Saúde Archives | Blog Sabin https://blog.sabin.com.br/categoria/saude/ Conhecimento aliado ao bem-estar Mon, 30 Jun 2025 15:14:49 +0000 pt-BR hourly 1 https://blog.sabin.com.br/wp-content/uploads/2021/03/favicons.png Saúde Archives | Blog Sabin https://blog.sabin.com.br/categoria/saude/ 32 32 Sarcopenia: como identificar e prevenir a perda muscular https://blog.sabin.com.br/saude/sarcopenia-como-identificar-e-prevenir-a-perda-muscular/ https://blog.sabin.com.br/saude/sarcopenia-como-identificar-e-prevenir-a-perda-muscular/#respond Tue, 24 Jun 2025 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=4532 Com o passar dos anos, é comum que algumas funções do corpo comecem a perder eficiência. Uma das alterações mais relevantes e pouco discutidas é a perda de massa muscular, uma condição chamada sarcopenia. Essa redução da musculatura pode afetar diretamente a força, o equilíbrio e até mesmo a independência de uma pessoa. Mais frequente […]

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Com o passar dos anos, é comum que algumas funções do corpo comecem a perder eficiência. Uma das alterações mais relevantes e pouco discutidas é a perda de massa muscular, uma condição chamada sarcopenia. Essa redução da musculatura pode afetar diretamente a força, o equilíbrio e até mesmo a independência de uma pessoa. Mais frequente na população idosa, mas não exclusiva da idade, a sarcopenia pode também ocorrer em adultos com certas doenças crônicas.

Reconhecer os sinais precocemente é importante para manter a qualidade de vida e evitar complicações, como quedas e fraturas. Neste conteúdo, você vai entender o que é a sarcopenia, como identificá-la, quais exames ajudam no diagnóstico e, principalmente, o que pode ser feito para preveni-la ou controlá-la no dia a dia. Continue a leitura para saber mais!

O que é sarcopenia?

A sarcopenia é uma condição caracterizada pela perda progressiva de massa muscular, força e função física. Embora seja prevalente em pessoas idosas, ela também pode afetar adultos mais jovens com doenças como câncer, insuficiência renal ou doenças inflamatórias. Essa perda muscular impacta atividades simples do cotidiano (subir escadas, carregar sacolas ou levantar-se de uma cadeira).

Quando não tratada, a sarcopenia pode levar a um aumento significativo do risco de quedas, fraturas e hospitalizações, prejudicando a autonomia e o bem-estar físico e emocional da pessoa. Por isso, quanto antes for identificada, maiores são as chances de estabilizar ou até reverter esse quadro.

Sarcopenia em idosos

Com o envelhecimento, o corpo passa naturalmente por mudanças hormonais. Há uma redução na produção de substâncias fundamentais para a manutenção da massa muscular, como a testosterona, o estrogênio e o hormônio do crescimento.

Além disso, é habitual que pessoas mais velhas se movimentem menos e tenham uma alimentação menos equilibrada, com menor ingestão de proteínas. Esses fatores contribuem diretamente para a perda muscular.

É preciso considerar que o uso contínuo de medicamentos, a presença de doenças crônicas e fatores genéticos podem aumentar o risco de desenvolver sarcopenia. O sedentarismo é outro agravante para a condição. Portanto, o cuidado com a saúde muscular deve fazer parte da rotina de envelhecimento saudável.

Quando procurar ajuda?

Sinais como fraqueza ao levantar-se de uma cadeira, quedas frequentes ou dificuldades em realizar tarefas simples do cotidiano não devem ser ignorados, pois podem indicar o início de um processo de perda muscular.

Nesses casos, recomenda-se buscar orientação médica para investigar a causa e iniciar um plano de cuidados. O médico assistente é a pessoa mais indicada para incluir a avaliação da massa muscular nos check-ups periódicos, a fim de identificar precocemente a sarcopenia e evitar sua progressão.

Importância do diagnóstico precoce da sarcopenia

O diagnóstico precoce da sarcopenia pode fazer toda a diferença na manutenção da independência e na prevenção de complicações. Quanto antes forem adotadas medidas de controle, melhor será a resposta a intervenções como alimentação adequada e atividade física.

Com o avanço da medicina, atualmente existem exames simples e eficazes para avaliar a composição corporal e detectar a perda muscular antes de causar impactos graves na rotina do paciente. Além disso, iniciar mudanças no estilo de vida o quanto antes ajuda a preservar a força e a funcionalidade muscular, melhorando o bem-estar geral.

Como saber se estou perdendo massa muscular?

Alguns sinais podem indicar que o corpo está perdendo massa muscular. Sentir fraqueza frequente, ter dificuldade para carregar objetos leves, não conseguir caminhar por longas distâncias ou levantar-se da cama ou de uma cadeira com dificuldade são indícios típicos. A perda de peso sem motivo aparente, especialmente quando relacionada à massa magra (ou seja, músculos), também pode ser um alerta.

Em muitos casos, avaliações físicas feitas por profissionais de saúde e testes simples de força já são suficientes para levantar a suspeita de sarcopenia. Porém, para confirmar o diagnóstico, existem exames que analisam a composição corporal de forma detalhada.

Como diagnosticar a sarcopenia?

Dois exames se destacam na avaliação da sarcopenia: a bioimpedância elétrica (BIA) e a densitometria corporal total (DEXA).

A bioimpedância é um exame simples, rápido e indolor. Ela mede a quantidade de água, músculos e gordura no corpo por meio de um impulso elétrico imperceptível. É bastante usada em consultórios e academias para acompanhar o progresso de quem está em tratamento ou reabilitação.

Já a densitometria de corpo inteiro (DEXA) é mais precisa e consegue avaliar não só a massa magra, mas também a gordura corporal e sua distribuição, incluindo a gordura visceral (aquela que se acumula ao redor dos órgãos). É considerada um dos melhores métodos para analisar a composição corporal e é frequentemente utilizada em centros especializados e hospitais.

Esses exames ajudam a identificar a sarcopenia, acompanhar a evolução do tratamento e ajustar estratégias de cuidado, sempre com o acompanhamento de profissionais qualificados.

Como prevenir a sarcopenia no dia a dia?

A sarcopenia pode ser prevenida e, em muitos casos, controlada com mudanças simples na rotina. A prática de exercícios de resistência, como musculação, pilates ou treino com elásticos, é uma das formas mais eficazes de manter e aumentar a massa muscular, mesmo com o passar dos anos.

Manter uma alimentação rica em proteínas, com alimentos como carnes magras, ovos, leguminosas e laticínios, é importante para garantir que o corpo tenha os nutrientes necessários para manter os músculos saudáveis. Em alguns casos, pode ser recomendada a suplementação com vitamina D ou aminoácidos, sempre com orientação médica ou nutricional.

De fato, a sarcopenia pode parecer uma condição distante, entretanto, está presente no cotidiano de muitas pessoas e tende a se tornar ainda mais comum com o envelhecimento da população. A boa notícia é que ela pode ser identificada precocemente e sobretudo prevenida e tratada com mudanças no estilo de vida. Então, se você ou alguém próximo notar sinais de fraqueza, quedas ou perda de mobilidade, procure orientação médica.

Manter o corpo ativo também significa cuidar da mente. Leia e acompanhe o nosso conteúdo sobre a relação entre atividade física e saúde mental, e saiba como a prática regular de atividade física também contribui para o bem-estar emocional.

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas.

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:
Cruz-Jentoft AJ, Sayer AA. Sarcopenia [published correction appears in Lancet. 2019 Jun 29;393(10191):2590. doi: 10.1016/S0140-6736(19)31465-5.]. Lancet. 2019;393(10191):2636-2646. doi:10.1016/S0140-6736(19)31138-9

Cheng KY, Chow SK, Hung VW, et al. Diagnosis of sarcopenia by evaluating skeletal muscle mass by adjusted bioimpedance analysis validated with dual-energy X-ray absorptiometry. J Cachexia Sarcopenia Muscle. 2021;12(6):2163-2173. doi:10.1002/jcsm.12825

Di Vincenzo O, Marra M, Di Gregorio A, Pasanisi F, Scalfi L. Bioelectrical impedance analysis (BIA) -derived phase angle in sarcopenia: A systematic review. Clin Nutr. 2021;40(5):3052-3061. doi:10.1016/j.clnu.2020.10.048

Chen LK, Woo J, Assantachai P, et al. Asian Working Group for Sarcopenia: 2019 Consensus Update on Sarcopenia Diagnosis and Treatment. J Am Med Dir Assoc. 2020;21(3):300-307.e2. doi:10.1016/j.jamda.2019.12.012

Cruz-Jentoft AJ, Bahat G, Bauer J, et al. Sarcopenia: revised European consensus on definition and diagnosis [published correction appears in Age Ageing. 2019 Jul 1;48(4):601. doi: 10.1093/ageing/afz046.]. Age Ageing. 2019;48(1):16-31. doi:10.1093/ageing/afy169

SBGG – Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. Manual de recomendações para diagnóstico e tratamento da sarcopenia no Brasil. São Paulo: SBGG; 2021.

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Patologia: entenda como são realizados os exames anatomopatológicos https://blog.sabin.com.br/saude/patologia-e-exames-anatomopatologicos-como-funcionam/ https://blog.sabin.com.br/saude/patologia-e-exames-anatomopatologicos-como-funcionam/#respond Tue, 17 Jun 2025 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=4468 A patologia é uma especialidade médica que desempenha papel importante na identificação de doenças, dedicando-se ao estudo das alterações estruturais e funcionais dos tecidos e órgãos causadas por processos patológicos. Muito além de uma área técnica restrita aos bastidores dos laboratórios, a patologia é responsável por fornecer informações que auxiliam nos diagnósticos e que orientam […]

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A patologia é uma especialidade médica que desempenha papel importante na identificação de doenças, dedicando-se ao estudo das alterações estruturais e funcionais dos tecidos e órgãos causadas por processos patológicos. Muito além de uma área técnica restrita aos bastidores dos laboratórios, a patologia é responsável por fornecer informações que auxiliam nos diagnósticos e que orientam todo o tratamento clínico de um paciente.

Dentro desse campo, os exames anatomopatológicos ocupam lugar de destaque. São procedimentos minuciosos realizados com amostras de tecidos obtidos por biópsia ou cirurgias, analisados com o objetivo de identificar alterações celulares indicativas de doenças. O médico patologista, especialista responsável por esse tipo de análise, atua em estreita colaboração com clínicos, cirurgiões e oncologistas para fornecer um diagnóstico preciso. 

