Saúde Archives | Blog Sabin https://blog.sabin.com.br/categoria/saude/ Conhecimento aliado ao bem-estar Wed, 30 Oct 2024 17:57:28 +0000 pt-BR hourly 1 https://blog.sabin.com.br/wp-content/uploads/2021/03/favicons.png Saúde Archives | Blog Sabin https://blog.sabin.com.br/categoria/saude/ 32 32 Vitamina B12: quais as consequências da sua deficiência? https://blog.sabin.com.br/saude/deficiencia-de-vitamina-b12/ https://blog.sabin.com.br/saude/deficiencia-de-vitamina-b12/#respond Tue, 05 Nov 2024 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=4079 A vitamina B12, ou cobalamina, é um nutriente com diferentes funções no corpo humano. Apesar da sua importância, muitas pessoas desconhecem suas funções e os riscos associados à sua deficiência, principalmente em alguns tipos de dietas restritivas, condições de saúde específicas e para pessoas idosas, que possuem maior risco de desenvolver carência dessa vitamina. A […]

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A vitamina B12, ou cobalamina, é um nutriente com diferentes funções no corpo humano. Apesar da sua importância, muitas pessoas desconhecem suas funções e os riscos associados à sua deficiência, principalmente em alguns tipos de dietas restritivas, condições de saúde específicas e para pessoas idosas, que possuem maior risco de desenvolver carência dessa vitamina.

A deficiência de vitamina B12 pode resultar em problemas sérios de saúde, portanto, manter os seus níveis adequados é fundamental para garantir bem-estar e prevenir o surgimento de doenças.

Para ajudar você a entender a importância da vitamina B12, preparamos este conteúdo, que traz informações sobre o papel da vitamina no organismo, os sintomas da deficiência, os métodos de diagnóstico e as melhores formas de garantir níveis adequados do nutriente. Boa leitura!

O que é a vitamina B12?

A vitamina B12 faz parte das vitaminas do complexo B, e suas funções incluem contribuir para a produção de glóbulos vermelhos (células responsáveis pelo transporte de oxigênio no organismo), participar do metabolismo energético e atuar no desenvolvimento e na manutenção do sistema nervoso central.

É encontrada em alimentos de origem animal, como carne vermelha, laticínios e ovos. Para que o organismo a absorva, é preciso que seja produzido o fator intrínseco, uma molécula liberada pelas células do estômago que protege a B12, permitindo que ela seja absorvida pelo intestino.

Uma vez absorvida, a B12 atua auxiliando as enzimas envolvidas na síntese de DNA, ácidos graxos e mielina. Essa última, em particular, desempenha um papel crucial na proteção e eficiência dos neurônios, para a transmissão de impulsos nervosos necessários na troca de informações entre as células do sistema nervoso central.

Benefícios da vitamina B12 para a saúde

A vitamina B12 contribui diretamente com a saúde neurológica, por meio da produção de mielina nas fibras nervosas. A falta de B12 pode resultar em neuropatias e problemas cognitivos, como dificuldades de memória e confusão mental.

Na saúde cardiovascular, a B12 é necessária para a conversão do aminoácido homocisteína em metionina, ajudando a regular os níveis de homocisteína, um fator de risco para doenças cardiovasculares. Por ser imprescindível para a formação de células sanguíneas saudáveis, um de seus papéis mais críticos é a prevenção da anemia megaloblástica, uma condição na qual o corpo produz glóbulos vermelhos anormalmente grandes e disfuncionais.

No que diz respeito à saúde mental, a vitamina B12 está envolvida na síntese de neurotransmissores como serotonina e dopamina, que influenciam o humor e o bem-estar emocional. Outro ponto de destaque é o metabolismo de ácidos graxos e aminoácidos, propiciando a produção de energia celular. 

Por fim, a vitamina B12, durante a gravidez, é importante para o desenvolvimento neurológico adequado do feto. A deficiência dessa vitamina em gestantes pode resultar em anomalias congênitas e problemas no desenvolvimento do bebê, reforçando a importância de uma ingestão adequada de B12 durante esse período.

Deficiência de vitamina B12

A deficiência se apresenta comumente como um quadro de anemia acompanhado de sintomas como fadiga e palidez. Também podem ocorrer icterícia (amarelamento da pele e dos olhos), distúrbios de sensibilidade como dormência, sensação de queimação e fraqueza, diarreia, dores de cabeça e distúrbios neuropsiquiátricos.

Os sintomas neurológicos são os mais preocupantes e podem incluir formigamento nas mãos e nos pés, confusão mental, perda de memória, dificuldades cognitivas e motoras e até sintomas psiquiátricos, como depressão, ansiedade e irritabilidade.

Em pessoas idosas, a deficiência de B12 pode ser confundida com sinais de demência, complicando ainda mais o diagnóstico. Sendo assim, quanto mais rápido for descoberta a deficiência da vitamina, maiores as chances de evitar complicações graves.

Como diagnosticar a deficiência de vitamina B12?

Inicialmente, é feita a avaliação clínica do paciente, na qual o médico irá analisar a presença de sintomas que possam indicar provável deficiência nutricional. O histórico do paciente também deve ser considerado, sobretudo na presença de fatores de risco, como a intolerância ao glúten (doença celíaca) ou a doença de Crohn, condições que podem gerar um processo inflamatório no sistema digestivo, prejudicando a absorção de vitamina B12 (dependente do fator intrínseco).

Outro ponto de destaque são os casos de cirurgia bariátrica, que normalmente interferem na produção do fator intrínseco pelas células do estômago, impactando diretamente a absorção de B12.

Exames laboratoriais são necessários para confirmar a deficiência, entre eles, os exames de sangue para dosagem dos níveis da vitamina no organismo. Em alguns casos, os médicos podem solicitar exames adicionais, como o ácido metilmalônico (MMA) e a homocisteína, biomarcadores mais sensíveis do que apenas medir os níveis séricos de B12. O MMA se acumula no organismo quando a vitamina B12 está em falta, enquanto a homocisteína também se eleva em casos de deficiência.

Esses exames são especialmente úteis em situações em que os níveis de B12 no sangue estão próximos do limite ou em pessoas que já estão tomando suplementos de B12, dificultando o diagnóstico apenas com o exame tradicional.

Como manter os níveis adequados de vitamina B12?

A melhor forma de manter níveis adequados de vitamina B12 se dá através da alimentação. As principais fontes da vitamina são alimentos de origem animal, como carnes, peixes, ovos e laticínios. Para pessoas que seguem dietas vegetarianas ou veganas, alimentos fortificados e suplementos de vitamina B12 são indicados para prevenir a deficiência. Pessoas idosas devem ficar atentas à alimentação e realizar exames de rotina para verificar os níveis da vitamina.

Como mencionado, algumas condições médicas ou procedimentos, como a doença celíaca, doença de Crohn e a cirurgia bariátrica, podem interferir na absorção da B12, tornando a suplementação necessária. Existem várias formas de suplementação de B12 disponíveis, incluindo comprimidos orais, cápsulas sublinguais e injeções intramusculares.

No entanto, a necessidade e a escolha do método de suplementação deve ser feita sempre com a orientação de um médico, considerando as necessidades individuais de cada paciente. Antes de suplementar qualquer vitamina, consulte um profissional da área da saúde para verificar a real necessidade de aderir a esse tipo de estratégia.

Outra vitamina essencial para o organismo, principalmente para a saúde óssea, é a vitamina D. Quer saber mais informações sobre esse nutriente tão importante? Então, não deixe de conferir o conteúdo sobre a importância da vitamina D e o que acontece quando ela está baixa.

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

Mayo Clinic. Vitamin B-12. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/drugs-supplements-vitamin-b12/art-20363663. Acesso em: 22/08/2024.

Mayo Clinic. Vitamin deficiency anemia. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/vitamin-deficiency-anemia/symptoms-causes/syc-20355025. Acesso em: 22/08/2024.

Abdelwahab, O.A., Abdelaziz, A., Diab, S. et al. Efficacy of different routes of vitamin B12 supplementation for the treatment of patients with vitamin B12 deficiency: A systematic review and network meta-analysis. Ir J Med Sci 193, 1621–1639 (2024). https://doi.org/10.1007/s11845-023-03602-4

Mathew, A.R.; Di Matteo, G.; La Rosa, P.; Barbati, S.A.; Mannina, L.; Moreno, S.; Tata, A.M.; Cavallucci, V.; Fidaleo, M. Vitamin B12 Deficiency and the Nervous System: Beyond Metabolic Decompensation—Comparing Biological Models and Gaining New Insights into Molecular and Cellular Mechanisms. Int. J. Mol. Sci. 2024, 25, 590. https://doi.org/10.3390/ijms25010590.

Wolffenbuttel B H, Owen P J, Ward M, Green R. Vitamin B12 BMJ 2023; 383 :e071725. doi:10.1136/bmj-2022-071725.

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Otites: como prevenir infecções nos ouvidos https://blog.sabin.com.br/saude/como-prevenir-otites/ https://blog.sabin.com.br/saude/como-prevenir-otites/#respond Tue, 22 Oct 2024 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=4043 As otites são infecções que podem afetar diferentes partes do ouvido e são um problema bastante comum, especialmente em bebês e crianças. Se não tratadas adequadamente, essas infecções podem levar a complicações sérias, como a perda auditiva.  A otite média aguda recorrente é uma das condições mais comuns entre as crianças. Segundo a Associação Catarinense […]

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As otites são infecções que podem afetar diferentes partes do ouvido e são um problema bastante comum, especialmente em bebês e crianças. Se não tratadas adequadamente, essas infecções podem levar a complicações sérias, como a perda auditiva. 

A otite média aguda recorrente é uma das condições mais comuns entre as crianças. Segundo a Associação Catarinense de Medicina (ACM), cerca de dois terços dos bebês até um ano terão passado por, pelo menos, um episódio de otite média aguda. Aos sete anos, aproximadamente 90% das crianças terão experimentado a doença, com 75% delas apresentando três ou mais episódios ao longo desse período.

Portanto, é imprescindível conhecer os riscos associados à otite recorrente e como preveni-la, sobretudo na infância. Neste conteúdo, você encontrará informações muito importantes sobre o que é a otite, quais os tipos, sintomas, formas de diagnóstico, tratamento e prevenção.

O que é a otite?

Otite é um termo médico usado para descrever a inflamação do ouvido, geralmente causada por infecções bacterianas ou virais. É uma condição que pode acometer diferentes estruturas do ouvido humano.

O ouvido é composto por três partes: externo, médio e interno. O ouvido externo, formado pela orelha e pelo canal auditivo, capta e direciona as ondas sonoras até o tímpano. Já o ouvido médio, contendo os ossículos (martelo, bigorna e estribo), amplifica e transmite as vibrações sonoras do tímpano para o ouvido interno.

O ouvido interno, que abriga a cóclea e o sistema vestibular, converte as vibrações em impulsos elétricos enviados ao cérebro, permitindo a percepção do som. Além disso, o sistema vestibular é responsável pelo equilíbrio corporal. Essas três partes trabalham juntas para processar os sons que ouvimos.

Crianças são mais propensas a desenvolver otites, em razão da anatomia dos ouvidos, que facilitam o acúmulo de líquidos e, consequentemente, a infecção. Adultos também podem ter otite, mas é menos comum e normalmente associada a outras condições, como alergias ou infecções respiratórias.

