra os 15 sorotipos incluídos na vacina. Ensaios comparativos de imunogenicidade entre a VPC15 e a VPC13 demonstram que a primeira tem um perfil de segurança e eficácia semelhante, com a vantagem adicional de cobertura contra os sorotipos 22F e 33F.

Dados de VPC de crianças de seis semanas de vida até menores de 17 anos mostram respostas imunes não inferiores a VPC13 para os 13 sorotipos compartilhados, quando comparados em todas as populações pediátricas e esquemas específicos que foram avaliados, como lactentes 3+1 ou 2+1, que mostrou ser altamente eficaz na prevenção de doença pneumocócica invasiva, com redução da incidência de infecções graves com quadros de pneumonia, meningite e bacteremia (sepse).

Reações adversas e contraindicações

Assim como qualquer vacina, a VPC15 respondeu aos critérios de não inferioridade, quando comparada à VPC13, em uma margem de não inferioridade de 2 vezes para a proporção de títulos médios geométricos de OPA (atividade opsonofagocítica específica do sorotipo). 

A VPC15 pode apresentar reações geralmente leves a moderadas e de curta duração (até 3 dias), diferenciando-se por faixa etária e grau, sendo mais comuns (1 em cada 10) reações observadas após o uso, conforme especificadas a seguir.

Em bebês e crianças de seis meses a 2 anos de idade:

  • dor, calor, rubor e edema no local da aplicação;
  • irritabilidade;
  • sonolência;
  • anorexia.

Em crianças e adolescentes, de dois anos a menores de 17 anos, 11 meses e 28 dias de idade:

  • dor, calor, rubor e edema no local da aplicação;
  • mialgia;
  • astenia;
  • anorexia.

Em adultos com 18 anos completos e mais:

  • dor, calor, rubor e edema no local da aplicação;
  • mialgia;
  • cefaleia;
  • dor nas articulações (mais presente entre 18 e 49 anos de idade).

A VPC15 é contraindicada em pacientes com histórico de reação anafilática ou alergia a qualquer componente da vacina (ou que contenha toxoide diftérico) e não deve ser utilizada por mulheres grávidas sem orientação médica.

Indicações da vacina Pneumo 15

A vacina pneumocócica com 15 sorotipos previne a grande maioria das infecções pela bactéria Streptococcus pneumoniae (Spn). Como princípios ativos, ela contém 32 mcg de polissacarídeos pneumocócicos totais (2,0 mcg cada dos sorotipos polissacarídeos 1, 3, 4, 5, 6A, 7F, 9V, 14, 18C, 19A, 19F, 22F, 23F, 33F e 4,0 mcg de sorotipo polissacarídeo 6B), sendo conjugados com 30 mcg de proteína carreadora CRM197, ainda com excipientes de cloreto de sódio, L-histidina, polissorbato 20, água para injetáveis e alumínio (como adjuvante fosfato de alumínio).

A VCP15 está indicada para bebês, crianças, adolescentes de seis semanas a 17 anos, 11 meses e 28 dias de idade, como também adultos e idosos, particularmente pessoas com comorbidades com risco de infecção pelo Streptococcus pneumoniae 1, 3, 4, 5, 6A, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19A, 19F, 22F, 23F e 33F.

Pacientes em condições de imunossupressão, como aqueles submetidos a tratamento oncológico, transplantados ou que vivem com HIV, portadores de doenças crônicas, como asma grave e diabetes, estão em maior risco de desenvolver doença grave. Para esses grupos, a vacinação com a VPC15 é uma medida preventiva eficaz que pode reduzir significativamente a incidência e a gravidade das infecções.

O esquema de vacinação recomendado para a VPC15 consiste em quatro doses, seguindo um esquema de 3 doses + 1. As doses são administradas aos dois, quatro e seis meses, e entre 12 a 15 meses, em bebês saudáveis. Esse esquema foi desenvolvido para garantir uma imunização eficaz desde os primeiros meses de vida, proporcionando proteção contínua durante os primeiros anos, críticos para o desenvolvimento imunológico.

Já a partir de 60 anos, o calendário de vacinação da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) 2024/2025 indica:

  • Para aqueles que já receberam uma dose de VPP23, recomenda-se o intervalo de um ano para a aplicação de VPC13 ou VPC15. A segunda dose de VPP23 deve ser feita cinco anos após a primeira, mantendo o intervalo de seis a 12 meses com a VPC13 ou VPC15;
  • Para os que já receberam duas doses de VPP23, recomenda-se uma dose de VPC13 ou VPC15, com intervalo mínimo de um ano após a última dose de VPP23;
  • Se a segunda dose de VPP23 foi aplicada antes dos 60 anos, está recomendada uma terceira dose depois dessa idade, com intervalo mínimo de cinco anos da última dose.

Intercambialidade de vacinas

Após estudos sobre a intercambialidade de vacinas, concluiu-se que a concentração de anticorpos específicos após a dose de reforço, em todos os esquemas mistos analisados, foi adequada e equivalente à verificada nos esquemas completos de VPC13 e de VPC15.

Dessa forma, respaldada em qualquer ponto do esquema vacinal iniciado com a VPC13, pode ser completado com esquema da VPC15 da seguinte maneira: três doses de VPC13 e uma de VPC15; duas doses de VPC13 e duas de VPC15; ou uma dose de VPC13 e três de VPC15.

Qual a importância da vacinação?

A ampliação dos sorotipos das vacinas pneumocócicas conjugadas evoluiu ao longo do tempo, considerando o desenvolvimento de formulações de vacinas de próxima geração, em função do surgimento de novos sorotipos produzindo DPI mais graves. 

O uso indiscriminado de antibióticos e a evolução da resistência do S. pneumoniae tornaram-se um desafio crescente e complexo na prática médica. Diversas evidências científicas têm demonstrado a resistência do pneumococo às penicilinas, com o aumento progressivo das taxas de incidências de resistência.