Apesar de sua importância, os exames anatomopatológicos geralmente levam mais tempo para serem concluídos, em comparação com exames laboratoriais de rotina, como os hemogramas. Isso costuma gerar dúvidas nos pacientes, e entender o porquê dessa demora passa por conhecer cada etapa do processo. Acompanhe!

O que é um exame anatomopatológico?

Um exame anatomopatológico consiste na análise de fragmentos de tecidos humanos, comumente obtidos por meio de biópsias ou cirurgias, visando à detecção de alterações celulares que possam indicar a presença de doenças como inflamações, infecções ou cânceres. A investigação é profunda e técnica, exigindo precisão em todas as etapas, o que diferencia esse exame de outros mais simples e automatizados do laboratório clínico.

O processo é composto por duas grandes fases: macroscópica e microscópica. Na primeira, o tecido é examinado a olho nu pelo patologista, que avalia características como coloração, consistência, forma e tamanho. Essa análise permite selecionar as áreas mais relevantes para estudo posterior. 

Em seguida, a amostra passa por um rigoroso processamento técnico: é fixada em formalina, incluída em blocos de parafina, cortada em finas lâminas com o auxílio de um micrótomo, corada com corantes específicos (como hematoxilina e eosina) e, por fim, examinada no microscópio. Nessa etapa, o patologista identifica padrões celulares e teciduais que são característicos de doenças.

Por que os exames anatomopatológicos são tão importantes?

A principal razão para a importância desses exames é a capacidade de fornecer diagnósticos definitivos e detalhados, muitas vezes imprescindíveis para o início de um tratamento eficaz. Em diversas situações clínicas, como no diagnóstico de câncer, não é possível iniciar um tratamento sem o laudo anatomopatológico. Além de confirmar uma suspeita clínica, o exame pode fornecer informações complementares que ajudam a prever a agressividade da doença e orientar a conduta terapêutica.

Diferentemente dos exames laboratoriais comuns, os exames anatomopatológicos envolvem interpretação médica direta e personalizada, bem como a possível aplicação de técnicas adicionais que ajudam a esclarecer o quadro clínico do paciente. Essa riqueza de informações é o que garante a alta confiabilidade do resultado final.

Como são realizados os exames anatomopatológicos?

O processo de realização de um exame anatomopatológico é meticuloso e envolve diversas etapas técnicas e humanas. Veja!

Após a realização da biópsia, a amostra é imediatamente colocada em um frasco com líquido fixador (normalmente formol) para preservar sua integridade. Essa amostra é, então, enviada ao laboratório, onde será identificada e registrada com um código único.

Em seguida, ocorre a fase da macroscopia, em que o patologista descreve visualmente a amostra, selecionando as áreas mais relevantes. Esses fragmentos são processados em parafina e cortados em lâminas para análise microscópica. A coloração padrão com hematoxilina e eosina revela os detalhes celulares e permite a avaliação da arquitetura do tecido.

A análise microscópica, feita exclusivamente por médicos patologistas, é o momento mais crítico do exame. Através dessa observação, o profissional identifica padrões de normalidade e anormalidade que indicam a presença de doenças. Todo o conteúdo observado é descrito em um laudo técnico, que será entregue ao médico solicitante e ao paciente, servindo como base para a definição do tratamento.

Técnicas complementares

Em alguns casos, as alterações teciduais observadas na coloração convencional não são suficientes para um diagnóstico conclusivo. Nesses momentos, o patologista pode solicitar técnicas complementares, que ampliam a capacidade de detecção e caracterização de doenças.

A imuno-histoquímica é uma das mais utilizadas. Ela permite identificar proteínas específicas presentes nas células, o que é fundamental para classificar tipos de câncer, por exemplo. Nessa técnica, anticorpos são usados para detectar antígenos específicos no tecido, o que ajuda a confirmar o tipo de célula doente.

Já a hibridização in situ por fluorescência (FISH) permite observar alterações genéticas diretamente nas células, útil para detectar rearranjos cromossômicos e mutações associadas a cânceres hematológicos e tumores sólidos.

A reação em cadeia da polimerase (PCR) é outro recurso importante. Permite a amplificação de fragmentos de DNA extraídos das células, sendo útil para detectar infecções virais ou alterações genéticas, contribuindo para o diagnóstico preciso e direcionado.

Por que os resultados dos exames anatomopatológicos demoram mais?

O tempo necessário para a liberação do laudo de um exame anatomopatológico costuma ser maior justamente por conta das múltiplas etapas envolvidas. Cada uma requer cuidados específicos, para garantir que o tecido seja processado de forma adequada e que a análise resulte em um diagnóstico confiável.

Desde a fixação do tecido, passando pelo processamento, cortes, coloração e análise microscópica, cada etapa possui seu tempo técnico. Além disso, se forem necessárias técnicas complementares, o prazo pode se estender ainda mais. Outro fator que influencia é a necessidade de diálogo entre o patologista e o médico assistente, especialmente em casos complexos que exigem correlação com exames de imagem ou dados clínicos.

Em média, mesmo nos casos mais simples, o tempo mínimo para a liberação de um laudo confiável é de cerca de 24 horas após a chegada da amostra ao laboratório. Em casos que demandam análises adicionais, o prazo pode se estender por até uma semana. Essa demora, embora possa parecer excessiva ao paciente, é essencial para garantir a precisão e a segurança do diagnóstico.

Qual o papel do médico patologista?

O patologista é um médico altamente especializado, responsável por transformar um fragmento de tecido em um diagnóstico. Ele não apenas observa as lâminas no microscópio, mas também participa ativamente de discussões clínicas, integra-se com equipes médicas multidisciplinares e analisa o contexto clínico do paciente.

Essa interação é crucial para que o laudo final seja preciso. Muitas vezes, o patologista solicita informações complementares ou exames adicionais, como tomografias ou exames laboratoriais, para melhor interpretar o que observa ao microscópio.

Apesar de trabalhar nos bastidores, o patologista está envolvido em praticamente todos os diagnósticos realizados na medicina. Sua atuação influencia diretamente a escolha do tratamento, a definição do prognóstico e o monitoramento da resposta terapêutica. Sem o trabalho do patologista, decisões clínicas importantes não poderiam ser tomadas com segurança.

Quer entender sobre como seus exames são feitos? Acesse nosso conteúdo sobre a biópsia e como ela se relaciona com os exames anatomopatológicos.

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

Sociedade Brasileira de Patologia. Da biópsia ao diagnóstico: como é realizado o trabalho do patologista. Disponível em: https://www.sbp.org.br/o-que-faz-um-medico-patologista/. Acesso em: abril de 2025.

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O que é biópsia e qual sua importância? https://blog.sabin.com.br/saude/o-que-e-biopsia/ https://blog.sabin.com.br/saude/o-que-e-biopsia/#respond Tue, 10 Jun 2025 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=4465 A biópsia é um exame amplamente utilizado na medicina para esclarecer dúvidas diagnósticas quando outros métodos não são conclusivos. Trata-se de um procedimento médico que consiste na retirada de uma pequena amostra de tecido de um órgão ou lesão, com o objetivo de analisá-la em laboratório. Essa análise permite identificar alterações celulares e teciduais que […]

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A biópsia é um exame amplamente utilizado na medicina para esclarecer dúvidas diagnósticas quando outros métodos não são conclusivos. Trata-se de um procedimento médico que consiste na retirada de uma pequena amostra de tecido de um órgão ou lesão, com o objetivo de analisá-la em laboratório. Essa análise permite identificar alterações celulares e teciduais que ajudam a confirmar ou descartar a presença de diversas doenças.

Ainda que muitas pessoas associem a biópsia unicamente ao diagnóstico de câncer, o procedimento também é feito para detectar doenças inflamatórias, infecciosas ou autoimunes. Seu papel é tão importante que, em muitos casos, o diagnóstico definitivo de uma condição clínica só é possível após a realização da biópsia.

Continue a leitura para entender melhor como funciona, quando é indicada e quais os tipos de biópsia mais utilizados.

O que é a biópsia e qual a sua finalidade?

A biópsia é um procedimento médico que pode ser realizada tanto em consultório quanto em ambiente hospitalar, dependendo do tipo e da complexidade da coleta. A finalidade principal é obter uma amostra de tecido vivo, que será examinada microscopicamente. Por meio dessa análise, o médico patologista poderá identificar alterações celulares compatíveis com doenças específicas.

O exame é considerado uma etapa decisiva para o diagnóstico, uma vez que fornece evidências concretas sobre a natureza das alterações observadas em exames clínicos ou de imagem. É indicado não apenas na investigação de tumores, mas também no diagnóstico de doenças infecciosas, como tuberculose, hepatite ou infecções fúngicas, e de doenças inflamatórias crônicas, como lúpus ou vasculites.

A biópsia tem, portanto, a função de confirmar ou excluir hipóteses diagnósticas levantadas durante a investigação médica, direcionando o tratamento mais adequado e preciso para o paciente.

Quais os tipos de biópsia?

Existem diferentes tipos de biópsia, escolhidos conforme a localização da lesão, as características clínicas do paciente e a finalidade diagnóstica. Os principais métodos variam em complexidade e profundidade, podendo envolver o uso de agulhas, bisturis ou instrumentos específicos, muitas vezes guiados por imagens.

Biópsia por agulha fina (punção aspirativa por agulha fina – PAAF)

É um procedimento minimamente invasivo, em que uma agulha fina é utilizada para aspirar células ou fluidos de uma lesão suspeita. É muito comum na investigação de nódulos na tireoide, linfonodos aumentados, cistos mamários ou massas palpáveis superficiais. Também pode ser usada para coletar líquidos de cavidades como abdômen (líquido ascítico) ou tórax (líquido pleural).

Biópsia por agulha grossa (core biopsy)

Utiliza uma agulha mais espessa que a da PAAF e permite a retirada de fragmentos maiores de tecido. É indicada principalmente em casos de suspeita de câncer de mama, próstata e fígado. A biópsia por agulha grossa costuma ser guiada por imagem, como ultrassonografia ou tomografia, para aumentar a precisão da coleta.

Biópsia incisional

Envolve a remoção de uma parte da lesão suspeita, geralmente quando a retirada completa não é possível ou não é necessária de imediato. É indicada para lesões cutâneas ou mucosas, por exemplo, quando se quer confirmar a natureza da alteração antes de decidir por um tratamento definitivo.