As consequências da otite podem variar conforme a localização e a gravidade da inflamação. Se não tratada, pode levar a diversas complicações, tais como celulite periauricular, perda temporária de audição, problemas de equilíbrio e, em casos mais graves, perfuração do tímpano, que pode levar à perda auditiva permanente.

Quais os tipos de otite?

A otite pode se manifestar de diferentes formas, dependendo da parte do ouvido afetada. Quando a infecção atinge o ouvido externo, é chamada de otite externa; quando atinge o ouvido médio, é chamada de otite média. Cada tipo tem suas particularidades, porém todos podem causar desconforto significativo e, em alguns casos, levar a complicações.

Otite externa: conhecida popularmente como “ouvido de nadador”, ocorre quando a parte externa do ouvido fica inflamada, em geral, devido à entrada de água contaminada no canal auditivo. Essa condição é comum entre pessoas que praticam natação ou que têm o hábito de molhar os ouvidos com frequência. A umidade excessiva pode criar um ambiente ideal para o crescimento de bactérias ou fungos, que causam a infecção. Outro agente causador é o uso de cotonetes ou algum objeto para limpar o ouvido, podendo causar pequenas lesões na pele, facilitando a entrada de microrganismos.

Otite média: é o tipo mais comum em crianças e ocorre quando a infecção se instala na cavidade do ouvido médio, que fica atrás do tímpano. Essa condição geralmente aparece como uma complicação de resfriados ou gripes, que causam o bloqueio da trompa de Eustáquio, o tubo que conecta o ouvido médio à parte de trás da garganta. Esse bloqueio faz com que fluidos se acumulem no ouvido médio, facilitando a proliferação de bactérias ou vírus.

A classificação da otite inclui ainda a sua duração, podendo ser aguda, com sintomas intensos e de curta duração, ou crônica, quando a infecção persiste por mais tempo.

Quais os sintomas da otite?

Os sintomas da otite podem variar, entretanto, na grande maioria das vezes, incluem dor de ouvido, sensação de pressão ou “ouvido tampado” e febre. Em casos isolados, quando há agravamento e complicações, como supuração e rompimento do tímpano, pode ser observada secreção saindo do ouvido.

A dor é um dos principais sintomas, particularmente em crianças, que podem ficar mais irritadas, chorar mais e ter dificuldade para dormir. Em casos mais graves, a infecção pode causar febre alta e, em crianças pequenas, a recusa em se alimentar, por conta do desconforto ao engolir.

Otite em bebês

Identificar a otite em bebês pode ser um desafio, uma vez que eles não conseguem expressar verbalmente o que sentem. O choro excessivo é um dos sintomas mais perceptíveis, mas é importante não confundir com os choros cotidianos. É comum que os bebês chorem quando estão com fome, com sono ou até quando fazem xixi ou cocô na fralda.

Quando a otite aparece, o choro do bebê parece não parar, mesmo que o cuidador já tenha tentado de tudo para acalmá-lo. Nesse caso, o ideal é levar o bebê ao pediatra, pois as chances de ser uma infecção de ouvido ou outras infecções são altas.

Um comportamento que também deve ser observado é a linguagem corporal do bebê. Se, ao chorar, o bebê leva as mãozinhas para a região da cabeça, especificamente na orelha, pode ser sinal de dor de ouvido. Quando os bebês estão com dor de ouvido, um movimento corporal típico é o de mexer e/ou balançar muito a cabeça, repetidamente. 

Falta de apetite, deixar de comer ou de mamar são outros sinais que podem indicar desconforto nos ouvidos. Usualmente, há aumento da dor/choro ao mamar, ao se apertar levemente próximo à orelha.

Por fim, também podemos identificar uma dor de ouvido quando a criança se deita apenas de um lado, por causa da dor, atrapalhando o sono do bebê.

Como é feito o diagnóstico da otite?

O diagnóstico da otite é feito por um médico, geralmente um pediatra ou otorrinolaringologista, que irá avaliar os sintomas e realizar um exame físico do ouvido com um otoscópio, uma ferramenta que permite visualizar o interior do ouvido.

Esse exame é importante para identificar sinais de inflamação, presença de fluido no ouvido médio ou perfuração do tímpano. Se houver otite supurada, o pus pode estar visível no ouvido médio atrás do tímpano.

Em alguns casos, quando há suspeita de complicações ou se o tratamento inicial não for eficaz, podem ser necessários exames complementares, como a timpanometria e a audiometria, para avaliar a função auditiva e a pressão no ouvido médio.

Qual o tratamento da otite?

O tratamento da otite depende do tipo de infecção e da gravidade dos sintomas. Para a otite média em crianças, comumente, é feito o uso de antibióticos, já que as infecções bacterianas são frequentes. Analgésicos e anti-inflamatórios também podem ser usados para aliviar a febre, a dor e reduzir a inflamação. Se a infecção for causada por vírus, o tratamento pode incluir apenas o manejo dos sintomas.

Para a otite externa, o tratamento, habitualmente, envolve o uso de antibióticos ou antifúngicos. Manter o ouvido seco e evitar a exposição à água durante o tratamento também são recomendações comuns. Em casos mais graves, pode ser necessário o uso de antibióticos orais ou a limpeza do canal auditivo por um profissional de saúde.

Como prevenir a otite?

A prevenção da otite consiste em adotar uma série de medidas para reduzir o risco de infecções. Manter os ouvidos limpos e secos é recomendado, especialmente após banhos ou atividades aquáticas. É desaconselhado o uso de cotonetes ou objetos pontiagudos para limpar o interior dos ouvidos, o que pode causar lesões e aumentar o risco de infecção.

A vacinação é uma medida importante, principalmente para prevenir infecções de vias respiratórias por bactérias como o Streptococcus pneumoniae e o Haemophilus influenzae, que são comuns causadores de otite média. Como o sistema respiratório superior tem comunicação com os ouvidos, a otite pode decorrer de complicações de viroses que se iniciam no nariz. Assim, manter as vacinas em dia, como a da gripe, é fundamental para prevenção dessas doenças, além de ajudar a reduzir o risco de otite.

Para bebês, uma medida preventiva é evitar o uso de mamadeira enquanto estão deitados, pois isso pode facilitar a entrada de líquidos no ouvido médio, aumentando o risco de infecção. 

Adicionalmente, evitar a exposição ao fumo passivo e manter uma boa higiene das mãos são estratégias eficazes para prevenir infecções respiratórias que podem levar à otite.

Como vimos, embora seja uma condição comum, a otite pode ter sérias complicações se não for tratada adequadamente. A identificação precoce dos sintomas, o tratamento correto e a adoção de medidas de prevenção auxiliam na proteção da saúde auditiva. Pais e cuidadores devem estar atentos aos sinais de desconforto nos pequenos e buscar atendimento médico ao primeiro sinal de infecção.

Para entender mais sobre como cuidar da saúde das crianças, leia nosso conteúdo sobre a importância da consulta com o pediatra e como ela pode ajudar a prevenir e tratar problemas recorrentes na infância.

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

Sociedade Brasileira de Pediatria. Otite Média. Disponível em: https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/doencas/otite-media/. Acesso em: 12/08/2024.

Mayo Clinic. Ear infection (middle ear). Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/ear-infections/symptoms-causes/syc-20351616. Acesso em: 12/08/2024.

National Institute on Deafness and Other Communication Disorders (NIH). Ear Infections in Children. Disponível em: https://www.nidcd.nih.gov/health/ear-infections-children. Acesso em: 12/08/2024.

Jamal A, Alsabea A, Tarakmeh M, Safar A. Etiology, Diagnosis, Complications, and Management of Acute Otitis Media in Children. Cureus. 2022 Aug 15;14(8):e28019. Doi: 10.7759/cureus.28019

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Testosterona: entenda sua importância para a saúde masculina https://blog.sabin.com.br/saude/testosterona-e-a-saude-masculina/ https://blog.sabin.com.br/saude/testosterona-e-a-saude-masculina/#respond Tue, 15 Oct 2024 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=4040 A testosterona é um hormônio esteroide com função no desenvolvimento das características sexuais e na regulação de diversas funções fisiológicas no organismo humano, especialmente em homens. Compreender suas funções e os impactos causados pela sua deficiência é muito importante e pode auxiliar a população na promoção da saúde e do bem-estar. A reposição hormonal da […]

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A testosterona é um hormônio esteroide com função no desenvolvimento das características sexuais e na regulação de diversas funções fisiológicas no organismo humano, especialmente em homens.

Compreender suas funções e os impactos causados pela sua deficiência é muito importante e pode auxiliar a população na promoção da saúde e do bem-estar. A reposição hormonal da testosterona é um tratamento que deve ser feito somente com fins terapêuticos, nos portadores de deficiência desse hormônio e sob orientação médica.

Neste artigo, exploraremos em detalhes o que é a testosterona, os impactos do declínio natural dos seus níveis no envelhecimento e a importância da reposição hormonal adequada. Boa leitura!

O que é testosterona?

A testosterona é um hormônio esteroide androgênico produzido principalmente nos testículos e, em menor quantidade, nos ovários e nas glândulas suprarrenais tanto dos homens quanto das mulheres. 

É um hormônio relacionado ao desenvolvimento de características sexuais masculinas, como crescimento de pelos faciais e corporais, mudanças no tom de voz, aumento da massa muscular e manutenção da saúde óssea, além de regular diversas funções fisiológicas em ambos os gêneros. Influencia, ainda, a libido, a função sexual, a produção de esperma, o humor e a disposição. Há evidências que sugerem que a testosterona pode ter um papel na manutenção da cognição, incluindo a memória e a concentração.

A falta de testosterona pode levar à perda de massa muscular e aumento do risco de osteoporose. É um hormônio que também interfere na distribuição de gordura no corpo, ajudando a manter uma proporção saudável de massa magra em relação à gordura corporal.

Os níveis de testosterona variam ao longo da vida, sendo mais elevados durante a puberdade e a idade adulta jovem, começando a declinar gradualmente com o envelhecimento. Em mulheres, os níveis de testosterona são muito mais baixos do que nos homens, um fato considerado normal do ponto de vista fisiológico, mas ainda desempenham funções importantes, como a manutenção da libido, da energia e do bem-estar geral.

Quais consequências a disfunção da testosterona pode trazer para a saúde?

A deficiência do hormônio em homens pode trazer complicações à saúde, assim como o aumento dos seus níveis em mulheres também pode trazer consequências deletérias. A seguir, descrevemos brevemente os problemas de saúde mais comumente associados a disfunções na produção de testosterona. 

Hipogonadismo

O hipogonadismo é uma condição médica caracterizada pela diminuição ou ausência da função das gônadas, os órgãos responsáveis pela produção de hormônios sexuais. 

No caso dos homens, as gônadas são os testículos, e nas mulheres, são os ovários. Essa condição pode afetar a produção de hormônios sexuais, como a testosterona, o estrogênio e a progesterona, e a produção de espermatozoides ou óvulos.

Existem dois tipos principais de hipogonadismo: primário e secundário. O hipogonadismo primário ocorre quando o problema está nas próprias gônadas (testículos ou ovários). Mesmo que o cérebro envie sinais adequados para que os órgãos produzam hormônios sexuais, as gônadas não conseguem responder de forma eficaz. Isso pode ser causado por fatores como defeitos genéticos, infecções, traumas, radiação ou outras doenças.