Nesse contexto, a vacinação se destaca como uma medida preventiva imprescindível. Ao reduzir a incidência de infecções pneumocócicas, a vacinação diminui a necessidade do uso de antibióticos e, consequentemente, a resistência bacteriana.

A vacinação não só protege o indivíduo vacinado, mas também contribui para a saúde pública em sua totalidade. Para continuar se aprofundando no tema sobre vacinação, sugerimos a leitura de um conteúdo sobre outro importante imunizante, a vacina da dengue. No texto, você poderá obter mais informações sobre a vacina Qdenga®, uma inovadora vacina que demonstrou boa eficácia, protegendo contra os diferentes sorotipos do vírus causador da dengue. Boa leitura!

Referências:

Epidemiology and Prevention of Vaccine-Preventable Diseases, disponível em: https://www.cdc.gov/pinkbook/hcp/table-of-contents/chapter-17-pneumococcal-disease.html 

Balsells E, Guillot L, Nair H et al. Serotype distribution of Streptococcus pneumoniae causing invasive disease in children in the post-PCV era: a systematic review and meta-analysis. Plos One. 2017;12(5):e0177113.

Boletins SIREVA, disponíveis em:

http://www.ial.sp.gov.br/resources/insituto-adolfo-lutz/publicacoes/sireva_2021_4.pdf

http://www.ial.sp.gov.br/resources/insituto-adolfo-lutz/publicacoes/sireva_2022_v3_2.pdf

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Articulação Estratégica de Vigilância em Saúde. – 5. ed. rev. e atual. – Brasília : Ministério da Saúde, 2022. 1.126 p. : il.

Bula vigente de VAXNEUVANCE, disponível em: https://saude.msd.com.br/wp-content/uploads/sites/91/2023/09/Vaxneuvance_Bula-profissional.pdf

Chaelin Kim,Marianne Holm, Isabel Frost, Mateusz Hasso-Agopsowicz , Kaja Abbas. Global and regional burden of attributable and associated bacterial antimicrobial resistance avertable by vaccination: modelling study. im C, et al. BMJ Glob Health 2023;8:e011341. doi:10.1136/bmjgh-2022-011341

European Centre for Disease Prevention and Control. Invasive pneumococcal disease. In: ECDC. Annual epidemiological report for 2018. Stockholm: ECDC. 2020.

Josiah Ryman,Jeffrey R. Sachs,Ka Lai Yee,Natalie Banniettis,Jessica Weaver &Thomas Weiss. Predicted serotype-specific effectiveness of pneumococcal conjugate vaccines V114 and PCV20 against invasive pneumococcal disease in children.Pages 60-68 | Received 13 Oct 2023, Accepted 05 Dec 2023, Published online: 14 Dec 2023

Reis Rocha. Streptococcus pneumoniae resistente à penicilina (PRP): uma revisão Streptococcus pneumoniae penicillin-resistant (PRP): a review. Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v. 6, n. 4, p. 15880-15889, jul./aug., 2023.

Timothy J Chapman Liset Olarte Ghassan Dbaibo Avril Melissa Houston Gretchen Tamms Robert Lupinacci Kristen Feemster Ulrike K Buchwald Natalie Banniettis . PCV15, a pneumococcal conjugate vaccine, for the prevention of invasive pneumococcal disease in infants and children. Review Expert Rev Vaccines. 2024 Jan-Dec;23(1):137-147. doi: 10.1080/14760584.2023.2294153

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Importância da LGPD para a proteção de dados na área da saúde https://blog.sabin.com.br/saude/lgpd-na-protecao-de-dados-de-saude/ https://blog.sabin.com.br/saude/lgpd-na-protecao-de-dados-de-saude/#respond Tue, 08 Oct 2024 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=4046 A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) desempenha um papel muito importante na proteção das informações de pacientes, especialmente em um setor tão sensível quanto a saúde. Aprovada em 2018, a lei estabelece regras claras sobre como os dados pessoais devem ser coletados, armazenados e compartilhados. Inspirada no Regulamento Geral de Proteção de […]

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A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) desempenha um papel muito importante na proteção das informações de pacientes, especialmente em um setor tão sensível quanto a saúde.

Aprovada em 2018, a lei estabelece regras claras sobre como os dados pessoais devem ser coletados, armazenados e compartilhados. Inspirada no Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR), a LGPD visa garantir a privacidade e a segurança dos cidadãos brasileiros, fornecendo transparência no tratamento de informações.

Na área da saúde, os dados sensíveis, como históricos médicos, diagnósticos e tratamentos, requerem um cuidado especial. A proteção desses dados é fundamental para assegurar a privacidade dos pacientes e evitar possíveis violações que comprometam a confiança nas instituições de saúde.

A conformidade com a LGPD é benéfica tanto para as instituições quanto para os pacientes, possibilitando que os processos de segurança sejam seguidos rigorosamente. Para ajudar você a entender mais sobre a LGPD, preparamos este conteúdo, contendo as principais informações sobre os impactos na área da saúde.

O que é a LGPD?

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, ou LGPD, é uma legislação brasileira cujo propósito é regulamentar o tratamento de dados pessoais, seja por meios digitais ou financeiros, estabelecendo normas para coleta, armazenamento, compartilhamento e descarte dessas informações. 

A LGPD abrange tanto dados pessoais quanto dados sensíveis, que exigem um nível maior de proteção. Os dados pessoais incluem qualquer informação relacionada a uma pessoa física identificada ou identificável, como nome, endereço e CPF. Já os dados sensíveis englobam informações mais delicadas, como estado de saúde, orientação sexual, biometria, entre outras. Esses dados, quando tratados de forma específica, podem gerar consequências graves para os indivíduos, como discriminação, exclusão social e até mesmo fraudes.

Dessa forma, a LGPD exige que as instituições de saúde, inclusive os laboratórios de análises clínicas, adotem medidas rigorosas para garantir a proteção desses dados. Isso envolve, em alguns casos, o consentimento dos pacientes para o tratamento de suas informações, a implementação de políticas de segurança da informação e a transparência quanto ao uso dos dados.

Quais os impactos da LGPD no setor de saúde?