Biópsia excisional

Nesse tipo de biópsia, toda a lesão é retirada, usualmente com uma margem de segurança ao redor do tecido. É indicada quando a lesão é pequena e localizada, como nos casos de suspeita de melanoma ou nódulos mamários acessíveis.

Biópsia por raspagem (shave biopsy)

Indicada sobretudo na dermatologia, consiste na raspagem das camadas superficiais da pele para análise. É útil para diagnosticar lesões cutâneas benignas ou malignas superficiais.

Biópsia por curetagem

Utiliza uma cureta para raspar camadas de tecido, sendo muito comum em procedimentos ginecológicos ou dermatológicos, como na avaliação de pólipos uterinos ou lesões cutâneas.

Biópsia transbrônquica

Realizada por meio de broncoscópio, permite a coleta de tecido pulmonar, sendo indicada para diagnóstico de doenças pulmonares como tuberculose, sarcoidose ou neoplasias.

Biópsia transperineal ou transretal

Essas abordagens são utilizadas predominantemente na biópsia de próstata, podendo ser guiadas por ultrassonografia ou ressonância magnética. A vantagem é que oferece maior precisão e menos riscos de complicações infecciosas.

Cada tipo de biópsia tem características próprias, e a decisão sobre qual utilizar leva em conta não apenas o local da lesão, como também a segurança, o conforto e a saúde geral do paciente.

Quando é necessário realizar uma biópsia?

A biópsia é indicada quando há necessidade de confirmação diagnóstica, especialmente em casos onde exames clínicos, laboratoriais ou de imagem não oferecem informações conclusivas. 

Basicamente, o médico solicita esse exame nos seguintes casos: quando precisa esclarecer se uma lesão é benigna ou maligna; quando há suspeita de inflamação crônica ou infecção; e para acompanhar a evolução de uma doença já conhecida.

No campo da oncologia, por exemplo, é um procedimento essencial para a confirmação do câncer, estadiamento do tumor e, muitas vezes, definição do tipo de tratamento a ser adotado. Um nódulo suspeito visualizado em uma mamografia apenas poderá ser confirmado como câncer (ou descartado) por meio de uma biópsia.

Cabe ressaltar que a biópsia não se restringe ao diagnóstico de câncer. Doenças infecciosas, como tuberculose, leishmaniose, hepatite viral e histoplasmose, podem ser diagnosticadas por meio da análise histológica dos tecidos. Doenças autoimunes e inflamatórias, como a colite ulcerativa ou o lúpus eritematoso sistêmico, também são investigadas com esse tipo de exame.

Cuidados ao realizar a biópsia

O cuidado com a amostra coletada é importantíssimo para a qualidade da análise. Após a retirada, o material segue para o laboratório, onde é imediatamente fixado, identificado e processado com extremo rigor técnico. Trata-se de um tecido delicado, que representa não apenas um diagnóstico, mas uma etapa de grande expectativa para o paciente que foi submetido ao procedimento. 

Qualquer falha no processo pode comprometer o resultado e prejudicar a conduta médica. Por isso, laboratórios especializados em anatomia patológica, como o Sabin, adotam protocolos rigorosos para garantir que a integridade da amostra seja mantida, assegurando um diagnóstico seguro e confiável.

Se você tem indicação para realizar uma biópsia, saiba que esse é um passo fundamental para esclarecer sua condição de saúde. Então, quanto mais cedo um diagnóstico é feito, maiores são as chances de sucesso no tratamento.

Quer saber mais sobre como os exames de imagem ajudam no diagnóstico? Acesse: O que são e como funcionam os exames de imagem?  

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

Roy-Chowdhuri, Sinchita et al. “Collection and Handling of Thoracic Small Biopsy and Cytology Specimens for Ancillary Studies: Guideline From the College of American Pathologists in Collaboration With the American College of Chest Physicians, Association for Molecular Pathology, American Society of Cytopathology, American Thoracic Society, Pulmonary Pathology Society, Papanicolaou Society of Cytopathology, Society of Interventional Radiology, and Society of Thoracic Radiology.” Archives of pathology & laboratory medicine, 10.5858/arpa.2020-0119-CP. 13 May. 2020, doi:10.5858/arpa.2020-0119-CP 

Work Group et al. “Guidelines of care for the management of cutaneous squamous cell carcinoma.” Journal of the American Academy of Dermatology vol. 78,3 (2018): 560-578. doi:10.1016/j.jaad.2017.10.007

Weinstein, David A et al. “Use of Skin Biopsies Among Dermatologists.” Dermatologic surgery : official publication for American Society for Dermatologic Surgery [et al.] vol. 43,11 (2017): 1348-1357. doi:10.1097/DSS.0000000000001188

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Febre amarela: sintomas, transmissão e vacinação https://blog.sabin.com.br/saude/prevencao-da-febre-amarela/ https://blog.sabin.com.br/saude/prevencao-da-febre-amarela/#respond Tue, 27 May 2025 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=4445 A febre amarela é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus transmitido pela picada de mosquitos infectados. A enfermidade é endêmica em diversas regiões tropicais da América do Sul e da África, e continua sendo motivo de preocupação no Brasil, especialmente devido ao aumento recente de casos em áreas silvestres. Embora a doença seja […]

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A febre amarela é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus transmitido pela picada de mosquitos infectados. A enfermidade é endêmica em diversas regiões tropicais da América do Sul e da África, e continua sendo motivo de preocupação no Brasil, especialmente devido ao aumento recente de casos em áreas silvestres. Embora a doença seja prevenida por meio da vacinação, muitos ainda desconhecem os riscos e as formas de proteção.

Além disso, o controle da febre amarela é relevante não apenas para a saúde individual, mas também para evitar a reintrodução do ciclo urbano do vírus, o que poderia causar surtos de grandes proporções. Acompanhe nosso conteúdo para saber mais!

O que é a febre amarela?

É uma arbovirose causada pelo vírus da febre amarela (YFV), pertencente à família Flaviviridae. A infecção pode variar de assintomática a formas graves, caracterizadas por febre súbita, dores no corpo, icterícia (coloração amarelada da pele e olhos) e, em casos mais severos, sangramentos e falência de órgãos. O nome “amarela” deriva justamente da icterícia observada em alguns pacientes.

Existem dois ciclos distintos de transmissão do vírus. O ciclo silvestre ocorre em áreas rurais e de mata, onde o vírus circula entre primatas não humanos (como os macacos) e mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Já o ciclo urbano, erradicado no Brasil desde 1942, envolve o mosquito Aedes aegypti como vetor principal, o mesmo responsável por transmitir a dengue.

Como ocorre a transmissão da febre amarela?

A transmissão da febre amarela ocorre exclusivamente por meio da picada de mosquitos infectados. No ciclo silvestre, os mosquitos picam um primata infectado e, em seguida, ao picar um ser humano, transmitem o vírus. O ser humano, nesse caso, é considerado um hospedeiro acidental, ou seja, não faz parte do ciclo natural de manutenção do vírus.

Nos contextos em que o vírus se dissemina para regiões urbanas, o risco de reintrodução do ciclo urbano se torna real, principalmente quando o mosquito Aedes aegypti entra em contato com uma pessoa infectada vinda de área silvestre. A partir daí, pode ocorrer uma cadeia de transmissão em ambiente urbano. 

Quais são os sintomas da febre amarela?

Os sintomas da febre amarela se manifestam entre três e seis dias após a picada do mosquito infectado. Na maioria dos casos, a doença apresenta um curso bifásico. Na fase inicial, os sinais incluem febre alta, dor de cabeça intensa, dores musculares, náuseas, vômitos e cansaço extremo. Alguns pacientes podem se recuperar totalmente após essa fase.

Contudo, em alguns casos, a doença evolui para uma fase mais danosa, chamada de fase tóxica. Nessa etapa, surgem complicações como icterícia, hemorragias, insuficiências renal e hepática e comprometimento de múltiplos órgãos, sendo que a taxa de mortalidade pode ultrapassar 50% em pacientes não tratados.

Por isso, a febre amarela é considerada uma urgência médica. Ao suspeitar dos sintomas, é fundamental procurar atendimento médico imediato, sobretudo se houver histórico de viagem recente para áreas de risco.

Quem está mais vulnerável à febre amarela?

O risco de infecção é maior entre pessoas não vacinadas que vivem ou transitam por áreas endêmicas, como zonas rurais, florestas e regiões de transição entre o campo e a cidade. Trabalhadores rurais, agricultores, extrativistas e viajantes são grupos frequentemente expostos.

Crianças pequenas, idosos e pessoas com o sistema imunológico comprometido também apresentam grande risco de desenvolver as formas graves da doença. Em locais com baixa cobertura vacinal, a probabilidade de surtos aumenta significativamente. A vigilância epidemiológica e a intensificação da imunização são medidas importantes para proteger esses grupos.

Diagnóstico e tratamento da febre amarela

O diagnóstico da febre amarela é feito com base na avaliação clínica, no histórico de exposição e em exames laboratoriais. Os testes mais utilizados são a sorologia para detecção de anticorpos específicos e o RT-PCR para febre amarela, que identifica o material genético do vírus no sangue, particularmente nos primeiros dias de sintomas.

Existe tratamento para febre amarela?

Não existe um tratamento específico contra o vírus da febre amarela. O manejo é sintomático e de suporte, com o objetivo de aliviar os sintomas e prevenir complicações. Isso inclui hidratação intensiva, controle da febre, monitoramento das funções hepática e renal e, em casos graves, suporte em unidade de terapia intensiva.

Medicações como anti-inflamatórios e ácido acetilsalicílico devem ser evitadas, pois aumentam o risco de sangramentos. A prevenção, portanto, continua sendo a principal estratégia contra a doença.

Como se proteger da febre amarela?

A forma mais eficiente de prevenção é a vacina contra a febre amarela. No entanto, outras medidas também devem ser adotadas para evitar a exposição ao mosquito transmissor. 

Usar roupas de manga longa e calças compridas, aplicar repelentes nas áreas expostas da pele, instalar telas em portas e janelas e dormir sob mosquiteiros são atitudes que reduzem substancialmente o risco de picadas.

Vacinação contra febre amarela

A vacina contra a febre amarela é segura, eficaz e amplamente disponível no Brasil. Uma única dose oferece proteção ao longo da vida. Recomenda-se que a vacinação ocorra a partir dos nove meses de idade para pessoas que vivem ou vão viajar às áreas consideradas de risco.