Já no hipogonadismo secundário, o problema está na regulação hormonal feita pelo hipotálamo ou pela hipófise, estruturas localizadas no crânio que controlam a produção de hormônios pelas gônadas. Se essas regiões do sistema nervoso central não produzirem hormônios reguladores suficientes, as gônadas não receberão o estímulo necessário para produzir hormônios sexuais.

Os sintomas de hipogonadismo variam dependendo da idade em que a condição se desenvolve e do gênero do indivíduo. Em homens, podem ser observados sinais como diminuição da libido, disfunção erétil, infertilidade, diminuição da massa muscular e da força, aumento da gordura corporal, diminuição da densidade óssea (osteoporose), alterações de humor e energia (como depressão ou fadiga) e falta de desenvolvimento sexual completo em adolescentes.

Em mulheres, os sintomas incluem ciclos menstruais irregulares ou ausência de menstruação, diminuição da libido, secura vaginal, infertilidade, ondas de calor, diminuição da densidade óssea (osteoporose) e alterações de humor.

Obesidade e resistência à insulina

Baixos níveis de testosterona estão associados à obesidade e à resistência à insulina, aumentando o risco de desenvolver diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.

A normalização dos níveis de testosterona pode ajudar a melhorar a composição corporal e a sensibilidade à insulina em pacientes com essas condições, porém deve ser realizada apenas em casos de deficiência documentada e sempre orientadas por um profissional qualificado.

Distúrbios do humor e cognitivos

Alterações nos níveis de testosterona podem influenciar o humor e a função cognitiva, contribuindo para sintomas de depressão e ansiedade. Em alguns casos, a reposição hormonal pode melhorar esses sintomas em homens com deficiência de testosterona.

Outro impacto significativo está ligado à disposição mental e emocional, influenciando níveis de energia e até mesmo a sensação de bem-estar geral, manifestando sintomas de fadiga e irritabilidade.

Hirsutismo

É uma condição caracterizada pelo crescimento excessivo de pelos em mulheres, devido a altos níveis de testosterona. Embora seja uma condição mais comum no sexo feminino, os homens também podem apresentar sinais de excesso de testosterona.

O hirsutismo pode ser acompanhado por outros sinais de virilização, dependendo da gravidade do desequilíbrio hormonal, como acne, calvície de padrão masculino, aumento da massa muscular, alterações na voz (que pode ficar mais grave) e irregularidades menstruais.

Quem deve fazer o monitoramento dos níveis de testosterona?

A dosagem de testosterona deve ser realizada em homens com sintomas de deficiência e em mulheres com sintomas de superprodução do hormônio. Caso haja suspeita de disfunção hormonal, é preciso buscar orientação médica para diagnóstico e tratamento adequados.

Como mencionado, o processo de envelhecimento influencia diretamente os níveis de testosterona. É perfeitamente natural que as concentrações do hormônio diminuam em homens idosos, por exemplo, decorrente da menor produção nos testículos.

Apesar de ser um fenômeno fisiologicamente normal, pode potencialmente causar sintomas e complicações para a pessoa. Portanto, manter níveis adequados de testosterona é importante para manter a saúde e o bem-estar.

Quando realizar a reposição hormonal?

A reposição de testosterona é indicada apenas para homens que apresentam deficiência documentada por exames do hormônio, com níveis geralmente abaixo dos 200 ng/dL.

A reposição inadequada ou não supervisionada pode acarretar sérios riscos à saúde, como problemas cardiovasculares, aumento do risco de câncer de próstata e desequilíbrios hormonais. Por isso, a reposição deverá sempre seguir critérios e avaliações médicas, para definir a quantidade de doses e se realmente é necessária.

Malefícios do uso de testosterona para fins estéticos

Muitas pessoas utilizam a testosterona como meio de melhorar sua estética corporal. Esse é um uso amplamente conhecido, sobretudo por frequentadores de academias, mas que pode trazer sérios riscos à saúde.

Quando a reposição é feita em quantidades superiores ao normal, a testosterona pode “desligar” a produção natural nos testículos, levando à infertilidade e à redução do tamanho testicular. Adicionalmente, o excesso de estrógeno, resultante da conversão da testosterona, pode causar crescimento irregular das mamas em homens.

Níveis altos de testosterona podem provocar dislipidemia, uma condição caracterizada pela redução do colesterol bom (HDL) e o aumento do hematócrito — quantidade de hemácias no sangue —, tornando o sangue mais espesso e aumentando o risco de coágulos. 

Também pode causar aumento do tamanho do coração e insuficiência cardíaca, além de diminuir a sensibilidade à insulina e aumentar a gordura abdominal, elevando o risco de problemas cardíacos. O uso prolongado de testosterona pode piorar condições cardiovasculares preexistentes, ativando mecanismos no corpo que elevam a pressão arterial.

O uso indevido da testosterona não afeta apenas os homens. Mulheres que recorrem à testosterona com o objetivo de ganhos estéticos correm os mesmos riscos cardiovasculares, podendo experimentar ganho de peso, aumento de gordura, atrofia das mamas, alterações menstruais, voz mais grave e crescimento do clitóris.

A testosterona é um hormônio fundamental na saúde humana, principalmente dos homens, que impacta diferentes funções fisiológicas. Compreender os seus efeitos e quando recorrer à sua reposição é imprescindível para uma vida saudável. Em caso de suspeita de disfunção hormonal, não hesite em procurar orientação médica. Para saber mais sobre como manter a saúde do homem em dia, leia nosso conteúdo sobre saúde masculina.

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba (CRM-PB). Os riscos do uso de testosterona com finalidade estética. Disponível em: https://crmpb.org.br/artigos/os-riscos-do-uso-de-testosterona-com-finalidade-estetica. Acesso: 08/08/2024.

Harvard Health Publishing. Testosterone: What it is and how it affects your health. Disponível em: https://www.health.harvard.edu/staying-healthy/testosterone–what-it-does-and-doesnt-do. Acesso em: 08/08/2024.

Mayo Clinic. Testosterone therapy: Potential benefits and risks as you age. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/healthy-lifestyle/sexual-health/in-depth/testosterone-therapy/art-20045728. Acesso em: 08/08/2024.

JAMA. Testosterone Deficiency. Disponível em: https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2749876. Acesso em: 08/08/2024.

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Importância da LGPD para a proteção de dados na área da saúde https://blog.sabin.com.br/saude/lgpd-na-protecao-de-dados-de-saude/ https://blog.sabin.com.br/saude/lgpd-na-protecao-de-dados-de-saude/#respond Tue, 08 Oct 2024 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=4046 A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) desempenha um papel muito importante na proteção das informações de pacientes, especialmente em um setor tão sensível quanto a saúde. Aprovada em 2018, a lei estabelece regras claras sobre como os dados pessoais devem ser coletados, armazenados e compartilhados. Inspirada no Regulamento Geral de Proteção de […]

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A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) desempenha um papel muito importante na proteção das informações de pacientes, especialmente em um setor tão sensível quanto a saúde.

Aprovada em 2018, a lei estabelece regras claras sobre como os dados pessoais devem ser coletados, armazenados e compartilhados. Inspirada no Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR), a LGPD visa garantir a privacidade e a segurança dos cidadãos brasileiros, fornecendo transparência no tratamento de informações.

Na área da saúde, os dados sensíveis, como históricos médicos, diagnósticos e tratamentos, requerem um cuidado especial. A proteção desses dados é fundamental para assegurar a privacidade dos pacientes e evitar possíveis violações que comprometam a confiança nas instituições de saúde.

A conformidade com a LGPD é benéfica tanto para as instituições quanto para os pacientes, possibilitando que os processos de segurança sejam seguidos rigorosamente. Para ajudar você a entender mais sobre a LGPD, preparamos este conteúdo, contendo as principais informações sobre os impactos na área da saúde.

O que é a LGPD?

A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, ou LGPD, é uma legislação brasileira cujo propósito é regulamentar o tratamento de dados pessoais, seja por meios digitais ou financeiros, estabelecendo normas para coleta, armazenamento, compartilhamento e descarte dessas informações. 

A LGPD abrange tanto dados pessoais quanto dados sensíveis, que exigem um nível maior de proteção. Os dados pessoais incluem qualquer informação relacionada a uma pessoa física identificada ou identificável, como nome, endereço e CPF. Já os dados sensíveis englobam informações mais delicadas, como estado de saúde, orientação sexual, biometria, entre outras. Esses dados, quando tratados de forma específica, podem gerar consequências graves para os indivíduos, como discriminação, exclusão social e até mesmo fraudes.

Dessa forma, a LGPD exige que as instituições de saúde, inclusive os laboratórios de análises clínicas, adotem medidas rigorosas para garantir a proteção desses dados. Isso envolve, em alguns casos, o consentimento dos pacientes para o tratamento de suas informações, a implementação de políticas de segurança da informação e a transparência quanto ao uso dos dados.

Quais os impactos da LGPD no setor de saúde?

O setor de saúde é um dos mais afetados pela LGPD, devido à natureza dos dados que são manipulados diariamente. Hospitais, clínicas, laboratórios e outras instituições de saúde lidam com um volume grande de informações sensíveis que precisam ser protegidas de forma adequada.

A LGPD impõe a essas instituições a responsabilidade de garantir que os dados dos pacientes sejam tratados de maneira segura e transparente. A seguir, listamos os principais impactos da LGPD no setor de saúde.

Proteção de dados sensíveis

Os dados de saúde são considerados sensíveis pela LGPD, o que exige um nível maior de proteção, englobando medidas como criptografia, controle de acesso e anonimização de dados, sempre que possível.

Transparência no tratamento de dados

A LGPD exige que as instituições de saúde informem os pacientes sobre o uso de seus dados, esclarecendo quais dados estão sendo coletados, para qual finalidade e por quanto tempo serão armazenados. Esse nível de transparência é fundamental para garantir que os direitos dos titulares de dados sejam respeitados.

Direitos dos titulares

A lei assegura aos pacientes o direito de acessar, corrigir, eliminar e até mesmo solicitar a portabilidade de seus dados. Isso significa que um paciente pode, por exemplo, pedir que seus exames sejam transferidos de um laboratório para outro, sem que precise realizar novos testes.

Segurança das informações

A conformidade com a LGPD também implica na adoção de práticas de segurança da informação, como a criação de políticas internas, treinamentos para colaboradores e o uso de tecnologias de proteção de dados. O objetivo é minimizar o risco de vazamentos e acessos não autorizados às informações dos pacientes.

Como o Sabin atua frente à LGPD?

O Sabin Diagnóstico e Saúde está comprometido com a proteção dos dados de seus pacientes. Desde a promulgação da LGPD, o Sabin adotou uma série de medidas para garantir a conformidade com a lei e assegurar que as informações dos pacientes sejam tratadas de forma segura. Confira as ações implementadas.

Identificação e mitigação de riscos

O Sabin realiza avaliações periódicas para identificar possíveis riscos de violação de dados e adota medidas proativas para mitigá-los. Entre elas, estão o uso de tecnologias de ponta para proteger as informações e a criação de políticas internas que regulam o acesso e o uso dos dados.