O setor de saúde é um dos mais afetados pela LGPD, devido à natureza dos dados que são manipulados diariamente. Hospitais, clínicas, laboratórios e outras instituições de saúde lidam com um volume grande de informações sensíveis que precisam ser protegidas de forma adequada.

A LGPD impõe a essas instituições a responsabilidade de garantir que os dados dos pacientes sejam tratados de maneira segura e transparente. A seguir, listamos os principais impactos da LGPD no setor de saúde.

Proteção de dados sensíveis

Os dados de saúde são considerados sensíveis pela LGPD, o que exige um nível maior de proteção, englobando medidas como criptografia, controle de acesso e anonimização de dados, sempre que possível.

Transparência no tratamento de dados

A LGPD exige que as instituições de saúde informem os pacientes sobre o uso de seus dados, esclarecendo quais dados estão sendo coletados, para qual finalidade e por quanto tempo serão armazenados. Esse nível de transparência é fundamental para garantir que os direitos dos titulares de dados sejam respeitados.

Direitos dos titulares

A lei assegura aos pacientes o direito de acessar, corrigir, eliminar e até mesmo solicitar a portabilidade de seus dados. Isso significa que um paciente pode, por exemplo, pedir que seus exames sejam transferidos de um laboratório para outro, sem que precise realizar novos testes.

Segurança das informações

A conformidade com a LGPD também implica na adoção de práticas de segurança da informação, como a criação de políticas internas, treinamentos para colaboradores e o uso de tecnologias de proteção de dados. O objetivo é minimizar o risco de vazamentos e acessos não autorizados às informações dos pacientes.

Como o Sabin atua frente à LGPD?

O Sabin Diagnóstico e Saúde está comprometido com a proteção dos dados de seus pacientes. Desde a promulgação da LGPD, o Sabin adotou uma série de medidas para garantir a conformidade com a lei e assegurar que as informações dos pacientes sejam tratadas de forma segura. Confira as ações implementadas.

Identificação e mitigação de riscos

O Sabin realiza avaliações periódicas para identificar possíveis riscos de violação de dados e adota medidas proativas para mitigá-los. Entre elas, estão o uso de tecnologias de ponta para proteger as informações e a criação de políticas internas que regulam o acesso e o uso dos dados.

Capacitação dos colaboradores

A conformidade com a LGPD depende não apenas de ferramentas tecnológicas, mas também da capacitação e conscientização dos colaboradores, promovendo uma sólida cultura de privacidade. 

A estratégia do Grupo Sabin começa sensibilizando seus colaboradores, para que compreendam seus direitos como titulares de dados. Com essa base, os colaboradores passam a entender a importância da proteção de dados pessoais e dados pessoais sensíveis em todo o processo da empresa.  

O Sabin investe em treinamentos contínuos para garantir que todos os funcionários estejam cientes das exigências da lei e saibam como agir para proteger os dados dos pacientes.

Transparência com os pacientes

O Sabin acredita que a confiança dos pacientes é crucial para o sucesso de suas operações. Por isso, a empresa adota uma postura de total transparência no tratamento de dados, informando aos pacientes como suas informações serão usadas e garantindo que seus direitos sejam respeitados.

Ferramentas de conformidade

Além das medidas mencionadas, o Sabin utiliza ferramentas específicas para garantir a conformidade com a LGPD, como sistemas de criptografia, monitoramento de acessos e políticas de gestão de dados. Essas ferramentas são constantemente atualizadas, para acompanhar as melhores práticas do mercado e as exigências legais.

A LGPD trouxe mudanças significativas para o setor de saúde, impondo desafios, e, ao mesmo tempo, oferecendo oportunidades de melhoria na gestão das informações dos pacientes. Com isso, o Sabin Diagnóstico e Saúde não apenas protege as informações dos pacientes, como também contribui para a construção de um ambiente de saúde mais seguro e confiável.

Quer aprofundar seu conhecimento sobre segurança do paciente? Confira nosso conteúdo e fique por dentro de melhores práticas para o cuidado da sua saúde. Boa leitura!

Referências:

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PROCURADORES DO ESTADO (ANAPE). Lei Geral de Proteção de Dados e Reflexos na Saúde Pública. Disponível em: https://anape.org.br/publicacoes/artigos/lei-geral-de-protecao-de-dados-e-reflexos-na-saude-publica. Acesso em: 27 ago. 2024.

BRASIL. Lei n.º 13.709, de 14 de agosto de 2018. Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Brasília, DF: Presidência da República, 2018. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm. Acesso em: 27 ago. 2024.

BRASIL. Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Ministério da Saúde. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/lgpd. Acesso em: 27 ago. 2024.

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Conheça os novos marcadores nas miopatias inflamatórias https://blog.sabin.com.br/medicos/novos-marcadores-das-miopatias-inflamatorias/ https://blog.sabin.com.br/medicos/novos-marcadores-das-miopatias-inflamatorias/#respond Tue, 01 Oct 2024 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=4025 As miopatias inflamatórias idiopáticas (MII) constituem um grupo complexo e diversificado de doenças autoimunes adquiridas, com um impacto significativo na saúde dos pacientes, frequentemente resultando em elevada morbidade. A identificação precisa e precoce dessas condições é fundamental para um manejo mais eficaz e para a melhoria da qualidade de vida. Nesse contexto, as alterações laboratoriais […]

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As miopatias inflamatórias idiopáticas (MII) constituem um grupo complexo e diversificado de doenças autoimunes adquiridas, com um impacto significativo na saúde dos pacientes, frequentemente resultando em elevada morbidade. A identificação precisa e precoce dessas condições é fundamental para um manejo mais eficaz e para a melhoria da qualidade de vida.

Nesse contexto, as alterações laboratoriais — tais como a elevação das enzimas musculares, em especial, a detecção de autoanticorpos específicos para miosite — desempenham um papel importante no diagnóstico e na caracterização das diferentes formas de MII. 