Grupos como gestantes, lactantes, pessoas com imunodeficiência ou alergias graves a componentes da vacina devem passar por avaliação médica antes da imunização. 

Febre amarela e viagens internacionais

Muitos países exigem, como requisito de entrada, o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), documento que comprova a vacinação de febre amarela, emitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

O CIVP deve ser solicitado com antecedência, especificamente se a viagem for para regiões da África ou da América do Sul, nas quais a febre amarela é endêmica. É preciso lembrar que a vacina deve ser aplicada pelo menos 10 dias antes da viagem, para que a proteção esteja ativa e o certificado seja válido. 

Diante do aumento de casos em algumas localidades do Brasil e da América Latina, estar atento à imunização e aos cuidados básicos é crucial. Por isso, com a informação correta, calendário de vacinação em dia e medidas de proteção, é possível diminuir drasticamente os riscos de infecção. 

O Sabin oferece a vacina contra a febre amarela em sua rede de atendimento, e o agendamento pode ser feito de forma prática pela loja on-line. Para saber mais sobre outras doenças transmitidas por mosquitos, leia nosso conteúdo sobre dengue, zika e chikungunya.

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

Kersul MG, Abreu FVS, Pinter A, et al. Exploring environmental and climate features associated with yellow fever across space and time in the Brazilian Atlantic Forest biome. PLoS One. 2024;19(10):e0308560. Published 2024 Oct 7. doi:10.1371/journal.pone.0308560

Giovanetti M, Pinotti F, Zanluca C, et al. Genomic epidemiology unveils the dynamics and spatial corridor behind the Yellow Fever virus outbreak in Southern Brazil. Sci Adv. 2023;9(35):eadg9204. doi:10.1126/sciadv.adg9204

Abreu FVS, Delatorre E, Dos Santos AAC, et al. Combination of surveillance tools reveals that Yellow Fever virus can remain in the same Atlantic Forest area at least for three transmission seasons. Mem Inst Oswaldo Cruz. 2019;114:e190076. doi:10.1590/0074-02760190076

Ministério da Saúde. Nota Técnica Conjunta nº 27/2025 – DEDT/DPNI/SVSA: Atualização sobre a situação epidemiológica da febre amarela no Brasil e recomendações para prevenção. Brasília: Ministério da Saúde, 2025.

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Saiba o que é e como evitar a infecção por norovírus https://blog.sabin.com.br/saude/como-evitar-infeccao-por-norovirus/ https://blog.sabin.com.br/saude/como-evitar-infeccao-por-norovirus/#respond Tue, 20 May 2025 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=4421 O norovírus é um dos principais agentes causadores de gastroenterite aguda no mundo, sendo altamente contagioso e de rápida transmissão. Diferentemente de outras infecções gastrointestinais, o norovírus possui uma alta taxa de mutação e variabilidade genética, o que dificulta a criação de imunidade duradoura. Além disso, sua transmissão eficiente em ambientes coletivos faz com que […]

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O norovírus é um dos principais agentes causadores de gastroenterite aguda no mundo, sendo altamente contagioso e de rápida transmissão. Diferentemente de outras infecções gastrointestinais, o norovírus possui uma alta taxa de mutação e variabilidade genética, o que dificulta a criação de imunidade duradoura. Além disso, sua transmissão eficiente em ambientes coletivos faz com que surtos sejam frequentes, especialmente em locais como creches, escolas, hospitais e cruzeiros.

Neste artigo, explicaremos como ocorre a transmissão, quais são os sintomas, como tratar a doença e as melhores estratégias de prevenção. Continue a leitura para saber mais!

O que é o norovírus?​

O norovírus é um vírus de RNA de cadeia simples, pertencente à família Caliciviridae. Ele é altamente resistente a condições adversas do ambiente, como temperaturas extremas e desinfetantes comuns, contribuindo para a disseminação em larga escala. 

Esse vírus pode permanecer viável por longos períodos em superfícies contaminadas, na água e em alimentos, tornando-o um dos patógenos mais persistentes. A carga viral necessária para causar infecção é baixa, o que significa que uma pequena quantidade do vírus pode desencadear sintomas severos em indivíduos suscetíveis. 

Sabe-se que o norovírus é responsável por aproximadamente 20% dos casos globais de gastroenterite aguda. Tal capacidade de resistência e disseminação amplia sua relevância como um agente de surtos de gastroenterite, principalmente em populações vulneráveis.​

Quais são as formas de transmissão?

A transmissão do norovírus se dá predominantemente por via fecal-oral, ou seja, pela ingestão de partículas virais presentes em fezes ou vômitos de indivíduos infectados. O contágio pode acontecer de diferentes maneiras, sendo o contato direto (particularmente em espaços compartilhados) uma das principais formas de disseminação, uma vez que pequenas partículas virais podem ser transferidas facilmente de uma pessoa para outra. 

Outra via importante de transmissão é o consumo de alimentos e água contaminados. Alimentos crus ou mal higienizados, como vegetais folhosos e frutos do mar, são fontes frequentes de surtos, existindo a possibilidade de serem contaminados tanto na origem quanto durante o manuseio e preparo. A contaminação de superfícies e objetos também é um fator crítico para a disseminação do vírus. 

O norovírus pode sobreviver por semanas em utensílios, bancadas, maçanetas e banheiros, e sua eliminação eficaz exige produtos específicos de desinfecção. Essa característica faz com que a transmissão ocorra rapidamente, sobretudo em locais de grande circulação.

Quais são os sintomas mais comuns?

Os sintomas costumam surgir entre 12 e 48 horas após a exposição ao vírus e, em geral, persistem por um período de um a três dias. O quadro clínico é usualmente caracterizado por diarreia aquosa e intensa, acompanhada por vômitos frequentes, que podem levar a uma desidratação severa. 

O paciente pode ainda apresentar náuseas intensas, dores abdominais e mal-estar generalizado. Febre leve, dores musculares e fadiga também são comuns, com maior ocorrência nos primeiros dias da infecção. 

Em crianças pequenas, idosos e indivíduos imunossuprimidos, os sintomas podem ser mais graves, prolongando-se por mais tempo e levando a complicações como desidratação severa, desequilíbrio eletrolítico e necessidade de hospitalização. A severidade da infecção depende de diversos fatores, incluindo a carga viral e o estado imunológico do paciente.

Existe tratamento para a infecção por norovírus?

Atualmente, não há um tratamento específico para eliminar o norovírus do organismo, e a abordagem clínica se concentra no alívio dos sintomas e na prevenção de complicações

Uma estratégia de manejo é a reidratação, que pode ser realizada por via oral em casos leves a moderados, com o uso de soluções eletrolíticas para a reposição de líquidos e sais minerais perdidos durante os episódios de diarreia e vômitos. 

Em casos graves, especialmente populações de risco, pode ser necessária a administração de fluidos por via intravenosa para evitar a desidratação. Adicionalmente à hidratação, o uso de medicamentos sintomáticos pode ser considerado, a fim de controlar a febre e o desconforto gástrico, sempre sob orientação médica. O repouso e uma alimentação leve e equilibrada também são fundamentais para a recuperação. 

Vale ressaltar que antibióticos não são eficazes contra o norovírus, pois se trata de uma infecção viral e não bacteriana.

Como é feita a prevenção?

A prevenção do norovírus requer uma abordagem abrangente, que inclui higiene pessoal rigorosa, cuidados na manipulação de alimentos e desinfecção ambiental. Para reduzir o risco de infecção, algumas medidas de prevenção são cruciais:​

  • higiene pessoal, como a lavagem das mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos, sendo essencial antes das refeições, após o uso do banheiro e após o contato com superfícies de alto toque; o uso de álcool em gel também pode ser útil;
  • segurança alimentar por meio da higienização correta de frutas e vegetais, do cozimento adequado de carnes e frutos do mar, e do armazenamento correto de alimentos; 
  • limpeza e desinfecção de superfícies constantemente tocadas, como maçanetas, torneiras e bancadas; devem ser feitas com produtos desinfetantes eficazes contra vírus; 
  • isolamento de pessoas contaminadas até 48 horas após a melhora dos sintomas.​

Como vimos, o norovírus é responsável por grande parte dos casos de gastroenterite aguda. Com a conscientização e boas práticas de higiene e prevenção, os surtos da doença podem ser evitados. E não custa reforçar: caso apresente sintomas persistentes, busque orientação médica.​ Para saber mais sobre gastroenterites, leia nosso conteúdo sobre o que são gastroenterites?

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

Cavicchio L, Laconi A, Piccirillo A, Beato MS. Swine Norovirus: Past, Present, and Future. Viruses. 2022;14(3):537. Published 2022 Mar 5. doi:10.3390/v14030537

Ford-Siltz LA, Tohma K, Parra GI. Understanding the relationship between norovirus diversity and immunity. Gut Microbes. 2021;13(1):1-13. doi:10.1080/19490976.2021.1900994

Estes MK, Prasad BV, Atmar RL. Noroviruses everywhere: has something changed?. Curr Opin Infect Dis. 2006;19(5):467-474. doi:10.1097/01.qco.0000244053.69253.3d

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Doenças tropicais negligenciadas: avanços e desafios no Brasil https://blog.sabin.com.br/saude/doencas-tropicais-negligenciadas-no-brasil/ https://blog.sabin.com.br/saude/doencas-tropicais-negligenciadas-no-brasil/#respond Tue, 13 May 2025 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=4417 As doenças tropicais negligenciadas (DTNs) são um grupo de enfermidades infecciosas que afetam principalmente as populações mais vulneráveis, localizadas em regiões tropicais e subtropicais do mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1,7 bilhão de pessoas em todo o mundo estão expostas ao risco de contrair DTNs, resultando em aproximadamente 200 mil […]

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As doenças tropicais negligenciadas (DTNs) são um grupo de enfermidades infecciosas que afetam principalmente as populações mais vulneráveis, localizadas em regiões tropicais e subtropicais do mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1,7 bilhão de pessoas em todo o mundo estão expostas ao risco de contrair DTNs, resultando em aproximadamente 200 mil mortes anuais. No Brasil, dados do Ministério da Saúde (MS) indicam que cerca de 30 milhões de pessoas vivem em áreas de risco.

Essas condições, frequentemente associadas à pobreza extrema, recebem menos atenção dos sistemas de saúde e da indústria farmacêutica, tornando-se um dos principais desafios de saúde pública no Brasil e em diversos outros países. A importância de abordar as DTNs vai além da saúde: elas perpetuam o ciclo da pobreza, prejudicam o desenvolvimento socioeconômico e são causa de estigmatização social, especialmente nas comunidades menos favorecidas. 