Capacitação dos colaboradores

A conformidade com a LGPD depende não apenas de ferramentas tecnológicas, mas também da capacitação e conscientização dos colaboradores, promovendo uma sólida cultura de privacidade. 

A estratégia do Grupo Sabin começa sensibilizando seus colaboradores, para que compreendam seus direitos como titulares de dados. Com essa base, os colaboradores passam a entender a importância da proteção de dados pessoais e dados pessoais sensíveis em todo o processo da empresa.  

O Sabin investe em treinamentos contínuos para garantir que todos os funcionários estejam cientes das exigências da lei e saibam como agir para proteger os dados dos pacientes.

Transparência com os pacientes

O Sabin acredita que a confiança dos pacientes é crucial para o sucesso de suas operações. Por isso, a empresa adota uma postura de total transparência no tratamento de dados, informando aos pacientes como suas informações serão usadas e garantindo que seus direitos sejam respeitados.

Ferramentas de conformidade

Além das medidas mencionadas, o Sabin utiliza ferramentas específicas para garantir a conformidade com a LGPD, como sistemas de criptografia, monitoramento de acessos e políticas de gestão de dados. Essas ferramentas são constantemente atualizadas, para acompanhar as melhores práticas do mercado e as exigências legais.

A LGPD trouxe mudanças significativas para o setor de saúde, impondo desafios, e, ao mesmo tempo, oferecendo oportunidades de melhoria na gestão das informações dos pacientes. Com isso, o Sabin Diagnóstico e Saúde não apenas protege as informações dos pacientes, como também contribui para a construção de um ambiente de saúde mais seguro e confiável.

Quer aprofundar seu conhecimento sobre segurança do paciente? Confira nosso conteúdo e fique por dentro de melhores práticas para o cuidado da sua saúde. Boa leitura!

Referências:

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PROCURADORES DO ESTADO (ANAPE). Lei Geral de Proteção de Dados e Reflexos na Saúde Pública. Disponível em: https://anape.org.br/publicacoes/artigos/lei-geral-de-protecao-de-dados-e-reflexos-na-saude-publica. Acesso em: 27 ago. 2024.

BRASIL. Lei n.º 13.709, de 14 de agosto de 2018. Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Brasília, DF: Presidência da República, 2018. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm. Acesso em: 27 ago. 2024.

BRASIL. Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Ministério da Saúde. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/lgpd. Acesso em: 27 ago. 2024.

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Entenda como identificar precocemente o retinoblastoma https://blog.sabin.com.br/saude/deteccao-precoce-do-retinoblastoma/ https://blog.sabin.com.br/saude/deteccao-precoce-do-retinoblastoma/#respond Tue, 24 Sep 2024 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=4022 O retinoblastoma é um tipo raro de câncer que afeta a retina, principalmente em crianças menores de cinco anos. Sendo o tumor intraocular maligno mais comum na infância, o retinoblastoma requer atenção especial para um diagnóstico precoce, o que pode salvar vidas. Estima-se que cerca de 400 novos casos surgem anualmente no Brasil, o que […]

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O retinoblastoma é um tipo raro de câncer que afeta a retina, principalmente em crianças menores de cinco anos. Sendo o tumor intraocular maligno mais comum na infância, o retinoblastoma requer atenção especial para um diagnóstico precoce, o que pode salvar vidas.

Estima-se que cerca de 400 novos casos surgem anualmente no Brasil, o que torna a conscientização e a educação sobre essa doença extremamente importantes. Identificar precocemente os sinais auxilia para que o início do tratamento seja o mais rápido possível, melhorando as chances de cura e de preservação da visão.

Neste conteúdo, você encontrará informações indispensáveis sobre o retinoblastoma, quais os sinais indicativos da doença, formas de tratamento e como diagnosticar. Confira!

O que é o retinoblastoma?

O retinoblastoma é um câncer ocular raro que se desenvolve na retina, a camada sensível à luz na parte posterior do olho. Esse tipo de câncer é mais frequente em crianças pequenas, sendo diagnosticado, em sua grande maioria, naquelas menores de cinco anos. Ele pode se apresentar de forma unilateral, afetando um olho, ou bilateral, afetando ambos os olhos.

Sua origem está associada a mutações no gene RB1, responsável por controlar a divisão celular. Essas mutações podem ser herdadas dos pais, caracterizando a forma hereditária, ou ocorrer espontaneamente, caracterizando a forma esporádica. A forma hereditária tende a apresentar uma alta taxa de penetrância, o que significa que os portadores da mutação têm mais chances de desenvolver o tumor.

A forma hereditária do retinoblastoma é particularmente preocupante porque esses pacientes têm um risco aumentado de desenvolver outros tipos de câncer ao longo da vida, como o osteossarcoma — tumor maligno ósseo mais frequente na infância e adolescência.

Já a forma esporádica, que corresponde a cerca de 60% dos casos, geralmente afeta apenas um olho e não está associada a um risco aumentado de outras neoplasias. Independentemente da forma, o diagnóstico precoce é imprescindível para o tratamento eficaz e a preservação da visão da criança.

Quais os sinais e sintomas do retinoblastoma?

Os sinais e sintomas do retinoblastoma podem variar conforme o estágio e a localização do tumor. Um dos primeiros sinais observados pelos pais é a leucocoria, um reflexo branco na pupila, que pode ser visível em fotos com flash ou em ambientes com pouca luz. Esse reflexo anormal é descrito como “reflexo do olho de gato” e é o sinal mais comum da doença, presente em 60% a 80% dos casos. 

Outro sintoma típico é o estrabismo, no qual os olhos estão desalinhados e não olham na mesma direção. Crianças com retinoblastoma também podem apresentar olhos vermelhos, inchaço ocular e diminuição da visão. Em casos avançados, o tumor pode causar dor ocular e levar à cegueira no olho afetado.

Além dos sinais mais usuais, outros sintomas podem estar presentes, como aumento rápido da pressão dentro do olho, diminuição da visão, glaucoma, sangramentos internos no olho, diferença no tamanho das pupilas, movimentos involuntários dos olhos, infecção ao redor dos olhos e diferença de cor entre as íris. Tumores perto da parte central da retina podem ser detectados mais cedo do que aqueles na periferia. Se não tratado a tempo, o tumor pode se espalhar para o nervo óptico, cérebro e, em casos graves, para ossos e fígado. 

Quais os riscos associados ao retinoblastoma?

Os riscos associados ao retinoblastoma são significativos e incluem a possibilidade de metástase, ou seja, a disseminação do câncer para outras partes do corpo, como o cérebro e os ossos. A perda da visão é outro risco importante, especialmente se o diagnóstico e o tratamento não forem realizados rapidamente. 

Como mencionado, o retinoblastoma hereditário é particularmente perigoso devido à alta penetrância e pelo maior risco de desenvolvimento de outras neoplasias, como sarcomas e melanomas, ao longo da vida. Em contrapartida, o retinoblastoma esporádico, que não é hereditário, normalmente não está associado a um risco aumentado de outras neoplasias. No entanto, a vigilância contínua e o acompanhamento médico são essenciais para monitorar possíveis complicações e garantir a saúde do paciente.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico do retinoblastoma envolve uma série de exames clínicos e de imagem para confirmar a presença do tumor e avaliar sua extensão. Inicialmente, um oftalmologista realizará um exame oftalmológico completo para visualizar o interior do olho. Isso pode ajudar a identificar a localização e o tamanho do tumor. Exames de imagem, como a ressonância magnética, podem avaliar a extensão do tumor e detectar possíveis metástases no cérebro e em outras áreas.

Testes genéticos são realizados para identificar as mutações no gene RB1, permitindo determinar se o retinoblastoma é hereditário ou esporádico. Esse diagnóstico detalhado é importante para planejar o tratamento mais adequado e monitorar a progressão da doença.

Importância do teste do olhinho

A realização do teste do olhinho é recomendada como parte do protocolo de atendimento neonatal e durante as consultas pediátricas de rotina. Esse teste é rápido e indolor, podendo ser feito com um oftalmoscópio portátil para avaliar o reflexo vermelho dos olhos do bebê. Caso o reflexo seja ausente, assimétrico ou alterado, o paciente deve ser encaminhado imediatamente para um exame oftalmológico completo. 

A detecção precoce, por meio do teste do olhinho, aumenta consideravelmente as chances de um tratamento eficaz e de preservação da visão e da vida do paciente. Vale lembrar que o teste do olhinho pode apresentar resultados falso-negativos, e a consulta com oftalmologista, no primeiro ano de vida, é indicada.

Quais os tratamentos para o retinoblastoma?

O tratamento do retinoblastoma pode variar, dependendo da localização e da extensão do tumor, bem como da idade e do estado geral de saúde da criança. As opções de tratamento incluem quimioterapia, que pode ser administrada oralmente, por via intravenosa ou diretamente no olho, para reduzir o tamanho do tumor.

Outros tratamentos, como a laserterapia, utilizam um laser para destruir as células tumorais, enquanto a crioterapia congela essas células utilizando nitrogênio líquido. Em alguns casos, a radioterapia pode ser empregada para destruir o tumor, mas é geralmente evitada devido aos efeitos adversos a longo prazo. Nos casos em que os tratamentos não são eficazes, a enucleação (remoção do globo ocular) pode ser necessária para prevenir a disseminação do câncer para outras partes do corpo.

Há prevenção para o retinoblastoma?

Atualmente, não há uma forma conhecida de prevenir o retinoblastoma esporádico. Contudo, para os casos hereditários, o aconselhamento genético pode ser extremamente útil. Esse aconselhamento propicia o entendimento das famílias acerca dos riscos e dos monitoramentos regulares, possibilitando a detecção precoce e o tratamento imediato do tumor. 

O aconselhamento genético é importante sobretudo para famílias com histórico de retinoblastoma. Identificar a mutação no gene RB1 permite que os médicos monitorem de perto os irmãos e outros parentes próximos, iniciando exames periódicos logo após o nascimento e continuando durante os primeiros anos de vida.

A realização do teste do olhinho em recém-nascidos e crianças pequenas é sempre recomendada para a detecção precoce do retinoblastoma, reduzindo as possibilidades de complicações graves.

Educar as famílias sobre os sinais e sintomas do retinoblastoma aumenta substancialmente as chances do paciente. A conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e o acesso a cuidados médicos especializados podem melhorar os resultados do tratamento e a qualidade de vida das crianças afetadas.

Da mesma forma, é preciso estar atento aos sinais de outras doenças, principalmente as neoplasias. Para se manter informado e conhecer mais sobre o assunto, sugerimos a leitura do conteúdo sobre os tipos mais comuns de câncer

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

FIOCRUZ. Retinoblastoma: o tumor ocular mais comum em crianças. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/retinoblastoma-o-tumor-ocular-mais-comum-em-criancas. Acesso em: 01/08/2024.

Instituto Nacional do Câncer – INCA. Retinoblastoma. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/infantojuvenil/especificos/retinoblastoma. Acesso em: 01/08/2024.

Mayo Clinic. Retinoblastoma. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/retinoblastoma/symptoms-causes/syc-20351008. Acesso em: 01/08/2024.

Mayo Clinic. Retinoblastoma. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/retinoblastoma/diagnosis-treatment/drc-20351013. Acesso em: 01/08/2024.