Esses marcadores não só auxiliam na diferenciação entre os subtipos de miopatias inflamatórias, como também fornecem informações sobre o prognóstico e possíveis complicações associadas. Neste conteúdo, você encontrará mais informações sobre as miopatias inflamatórias idiopáticas, seu diagnóstico e os novos marcadores. Boa leitura!

O que são as miopatias inflamatórias idiopáticas?

Representando um grupo heterogêneo de doenças autoimunes, as miopatias inflamatórias idiopáticas (MII) são caracterizadas por uma inflamação crônica nos músculos esqueléticos. Essas condições podem impactar não apenas os músculos, mas também outros órgãos, resultando em uma gama de manifestações clínicas.

Entre as principais MII, estão a dermatomiosite (DM), a polimiosite (PM), a miopatia por corpúsculos de inclusão (MCI), a miopatia necrotizante imunomediada (MNIM) e a dermatomiosite juvenil (DMJ).

A dermatomiosite (DM) apresenta uma distribuição bimodal de incidência, afetando tanto crianças quanto adultos de meia-idade, e é mais comum em mulheres. Essa condição é tipicamente associada a manifestações cutâneas e a um risco elevado de malignidades, principalmente quando diagnosticada em idosos. 

Tal como a DM, a polimiosite (PM) é considerada uma doença rara, sendo, muitas vezes, diagnosticada por exclusão. É prevalente em adultos e também mais comum em mulheres. 

A miopatia por corpúsculos de inclusão (MCI), que ocorre predominantemente em homens acima de 50 anos, é caracterizada por fraqueza muscular assimétrica e distal, enquanto a miopatia imunomediada (MNIM) pode ocorrer em qualquer idade e é frequentemente associada ao uso de certos medicamentos, infecções virais e doenças autoimunes.

As principais manifestações da dermatomiosite juvenil (DMJ) envolvem fraqueza muscular proximal simétrica, elevação de enzimas musculares séricas e lesões cutâneas, entre as quais, o heliotropo e as pápulas de Gottron são bem características.

O diagnóstico preciso dessas condições é desafiador, devido à sobreposição de características clínicas e histopatológicas. Portanto, além do quadro clínico e das alterações bioquímicas, a identificação de marcadores específicos de miopatias é crucial para diferenciar os subtipos e orientar o manejo clínico adequado.

Diagnóstico das miopatias inflamatórias idiopáticas

O diagnóstico das MII exige uma abordagem diversificada, incluindo avaliação clínica detalhada, exames laboratoriais específicos, técnicas avançadas de imagem e biópsia muscular para confirmação histológica. 

A avaliação clínica das MII inclui a observação dos sintomas apresentados pelo paciente, que envolvem fraqueza muscular proximal, presença de erupções cutâneas típicas, descritas na dermatomiosite (DM), e outros sintomas sistêmicos. 

Além da avaliação clínica, testes laboratoriais são necessários para confirmar o diagnóstico. Os resultados podem apresentar elevação dos níveis de enzimas musculares, como creatinofosfoquinase (CPK), aldolase, transaminase oxalacética ou aspartato aminotransferase (TGO/AST) e lactato desidrogenase (LDH), indicando dano muscular. A presença de autoanticorpos específicos para miosite, como anti-Jo-1, é um marcador importante que pode ajudar a diferenciar entre os subtipos de miopatia inflamatória.

A eletromiografia (EMG) é uma ferramenta diagnóstica essencial para detectar alterações miopáticas características das miopatias inflamatórias. Ela pode revelar potenciais de unidade motora de curta duração e baixa amplitude, fibrilações e ondas agudas positivas, que são indicativos de inflamação e dano muscular. 

Outro exame que completa a investigação das MII — e é considerado o padrão-ouro para o diagnóstico — é a biópsia muscular. A análise histológica do tecido muscular pode revelar a presença de infiltrados inflamatórios, necrose muscular, regeneração e outras alterações específicas para cada subtipo de miopatia. Esses resultados são importantes sobretudo nos casos cujos resultados clínicos e laboratoriais são inconclusivos. 

Exames de imagem, como ressonância magnética, podem ser necessários para visualizar a extensão da inflamação e a cronicidade da doença, além de auxiliar no planejamento de biópsias. Ademais, em virtude do aumento do risco de câncer, particularmente em pacientes com dermatomiosite, é imprescindível a realização de triagens adequadas, avaliando neoplasias por meio de exames como tomografia ou PET-CT.

Esses métodos de diagnóstico são relevantes para diferenciar as miopatias inflamatórias de outras condições musculares e também de outras doenças autoimunes sistêmicas, sendo primordiais para determinar o tratamento mais adequado.

Anti-Jo-1

O anti-Jo-1 é considerado o marcador sorológico específico para o subgrupo das miopatias inflamatórias idiopáticas, especialmente a polimiosite. Esse anticorpo é direcionado contra a enzima histidil-t-RNA sintetase e é encontrado em aproximadamente 25% a 30% dos pacientes com polimiosite, sendo menos frequente em casos de dermatomiosite. 

Sua presença é altamente associada à síndrome antissintetase (SAS), que engloba um conjunto de manifestações clínicas distintas, incluindo miopatia inflamatória, pneumopatia intersticial, poliartrite, alterações hiperceratóticas e descamativas nas palmas das mãos e dos dedos, além do fenômeno de Raynaud.

Em alguns casos, é possível encontrar o anti-Jo-1 em pacientes com pneumopatia intersticial isolada, o que pode representar uma manifestação inicial da SAS.

Novos marcadores

Os marcadores laboratoriais, principalmente os autoanticorpos específicos de miosite, exercem função significativa na caracterização das MII. Apesar dos avanços na identificação dos autoanticorpos, o uso clínico desses marcadores ainda é restrito, em razão de limitações relacionadas ao acesso e à baixa sensibilidade que eles demonstram no diagnóstico das miopatias inflamatórias imunomediadas.

Dessa forma, nem todos os pacientes com miopatias inflamatórias idiopáticas (MII) apresentam autoanticorpos específicos. Sem contar que alguns autoanticorpos podem, ainda, estar presentes em outras doenças autoimunes, o que compromete a acurácia diagnóstica desses marcadores.