Quer entender melhor sobre como estamos enfrentando as doenças tropicais negligenciadas no Brasil? Continue lendo e descubra os avanços e desafios.

O impacto das doenças tropicais negligenciadas na saúde pública

As DTNs têm impactos significativos na saúde pública, atingindo milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Estima-se que, globalmente, mais de 1,59 bilhão de indivíduos convivam com pelo menos uma dessas doenças, sendo o Brasil um dos países mais impactados, devido às suas condições tropicais e áreas com baixa cobertura de saneamento básico.

Essas doenças não só causam sofrimento físico, como também têm efeitos duradouros na sociedade. Elas limitam a produtividade, afastam crianças e jovens da escola e dificultam o acesso a oportunidades de trabalho, reforçando o ciclo da pobreza. Além disso, algumas DTNs, como a hanseníase, carregam um forte estigma social, levando ao isolamento de pacientes e suas famílias.

Enfrentar essas doenças é essencial para reduzir o sofrimento humano e promover a inclusão social e econômica. No Brasil, iniciativas como campanhas de conscientização, melhorias no sistema de saúde pública e acesso a tratamentos gratuitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) têm mostrado progressos relevantes, embora muitos desafios ainda permaneçam.

Quais são as doenças tropicais negligenciadas mais comuns no Brasil?

As DTNs incluem diversas condições com impactos variados na saúde e no bem-estar da população. A seguir, exploramos algumas das principais DTNs que afetam o Brasil:

Esquistossomose

  • Causa: a esquistossomose é provocada pelo parasita Schistosoma mansoni, que pode ser contraído ao entrar em contato com água contaminada por fezes contendo ovos do parasita;
  • Impacto no Brasil: a doença é considerada endêmica em regiões como o Nordeste e Minas Gerais, afetando mais de 1,5 milhão de brasileiros;
  • Sintomas: entre os principais sintomas, estão complicações no fígado e no intestino, além de anemia, que pode impactar seriamente a qualidade de vida dos pacientes;
  • Vacina em desenvolvimento: pesquisas estão sendo realizadas com vacinas candidatas, como Sm-TSP-2 e Sm-p80, que prometem reduzir substancialmente a carga da doença no futuro.

Doença de Chagas

  • Causa: a doença de Chagas é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, transmitido pelo inseto barbeiro e, em alguns casos, por alimentos contaminados;
  • Impacto no Brasil e na América Latina: milhões de pessoas são afetadas, sobretudo nas áreas rurais e na Região Norte, onde as condições propiciam a transmissão da doença;
  • Sintomas: na fase crônica, a doença pode causar complicações graves, como problemas cardíacos e digestivos, comprometendo a qualidade de vida do paciente;
  • Vacina em desenvolvimento: pesquisas seguem em fase pré-clínica, com estudos promissores em modelos animais, mas ainda há um caminho a percorrer até sua aplicação em humanos.

Leishmaniose

  • Causa: é provocada por protozoários do gênero Leishmania, transmitidos pela picada do mosquito-palha (Lutzomyia);
  • Duas formas principais: a leishmaniose visceral, que pode afetar órgãos internos, e a do tipo tegumentar, que se manifesta com lesões cutâneas dolorosas;
  • Impacto no Brasil: as áreas endêmicas têm se expandido, envolvendo tanto regiões urbanas quanto rurais, o que aumenta o desafio de controle;
  • Vacinas em desenvolvimento e disponíveis: vacinas veterinárias, como Leish-Tec, já estão disponíveis para cães, enquanto estudos para imunização em humanos estão em andamento com resultados animadores.

Hanseníase

  • Causa: a hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que ataca a pele e os nervos periféricos;
  • Impacto no Brasil: o país ocupa um dos primeiros lugares no mundo em número de casos novos, com grande concentração em áreas com dificuldades de acesso ao diagnóstico e tratamento;
  • Sintomas: a doença pode provocar deformidades e incapacidades permanentes se não for tratada precocemente;
  • Tratamento e controle: além do tratamento gratuito oferecido pelo SUS, em outubro de 2024, foi autorizado o ensaio clínico da vacina LepVax, trazendo esperança para o controle da doença.

Filariose linfática

  • Causa: a filariose é causada por vermes transmitidos por mosquitos, que afetam o sistema linfático, resultando em elefantíase;
  • Impacto global: a doença é comum em regiões da África, Ásia e algumas áreas específicas do Brasil, onde há maior risco de transmissão;
  • Sintomas: caracteriza-se por inchaços severos em membros ou órgãos genitais, dor e forte estigmatização social;
  • Controle e tratamento: embora ainda não exista uma vacina, o tratamento com medicamentos para matar as larvas do parasita, aliado a esforços de controle de mosquitos, é fundamental para prevenir novas infecções.

A dengue no Brasil

A dengue é uma das DTNs mais conhecidas e impactantes em nosso país. Causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, a doença possui quatro sorotipos (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4), sendo possível contrair a infecção múltiplas vezes ao longo da vida.

Os sintomas variam desde febre alta, dores musculares e articulares, até a dengue grave (conhecida como “dengue hemorrágica”), que pode levar ao choque e à morte. O país enfrenta surtos frequentes de dengue, com altos índices de hospitalizações e mortalidade em algumas regiões. A urbanização sem infraestrutura adequada contribui para a proliferação do mosquito vetor.

Vacinação contra a dengue

A vacina Qdenga®, aprovada em 2023 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), protege contra os quatro sorotipos do vírus. Com eficácia geral de 80,2%, ela previne 90,4% das hospitalizações e é indicada para pessoas entre quatro e 60 anos. Essa novidade representa um avanço valioso no enfrentamento à doença. 

Avanços e desafios no combate às doenças tropicais negligenciadas

O Brasil tem alcançado avanços notáveis no combate às doenças tropicais negligenciadas (DTNs). As campanhas de conscientização têm desempenhado um importante papel na redução do estigma associado a essas doenças, colaborando na adesão dos pacientes ao tratamento. Além disso, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diagnóstico e tratamento gratuitos para diversas DTNs, ampliando o acesso à saúde para populações vulneráveis. 

Outro destaque são as iniciativas voltadas para o desenvolvimento de vacinas, que demonstram o compromisso do Brasil em enfrentar os desafios impostos pelas doenças tropicais negligenciadas e promover uma melhor qualidade de vida para as populações afetadas. 

Entretanto, desafios expressivos ainda persistem, como a precariedade do saneamento básico e o estigma que cerca essas enfermidades, fatores que dificultam a adesão ao tratamento e enfraquecem os esforços de controle e erradicação. A falta de recursos suficientes para pesquisas e as dificuldades no controle de vetores são obstáculos adicionais que complicam o enfrentamento dessas doenças.

Dessa forma, combater as doenças tropicais negligenciadas exige uma abordagem integrada e abrangente, baseada em esforços coordenados entre políticas públicas eficazes, avanços na ciência e engajamento social. O investimento no desenvolvimento de vacinas, a ampliação do acesso a serviços de saúde e a melhoria das condições de vida das populações afetadas são passos indispensáveis para transformar esse cenário e proporcionar um futuro mais saudável e inclusivo.

Agora que você já sabe mais sobre as doenças tropicais negligenciadas, convidamos você a se aprofundar em um tema importante: a hanseníase. Confira o conteúdo completo e saiba mais!

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2024, outubro 14). Autorizado ensaio clínico de vacina LepVax contra hanseníase. Recuperado de https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2024/autorizado-ensaio-clinico-de-vacina-lepvax-contra-hanseniase

Hotez PJ, Aksoy S, Brindley PJ, Kamhawi S. World neglected tropical diseases day. PLoS Negl Trop Dis. 2020 Jan 29;14(1):e0007999. doi: 10.1371/journal.pntd.0007999. PMID: 31995572; PMCID: PMC6988912.

Luna EJA, Campos SRSLDC. Vaccine development against neglected tropical diseases. Cad Saude Publica. 2020 Nov 20;36Suppl 2(Suppl 2):e00215720. English, Portuguese. doi: 10.1590/0102-311X00215720. PMID: 33237199.

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Entenda a influência das mudanças climáticas na sua saúde https://blog.sabin.com.br/saude/influencia-mudancas-climaticas-na-saude/ https://blog.sabin.com.br/saude/influencia-mudancas-climaticas-na-saude/#respond Tue, 06 May 2025 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=4412 As mudanças climáticas estão moldando o futuro do planeta e têm efeitos cada vez mais evidentes sobre o meio ambiente e a saúde humana. Esse fenômeno envolve alterações nos padrões climáticos globais, em razão do aumento da emissão dos gases de efeito estufa, principalmente dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), emitidos […]

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As mudanças climáticas estão moldando o futuro do planeta e têm efeitos cada vez mais evidentes sobre o meio ambiente e a saúde humana. Esse fenômeno envolve alterações nos padrões climáticos globais, em razão do aumento da emissão dos gases de efeito estufa, principalmente dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), emitidos pela queima de combustíveis fósseis, desmatamento e atividades agrícolas. Consequências como o aumento da temperatura média global, mudanças nos regimes de chuva e eventos climáticos extremos já são perceptíveis.

Embora sejam associadas, muitas vezes, a impactos ambientais como o derretimento de geleiras e a elevação do nível do mar, os efeitos das mudanças climáticas sobre a saúde humana são igualmente alarmantes. Desde doenças respiratórias agravadas pela poluição até impactos mentais devido a desastres naturais, as mudanças climáticas desafiam os sistemas de saúde pública de maneira global.

Diante disso, é importante compreender as relações direta e indireta entre o clima e a saúde, identificando os principais riscos e estratégias de adaptação. Continue a leitura deste conteúdo para explorar como as mudanças climáticas estão impactando a saúde e saiba quais os desafios enfrentados para garantir qualidade de vida diante desse cenário.

Impactos diretos das mudanças climáticas na saúde

Os efeitos mais notórios das mudanças climáticas sobre a saúde são aqueles causados por eventos extremos, como ondas de calor, enchentes, secas e queimadas. Esses fenômenos aumentam tanto a morbidade quanto a mortalidade.