De olho nos olhinhos. Aprenda a reconhecer os sinais do RETINOBLASTOMA, câncer que pode afetar um ou os dois olhos de crianças de até 5 anos. Disponível em: https://deolhonosolhinhos.org/. Acesso em: 01/08/2024.

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Descubra as principais doenças causadas por enchentes https://blog.sabin.com.br/saude/doencas-causadas-por-enchentes/ https://blog.sabin.com.br/saude/doencas-causadas-por-enchentes/#respond Tue, 10 Sep 2024 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=4007 Em 2024, presenciamos os estragos causados pelas fortes enchentes que assolaram a região sul do país. Milhares de pessoas foram forçadas a deixar suas casas, buscando auxílio em abrigos improvisados. Apesar dos fatos recentes, é importante salientar que tais catástrofes infelizmente não são novidade em nosso país. Entre os anos de 2013 e 2022, desastres […]

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Em 2024, presenciamos os estragos causados pelas fortes enchentes que assolaram a região sul do país. Milhares de pessoas foram forçadas a deixar suas casas, buscando auxílio em abrigos improvisados. Apesar dos fatos recentes, é importante salientar que tais catástrofes infelizmente não são novidade em nosso país.

Entre os anos de 2013 e 2022, desastres naturais, como tempestades, enchentes e alagamentos, atingiram mais de dois mil municípios brasileiros. Conforme estudo realizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), esses desastres afetaram a vida de mais de quatro milhões de pessoas, danificando mais de dois milhões de residências.

Além das destruições causadas, durante e após uma enchente, é importante destacar que a população também fica exposta a várias doenças infectocontagiosas que podem ter graves consequências para a saúde. Conhecer essas doenças e suas formas de transmissão torna-se fundamental para adotar medidas preventivas eficazes.

Pensando nisso, elaboramos este conteúdo sobre as principais doenças causadas por enchentes, quais os riscos envolvidos e como elaborar estratégias para preveni-las. Acompanhe!

Quais as principais doenças causadas por enchentes?

A água contaminada, a falta de saneamento e o acúmulo de resíduos criam um ambiente propício para a disseminação de diversas doenças. Confira, a seguir, mais informações sobre algumas das principais doenças causadas por enchentes e seus impactos na saúde.

Leptospirose

A leptospirose é uma doença bacteriana causada pela bactéria Leptospira, encontrada na urina de animais infectados, principalmente roedores. A infecção ocorre quando a pele, sobretudo se houver feridas ou cortes, entra em contato com água ou lama contaminada. 

Os sintomas podem incluir:

  • febre alta;
  • dor de cabeça;
  • dores musculares;
  • vômitos;
  • icterícia
  • insuficiência renal e hemorragias, em casos severos.

O diagnóstico é feito mediante avaliação clínica e exames laboratoriais, como sorologia e PCR. Para prevenir a leptospirose, deve-se evitar contato com águas de enchente e utilizar equipamentos de proteção, como botas e luvas.

Hepatite A

A hepatite A é uma infecção viral que afeta o fígado, causada pelo vírus da hepatite A. A principal via de transmissão é o consumo de água ou alimentos contaminados, comum em áreas sem saneamento básico adequado.

Os sintomas podem incluir:

  • febre;
  • mal-estar;
  • fadiga;
  • náusea;
  • dor abdominal;
  • icterícia (pele e olhos amarelados).

O diagnóstico é feito por meio de testes sorológicos que identificam anticorpos específicos contra o vírus no sangue. A prevenção da hepatite A envolve práticas de higiene alimentar, saneamento básico e vacinação.

Doenças diarreicas agudas

Essas doenças podem ser causadas por uma variedade de patógenos, como bactérias, vírus e parasitas — entre eles, Escherichia coli, rotavírus e Giardia lamblia. A transmissão ocorre pela ingestão de água ou alimentos contaminados, situação comum após enchentes devido à contaminação generalizada. 

Os sintomas podem incluir:

  • diarreias;
  • vômitos;
  • dores abdominais;
  • desidratação, que pode ser grave, especialmente em crianças e idosos.

O diagnóstico é feito através da análise das fezes, que identifica o patógeno causador da infecção. A prevenção consiste em consumir água potável, manter a higiene das mãos e dos alimentos.

Dengue

A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que se prolifera em áreas com água parada. A transmissão ocorre através da picada do mosquito infectado pelo vírus da dengue. 

Os sintomas podem incluir:

  • febre alta;
  • dores articulares e musculares intensas;
  • dor atrás dos olhos;
  • erupções cutâneas;
  • em casos de dengue grave, pode evoluir para quadros hemorrágicos, causando sangramentos e choque.

O diagnóstico é realizado por meio de exames de sangue, como a pesquisa do antígeno NS1, que detecta a presença do vírus. A prevenção envolve o controle dos focos do mosquito e o uso de repelentes.

Tétano

O tétano é causado pela bactéria Clostridium tetani, presente no solo, que pode penetrar no corpo por meio de ferimentos profundos contaminados, como cortes e perfurações. 

Os sintomas podem incluir:

  • espasmos musculares dolorosos; 
  • rigidez muscular, especialmente no maxilar;
  • dificuldade para engolir.

O diagnóstico é baseado na avaliação clínica dos sintomas e no histórico de ferimentos recentes. Para prevenir o tétano, são medidas importantes a vacinação e a limpeza adequada de feridas.

Outras doenças respiratórias e infecciosas

As enchentes também podem aumentar o risco de infecções respiratórias, como meningite, gripe e tuberculose, particularmente em locais de aglomeração. Para a prevenção dessas doenças, são eficazes as seguintes medidas: vacinação, práticas de higiene e evitar aglomerações sempre que possível.

Qual a prevenção e os cuidados para evitar doenças em enchentes?

Para prevenir doenças durante enchentes, é necessário evitar o contato direto com a água contaminada. Ao lidar com áreas alagadas, utilize equipamentos de proteção, como botas e luvas. Manter a higiene pessoal é crucial, lavando bem as mãos e desinfetando objetos que tiveram contato com a água da enchente.

Após o recuo das águas, recomenda-se realizar a limpeza e a desinfecção de áreas afetadas. Descarte adequadamente alimentos que tiveram contato com a enchente e trate a água para consumo, com cloro ou fervura. Monitorar e eliminar possíveis focos de mosquitos também é imprescindível para combater doenças como a dengue.

Seguir as orientações das autoridades de saúde pode prevenir muitas dessas doenças. Mantenha-se informado e preparado para agir durante e após enchentes, protegendo, assim, a sua saúde e a de outras pessoas. A conscientização e a adoção de medidas preventivas são as melhores formas de minimizar os impactos dessas catástrofes naturais na saúde pública.

Outro problema de saúde bastante presente no Brasil são as zoonoses, doenças transmitidas de animais para humanos. Para saber mais informações sobre as zoonoses, convidamos você para ler o conteúdo: Principais zoonoses que podem afetar a saúde humana. Boa leitura!

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

Ministério da Saúde. Enchentes. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/e/enchentes. Acesso em: 17/07/2024.

Portal Drauzio Varella. Doenças mais frequentes após o contato com a água de enchente. Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/infectologia/doencas-mais-frequentes-apos-o-contato-com-a-agua-de-enchente/. Acesso em: 17/07/2024.

Secretaria do Estado de São Paulo. Enchentes aumentam risco de doenças infecto-contagiosas. Disponível em: https://www.saude.sp.gov.br/ses/noticias/2011/janeiro/enchentes-aumentam-risco-de-doencas-infecto-contagiosas. Acesso em: 17/07/2024.

Jornal da USP. Enchentes no RS trazem preocupação com o surgimento de doenças. Disponível em: https://jornal.usp.br/atualidades/enchentes-no-rs-trazem-preocupacao-com-o-surgimento-de-doencas/. Acesso em: 17/07/2024.

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Câncer de estômago: entenda os primeiros sinais e os fatores de risco https://blog.sabin.com.br/saude/fatores-de-risco-para-o-cancer-de-estomago/ https://blog.sabin.com.br/saude/fatores-de-risco-para-o-cancer-de-estomago/#respond Tue, 30 Jul 2024 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=3941 O câncer de estômago é uma doença que afeta milhares de pessoas ao redor do mundo. No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), essa neoplasia é a quarta causa de morte por câncer entre homens, e a sexta entre mulheres.  No mundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o câncer de […]

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O câncer de estômago é uma doença que afeta milhares de pessoas ao redor do mundo. No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), essa neoplasia é a quarta causa de morte por câncer entre homens, e a sexta entre mulheres. 

No mundo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o câncer de estômago seja responsável por mais de 700 mil mortes anuais. Devido à alta incidência e ao diagnóstico frequentemente tardio, é importante conscientizar a população sobre os primeiros sinais e fatores de risco associados à doença.

Neste artigo, discutiremos o que é o câncer de estômago, fatores de risco, sintomas, métodos de diagnóstico, opções de tratamento e medidas preventivas. Acompanhe para entender melhor essa condição e saber como proteger sua saúde.

O que é câncer de estômago?

O câncer de estômago (ou câncer gástrico) é uma doença caracterizada pelo crescimento anormal de células malignas no revestimento do estômago. Esse tipo de câncer pode se desenvolver em diferentes partes do estômago e é geralmente diagnosticado em estágios avançados, em virtude da ausência de sintomas específicos nos estágios iniciais.

Existem vários tipos de câncer de estômago, sendo o principal o adenocarcinoma, responsável por aproximadamente 90% dos casos, desenvolvendo-se nas células glandulares do revestimento interno do estômago. 

Outros tipos incluem o linfoma, um tipo raro que se origina no tecido linfático do estômago, e os tumores estromais gastrointestinais (GISTs), tumores raros que começam nas células da parede do estômago.

Fatores de risco associados

A genética desempenha um papel significativo no risco de desenvolvimento do câncer de estômago. Indivíduos com histórico familiar da doença têm maior probabilidade de desenvolvê-la, especialmente se um parente de primeiro grau (pai, mãe ou irmão) tiver sido diagnosticado.

Além disso, o ambiente e o estilo de vida também são determinantes importantes. O consumo elevado de alimentos salgados e processados, como carnes defumadas e enlatados, está associado a um maior risco de câncer de estômago. 

Outro fator relevante é a infecção pela bactéria Helicobacter pylori (H. pylori), fortemente associada ao aumento do risco de câncer de estômago. A infecção por H. pylori pode causar inflamação crônica e alterações pré-cancerosas no revestimento do estômago. 

Outros fatores que podem aumentar o risco de câncer gástrico: obesidade; inflamações crônicas do estômago (como gastrite atrófica); e certas condições médicas preexistentes, como metaplasia intestinal. Fumar também aumenta o risco de câncer gástrico, sobretudo em pessoas que fumam há muitos anos, assim como o consumo excessivo de álcool.

Quais os sintomas do câncer de estômago?

Nos estágios iniciais, o câncer de estômago pode ser assintomático ou apresentar sintomas inespecíficos, tais como indigestão, desconforto ou dor no abdômen, náuseas e perda de apetite. 

À medida que a doença progride, os sintomas podem se tornar mais graves e incluir:

  • perda de peso inexplicada;
  • vômitos com sangue;
  • fezes escuras (indicando presença de sangue);
  • fadiga extrema; 
  • dificuldade para engolir.

Como é feito o diagnóstico do câncer de estômago?