A interpretação dos resultados também pode ser complexa, uma vez que depende de um contexto clínico abrangente, e a presença isolada dos autoanticorpos não é suficiente para um diagnóstico definitivo. Adicionalmente, a expressão de autoanticorpos pode variar com a idade, o sexo e a etnia, influenciando a precisão diagnóstica.

Entretanto, em que pesem as limitações diagnósticas dos anticorpos miosite-específicos, esses biomarcadores revelam informações prognósticas valiosas nas MII. Assim sendo, demonstram utilidade na predição do curso clínico evolutivo, bem como na resposta ao tratamento. Entre eles, merecem destaque os anticorpos anti-TIF γ/α, anti-MDA5 e anti-MJ/NXP-2.

Anti-TIF1γ/α (Transcription intermediary factor 1γ/α)

O anticorpo anti-TIF1γ/α, anteriormente identificado como anti-p155/140, é encontrado em cerca de 20% a 30% dos pacientes com dermatomiosite (DM). 

Ele está fortemente associado a neoplasias, especialmente em pacientes com mais de 40 anos. É detectado em 10% a 15% dos pacientes com miopatias inflamatórias idiopáticas (MII). 

Anti-MDA5 (Melanoma differentiation-associated gene 5)

Os autoanticorpos anti-MDA5 são descritos em um subgrupo de pacientes com dermatomiosite que apresentam pouco ou nenhum envolvimento muscular, mas significativo acometimento cutâneo, caracterizando a dermatomiosite amiopática (DMA). 

A presença desses autoanticorpos está associada à doença intersticial pulmonar progressiva de rápida instalação, que é um fator de mau prognóstico. Esses autoanticorpos são encontrados em aproximadamente 15% a 20% dos casos de miopatias inflamatórias idiopáticas (MII), destacando-se como marcadores importantes no diagnóstico e prognóstico dessas condições.

Anti-NXP-2 (Nuclear matrix protein 2)

Previamente denominados anti-MJ, os anticorpos anti-NXP-2 estão associados à calcinose cutânea na dermatomiosite juvenil (DMJ).

Em adultos, há relatos de sua presença em casos de dermatomiosite (DM) associada a neoplasias. Esses anticorpos são encontrados em cerca de 5% dos pacientes com miopatias inflamatórias idiopáticas (MII). 

Aplicações clínicas

Apesar da existência de vários autoanticorpos associados às miopatias inflamatórias, apenas o anti-Jo-1 foi formalmente incorporado aos critérios de classificação dessas doenças, conforme os colégios americano e europeu de reumatologia, adotados mundialmente. 

Outros marcadores podem ser utilizados na prática clínica para investigar miopatias idiopáticas, no entanto, por serem anticorpos raros em um grupo de doenças igualmente raras, ainda não há dados suficientes para definir com precisão o papel desses outros marcadores no diagnóstico das miopatias.

No Sabin Diagnóstico e Saúde, a pesquisa dos anticorpos anti-Jo-1 é realizada pelo seu próprio núcleo técnico operacional. O exame Painel de Anticorpos Antissintetase também é oferecido pelo laboratório, por meio de terceirização. Esse painel inclui diversos anticorpos denominados antissintetases, utilizados como suporte diagnóstico das miopatias inflamatórias. 

A inclusão desses novos marcadores na investigação de quadros sugestivos de MII deve considerar a porcentagem de positividade nas miopatias, bem como a possibilidade de se obter informações prognósticas mais abrangentes, de forma a proporcionar melhor suporte no manejo clínico desse grupo de pacientes.

As miopatias inflamatórias idiopáticas são doenças complexas que requerem uma abordagem multidisciplinar para diagnóstico e tratamento eficazes. Os avanços na compreensão dos autoanticorpos específicos de miosite estão permitindo diagnósticos mais precisos e tratamentos mais personalizados. A pesquisa contínua e o desenvolvimento de novas terapias prometem melhorar ainda mais a qualidade no atendimento e manejo dos pacientes portadores de miopatias inflamatórias.

Para aprofundar seu conhecimento em testes genéticos, recomendamos a leitura do conteúdo Painéis genéticos para doenças cardíacas.

Referências:

Acosta, Ignacio, Matamala, José Manuel, Jara, Paula, Pino, Francisca, Gallardo, Alejandra, & Verdugo, Renato. (2019). Idiopathic inflammatory myopathies. A review. Revista médica de Chile, 147(3), 342-355. https://dx.doi.org/10.4067/S0034-98872019000300342

Rosa Neto, N. S., & Goldenstein-Schainberg, C.. (2010). Dermatomiosite juvenil: revisão e atualização em patogênese e tratamento. Revista Brasileira De Reumatologia, 50(3), 299–312. https://doi.org/10.1590/S0482-50042010000300010

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Entenda como identificar precocemente o retinoblastoma https://blog.sabin.com.br/saude/deteccao-precoce-do-retinoblastoma/ https://blog.sabin.com.br/saude/deteccao-precoce-do-retinoblastoma/#respond Tue, 24 Sep 2024 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=4022 O retinoblastoma é um tipo raro de câncer que afeta a retina, principalmente em crianças menores de cinco anos. Sendo o tumor intraocular maligno mais comum na infância, o retinoblastoma requer atenção especial para um diagnóstico precoce, o que pode salvar vidas. Estima-se que cerca de 400 novos casos surgem anualmente no Brasil, o que […]

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O retinoblastoma é um tipo raro de câncer que afeta a retina, principalmente em crianças menores de cinco anos. Sendo o tumor intraocular maligno mais comum na infância, o retinoblastoma requer atenção especial para um diagnóstico precoce, o que pode salvar vidas.

Estima-se que cerca de 400 novos casos surgem anualmente no Brasil, o que torna a conscientização e a educação sobre essa doença extremamente importantes. Identificar precocemente os sinais auxilia para que o início do tratamento seja o mais rápido possível, melhorando as chances de cura e de preservação da visão.