  • Ondas de calor: períodos prolongados de altas temperaturas sobrecarregam o corpo humano, aumentando os casos de desidratação, exaustão pelo calor e acidentes vasculares cerebrais (AVCs). As populações mais suscetíveis, como idosos, crianças e pessoas com doenças crônicas, são especialmente afetadas;
  • Enchentes: em áreas urbanas, enchentes destroem infraestruturas essenciais, contaminam fontes de água e aumentam a exposição a doenças de veiculação hídrica, como leptospirose e hepatite A, além de gerar traumas físicos e desabrigar famílias inteiras;
  • Secas: a falta de água compromete a produção de alimentos, levando à desnutrição sobretudo de comunidades economicamente vulneráveis; secas prolongadas também aumentam a ocorrência de queimadas, que liberam partículas poluentes no ar, agravando doenças respiratórias.

As ondas de calor impactam diretamente a saúde pública, especialmente em grandes cidades onde o efeito de ilhas de calor é maior. Regiões urbanas enfrentam sobrecarga nos sistemas de saúde, em virtude do aumento de internações relacionadas a doenças respiratórias e cardiovasculares durante esses períodos. 

Impactos indiretos das mudanças climáticas nas doenças infecciosas

As mudanças climáticas desempenham um papel relevante na intensificação de doenças transmitidas por vetores e de veiculação hídrica. O aumento das temperaturas médias e as alterações nos padrões de chuva criam condições ideais para reprodução e dispersão de mosquitos transmissores de doenças como dengue, zika, chikungunya e malária. Isso tem ampliado significativamente o alcance geográfico dessas enfermidades, atingindo até mesmo regiões onde esses surtos eram raros ou inexistentes.

Além disso, as enchentes frequentes — outro reflexo das mudanças climáticas — agravam o cenário de doenças de veiculação hídrica. A exposição a águas contaminadas aumenta os casos de doenças gastrointestinais, como diarreia infecciosa, e de outras enfermidades graves, como leptospirose. Populações em áreas urbanas e sem saneamento adequado enfrentam maiores riscos.

Esse cenário evidencia a necessidade de vigilância epidemiológica contínua, bem como de estratégias de prevenção para diminuir os impactos dessas doenças, que tendem a piorar com a progressão das mudanças climáticas.

Poluição do ar e saúde respiratória

Um dos efeitos mais preocupantes das mudanças climáticas é a poluição do ar. A queima de combustíveis fósseis e a degradação de florestas não apenas agravam o aquecimento global, mas também prejudicam a qualidade do ar, expondo a população a partículas finas e gases nocivos.

  • Queimadas e material particulado: queimadas frequentes na Amazônia e no Cerrado, exacerbadas pela seca, liberam excesso de partículas finas no ar; essas partículas têm a capacidade de penetrar nos pulmões e entrarem na corrente sanguínea, causando inflamação e aumentando o risco de doenças respiratórias, como asma e bronquite;
  • Impactos urbanos: em grandes cidades, as emissões veiculares e industriais aumentam os casos de doenças respiratórias crônicas e cardiovasculares; estudos mostram que a exposição prolongada a poluentes do ar pode reduzir a expectativa de vida em regiões altamente poluídas.

É possível mitigar esses efeitos com algumas medidas, como o monitoramento da qualidade do ar, o uso de máscaras em dias críticos e a redução da poluição industrial.

Efeitos das mudanças climáticas na saúde mental

As mudanças climáticas também afetam a saúde mental de forma substancial, seja por impactos diretos, como os causados por desastres naturais, ou por efeitos indiretos, como o aumento da ansiedade e do estresse gerados pela insegurança sobre o futuro.

  • Desastres naturais: eventos extremos, como enchentes, secas e deslizamentos de terra, resultam em perdas humanas — materiais e sociais —, elevando os casos de transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), ansiedade e depressão; populações diretamente afetadas, como aquelas que perdem suas casas ou familiares, enfrentam um peso emocional ainda maior, principalmente em situações de desamparo ou falta de suporte psicológico adequado;
  • Insegurança climática: o medo recorrente de novos desastres e a percepção de incerteza quanto ao futuro criam uma forte carga emocional; populações economicamente vulneráveis, mais expostas às consequências desses eventos, são as mais afetadas.

O impacto da crise climática na saúde mental é profundo e multifacetado, indo além das populações diretamente atingidas por desastres naturais. A “ecoansiedade” é um exemplo disso: um estado emocional caracterizado pela preocupação intensa e persistente com os efeitos das mudanças climáticas. Esse sentimento é alimentado por eventos extremos cada vez mais frequentes e pela insegurança sobre como o planeta e as comunidades enfrentarão esses desafios. Apesar de não ser considerado um transtorno mental em si, a ecoansiedade tem mobilizado especialistas e organizações no sentido de repensar como lidamos com as emoções provocadas pela crise climática.

Reconhecer e abordar os efeitos psicológicos das mudanças climáticas é essencial para criar estratégias que protejam tanto a saúde física quanto o bem-estar mental das populações vulneráveis. O fortalecimento de redes de apoio psicológico e a implementação de políticas públicas que promovam resiliência são passos elementares para enfrentar esses desafios.

O que pode ser feito?

Ainda que os desafios sejam enormes, há ações que podem ser adotadas para dirimir os impactos das mudanças climáticas na saúde. Entre elas, destaca-se a redução da emissão dos gases de efeito estufa, por meio do uso de fontes renováveis de energia e da proteção dos biomas. Outra medida importante é a adaptação, que envolve o investimento em infraestrutura resiliente, como sistemas de drenagem eficientes e hospitais preparados para emergências climáticas

Adicionalmente, a educação ambiental faz toda a diferença ao sensibilizar a população sobre hábitos sustentáveis e a importância de preservar o meio ambiente. Essas iniciativas, quando alinhadas a políticas públicas eficazes, têm o potencial de transformar a crise climática em uma oportunidade de melhoria para as futuras gerações.

Compromisso do Grupo Sabin com a sustentabilidade e a transição energética 

O Grupo Sabin tem avançado expressivamente na transição para uma matriz energética mais limpa, investindo em iniciativas que promovem a sustentabilidade e reduzem a pegada de carbono.

Desde 2019, a empresa recebe anualmente o Certificado de Energia Renovável, resultado da migração de unidades para o mercado livre de energia. Em 2024, esse processo foi expandido para unidades em diversas cidades, como Anápolis/GO, Campo Grande/MS, Florianópolis/SC, Manaus/AM e Osasco/SP, ampliando o uso de fontes renováveis. Além disso, 100% das unidades de atendimento em Brasília/DF já utilizam energia fotovoltaica, tecnologia que também foi implementada nas unidades de Campo Grande/MS.

Atualmente, 62% das unidades do Grupo Sabin são abastecidas por energia limpa, um aumento de 13% em relação a 2023. Essa estratégia não apenas reduz as emissões de carbono, como também torna a empresa menos vulnerável às oscilações tarifárias do setor elétrico, garantindo maior previsibilidade e eficiência energética a longo prazo.

A transição para fontes sustentáveis apresenta desafios e oportunidades. Entre os riscos, estão a volatilidade do mercado de créditos de carbono e possíveis mudanças regulatórias que impactem incentivos fiscais e tarifas. Em contrapartida, há benefícios estratégicos, como a redução de custos operacionais, maior independência energética e consolidação do Grupo Sabin como referência em sustentabilidade no setor da saúde.

Além da eficiência energética, o Grupo Sabin monitora e neutraliza sua emissão dos gases de efeito estufa (GEE). Desde 2019, elabora anualmente o Inventário de Emissões de GEE, proporcionando maior controle sobre seus impactos ambientais. No levantamento realizado em 2024, referente a emissões de 2023, constatou-se que foram compensadas 2.270 toneladas de CO2 equivalente, adquirindo créditos de carbono certificados pela ONU (Organização das Nações Unidas). Essas iniciativas reforçam o compromisso do grupo com um futuro sustentável, alinhando inovação e responsabilidade ambiental.

Com ações coletivas e individuais, podemos enfrentar esse desafio global e contribuir para um futuro mais saudável e sustentável. Aproveite a temática e confira nosso conteúdo sobre doenças relacionadas a eventos climáticos. Boa leitura!

Sabin avisa:

Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

GBD 2021 Stroke Risk Factor Collaborators. Global, regional, and national burden of stroke and its risk factors, 1990-2021: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2021. Lancet Neurol. 2024 Oct;23(10):973-1003. doi: 10.1016/S1474-4422(24)00369-7

Ministério da Saúde. (2024). Guia de mudanças climáticas para profissionais da saúde: Guia de bolso. Brasília: Ministério da Saúde. Disponível em https://www.gov.br/saude/pt-br

Ministério da Saúde. (2024). Biodiversidade e saúde. Portal do Governo Federal. Disponível em https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/u/uma-so-saude/biodiversidade

Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) & Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). (2024). Mudanças climáticas e ambientais e seus efeitos na saúde: Cenários e incertezas para o Brasil. Brasília: OPAS/Fiocruz. Disponível em https://bvsms.saude.gov.br

Yin, J., Wang, S., Deng, J. et al. Associations of heatwaves and their characteristics with ischaemic stroke hospital admissions. Sci Rep 15, 4929 (2025). https://doi.org/10.1038/s41598-025-88557-5

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Hemocromatose hereditária: o que é e como diagnosticar? https://blog.sabin.com.br/saude/o-que-e-a-hemocromatose-e-como-diagnosticar/ https://blog.sabin.com.br/saude/o-que-e-a-hemocromatose-e-como-diagnosticar/#respond Tue, 29 Apr 2025 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=4383 A hemocromatose hereditária é uma condição genética na qual o organismo absorve de forma excessiva o ferro dos alimentos, levando ao acúmulo desse mineral em órgãos como fígado, coração e pâncreas. Esse excesso pode causar complicações graves, incluindo doenças hepáticas, diabetes e problemas cardíacos. Embora seja hereditária, muitas pessoas desconhecem ter a condição, até que […]

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A hemocromatose hereditária é uma condição genética na qual o organismo absorve de forma excessiva o ferro dos alimentos, levando ao acúmulo desse mineral em órgãos como fígado, coração e pâncreas. Esse excesso pode causar complicações graves, incluindo doenças hepáticas, diabetes e problemas cardíacos.

Embora seja hereditária, muitas pessoas desconhecem ter a condição, até que os sintomas comecem a surgir. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações e iniciar o tratamento adequado.

Continue a leitura para compreender melhor o assunto e como o diagnóstico da hemocromatose hereditária é realizado.

Quais são os sintomas da hemocromatose hereditária?

Os sintomas da hemocromatose hereditária podem ser inespecíficos no início, dificultando o diagnóstico precoce. Muitas vezes, só se manifestam quando o ferro já se acumulou em excesso no organismo.