O diagnóstico começa com uma consulta detalhada, na qual o médico realiza o exame físico e coleta o histórico completo do paciente, compreendendo sintomas e fatores de risco. 

Alguns exames são essenciais para confirmar o diagnóstico e determinar a extensão do câncer. Exames de sangue podem revelar anemia ou outros sinais de problemas de saúde. Já a endoscopia é um procedimento no qual um tubo flexível com uma câmera é inserido pela garganta para visualizar o estômago e coletar biópsias. 

Adicionalmente, exames de imagem, como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética, também são utilizados para obter imagens detalhadas do estômago e verificar se o câncer se espalhou (metástase).

Câncer de estômago tem cura?

Na maioria dos casos, a cura do câncer de estômago depende do estágio em que a doença é diagnosticada e da agressividade do tumor. As opções de tratamento envolvem cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapias mais recentes, como terapias-alvo e imunoterapia.

A cirurgia é a principal forma de tratamento para a remoção do tumor. Os tipos de cirurgia variam desde ressecções parciais do estômago até a gastrectomia total (remoção completa do estômago). 

Quimioterapia e radioterapia podem ser utilizadas antes ou após a cirurgia para reduzir o tumor ou eliminar células cancerígenas remanescentes. Em alguns casos, a quimioterapia e a radioterapia são combinadas para aumentar a eficácia do tratamento.

Terapias-alvo e imunoterapia são tratamentos mais recentes, que atacam diretamente as células cancerígenas ou fortalecem o sistema imunológico do paciente para combater o câncer.

Como prevenir o câncer de estômago?

Mudanças no estilo de vida podem reduzir o risco de desenvolver câncer de estômago. Manter uma dieta saudável — rica em frutas, verduras e alimentos que contêm fibras — pode ajudar. Também é recomendado parar de fumar e evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Controlar o peso, tanto com a alimentação balanceada quanto a prática de exercícios físicos regulares, também é fundamental.

Diagnosticar e tratar infecções por H. pylori pode prevenir a inflamação crônica e diminuir as chances de câncer de estômago. Portanto, consultas e exames médicos regulares são essenciais para identificar a presença dessa bactéria, principalmente para indivíduos com fatores de risco elevados. A detecção precoce aumenta consideravelmente a possibilidade de cura.

Como você viu, a prevenção ainda é a melhor saída contra o câncer de estômago. Leia mais para entender sobre a infecção pela H. pylori, conhecer seus sintomas, diagnóstico e tratamento. Estar informado é a melhor maneira de proteger sua saúde.

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

Instituto Nacional de Câncer – INCA. Câncer de estômago. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/estomago. Acesso em: 04/07/2024.

Instituto Nacional de Câncer – INCA. INCA estima 704 mil casos de câncer por ano no Brasil até 2025. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/noticias/2022/inca-estima-704-mil-casos-de-cancer-por-ano-no-brasil-ate-2025. Acesso em: 04/07/2024.

Organização Pan-Americana da Saúde. Câncer. Disponível em: https://www.paho.org/pt/topicos/cancer. Acesso em: 04/07/2024

Mayo Clinic. Stomach cancer. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/stomach-cancer/symptoms-causes/syc-20352438. Acesso em: 04/07/2024.

National Cancer Institute. What Is Stomach Cancer? Disponível em: https://www.cancer.gov/types/stomach. Acesso em: 04/07/2024.

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Coqueluche: como identificar, tratar e prevenir https://blog.sabin.com.br/saude/coqueluche-como-identificar/ https://blog.sabin.com.br/saude/coqueluche-como-identificar/#respond Tue, 23 Jul 2024 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=3934 A coqueluche é uma infecção respiratória aguda caracterizada por episódios de tosse intensa e prolongada, especialmente perigosa para crianças pequenas. É uma preocupação de saúde pública, sobretudo em razão da baixa cobertura vacinal e esquema de vacinação incompleto.  Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2018, ocorreram mais de 151 mil casos de coqueluche […]

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A coqueluche é uma infecção respiratória aguda caracterizada por episódios de tosse intensa e prolongada, especialmente perigosa para crianças pequenas. É uma preocupação de saúde pública, sobretudo em razão da baixa cobertura vacinal e esquema de vacinação incompleto. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2018, ocorreram mais de 151 mil casos de coqueluche em todo o mundo. Dados nacionais de 2019 a 2024 mostram que as crianças menores de um ano representaram mais de 52% dos casos de coqueluche. Em seguida, estão as crianças entre um e quatro anos, com cerca de 22%. Doença de notificação compulsória, o Brasil registrou 3,1 mil casos em 2015. Após esse período, observou-se uma diminuição do número de casos confirmados, sendo que, em 2023, foram 214 casos e, até abril de 2024, foram 31.

O Ministério da Saúde (MS) tem alertado sobre a ocorrência de surtos de coqueluche em países da Ásia e Europa e recomenda a ampliação e intensificação da vacinação contra a doença, bem como o fortalecimento das ações de vigilância epidemiológica em nosso país.

Continue a leitura deste conteúdo para entender mais sobre a coqueluche e como se proteger adequadamente.

O que é a coqueluche?

É uma doença infecciosa causada pela bactéria Bordetella pertussis. Altamente contagiosa, a coqueluche se espalha facilmente de pessoa para pessoa, principalmente por meio de gotículas respiratórias expelidas durante a tosse, espirros ou fala. 

A doença é mais arriscada em bebês e geralmente tem como causa a morte em menores de um ano de idade, mas podendo ocorrer em qualquer idade. Em poucos casos, pode ocorrer transmissão através de objetos contaminados com secreções de pessoas doentes. 

Pessoas com coqueluche são mais contagiosas até cerca de três semanas após o início da tosse, e muitas crianças que contraem a infecção têm crises de tosse que duram de quatro a oito semanas.

A doença é de notificação obrigatória devido ao seu potencial de causar surtos, particularmente entre as populações não vacinadas ou com esquema vacinal incompleto. Pessoas que deixam de receber os reforços dos imunizantes vão perdendo a imunidade com o tempo, e aquelas que já tiveram contato com a bactéria não adquirem uma proteção permanente.

Quais são os sintomas da coqueluche?

Os primeiros sintomas, em geral, aparecem de sete a 10 dias após a infecção. Eles incluem febre leve, coriza e tosse — em casos típicos, gradualmente, desenvolve-se tosse seca seguida de coqueluche (daí o nome comum de coqueluche). Pneumonia é uma complicação relativamente comum, e convulsões e doenças cerebrais ocorrem raramente.

Os sintomas da coqueluche estão relacionados ao trato respiratório, podendo ser divididos em três fases distintas.

  1. Fase catarral: início com sintomas leves semelhantes aos de um resfriado comum, como coriza, febre baixa e espirros, seguidos por surtos de tosse que se intensificam com o tempo. Essa fase dura de uma a duas semanas.
  2. Fase paroxística: caracterizada por episódios de tosse intensa e prolongada, seguidos por um som agudo ao inspirar. Durante os acessos, o indivíduo pode ter dificuldade para respirar, apresentando protrusão da língua, congestão facial e cianose, uma coloração azulada nos lábios e extremidades, proveniente da falta de oxigenação do sangue. Essa fase dura de duas a seis semanas.
  3. Fase de convalescença: os episódios de tosse paroxística diminuem gradativamente. Entretanto, a tosse comum pode persistir por até três meses. Infecções respiratórias secundárias também podem reativar os sintomas.

Complicações da coqueluche

A coqueluche pode levar a complicações que variam de leves a graves, podendo ocorrer em qualquer faixa etária. As complicações são mais comuns em lactentes de mães não vacinadas, em adultos não vacinados e incompletamente imunizados ou com imunidade diminuída.

Entre as complicações leves, destaca-se a pneumonia secundária, que pode ocorrer em virtude da sobreposição de uma infecção bacteriana. Além disso, a perda de consciência pode acontecer pela falta de oxigênio durante os acessos de tosse.

Já as complicações graves incluem convulsões, que podem ocorrer devido à hipóxia cerebral (falta de oxigenação no cérebro) durante os acessos de tosse, e encefalopatia hipóxica-isquêmica, uma complicação rara, porém grave, que pode resultar em danos cerebrais permanentes. Outra complicação séria são quadros hemorrágicos, que ocorrem devido à pressão aumentada nos vasos sanguíneos durante os acessos de tosse. 

A apneia — distúrbio do sono que afeta a respiração — principalmente em lactentes, pode ocorrer em razão da obstrução das vias aéreas durante os acessos de tosse, e o pneumotórax, caracterizado pela ruptura de uma bolha de ar no pulmão, pode acontecer por conta da pressão interna elevada durante os acessos de tosse.

Como é feito o diagnóstico da coqueluche?

O diagnóstico da coqueluche é baseado na avaliação clínica, no histórico de sintomas e em exames laboratoriais. A seguir, são especificados os métodos diagnósticos.

  • Cultura bacteriológica: exame realizado por meio de uma amostra de secreção nasofaríngea coletada com um swab (cotonete) e cultivada em um meio especial para a bactéria. Possui alta especificidade para a confirmação da presença da bactéria, sendo considerado o padrão-ouro na detecção;
  • Reação em cadeia da polimerase (PCR): teste molecular que detecta o DNA da bactéria na secreção nasofaríngea. Possui alta sensibilidade e especificidade, com resultados rápidos.

A confirmação precoce do diagnóstico é fundamental para o tratamento adequado e controle da transmissão.

Como tratar a coqueluche?

O tratamento da coqueluche envolve o uso de antibióticos, como eritromicina e azitromicina, que ajudam a reduzir a severidade dos sintomas e a prevenir complicações. Cuidados de suporte, como hidratação e controle da febre, são igualmente importantes. 

Todo o tratamento deve sempre ser orientado por um médico, visando evitar complicações como pneumonia e broncopneumonia. É recomendado o isolamento do paciente durante o período de maior transmissibilidade (cerca de quatro semanas) para evitar a disseminação da doença, especialmente para indivíduos suscetíveis.

Como prevenir a coqueluche?

A principal forma de prevenção se dá por meio da vacinação, a qual faz parte do calendário vacinal infantil e também é recomendada para adolescentes, adultos e gestantes.

A vacina deve ser aplicada o mais precocemente possível, a partir dos dois meses de vida. Gestantes são vacinadas para dar proteção ao filho quando nascer, até que ele adquira seus próprios anticorpos e esteja protegido após o esquema básico aos dois, quatro e seis meses de idade, com doses de reforço entre 15 e 18 meses e entre quatro e seis anos. Entre nove e 11 anos, há outro reforço importante e, ao atingir a idade adulta, o esquema é mais complexo, devendo ser avaliadas situações anteriores. Conforme recomendações abaixo da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm).

  • se previamente vacinada, com pelo menos três doses de vacina contendo o componente tetânico: uma dose de dTpa a partir da vigésima semana de gestação;
  • se está com a vacinação incompleta, tendo recebido uma dose de vacina contendo o componente tetânico: uma dose de dT e uma dose de dTpa, sendo que a dTpa deve ser aplicada a partir da vigésima semana de gestação. Respeitar intervalo mínimo de um mês entre elas;
  • se em gestantes com vacinação incompleta, tendo recebido duas doses de vacina contendo o componente tetânico: uma dose de dTpa a partir da vigésima semana de gestação;
  • se em gestantes não vacinadas e/ou histórico vacinal desconhecido: duas doses de dT e uma dose de dTpa, sendo que a dTpa deve ser aplicada a partir da vigésima semana de gestação. Respeitar intervalo mínimo de um mês entre elas.