Neste conteúdo, você encontrará informações indispensáveis sobre o retinoblastoma, quais os sinais indicativos da doença, formas de tratamento e como diagnosticar. Confira!

O que é o retinoblastoma?

O retinoblastoma é um câncer ocular raro que se desenvolve na retina, a camada sensível à luz na parte posterior do olho. Esse tipo de câncer é mais frequente em crianças pequenas, sendo diagnosticado, em sua grande maioria, naquelas menores de cinco anos. Ele pode se apresentar de forma unilateral, afetando um olho, ou bilateral, afetando ambos os olhos.

Sua origem está associada a mutações no gene RB1, responsável por controlar a divisão celular. Essas mutações podem ser herdadas dos pais, caracterizando a forma hereditária, ou ocorrer espontaneamente, caracterizando a forma esporádica. A forma hereditária tende a apresentar uma alta taxa de penetrância, o que significa que os portadores da mutação têm mais chances de desenvolver o tumor.

A forma hereditária do retinoblastoma é particularmente preocupante porque esses pacientes têm um risco aumentado de desenvolver outros tipos de câncer ao longo da vida, como o osteossarcoma — tumor maligno ósseo mais frequente na infância e adolescência.

Já a forma esporádica, que corresponde a cerca de 60% dos casos, geralmente afeta apenas um olho e não está associada a um risco aumentado de outras neoplasias. Independentemente da forma, o diagnóstico precoce é imprescindível para o tratamento eficaz e a preservação da visão da criança.

Quais os sinais e sintomas do retinoblastoma?

Os sinais e sintomas do retinoblastoma podem variar conforme o estágio e a localização do tumor. Um dos primeiros sinais observados pelos pais é a leucocoria, um reflexo branco na pupila, que pode ser visível em fotos com flash ou em ambientes com pouca luz. Esse reflexo anormal é descrito como “reflexo do olho de gato” e é o sinal mais comum da doença, presente em 60% a 80% dos casos. 

Outro sintoma típico é o estrabismo, no qual os olhos estão desalinhados e não olham na mesma direção. Crianças com retinoblastoma também podem apresentar olhos vermelhos, inchaço ocular e diminuição da visão. Em casos avançados, o tumor pode causar dor ocular e levar à cegueira no olho afetado.

Além dos sinais mais usuais, outros sintomas podem estar presentes, como aumento rápido da pressão dentro do olho, diminuição da visão, glaucoma, sangramentos internos no olho, diferença no tamanho das pupilas, movimentos involuntários dos olhos, infecção ao redor dos olhos e diferença de cor entre as íris. Tumores perto da parte central da retina podem ser detectados mais cedo do que aqueles na periferia. Se não tratado a tempo, o tumor pode se espalhar para o nervo óptico, cérebro e, em casos graves, para ossos e fígado. 

Quais os riscos associados ao retinoblastoma?

Os riscos associados ao retinoblastoma são significativos e incluem a possibilidade de metástase, ou seja, a disseminação do câncer para outras partes do corpo, como o cérebro e os ossos. A perda da visão é outro risco importante, especialmente se o diagnóstico e o tratamento não forem realizados rapidamente. 

Como mencionado, o retinoblastoma hereditário é particularmente perigoso devido à alta penetrância e pelo maior risco de desenvolvimento de outras neoplasias, como sarcomas e melanomas, ao longo da vida. Em contrapartida, o retinoblastoma esporádico, que não é hereditário, normalmente não está associado a um risco aumentado de outras neoplasias. No entanto, a vigilância contínua e o acompanhamento médico são essenciais para monitorar possíveis complicações e garantir a saúde do paciente.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do retinoblastoma envolve uma série de exames clínicos e de imagem para confirmar a presença do tumor e avaliar sua extensão. Inicialmente, um oftalmologista realizará um exame oftalmológico completo para visualizar o interior do olho. Isso pode ajudar a identificar a localização e o tamanho do tumor. Exames de imagem, como a ressonância magnética, podem avaliar a extensão do tumor e detectar possíveis metástases no cérebro e em outras áreas.

Testes genéticos são realizados para identificar as mutações no gene RB1, permitindo determinar se o retinoblastoma é hereditário ou esporádico. Esse diagnóstico detalhado é importante para planejar o tratamento mais adequado e monitorar a progressão da doença.

Importância do teste do olhinho

A realização do teste do olhinho é recomendada como parte do protocolo de atendimento neonatal e durante as consultas pediátricas de rotina. Esse teste é rápido e indolor, podendo ser feito com um oftalmoscópio portátil para avaliar o reflexo vermelho dos olhos do bebê. Caso o reflexo seja ausente, assimétrico ou alterado, o paciente deve ser encaminhado imediatamente para um exame oftalmológico completo. 

A detecção precoce, por meio do teste do olhinho, aumenta consideravelmente as chances de um tratamento eficaz e de preservação da visão e da vida do paciente. Vale lembrar que o teste do olhinho pode apresentar resultados falso-negativos, e a consulta com oftalmologista, no primeiro ano de vida, é indicada.

Quais os tratamentos para o retinoblastoma?

O tratamento do retinoblastoma pode variar, dependendo da localização e da extensão do tumor, bem como da idade e do estado geral de saúde da criança. As opções de tratamento incluem quimioterapia, que pode ser administrada oralmente, por via intravenosa ou diretamente no olho, para reduzir o tamanho do tumor.

Outros tratamentos, como a laserterapia, utilizam um laser para destruir as células tumorais, enquanto a crioterapia congela essas células utilizando nitrogênio líquido. Em alguns casos, a radioterapia pode ser empregada para destruir o tumor, mas é geralmente evitada devido aos efeitos adversos a longo prazo. Nos casos em que os tratamentos não são eficazes, a enucleação (remoção do globo ocular) pode ser necessária para prevenir a disseminação do câncer para outras partes do corpo.

Há prevenção para o retinoblastoma?