Entre os primeiros sintomas, destacam-se fadiga constante, fraqueza e dor nas articulações. Com o passar do tempo, pode haver mudanças na cor da pele, chegando a adquirir um tom mais “bronzeado”. Algumas pessoas também apresentam dor abdominal e perda de peso progressiva.

Nos estágios mais avançados, a doença pode comprometer órgãos vitais, resultando em problemas hepáticos, tais como: hepatomegalia e cirrose; diabetes, devido ao acúmulo de ferro no pâncreas; alterações hormonais, como diminuição da libido e impotência em homens e irregularidades menstruais em mulheres. Também podem surgir problemas cardíacos, como batimentos irregulares e insuficiência cardíaca.

O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações e melhorar o sucesso do tratamento.

O que causa a hemocromatose hereditária?

A hemocromatose hereditária ocorre em virtude de alterações no gene HFE, que regula a absorção de ferro pelo organismo. Quando há mutação nesse gene, o corpo passa a absorver mais ferro do que o necessário, ocasionando o acúmulo progressivo desse mineral nos órgãos.

Além da forma hereditária, o excesso de ferro pode estar associado a outras condições ou múltiplas transfusões de sangue em pacientes com doenças hematológicas, como anemia falciforme e talassemias.

Independentemente da causa, o excesso de ferro pode ser prejudicial e causar danos irreversíveis se não for diagnosticado e tratado.

Diagnóstico de hemocromatose hereditária

O diagnóstico de hemocromatose hereditária é realizado com exames laboratoriais e genéticos.

Os exames de sangue são a primeira etapa da investigação. Confira abaixo o que é analisado.

  • Saturação de transferrina: mede a quantidade de ferro transportada no sangue; níveis elevados podem indicar acúmulo excessivo;
  • Ferritina sérica: avalia os estoques de ferro no organismo e apresenta-se aumentada em pacientes com hemocromatose hereditária.

Se os exames indicarem sobrecarga de ferro, o médico pode solicitar um teste genético para pesquisar mutações no gene HFE, confirmando a hemocromatose hereditária.

Exames complementares podem ser necessários quando há suspeita de comprometimento dos órgãos. A ressonância magnética permite quantificar a sobrecarga de ferro no fígado e outros órgãos, enquanto a biópsia hepática pode ser realizada em casos avançados para avaliar o grau de danos hepáticos.

Grupos de risco para hemocromatose hereditária

Algumas pessoas têm um risco maior para a hemocromatose hereditária. Por essa razão, devem estar atentas aos sintomas e considerar exames de rastreamento quando necessário. Entre os principais grupos de risco, estão indivíduos com histórico familiar da doença, tendo em vista que a condição é transmitida geneticamente.

Os sintomas da hemocromatose geralmente surgem mais cedo em homens. Estudos indicam que cerca de 28% dos homens com a mutação genética desenvolvem a condição precocemente. Já entre as mulheres, essa porcentagem cai para 1%, pois a perda natural de ferro durante a menstruação pode retardar o aparecimento dos sintomas. Em contrapartida, após a menopausa, o risco para as mulheres aumenta, uma vez que o organismo deixa de eliminar o ferro regularmente.

Outro grupo considerado de risco são as pessoas com ascendência do norte da Europa, como irlandeses e escandinavos, que apresentam maior predisposição genética à doença. 

Essas características reforçam a importância da avaliação genética e do rastreamento familiar, permitindo a detecção precoce e a prevenção de possíveis complicações.

Tratamento e acompanhamento médico

O tratamento da hemocromatose hereditária é eficiente quando iniciado precocemente. O principal objetivo do tratamento é reduzir os níveis de ferro no organismo e evitar danos aos órgãos.

Na hemocromatose hereditária, a flebotomia pode ser indicada como o tratamento padrão. Esse procedimento consiste na retirada regular de uma quantidade controlada de sangue para reduzir o excesso de ferro. No início, as sessões costumam ser semanais, até a normalização dos níveis de ferritina, e depois passam a ser feitas em intervalos maiores, conforme a necessidade do paciente.

Alguns cuidados também contribuem para que a doença não piore, como evitar o consumo de bebidas alcoólicas, especialmente para pacientes com problemas hepáticos.

De modo geral, o acompanhamento com uma equipe médica e nutricional pode auxiliar na alimentação e no estilo de vida dos pacientes, facilitando o controle da hemocromatose e prevenindo complicações futuras.

Como vimos, consultas regulares e a realização de exames específicos são importantes para garantir o diagnóstico precoce e manter uma boa qualidade de vida. Para saber mais sobre a saúde do sangue e a importância de manter níveis adequados de ferro no organismo, confira nosso conteúdo “Anemia ferropriva: conheça as causas e como evitá-la”. 

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Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

Molina CA, Ros NG, Tarancón RG, Varas LR, Flores VR, Álvarez SI. Hereditary hemochromatosis: An update vision of the laboratory diagnosis. J Trace Elem Med Biol. 2023;78:127194. doi:10.1016/j.jtemb.2023.127194 

Barton JC, Parker CJ. HFE-Related Hemochromatosis. 2000 Apr 3 [Updated 2024 Apr 11]. In: Adam MP, Feldman J, Mirzaa GM, et al., editors. GeneReviews® [Internet]. Seattle (WA): University of Washington, Seattle; 1993-2025. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK1440/

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Câncer infantil: informações importantes para pais e cuidadores https://blog.sabin.com.br/saude/informacoes-sobre-cancer-infantil/ https://blog.sabin.com.br/saude/informacoes-sobre-cancer-infantil/#respond Tue, 22 Apr 2025 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=4377 O câncer infantil, apesar de raro em comparação aos tumores em adultos, é a principal causa de morte por doença em crianças e adolescentes de um a 19 anos. Esses números reforçam a necessidade de saber identificar os sinais de alerta e a importância do diagnóstico precoce.  No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer […]

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O câncer infantil, apesar de raro em comparação aos tumores em adultos, é a principal causa de morte por doença em crianças e adolescentes de um a 19 anos. Esses números reforçam a necessidade de saber identificar os sinais de alerta e a importância do diagnóstico precoce. 

No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de oito mil novos casos de câncer infantil são diagnosticados anualmente, com taxas de cura superiores a 70% quando detectados em estágios iniciais e tratados em centros especializados. Globalmente, mais de 300 mil crianças recebem o diagnóstico a cada ano.

Diante desse cenário, conhecer os diferentes tipos de câncer infantil, seus sintomas e as opções de tratamento disponíveis pode salvar vidas. Continue a leitura e obtenha informações importantes para proteger as crianças!

O que é o câncer infantil?

O câncer infantil engloba um grupo de doenças caracterizadas pelo crescimento descontrolado de células anormais que se multiplicam rapidamente e comprometem tecidos e órgãos saudáveis.

Ao contrário do câncer em adultos, que está fortemente ligado a fatores como tabagismo, alimentação inadequada e exposição ambiental, o câncer infantil geralmente ocorre em razão de alterações genéticas e anomalias no desenvolvimento celular, tornando-se uma condição inesperada para muitas famílias.

Embora a doença possa se desenvolver em qualquer parte do corpo, os tipos mais frequentes afetam o sangue (leucemias), o sistema nervoso central, os olhos e os rins.

A boa notícia é que, mesmo sendo agressivo, o câncer infantil apresenta altas taxas de resposta ao tratamento, especialmente quando identificado cedo e tratado em centros especializados.

Quais são os tipos mais comuns de câncer infantil?

Ainda que existam diversos tipos de câncer infantil, alguns tumores são mais prevalentes entre crianças e adolescentes. Conhecer seus sinais pode facilitar a identificação precoce e o início rápido do tratamento.

Leucemias 

As leucemias são os tipos mais comuns de câncer infantil, representando 30% dos casos. O tipo mais frequente é a leucemia linfoblástica aguda (LLA).

Sinais de alerta:

  • anemia (palidez, fraqueza);
  • febre;
  • dor óssea;
  • sangramentos espontâneos;
  • manchas roxas (equimoses e hematomas) e petéquias.

Retinoblastoma

O retinoblastoma é um tumor ocular que ocorre, em grande parte, devido a mutações no gene RB1, sendo mais comum em crianças pequenas.

Sinais de alerta:

  • reflexo branco na pupila visível em fotos (efeito “olho de gato”);
  • estrabismo e perda de visão progressiva.

Tumores do sistema nervoso central

Os tumores cerebrais são a segunda forma mais comum de câncer infantil.

Sinais de alerta:

  • dor de cabeça persistente, principalmente ao acordar;
  • náuseas e vômitos frequentes;
  • alterações no equilíbrio e dificuldades motoras.

Neuroblastoma

O neuroblastoma é um tumor do sistema nervoso periférico.

 Sinais de alerta:

  • massa abdominal visível ou palpável;
  • dor óssea intensa e dificuldade para caminhar;
  • sudorese excessiva e pressão arterial elevada.

Tumor de Wilms

Esse tumor afeta os rins, sendo comum em crianças de até cinco anos.

Sinais de alerta:

  • aumento do volume abdominal;
  • sangue na urina;
  • febre e hipertensão arterial.

Sarcomas (ossos e tecidos moles)

Os sarcomas podem afetar ossos (osteossarcoma, sarcoma de Ewing) e tecidos moles (rabdomiossarcoma).

Sinais de alerta:

  • dores ósseas persistentes, sobretudo à noite;
  • inchaços ou massas palpáveis nos membros;
  • fraturas ósseas sem trauma significativo.

Sinais e sintomas a serem observados

Muitos dos sintomas do câncer infantil são inespecíficos e podem ser confundidos com doenças comuns da infância. No entanto, a persistência de certos sinais merece atenção especial. 

Na maioria das vezes, os sinais gerais persistentes incluem: 

  • fadiga extrema e fraqueza sem explicação;
  • perda de peso inexplicável;
  • febre persistente sem causa aparente.

Já os sinais específicos persistentes podem incluir: 

  • dores persistentes, em particular nos ossos e articulações;
  • nódulos ou massas anormais no abdômen, no pescoço ou nas axilas;
  • alterações na visão, como estrabismo ou reflexo branco na pupila.

Cabe ressaltar que, ao persistir algum desses sinais, é importante procurar apoio médico. Além disso, o diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença para a escolha do tratamento ideal e para aumentar a chance de cura.

Tratamento e perspectivas de cura para o câncer infantil

O câncer infantil tem tratamento e, quando diagnosticado precocemente, as chances de cura podem ultrapassar 70%, dependendo do tipo e do estágio da doença.