Em pessoas não adequadamente vacinadas ou vacinadas há mais de cinco anos, a coqueluche, com frequência, não se apresenta sob a forma clássica, podendo manifestar-se sob formas atípicas, com tosse persistente, mas sem paroxismos, guincho característico ou vômito pós-tosse.

A vacina protege por cerca de 10 anos e, por isso, são necessários reforços na adolescência e idade adulta. A vacina para esse público está disponível apenas na rede particular. A rede pública disponibiliza a vacina para gestantes a partir da vigésima semana, com o objetivo de proteger o bebê, grupo de maior risco.

Ao ser vacinada, a gestante transfere ao feto anticorpos maternos através da placenta, protegendo a criança nos primeiros seis meses de vida, quando estimula seu sistema imune a obter seus próprios anticorpos. A vacina dTpa é a escolhida para a gestante e deve ser aplicada a cada gravidez. Isso evita que a bactéria Bordetella pertussis seja transmitida ao recém-nascido durante os cuidados e o período da amamentação.

Aquelas mulheres não vacinadas no período da gestação devem ser vacinadas no puerpério, uma vez que, no momento da amamentação, ainda podem transferir anticorpos através do leite materno. Na indisponibilidade da vacina dTpa, esta poderá ser substituída pela dTpa-VIP, desde que autorizado pelo médico.

Conhecida como tríplice bacteriana, a vacina contra a coqueluche está sempre combinada àquelas contra o tétano e a difteria. Também pode estar combinada a outras vacinas nas chamadas vacinas combinadas, como a tetra, a penta e a hexa. 

As possíveis apresentações da vacina tríplice bacteriana são:

  • Tríplice bacteriana de células inteiras (DTPw) pediátrica;
  • Tríplice bacteriana acelular (DTPa) pediátrica;
  • Tríplice bacteriana acelular (dTpa) adulto.

As vacinas combinadas apresentam-se da seguinte forma:

  • Tetra de células inteiras – DTPw + Hib;
  • Tetra acelular – DTPa + Hib;
  • Penta acelular – DTPa + Hib + Pólio Injetável;
  • Hexa acelular – DTPa + Hib + Pólio Injetável + Hepatite B.

Como surgiu a vacina da coqueluche

Na década de 1940, foi introduzida a vacina combinada em função dos benefícios da proteção contra mais de uma doença em uma única aplicação. É o caso da vacina DTP, que, além da coqueluche, protege contra a difteria e o tétano.

Conhecida como DTPw (o “w” vem do inglês “whole”, que significa “inteiro” na tradução para o português), a vacina contém a toxina diftérica, a toxina tetânica e as bactérias Bordetella pertussis inteiras (mortas). Em consequência disso, foram atribuídas reações adversas a essa vacina de células inteiras, passando a ser evitadas e até rejeitadas em meados da década de 1970. 

No entanto, os estudos prosseguiram, sendo desenvolvida uma técnica em que as vacinas acelulares são produzidas a partir de parte das células (fragmento) da bactéria, uma subunidade. A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (acelular) (dTpa — tríplice bacteriana acelular tipo adulto) é uma composição combinada que acrescenta o componente pertussis (acelular) à vacina difteria e tétano (dT — dupla bacteriana adulto), prevenindo contra difteria, tétano e coqueluche, para minimizar as reações adversas.

Além da vacinação, medidas de higiene, como lavar as mãos regularmente e usar máscaras em caso de sintomas respiratórios, são importantes para reduzir a transmissão da bactéria. O isolamento de casos confirmados e cuidados com pessoas vulneráveis, como recém-nascidos e aqueles com imunidade comprometida, também são medidas recomendadas.

A coqueluche é uma doença séria que requer atenção constante em termos de prevenção e tratamento. A vacinação é a medida mais eficaz para controlar a disseminação da doença e proteger os grupos mais vulneráveis. Conscientizar a população sobre a importância da vacinação e a manutenção do esquema vacinal atualizado para todas as idades é primordial para evitar surtos e complicações graves.

Não deixe de seguir as recomendações de prevenção da coqueluche. Caso você ou alguém próximo apresente sintomas, procure a orientação de um profissional da saúde. Para aprofundar seus conhecimentos, leia também nosso conteúdo sobre as principais doenças respiratórias.

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

Ministério da Saúde. Coqueluche. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/coqueluche. Acesso em: 26/06/2024.

Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde. Surtos de coqueluche na Europa e na Ásia reforçam importância da vacinação no Brasil. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/surtos-de-coqueluche-na-europa-e-na-asia-reforcam-importancia-da-vacinacao-no-brasil/. Acesso em: 26/05/2024.

World Health Organization. Pertussis. Disponível em: https://www.who.int/health-topics/pertussis#tab=tab_1. Acesso em: 26/06/2024.

CDC. Whooping Cough (Pertussis). Disponível em: https://www.cdc.gov/pertussis/about/index.html. Acesso em: 26/06/2024.

Mayo Clinic. Whooping cough. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/whooping-cough/symptoms-causes/syc-20378973. Acesso em: 26/06/2024.

Michael D Decker, Kathryn M Edwards, Pertussis (Whooping Cough), The Journal of Infectious Diseases, Volume 224, Issue Supplement_4, 1 October 2021, Pages S310–S320, https://doi.org/10.1093/infdis/jiaa469

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Importância do hormônio anti-Mülleriano na saúde reprodutiva feminina https://blog.sabin.com.br/saude/hormonio-anti-mulleriano-na-saude-reprodutiva-feminina/ https://blog.sabin.com.br/saude/hormonio-anti-mulleriano-na-saude-reprodutiva-feminina/#respond Tue, 16 Jul 2024 14:23:39 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=3928 O hormônio anti-Mülleriano (HAM) é uma proteína presente no corpo humano que desempenha um papel muito importante em várias funções do organismo, especialmente na função reprodutiva. Descoberto na década de 40, o HAM tem uma função relacionada ao desenvolvimento sexual. No sexo masculino, atua na formação dos testículos e na diferenciação dos órgãos reprodutivos masculinos. […]

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O hormônio anti-Mülleriano (HAM) é uma proteína presente no corpo humano que desempenha um papel muito importante em várias funções do organismo, especialmente na função reprodutiva.

Descoberto na década de 40, o HAM tem uma função relacionada ao desenvolvimento sexual. No sexo masculino, atua na formação dos testículos e na diferenciação dos órgãos reprodutivos masculinos. Mais recentemente, foi reconhecida sua relevância na saúde reprodutiva feminina, sobretudo pela capacidade de avaliar a reserva ovariana e prever a resposta em tratamentos de fertilidade. 

Além de contribuir na personalização dos tratamentos de fertilidade, a dosagem do HAM também pode colaborar na prevenção da menopausa, proporcionando um panorama preciso do tempo de vida reprodutiva, ao tempo em que auxilia no diagnóstico de distúrbios reprodutivos.

A infertilidade é um problema de saúde mundial que afeta milhões de pessoas em idade reprodutiva. Dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que, globalmente, uma em cada seis pessoas é afetada pela infertilidade ao longo da vida. Portanto, a dosagem do HAM pode ter um papel significativo na identificação de problemas relacionados à fertilidade.

Para entender mais sobre a importância do hormônio anti-Mülleriano, a função de sua dosagem e como é feito o exame, continue a leitura deste conteúdo.

O que é o hormônio anti-Mülleriano?

O HAM é uma proteína produzida naturalmente tanto em mulheres quanto em homens, em duas regiões do corpo: nos ovários e nos testículos. 

Em mulheres, a produção ocorre nos ovários, nas células que envolvem os óvulos, chamadas de células da granulosa, desempenhando importante função na regulação do desenvolvimento dos ovários e na produção dos óvulos.

Já nos homens, a produção do HAM ocorre durante o desenvolvimento fetal (quando o bebê está se formando), em células específicas dos testículos: as chamadas células de Sertoli. O HAM ajuda no desenvolvimento dos órgãos reprodutivos masculinos, tem a função biológica de inibir o desenvolvimento dos ductos de Müller, prevenindo a formação de estruturas reprodutivas femininas internas.

Após o nascimento, a produção nos homens diminui, enquanto nas mulheres, o hormônio continua a ser sintetizado durante toda a vida reprodutiva. Nos ovários, o hormônio é expresso em folículos primordiais e pequenos folículos antrais, agindo na regulação da foliculogênese — processo pelo qual os folículos ovarianos se desenvolvem e maturam nos ovários das mulheres. Essa função reguladora é fundamental para a manutenção da reserva ovariana ao longo da vida reprodutiva da mulher​​​​.

Nesse sentido, o HAM pode ser utilizado como um marcador para a saúde reprodutiva feminina, sendo amplamente utilizado para avaliar a quantidade de óvulos remanescentes nos ovários.

Qual a importância da dosagem do hormônio anti-Mülleriano?

O HAM é considerado um dos melhores marcadores para avaliar a reserva ovariana, que faz referência ao número de folículos viáveis nos ovários e é um indicador da capacidade reprodutiva da mulher.

Sua dosagem é um método confiável para prever a resposta à estimulação ovariana em tratamentos de fertilidade. Segundo estudos, o hormônio não apresenta variações significativas durante o ciclo menstrual, permitindo sua dosagem em qualquer fase do ciclo, facilitando o planejamento e a execução de tratamentos de fertilidade​​​​.

Com o avançar da idade, os níveis de HAM diminuem gradualmente, refletindo na diminuição da reserva ovariana. Essa queda é um indicador precoce da menopausa, uma vez que os níveis do hormônio tendem a se tornar indetectáveis cerca de cinco anos antes da cessação das menstruações. Assim, a dosagem do hormônio pode fornecer informações sobre o tempo de vida reprodutiva e auxiliar no planejamento familiar de longo prazo​​.

Quais as aplicações clínicas do hormônio anti-Mülleriano?

O HAM é utilizado no diagnóstico de vários distúrbios reprodutivos. Em mulheres com síndrome dos ovários policísticos (SOP), os níveis de HAM estão tipicamente elevados devido ao maior número de folículos antrais (estruturas dentro dos ovários, onde os óvulos se desenvolvem). Em contraste, níveis baixos são indicativos de insuficiência ovariana prematura, uma condição em que a função dos ovários diminui consideravelmente antes dos 40 anos​​.

A dosagem também auxilia no monitoramento e ajuste de tratamentos de fertilização in vitro, ajudando a prever a resposta dos ovários à estimulação hormonal, permitindo ajustes na dosagem dos medicamentos para maximizar a produção de óvulos e aumentar as chances de sucesso do tratamento​​.

Na endocrinologia pediátrica, o HAM é utilizado para avaliar a função testicular em meninos com distúrbios do desenvolvimento sexual. Níveis anormais podem indicar disfunções e auxiliar no diagnóstico de condições como a persistência dos ductos de Müller​​, uma doença rara do desenvolvimento sexual caracterizada pela persistência de derivativos de Müller​​ianos, do útero e/ou das trompas de Falópio, em rapazes normalmente virilizados.