Atualmente, não há uma forma conhecida de prevenir o retinoblastoma esporádico. Contudo, para os casos hereditários, o aconselhamento genético pode ser extremamente útil. Esse aconselhamento propicia o entendimento das famílias acerca dos riscos e dos monitoramentos regulares, possibilitando a detecção precoce e o tratamento imediato do tumor. 

O aconselhamento genético é importante sobretudo para famílias com histórico de retinoblastoma. Identificar a mutação no gene RB1 permite que os médicos monitorem de perto os irmãos e outros parentes próximos, iniciando exames periódicos logo após o nascimento e continuando durante os primeiros anos de vida.

A realização do teste do olhinho em recém-nascidos e crianças pequenas é sempre recomendada para a detecção precoce do retinoblastoma, reduzindo as possibilidades de complicações graves.

Educar as famílias sobre os sinais e sintomas do retinoblastoma aumenta substancialmente as chances do paciente. A conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e o acesso a cuidados médicos especializados podem melhorar os resultados do tratamento e a qualidade de vida das crianças afetadas.

Da mesma forma, é preciso estar atento aos sinais de outras doenças, principalmente as neoplasias. Para se manter informado e conhecer mais sobre o assunto, sugerimos a leitura do conteúdo sobre os tipos mais comuns de câncer

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

FIOCRUZ. Retinoblastoma: o tumor ocular mais comum em crianças. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/retinoblastoma-o-tumor-ocular-mais-comum-em-criancas. Acesso em: 01/08/2024.

Instituto Nacional do Câncer – INCA. Retinoblastoma. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/infantojuvenil/especificos/retinoblastoma. Acesso em: 01/08/2024.

Mayo Clinic. Retinoblastoma. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/retinoblastoma/symptoms-causes/syc-20351008. Acesso em: 01/08/2024.

Mayo Clinic. Retinoblastoma. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/retinoblastoma/diagnosis-treatment/drc-20351013. Acesso em: 01/08/2024.

De olho nos olhinhos. Aprenda a reconhecer os sinais do RETINOBLASTOMA, câncer que pode afetar um ou os dois olhos de crianças de até 5 anos. Disponível em: https://deolhonosolhinhos.org/. Acesso em: 01/08/2024.

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Detecção de anticorpos anticélula (FAN) em doenças autoimunes https://blog.sabin.com.br/medicos/deteccao-de-anticorpos-anticelula-fan/ https://blog.sabin.com.br/medicos/deteccao-de-anticorpos-anticelula-fan/#respond Tue, 17 Sep 2024 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=4011 O teste FAN-HEp-2 é amplamente utilizado para detectar anticorpos anticélula, ajudando na investigação de diferentes doenças autoimunes. A interpretação correta do teste e a inclusão de todos os domínios celulares garantem a eficácia do exame, evitando diagnósticos errôneos e investigações desnecessárias. Confira o conteúdo detalhado para aprofundar seu conhecimento sobre o diagnóstico de doenças autoimunes, […]

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O teste FAN-HEp-2 é amplamente utilizado para detectar anticorpos anticélula, ajudando na investigação de diferentes doenças autoimunes. A interpretação correta do teste e a inclusão de todos os domínios celulares garantem a eficácia do exame, evitando diagnósticos errôneos e investigações desnecessárias.

Confira o conteúdo detalhado para aprofundar seu conhecimento sobre o diagnóstico de doenças autoimunes, com o teste FAN-HEp-2.

O que são anticorpos anticélula (FAN)?

Os anticorpos anticélula, amplamente conhecidos como Fator Antinuclear (FAN), são anticorpos direcionados contra antígenos presentes no interior das células. Eles desempenham um papel importante na identificação e no diagnóstico de doenças autoimunes. 

O substrato mais frequentemente utilizado para a pesquisa dos anticorpos é composto por células HEp-2. Esse tipo de célula oferece uma visualização detalhada de diversos componentes celulares, permitindo uma análise precisa e abrangente dos anticorpos presentes.

O teste para a detecção de anticorpos anticélula, chamado de Fator Antinúcleo, ficou conhecido como FAN desde a década de 40, quando os primeiros anticorpos descritos eram direcionados contra componentes do núcleo celular. À medida que as pesquisas avançaram, foram identificados anticorpos dirigidos não apenas contra o núcleo, mas também contra o citoplasma, o nucléolo, o aparelho mitótico e a membrana nuclear.

Assim, devido à variedade de alvos intracelulares reconhecidos por esses autoanticorpos, tornou-se necessário adequar a terminologia utilizada para o exame. O Consenso Brasileiro de Autoanticorpos, ciente disso, propôs que seja adotado o termo “anticorpos anticélula”, mantendo a sigla FAN na descrição do exame, por razões de tradição e reconhecimento por parte do clínico. Tal atualização terminológica contempla a diversidade de componentes celulares que podem ser alvo dos autoanticorpos.

O teste FAN deve ser especificado como FAN HEp-2 para indicar que as células HEp-2 foram usadas como substrato. Essa especificação é crucial, pois assegura a padronização e a comparabilidade dos resultados, tornando-se uma ferramenta diagnóstica necessária para a detecção de várias doenças autoimunes. Entre elas, podemos destacar: doenças reumáticas sistêmicas imunomediadas, como o lúpus eritematoso sistêmico (LES); esclerose sistêmica; dermatopolimiosite; síndrome de Sjögren; entre outras.

Coleta de amostras e padrões de FAN

A coleta da amostra é utilizada para identificar a presença de autoanticorpos através da observação de padrões específicos de fluorescência. Existem diferentes padrões de FAN, cada um voltado contra estruturas celulares específicas. Determinados padrões estão classicamente associados a alguns tipos de doenças autoimunes. Esses padrões são relevantes para a diferenciação entre as diversas condições autoimunes, possibilitando um diagnóstico mais preciso e, em algumas situações, um manejo clínico mais direcionado.