Abaixo, listamos os principais tratamentos utilizados.

  • quimioterapia: uso de medicamentos para destruir células cancerígenas; 
  • radioterapia: aplicação de radiação para reduzir tumores; 
  • cirurgia: remoção do tumor; 
  • terapias-alvo e imunoterapia: tratamentos mais modernos que estimulam o sistema imunológico a combater o câncer.

Adicionalmente ao tratamento médico, o suporte multidisciplinar é essencial. Equipes compostas por psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e assistentes sociais ajudam no bem-estar físico e psicológico da criança e de sua família, durante todo o processo.

O câncer infantil ainda representa um grande desafio, mas o diagnóstico precoce e o tratamento adequado aumentam consideravelmente as chances de cura. Os avanços da medicina têm possibilitado diagnósticos mais ágeis, como exames genéticos e tratamentos cada vez mais eficazes, permitindo que um número crescente de crianças receba o suporte adequado para enfrentar a doença. Com isso, além de aumentar as chances de recuperação, é possível garantir uma melhor qualidade de vida durante e após o tratamento. 

Agora que você compreende melhor sobre o câncer infantil, que tal continuar se aprofundando no assunto para entender quais os tipos de câncer mais comuns? Acesse e saiba mais!

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Este conteúdo é meramente informativo e não pretende substituir consultas médicas, avaliações por profissionais de saúde ou fornecer qualquer tipo de diagnóstico ou recomendação de exames.

Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

Sultan I, Alfaar AS, Sultan Y, Salman Z, Qaddoumi I. Trends in childhood cancer: Incidence and survival analysis over 45 years of SEER data. PLoS One. 2025;20(1):e0314592. Published 2025 Jan 3. doi:10.1371/journal.pone.0314592 

Kagami L, Baldino S, MacFarland SP. Childhood Cancer Predisposition: An Overview for the General Pediatrician. Pediatr Ann. 2022;51(1):e15-e21. doi:10.3928/19382359-20211207-01

Câncer infantojuvenil – INCA – 2023. Câncer infantojuvenil — Instituto Nacional de Câncer – INCA

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Entenda o que fazer para se proteger da gripe aviária https://blog.sabin.com.br/saude/como-se-proteger-da-gripe-aviaria-e-evitar-riscos/ https://blog.sabin.com.br/saude/como-se-proteger-da-gripe-aviaria-e-evitar-riscos/#respond Tue, 15 Apr 2025 11:00:00 +0000 https://blog.sabin.com.br/?p=4358 A gripe aviária é uma infecção viral que afeta principalmente aves, mas que, em casos raros, pode ser transmitida a humanos. Causada pelo vírus Influenza tipo A, essa doença vem sendo monitorada globalmente devido ao seu potencial de surtos, em particular entre aves de criação e selvagens. Mesmo que a transmissão para humanos seja incomum, […]

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A gripe aviária é uma infecção viral que afeta principalmente aves, mas que, em casos raros, pode ser transmitida a humanos. Causada pelo vírus Influenza tipo A, essa doença vem sendo monitorada globalmente devido ao seu potencial de surtos, em particular entre aves de criação e selvagens. Mesmo que a transmissão para humanos seja incomum, é preciso compreender os riscos e as formas de prevenção para evitar complicações.

Nos últimos anos, surtos da gripe aviária foram registrados em diversas partes do mundo, gerando preocupação nas autoridades sanitárias. Apesar disso, especialistas reforçam que o risco atual de uma disseminação sustentada entre humanos é baixo. Ainda assim, adotar medidas preventivas e conhecer os sintomas da doença são passos fundamentais para proteger a saúde. Continue a leitura para saber mais!

O que é a gripe aviária?

A gripe aviária é uma infecção causada por diferentes subtipos do vírus Influenza A, sendo os mais conhecidos o H5N1 e o H5N2. O vírus circula sobretudo entre aves, podendo ser transmitido a outras espécies, incluindo mamíferos e, ocasionalmente, humanos. A maior preocupação com a gripe aviária está no potencial de mutação, capaz de resultar na adaptação do vírus para uma transmissão mais eficiente entre as pessoas.

Dos subtipos mais relevantes, o H5N1 se destaca por seu alto índice de mortalidade nos casos humanos registrados ao longo dos anos. Já o H5N2, mesmo identificado predominantemente em aves, é monitorado por conta do risco de adaptação para infecção em humanos. Outros subtipos, como o H7N9, também já foram identificados como causadores de infecções graves.

Como a doença é transmitida?

Entre as aves, a transmissão ocorre por meio de contato direto com secreções contaminadas, como fezes e secreções respiratórias. Em ambientes com alta concentração de aves, como granjas e feiras de animais, o vírus pode se espalhar rapidamente.

A transmissão para humanos acontece majoritariamente pelo contato direto com aves infectadas ou superfícies contaminadas, como gaiolas, equipamentos ou roupas utilizadas no manejo desses animais. Em algumas situações, o consumo de carne ou ovos mal cozidos também pode representar um risco. No entanto, a transmissão direta entre humanos é extremamente rara, e não há evidências de que o vírus tenha desenvolvido uma forma sustentada de propagação de pessoa para pessoa.

Quais são os sintomas da gripe aviária em humanos?

Os sintomas da gripe aviária podem variar de leves a graves, dependendo da resposta imunológica do paciente e do subtipo viral envolvido. Os primeiros sinais geralmente incluem febre alta e calafrios, seguidos por tosse, dor de garganta e dificuldade respiratória. Além disso, dores musculares, fadiga intensa e mal-estar generalizado também são característicos.

Nos casos mais graves, a gripe aviária pode levar a complicações severas, como pneumonia viral, insuficiência respiratória e falência de múltiplos órgãos, exigindo internação e suporte médico avançado. Em virtude da gravidade da doença, qualquer pessoa que tenha tido contato com aves infectadas e apresente sintomas deve buscar atendimento médico imediato para avaliação e possível diagnóstico laboratorial.

Qual a diferença entre gripe aviária e gripe comum?

Embora ambas sejam causadas pelo vírus Influenza, a gripe comum e a gripe aviária apresentam diferenças significativas. A gripe comum é provocada por subtipos dos vírus Influenza A e B que circulam primordialmente entre humanos, sendo altamente transmissível por meio de gotículas respiratórias. Os sintomas habituais são moderados, incluindo febre, tosse, dor de garganta e fadiga, com recuperação dentro de alguns dias.

Já a gripe aviária tem origem em aves e só eventualmente infecta humanos. Quando isso acontece, os sintomas costumam ser mais graves e podem evoluir com rapidez para complicações respiratórias sérias. Adicionalmente, a transmissão entre humanos não é sustentada, o que diferencia essa doença da gripe sazonal, que se espalha facilmente entre pessoas.

Como prevenir surtos maiores?

O monitoramento contínuo do vírus é uma das principais estratégias para evitar surtos de gripe aviária. Especialistas acompanham a evolução do Influenza A em aves e avaliam qualquer mudança genética que possa aumentar o risco de transmissão para humanos. O fortalecimento da vigilância sanitária é crucial para detectar novos casos em tempo hábil e adotar medidas de contenção.

Ainda que o risco atual de uma transmissão sustentada entre humanos seja considerado baixo, o potencial de mutação do vírus requer atenção. O subtipo H5N2, por exemplo, tem sido observado em razão da disseminação entre aves e pela possibilidade de adaptação para infecção humana. Medidas rigorosas de biossegurança e controle epidemiológico são imprescindíveis para minimizar esse risco.

Gripe aviária em humanos: diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da gripe aviária em humanos é feito por meio de exames laboratoriais específicos, como o teste de RT-PCR, que identifica a presença do vírus no organismo. Pessoas com suspeita da infecção, em especial as que têm histórico de contato com aves contaminadas, devem ser submetidas a testes para confirmar o diagnóstico.

O tratamento envolve o uso de antivirais, como o oseltamivir, que pode reduzir a gravidade e a duração da doença se administrado precocemente. Pacientes com quadros graves podem necessitar de internação hospitalar, com suporte respiratório em casos de insuficiência pulmonar. O acompanhamento médico imediato é determinante para evitar complicações severas e promover o manejo adequado da infecção.

Como prevenir a gripe aviária?

A prevenção da gripe aviária envolve tanto medidas individuais quanto estratégias de controle global. Evitar o contato direto com aves doentes ou mortas é uma das principais formas de reduzir o risco de infecção. Outra medida importante é higienizar as mãos frequentemente após o manuseio de aves ou produtos de origem animal. O consumo seguro de alimentos também é essencial, garantindo que carnes e ovos sejam completamente cozidos antes da ingestão.

O uso de equipamentos de proteção, como luvas e máscaras, é recomendado para trabalhadores expostos a ambientes de risco, como granjas e mercados de aves vivas. Em nível global, a vigilância ativa em populações de aves domésticas e selvagens é indispensável para detectar e conter surtos.

Atualmente, não há vacina amplamente disponível para humanos contra os subtipos emergentes da gripe aviária. Entretanto, pesquisas estão em andamento para desenvolver imunizações eficazes contra o H5N1 e o H5N2. Enquanto isso, a prevenção continua sendo a melhor estratégia para evitar a disseminação do vírus e proteger a saúde pública.

Quer saber mais sobre as variações da gripe e suas formas de prevenção? Acesse o conteúdo Gripe H1N1: tudo o que você precisa saber. Boa leitura!

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Importante ressaltar que diagnósticos e tratamentos devem ser sempre indicados por uma avaliação médica individual. Em caso de dúvidas, converse com seu médico. Somente o profissional pode esclarecer todas as suas perguntas. 

Lembre-se: qualquer decisão relacionada à sua saúde sem orientação profissional pode ser prejudicial.

Referências:

Dye C, Barclay WS. Should we worry about a growing threat from “bird flu”?. BMJ. 2024;385:q1199. Published 2024 Jun 4. doi:10.1136/bmj.q1199

Petersen E, Memish ZA, Hui DS, et al. Avian ‘Bird’ Flu – undue media panic or genuine concern for pandemic potential requiring global preparedness action?. Int J Infect Dis. 2024;145:107062. doi:10.1016/j.ijid.2024.107062

Ministério da Saúde – Gripe aviária Influenza Aviária — Ministério da Saúde  Ministério da Saúde – intensificação da vigilância e prevenção Ministério da Saúde intensifica vigilância e prevenção contra influenza aviária em humanos — Ministério da Saúde

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