Como é realizada a dosagem do hormônio anti-Mülleriano?

A dosagem do HAM é realizada, inicialmente, por meio de uma coleta simples de sangue, sem necessidade de preparo específico do paciente. Os valores de referência variam conforme a idade e a fase reprodutiva da mulher. Níveis baixos indicam uma baixa reserva ovariana, e níveis elevados podem sugerir a presença de SOP.

É importante destacar que, para a obtenção de um diagnóstico preciso​​​​, a interpretação dos resultados da dosagem de HAM deve ser feita em conjunto com a avaliação clínica e o resultado de outros exames. Também deve ser considerada a variabilidade entre as pessoas e fatores que podem influenciar os níveis do hormônio, como o índice de massa corporal (IMC), o uso de contraceptivos hormonais e a existência de doenças reprodutivas. 

O hormônio anti-Mülleriano é uma ferramenta importante na avaliação da saúde reprodutiva da mulher, possibilitando percepções sobre a reserva ovariana e auxiliando no diagnóstico e tratamento de várias condições reprodutivas.

A realização periódica de exames e consultas regulares com especialistas é essencial para o monitoramento da saúde reprodutiva, permitindo intervenções precoces e personalizadas. Quer saber mais sobre a saúde reprodutiva feminina? Então, leia o conteúdo sobre como a síndrome dos ovários policísticos influencia a saúde feminina. Boa leitura!

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

Nelson SM, Davis SR, Kalantaridou S, Lumsden MA, Panay N, Anderson RA. Anti-Müllerian hormone for the diagnosis and prediction of menopause: a systematic review. Hum Reprod Update. 2023 May 2;29(3):327-346. doi: 10.1093/humupd/dmac045

di Clemente N, Racine C, Pierre A, Taieb J. Anti-Müllerian Hormone in Female Reproduction. Endocr Rev. 2021 Nov 16;42(6):753-782. doi: 10.1210/endrev/bnab012

Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Síndrome de Ovários Policísticos. Disponível em: https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/protocolos/publicacoes_ms/pcdt_sndrome-ovrios-policsticos_isbn.pdf. Acesso em: 17/06/2024

World Health Organization. Polycystic ovary syndrome. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/polycystic-ovary-syndrome?gad_source=1&gclid=CjwKCAjwgdayBhBQEiwAXhMxtn90Z1bU94yLrKtdNKtLWBWmap3bCNpg72_oWitL1qkaG3TAFhAQlBoC6Y4QAvD_BwE. Acesso em: 17/06/2024

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Principais zoonoses que podem afetar a saúde humana https://blog.sabin.com.br/saude/quais-as-principais-zoonoses/ https://blog.sabin.com.br/saude/quais-as-principais-zoonoses/#respond Fri, 12 Jul 2024 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=3918 As zoonoses são um conjunto de doenças infecciosas com a característica principal de serem transmissíveis entre animais e seres humanos. Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), elas são responsáveis por mais de dois bilhões de casos de doenças e mais de dois milhões de óbitos anuais no mundo. Ainda segundo a OMS, há […]

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As zoonoses são um conjunto de doenças infecciosas com a característica principal de serem transmissíveis entre animais e seres humanos. Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), elas são responsáveis por mais de dois bilhões de casos de doenças e mais de dois milhões de óbitos anuais no mundo.

Ainda segundo a OMS, há mais de 200 tipos de zoonoses, sendo que 60% das doenças infecciosas possuem sua origem em animais. Portanto, a conscientização sobre elas é essencial, uma vez que a maioria dessas condições pode ser prevenida com medidas adequadas de higiene, controle de vetores e vacinação.

Neste conteúdo, abordaremos algumas das principais zoonoses que afetam a população brasileira, explorando suas formas de transmissão, sintomas, métodos de diagnóstico e tratamento, além de destacar medidas preventivas para evitar a disseminação dessas enfermidades.

O que são zoonoses?

Zoonoses são doenças infecciosas causadas por agentes patogênicos como bactérias, vírus, parasitas e fungos, que podem ser transmitidos entre animais e humanos. Esses patógenos encontram nos animais hospedeiros uma fonte de reprodução e, em muitos casos, utilizam vetores, como mosquitos e carrapatos para infectar os seres humanos. Alguns exemplos de zoonoses incluem dengue, zika, chikungunya, febre amarela, leishmaniose, toxoplasmose, leptospirose, larva migrans cutânea e raiva, todas com impacto significativo na saúde pública.

A transmissão dessas doenças pode ocorrer de várias formas, como o contato direto com animais infectados, consumo de alimentos ou água contaminada, picadas de insetos vetores e inalação de partículas contaminadas.

Principais zoonoses no Brasil

No Brasil, as maiores incidências de zoonoses são dengue, zika e chikungunya, doenças que já foram tema de outros conteúdos em nosso blog. No entanto, existem outras tão relevantes quanto, como veremos detalhadamente a seguir.

Toxoplasmose

A toxoplasmose é uma infecção causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, que pode ser encontrado em diversas espécies de animais. Contudo, os gatos são os hospedeiros definitivos, ou seja, o ciclo de vida do parasita se completa no organismo desses animais. 

Os seres humanos podem contrair toxoplasmose através da ingestão de água ou alimentos contaminados, contato com fezes de gatos infectados ou, menos comumente, pela transmissão de mãe para filho durante a gravidez (congênita).

Muitas vezes assintomática, quando há a presença de sintomas, podem variar entre:

  • febre;
  • dor de cabeça;
  • dores musculares;
  • fadiga;
  • linfadenopatia, especialmente no pescoço.

O diagnóstico é realizado por meio de exames de sorologia e outros métodos laboratoriais. O tratamento envolve medicamentos como pirimetamina, sulfadiazina e ácido fólico.

Leptospirose

Uma doença infecciosa causada por bactérias do gênero Leptospira. A infecção se dá principalmente a partir do contato com água ou solo contaminados com a urina de animais infectados, especialmente ratos.

Os sintomas incluem:

  • icterícia;
  • calafrios;
  • dor de cabeça;
  • dor muscular intensa;
  • dor abdominal;
  • náuseas e vômitos;
  • diarreia;
  • vermelhidão nos olhos. 

O diagnóstico é feito por meio de exames de sorologia e testes de PCR. O tratamento envolve antibióticos, como doxiciclina e penicilina.

Larva migrans cutânea (bicho geográfico)

A larva migrans cutânea, popularmente conhecida como “bicho geográfico”, é uma infecção de pele causada pelas larvas de parasitas como Ancylostoma braziliensis, que normalmente infestam cães e gatos. As larvas penetram na pele humana ao andar descalço em solos contaminados com fezes de animais infectados.

A infecção apresenta os seguintes sintomas:

  • coceira intensa;
  • vermelhidão e inchaço;
  • lesões cutâneas;
  • bolhas e vesículas;
  • dor e desconforto.

O diagnóstico é clínico, com base no histórico de exposição, e pode incluir biópsia de pele. O tratamento é realizado com antiparasitários tópicos ou orais, como tiabendazol e ivermectina.

Raiva

Doença viral grave, com alta mortalidade, que afeta o sistema nervoso central, sendo causada pelo vírus da raiva (Rabies virus). A principal via de transmissão ocorre através da mordida de animais infectados, como cães, gatos, morcegos e outros mamíferos.

São sintomas iniciais da raiva:

  • febre;
  • dor de cabeça;
  • mal-estar;
  • perda de apetite;
  • dor ou formigamento no local da mordida. 

O diagnóstico é feito por meio da análise de amostras de saliva, líquido cefalorraquidiano ou tecido cerebral (pós-morte). O tratamento é realizado após a exposição (soro antirrábico e vacina). 

Febre amarela

Transmissível pela picada de mosquitos infectados, sobretudo o Aedes aegypti e o Haemagogus, a febre amarela é uma doença viral que afeta áreas urbanas e rurais. 

Os sintomas iniciais da febre amarela envolvem:

  • febre alta súbita;
  • dor de cabeça intensa;
  • náusea e/ou vômito;
  • dor muscular, principalmente nas costas;
  • fraqueza. 

Em casos graves, pode ocorrer icterícia, hemorragias e até mesmo a falência de múltiplos órgãos. O diagnóstico é feito por análises de sangue para a detecção do vírus ou anticorpos específicos. O tratamento é de suporte e sintomático, incluindo hidratação, analgésicos e antitérmicos. Para a prevenção da doença, existe a vacina

Leishmaniose

A leishmaniose é uma doença infecciosa causada por parasitas do gênero Leishmania, transmitidos pela picada de mosquitos flebotomíneos (conhecidos como “mosquito-palha”). Confira, abaixo, as diferentes formas da doença.

  • leishmaniose cutânea: causa feridas na pele que podem se expandir e formar úlceras, nódulos ou placas;
  • leishmaniose mucocutânea: afeta as mucosas do nariz, boca e garganta, podendo causar deformidades;
  • leishmaniose visceral (calazar): a forma mais grave, provoca febre prolongada, perda de peso, aumento do fígado e baço, anemia, fraqueza e risco de infecções secundárias. 

O diagnóstico é realizado por meio do exame clínico, e a confirmação laboratorial por biópsia de pele, aspirado de medula óssea ou baço, testes sorológicos e moleculares (PCR). O tratamento varia conforme o tipo e a gravidade da doença, com a utilização de medicamentos antimoniais pentavalentes (como glucantime) ou anfotericina B.

Como se prevenir das zoonoses?

Prevenir as zoonoses engloba uma série de medidas que visam interromper a cadeia de transmissão dos agentes infecciosos. Entre elas, a higiene pessoal, com a lavagem frequente das mãos, especialmente após o contato com animais. A segurança alimentar também é crucial, recomendando-se cozinhar bem os alimentos, lavar frutas e vegetais e consumir água potável.

Ações de controle, como a eliminação de focos de mosquitos, o uso de repelentes e roupas protetoras, são importantes para evitar doenças transmitidas por vetores. Cuidados com animais de estimação, incluindo vacinação regular e controle de parasitos, como pulgas e carrapatos, são igualmente importantes.

Conhecer as zoonoses e adotar medidas preventivas são passos necessários para proteger sua saúde. A prevenção reduz o risco de infecção e minimiza o impacto dessas doenças na comunidade. Não esquecendo, é claro, de manter os exames periódicos em dia, o que facilita a detecção precoce de zoonoses e a realização de tratamento adequado.

Para mais informações sobre zoonoses e outras doenças transmitidas por vetores, leia nosso conteúdo: Dengue, zika e chikungunya: entenda as diferenças e como se prevenir.

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

Organização Mundial da Saúde. Zoonoses. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/zoonoses. Acesso em: 03/06/2024.

Biblioteca Virtual em Saúde. Ministério da Saúde. 06/7 – Dia Mundial das Zoonoses. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/06-7-dia-mundial-das-zoonoses-3/. Acesso em: 03/06/2024.

Ministério da Saúde. Manual de Vigilância, Prevenção e Controle de Zoonoses. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_prevencao_controle_zoonoses.pdf. Acesso em: 03/06/2024.

Noguera Z LP, Charypkhan D, Hartnack S, Torgerson PR, Rüegg SR. The dual burden of animal and human zoonoses: A systematic review. PLoS Negl Trop Dis. 2022 Oct 14;16(10):e0010540. doi: 10.1371/journal.pntd.0010540

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