Os padrões Nuclear Pontilhado Fino e Nuclear Pontilhado Fino Denso figuram entre os padrões de FAN-HEp-2 mais comumente observados na rotina laboratorial de pesquisa de autoanticorpos dirigidos contra antígenos celulares. Em especial, o padrão Nuclear Pontilhado Fino responde pela maioria dos resultados positivos de FAN liberados diariamente. Entretanto, em muitas casuísticas apresentadas na literatura internacional, o padrão Nuclear Pontilhado Fino Denso é apontado como o mais usualmente descrito.

Aplicação clínica da pesquisa de FAN

Inicialmente, o teste FAN (Fator Antinúcleo) era principalmente empregado na investigação de lúpus eritematoso sistêmico (LES). No entanto, com o reconhecimento de sua importância, o exame passou a ser utilizado na investigação de outras doenças reumáticas imunomediadas e também no suporte à investigação de doenças de outras especialidades médicas. 

A capacidade de detectar uma grande variedade de autoanticorpos tornou o teste um recurso importante na prática clínica, como exame de primeira linha na investigação de doenças autoimunes.

Apesar de sua ampla utilização, a popularização do teste FAN trouxe consigo alguns desafios significativos. Em muitos casos, o teste é solicitado mesmo quando o quadro clínico do paciente é pouco específico e não necessariamente indicativo de uma doença autoimune. Isso resultou em uma redução no desempenho diagnóstico do exame. Como consequência, a chance de um resultado positivo do FAN representar uma real condição autoimune foi bastante comprometida, devendo ser interpretado com cautela, à luz do quadro clínico do paciente. 

Em um contexto clínico, no qual a probabilidade de doença autoimune é baixa, a interpretação indevida do resultado positivo do teste pode trazer diversos problemas, tanto para os profissionais de saúde quanto para os pacientes. A condução equivocada do processo diagnóstico pode, ainda, resultar em interpretações inadequadas e encaminhamentos e investigações adicionais desnecessárias. 

Esses fatores acarretam custos adicionais, aumentam a carga sobre o sistema de saúde e, além disso, causam desconforto e preocupação injustificada aos pacientes.

Como o exame é realizado?

O teste FAN-HEp-2 é realizado a partir de amostras de sangue do paciente, utilizando a técnica de imunofluorescência indireta em células HEp-2 (IFI/HEp-2). A leitura e a interpretação do teste FAN-HEp-2 devem seguir as recomendações do Consenso Brasileiro de Autoanticorpos, que atualmente está na sua sexta edição. Essas diretrizes garantem a padronização e a precisão dos resultados, assegurando que todos os aspectos relevantes do exame sejam considerados.

Para a correta interpretação do teste, é importante que todos os domínios celulares sejam incluídos na leitura e descrição do exame, para facilitar a interpretação clínica dos resultados. Os domínios consistem em núcleo, nucléolo, citoplasma, placa metafísica, aparelho mitótico e membrana nuclear.

Marcadores

Alguns padrões de fluorescência do FAN-HEp-2 têm seu alvo antigênico devidamente identificado e disponível comercialmente para ser dosado, caso seja necessário.

A título de exemplo, o padrão Nuclear Pontilhado Fino Denso, citado anteriormente como um dos padrões mais prevalentes na rotina laboratorial de FAN, é decorrente da presença de anticorpos dirigidos contra os antígenos LEDGF75 ou DFS70. A identificação de determinados anticorpos auxilia na confirmação do padrão observado na fluorescência.

Em algumas situações clínicas, nas quais o padrão Nuclear Pontilhado Fino Denso é descrito, é recomendada a pesquisa dos anticorpos específicos anti-LEDGF75 ou anti-DFS70, para uma melhor interpretação do FAN.

Nesses casos, a pesquisa de anticorpos anti-LEDGF75 é realizada utilizando a técnica de ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay). Sensível e específica, essa técnica permite a detecção precisa dos anticorpos no soro do paciente. A confirmação da presença desses anticorpos valida a interpretação do padrão Nuclear Pontilhado Fino Denso no teste FAN-HEp-2.

A identificação correta do padrão de FAN e, em muitas situações, a confirmação da presença de anticorpos específicos, relacionados ao padrão de FAN descrito, são fundamentais para o diagnóstico de doenças autoimunes e para a distinção de condições autoimunes de outras patologias.

Um relatório detalhado e abrangente oportuniza ao clínico correlacionar os achados laboratoriais com o quadro clínico do paciente, orientando de forma precisa o diagnóstico e o manejo terapêutico.

Para continuar se aprofundando em temas relacionados, sugerimos a leitura do conteúdo sobre quando pensar e como investigar doenças reumáticas autoimunes. Boa leitura! 

Referências:

Cruvinel, W. de M., Andrade, L. E. C., von Mühlen, C. A., Dellavance, A., Ximenes, A. C., Bichara, C. D., Bueno, C., Mangueira, C. L. P., Bonfá, E., Brito, F. de A., Flumian, F. B., Silva, G. G. da ., Rêgo, J., Anjos, L. M. E. dos ., Slhessarenko, N., Pasoto, S. G., Neves, S. P. F., Valim, V., Santos, W. S. dos ., & Francescantonio, P. L. C.. (2019). V Brazilian consensus guidelines for detection of anti-cell autoantibodies on hep-2 cells. Advances in Rheumatology, 59, 28. doi: 10.1186/s42358-019-0069-5

Cruvinel, W. de M., Andrade, L. E. C., Dellavance, A., Ximenes, A. C., Bichara, C. D. A., Mangueira, C. L. P., Bonfá, E., Brito, F. de A., Mariz, H. A., Anjos, L. M. E. dos ., Pasoto, S. G., Valim, V., Santos, W. F. S. dos ., Gomes, C. M., Neves, R. A., & Francescantonio, P. L. C.. (2022). VI Brazilian consensus guidelines for detection of anti-cell autoantibodies on HEp-2 cells. Advances in Rheumatology, 62, 34. doi: 10.1186/s42358-022-00266-z

Cruvinel WDM, Andrade LEC, Von Mühlen CA, et al. V Brazilian consensus guidelines for detection of anti-cell autoantibodies on hep-2 cells. Adv Rheumatol. 2019;59(1):28. doi: 10.1186/s42358-019-0069-5

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